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Organizacao_Formal_e_Informal

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AULA 8 – Organização Formal e Informal 
 
Boa noite! 
Nesta aula, vamos completar a definição do conceito de organização, distinguindo as 
estruturas organizacionais formais das informais. 
 
A organização formal 
A organização formal de qualquer grupo implica uma coordenação planejada de 
seus diversos elementos constitutivos, incluindo pessoas, tarefas, cargos etc. Isso 
significa que toda organização formal é intencional e ordena todas as suas posições e 
funções em dois tipos de relações: relações horizontais, aquelas baseadas na 
diferenciação das tarefas determinadas pela divisão do trabalho (nível funcional de 
organização), e relações verticais emanadas da diferenciação das esferas de autoridade 
existente no sistema social que é a organização (nível hierárquico de organização). 
O nível hierárquico (relações verticais) costuma prevalecer sobre o nível 
funcional, ou técnico. Isto porque para cumprir sua finalidade, a organização moderna 
requer a execução de uma série de tarefas e/ou funções diversas que, por sua vez, se 
subdividem em esferas de ação cada vez menores, até chegar às “especializações”, o 
que pressupõe um mínimo de comando centralizado, de coordenação e mando, vertical, 
no que, aliás, reproduz as hierarquia que existe na sociedade em geral. 
De fato, além de seu relacionamento tecnicamente condicionado, a pluralidade 
de posições da organização coloca-se entre si numa relação de autoridade e 
subordinação, numa ordem de autoridade formal ou, ainda, de competência de mando: 
da mesma forma que, na sociedade, uns poucos mandam e muitos obedecem, 
constituindo uma organização hierárquica ou vertical. 
O grupo formal pressupõe certa durabilidade, algo que não se desfaça com 
facilidade. Isto implica a necessidade de freqüente substituição de membros. Pressupõe 
ainda uma estrutura formalmente instituída, com uma hierarquia clara, com chefes, 
subchefes, diretores, gerentes, coordenadores, executores, pessoal de apoio etc., que são 
em geral nomeados. 
Requer uma cúpula administrativa, que procura atingir metas determinadas 
válidas para todo o grupo (metas organizacionais). Nesse sentido, as metas individuais 
ficam em segundo plano, isto é, a cúpula administrativa vai cobrar de cada componente 
do grupo a responsabilidade de cada um para atingir a meta do grupo, a partir daí, sim, 
recompensando cada componente com pagamentos em troca de seus esforços em prol 
do bem comum. 
Costuma apresentar uma fronteira de organização minimamente definida e com 
acesso controlado, isto é, não é qualquer um que pode com facilidade acessar a 
organização. Essa fronteira é aberta, isto é, novos membros podem ser admitidos, mas o 
acesso só é possível com o cumprimento de certos requisitos formais de admissão de 
novos membros, como, por exemplo, a contratação de novos funcionários para uma 
empresa. Já a saída da organização é, em geral, facultada para desligamentos 
voluntários e aposentadorias. 
Pode-se falar, por um lado, de uma estrutura rígida - hierárquica, com definição 
precisa de tarefas e responsabilidades e um fluxo de comunicação verticalizado de cima 
para baixo. Esta é uma estrutura mecânica e que corresponde a empresas cujos 
ambientes são estáveis e previsíveis. Por outro lado, encontra-se também uma estrutura 
flexível - com pouca ênfase na hierarquia, responsabilidades flexíveis e continuamente 
em redefinição. Esse tipo de estrutura é próprio de organizações cujo meio ambiente 
muda rapidamente e apresenta certa instabilidade e imprevisibilidade. 
Pode-se observar que à medida que as organizações se expandem e diversificam 
os seus produtos, tendem a desenvolver estruturas com subdivisões. Ao mesmo tempo, à 
medida que as organizações crescem e ficam cada vez mais complexas, sua estrutura e 
as relações que se dão entre os seus diversos componentes mudam. A esse processo 
denominamos “burocratização” - e permite a uma organização ser eficiente, rápida e 
capaz de manipular grandes volumes de produtos e serviços, de tratar com muitos 
clientes e fornecedores e de funcionar, independentemente de quem sejam os seus 
membros. 
 
Componentes da organização formal 
Tendo em vista as diversas funções e objetivos que se propõem as organizações, 
é muito difícil apresentar um modelo rígido de composição das organizações. Pois as 
organizações devem também procurar ajustar suas estruturas às metas que têm em vista. 
Mas sempre se pode falar nos tipos mais comuns de funcionários que integram 
as diversas organizações. É óbvio que o funcionário vai ocupar um cargo ou posição 
que já existe na empresa, ou que foi ocupado antes por alguém. Todo cargo envolve 
uma carga de atribuições, funções, expectativas, direitos e deveres. Da consolidação 
desses direitos e deveres dependerá que a constante transferência de incumbências entre 
as pessoas que deixam o cargo e as que passam a ocupá-lo se efetue com o máximo de 
normalidade, com um mínimo de perturbação para o funcionamento da organização. 
Isto é válido tanto para a empresa pública quanto para a privada. 
No nível administrativo, costuma-se distinguir as funções ou posições de 
executivo, especialista e os cargos médios. Cada um desses cargos pode comportar 
subdivisões, que variam de uma empresa para outra. Diretores e gerentes são cargos 
hierarquizados, podendo haver ainda níveis de subordinação em cascata (diretores-
gerais, diretores de área, gerentes-gerais, gerentes de departamentos, coordenadores 
etc.). 
Também entre os especialistas pode haver distribuição hierárquica. Já nos níveis 
médio, ou intermediário na hierarquia, pode haver a inserção tanto na administração 
quanto na produção. É o caso dos cargos de supervisor, contramestre ou capataz e 
similares. Estes cargos, por sua natureza, estão ligados, tanto ao operariado, pela 
realização material do produto e pela promoção profissional de seus ocupantes, quanto 
aos cargos de mando, pelo seu aspecto de coordenação, fiscalização e organização do 
trabalho. 
O executivo, designação dos cargos superiores da empresa, é o que mais se 
espera que esteja envolvido na perseguição dos principais objetivos da organização, seja 
a pública ou privada. Como o objetivo primeiro da empresa privada é o lucro, este deve 
ser assimilado pela função gerencial, independentemente das motivações pessoais de 
seu ocupante. 
Em princípio, a conquista e manutenção do cargo executivo envolvem 
competição, mérito, aptidões especiais e esforço pessoal. No entanto, outros fatores, 
como posição social, sexo, idade, raça, religião e nacionalidade podem influir na seleção 
de um executivo. Também conta a identidade entre o candidato ao cargo e o grupo de 
dirigentes atuando na empresa. 
Já no nível intermediário da hierarquia da empresa moderna, destaca-se o 
especialista, isto é, do profissional tecnicamente formado e qualificado, que se distingue 
da mão-de-obra comum. Ele traz conhecimento científico para a empresa. Seu destaque 
nas últimas décadas se deve, entre outras coisas, aos progressos científicos e 
tecnológicos e ocorre pela própria necessidade de inovação para aumentos de lucros, o 
que se acentua com a crescente competitividade dos mercados. 
O mesmo pode-se dizer do capataz, o chefe de um grupo de trabalhadores 
braçais, posição intermediária entre a chefia e coordenação e o operariado. Embora sua 
função tenha natureza gerencial no sentido de execução, não participa da tomada de 
decisões. Não usufruindo de um status significativamente elevado, nem de uma 
remuneração muito maior que a do operário comum, o capataz pode identificar-se tanto 
com a gerência, com os trabalhadores sob seu comando ou com nenhum dos dois. No 
entanto, seu trabalho é importante, funcionando como um elo entre a administração e a 
produção. 
Na base da hierarquia da empresa, o operário, ou trabalhador de braçal, ou ainda 
“proletário” é totalmenteexcluído dos papeis administrativos e em geral tem reduzida 
qualificação profissional. Seu papel é amplamente determinado pelo ambiente físico. 
Lida basicamente com a transformação da matéria prima, embora a crescente tecnologia 
utilizada na indústria, isto é, a automação industrial venha afetando constantemente seu 
papel, tradicionalmente identificado com a restrição a operações manuais repetitivas, 
como o girar determinado parafuso ou mudar uma peça de lugar. 
Historicamente, o estreitamente do papel do operário pela divisão de funções 
levou a uma menor exigência de preparo e habilidades, pelo no nível dos não 
especializados ou semi-especializados. Geralmente, o operário ignora qual seu lugar 
dentro do sistema de produção. Ou seja, produz uma peça, ou parte dela, sem saber qual 
será sua utilização. 
Uma função especial na organização de qualquer empresa moderna é o chamado 
funcionário de escritório. Em alguns aspectos, seu papel se assemelha ao do operário. 
Contudo, na prática, existem diferenças de status, de auto-imagem e de reconhecimento 
social, ainda que às vezes com salário inferior. Mas eles distinguem-se dos especialistas, 
que, embora também não sejam operários, são mais dificilmente substituídos e ganham 
mais. 
O número de trabalhadores de escritório tem crescido há várias décadas, como 
decorrência do desenvolvimento econômico, da industrialização, da evolução das 
empresas, que levaram a um grande aumento da quantidade de papeis e de documentos. 
Isto, por sua vez, trouxe a necessidade de racionalização do trabalho de escritório e a 
uma mudança na hierarquia do pessoal de escritório. 
 
A empresa como organização formal 
Empresa é uma das denominações mais comuns para a organização formal. A 
empresa é um grupo organizado, conta com recursos materiais e humanos e tem 
objetivos determinados e definidos. 
Ela compreende tanto exigências econômicas (eficácia e produtividade) quanto 
humanas (individuais e sociais). Enquanto grupo organizado, a empresa é composta por 
um conjunto de indivíduos cujas inter-relações são padronizadas e baseadas na 
expectativa de se processarem de acordo com uma estrutura dotada de normas e valores. 
A empresa é uma entidade autônoma, que visa a oferta de bens e serviços, está 
sob a direção de uma pessoa ou de um grupo que zela por sua organização e 
responsabiliza-se pelo êxito de suas atividades. Enquanto pessoa jurídica, sua 
autonomia baseia-se em direitos e patrimônio próprio. 
Seus objetivos podem ser econômicos (indústria, comércio, serviços), sociais 
(seguridade, previdência, privada, planos de saúde), culturais (educação, 
profissionalização, teatro, museu, TV, cinema), assistenciais (assistência social, 
hospital, casa de repouso, orfanato). 
A empresa pode ser considerada como um sistema organicamente composto por 
funções organizadas em subsistemas. As principais funções são as de propriedade 
(desempenhada por proprietários individuais, familiares, em sociedade ou acionistas), 
administração (funções de planejamento, coordenação, avaliação, controle), produção 
(funções de chefia, coordenação, operariado) e comercialização (funções de venda, 
marketing). 
Estas funções, por sua vez, requerem os seguintes recursos: humanos 
(especialistas de níveis universitário, técnico e não qualificados), materiais (instalações 
físicas, instrumental e ferramentaria, maquinaria, matérias-primas), financeiros 
(recursos próprios ou captados no mercado) e institucionais (estatutos, regulamentos, 
ordens de serviço, memorandos, leis e decretos). 
Uma importante distinção é entre empresa pública e privada. A empresa privada 
é aquela controlada por um indivíduo, família, sociedade limitada de controladores ou 
sociedade anônima (controlada por acionistas). Põe em risco o próprio capital para a 
produção e comercialização de bens ou serviços, visando a eficácia e a eficiência que se 
revertam em benefício de seus proprietários, ou seja, ao lucro. 
Já a empresa pública, ou estatal, utiliza recursos públicos para a produção de 
bens e serviços, visando o bem comum. Ou seja, é aquela cujo capital pertence ao poder 
público. Distingue-se ainda a empresa estatal, aquela em que o poder público é o 
detentor direto ou indireto do controle acionário, da empresa de economia mista, em que 
o poder público é o acionista majoritário. 
Em suas origens, não se imaginava a empresa pública como concorrente da 
empresa privada, mas como complementar, sem ultrapassar os limites dos objetos 
considerados exclusivos de seu papel, oferecendo somente aquilo que não era de 
interesse da empresa privada. No entanto, sobretudo após a Segunda Guerra Mundial, os 
âmbitos de atuação da empresa pública cresceram muito. O Estado, de mero supervisor 
das atividades privadas, tornou-se também um concorrente do mercado. No entanto, em 
todo o mundo, a parti dos anos 80 do século XX, o Estado não só recuou como também 
tendeu a restringir-se às funções originais de controle e complementar à empresa 
privada. 
 
A organização informal 
Num primeiro momento é mais fácil ver numa organização seus elementos mais 
estruturados, formalizados, como os recursos materiais; seus resultados em termos de 
produtos, custos e lucros; a estrutura organizacional, o tipo de organização, as formas de 
subordinação, a hierarquia; a tecnologia empregada; os recursos humanos etc. Do 
mesmo modo podemos conhecer as normas – mesmo algumas informais -, alguns 
hábitos e costumes podem ser bastante evidentes. 
No entanto, em qualquer organização existem relações informais – que não 
aparecem na estrutura formal e correspondem às relações que existem entre as pessoas, 
mas que não necessariamente são as estabelecidas formalmente no organograma da 
organização. Há um conjunto de hábitos, práticas e costumes que correspondem a 
valores compartilhados por toda a organização dentro de uma cultura própria. 
Grupos informais são aqueles que se constituem espontaneamente nas relações 
humanas. São constituídos independentemente da autorização da administração, podem 
corresponder ou não às equipes de trabalho formadas pela gerência e de modo geral têm 
uma liderança, que pode ou não corresponder àquela determinada pela direção da 
organização. Além disso, um grupo informal estabelece normas sociais que são seguidas 
pelos indivíduos que a ele pertencem. São exemplos os grupos de amigos, como 
“panelinhas” ou “igrejinhas”. 
Como se disse, os grupos informais constituem o resultado de processos 
espontâneos de interação entre os indivíduos que se encontram em contato direto uns 
com os outros. Baseiam-se em acordos pessoais e práticas cotidianas, que configuram 
uma série de normas informais. 
Seus objetivos podem ou não coincidir com os objetivos da organização formal 
em que a organização informal está inserida, podendo ir do apoio irrestrito ao 
enfrentamento, ou até mesmo ser indiferentes em relação a ela. 
Pois os objetivos principais da organização informal é o benefício individual de 
seus membros, enquanto os objetivos da empresa são corporativos ou então externos à 
própria empresa. Muitas vezes, ante o ambiente excessivamente formal, competitivo e 
exigente das empresas, os grupos informais constituem um agradável “refúgio”, onde as 
pessoas podem “relaxar” com conversas informais, relações pessoais e amigáveis. 
Assim, grupos informais são constituídos por pessoas que procuram atingir 
metas individuais, porém de maneira cooperativa. Estas metas individuais são 
perseguidas paralelamente com metas grupais, pois os grupos informais coexistem 
dentro dos grupos formais. 
A coincidência entre os fins dos grupos informais (a realização pessoal de seus 
membros) com os da empresa pode contribuir para que a esta atinja seus fins. Caso 
contrário, predominará o conflito, pois ambas as estruturas organizacionais - a formal e 
a informal - estarão perseguindoobjetivos contraditórios. 
A durabilidade de um grupo informal pode variar grandemente, tendo em vista 
desavenças pessoais entre os componentes do grupo ou eventual distanciamento entre os 
componentes. Estes fatores podem terminar abruptamente um grupo informal que 
parecia sólido. Por outro lado, na ausência destes fatores, um grupo informal pode 
perdurar durante anos. Isto porque os grupos informais formam sistemas de relações 
interpessoais que ultrapassam as expectativas que deles se tem e das relações contratuais 
de trabalho. Essas relações podem transcender a própria organização, mantendo-se à 
margem dela. 
Grupos informais podem desfazer-se embora seus membros continuem no 
mesmo grupo formal (isto é, trabalhando na mesma empresa). Ou ainda este grupo 
informal pode perdurar após o desligamento de alguns ou de todos os seus membros do 
grupo formal (quando um ou todos os empregados de uma empresa a deixam, às vezes a 
amizade persiste fora dela). 
Em geral, grupos informais não têm, ou não precisam de estrutura organizativa 
muito definida. Embora eventualmente possa aparecer alguma divisão de tarefas ou 
hierarquia nesses grupos, como a existência de “líderes” ou “condutores”, que 
espontaneamente se destacam, por sua personalidade, diferença de idade, capacidades 
pessoais etc. 
Essas lideranças contam, em geral, com algum consentimento dos demais 
membros, embora também sejam freqüentes disputas entre membros pela liderança do 
grupo. Aliás, muitas vezes a formação do grupo informal se dá em torno de uma 
liderança, que, comumente, demonstra capacidade de ajudar os outros a alcançar 
objetivos pessoais importantes. Assim, irá adquirindo maior poder e influência na 
organização formal. 
Caso a organização informal apresente uma hierarquização de poder, esta será 
paralela e sua estrutura de poder não seguirá a cadeia de comando estabelecida 
formalmente. Por isso, a estrutura de um grupo informal é mais instável que a do formal 
e não pode ser controlada pela direção, do mesmo modo que esta controla a estrutura 
formal. 
O fato de um membro ter maior influência na estrutura informal não está 
relacionado com a sua posição na estrutura formal. Pode ocorrer que um indivíduo que 
apresenta um alto status na estrutura formal não goze do mesmo prestígio na 
organização informa. 
As fronteiras dos grupos informais não são definidas formalmente, mas isso não 
significa que não existam. Pelo contrário, as fronteiras dos grupos informais podem ser 
até mais rígidas do que as dos grupos formais. Isto porque grupos de amigos partilham 
uma afetividade (como a amizade) que não é facilmente transferida para qualquer 
pessoa. Por isso, pode-se dizer que, em princípios, grupos informais são grupos 
fechados. 
O quadro baixo, elaborada por Cyro Bernardes, sintetiza algumas características 
das organizações formais e informais: 
 
VARIÁVEIS GRUPO FORMAL GRUPO INFORMAL 
Funções Atender necessidades da 
organização 
Atender necessidades dos 
membros 
Estrutura Imposta em decorrência dos 
processos de produção de bens e 
serviços 
Autônoma em decorrência das 
simpatias e antipatias pessoais 
Fronteira Aberta para a troca de participantes Fechada para pessoas de fora 
Coesão Baixa pela predominância de metas 
co-orientadas 
Alta pela predominância de 
metas cooperativas 
Fonte: BERNARDES, Cyro. Sociologia aplicada à administração. 4. ed. São Paulo: 
Atlas, 1995. 
 
As organizações informais podem surgir dentro de uma empresa por 
necessidades pessoais e por características da própria estrutura organizacional formal da 
empresa. As principais delas são a proximidade física entre as pessoas no ambiente de 
trabalho e a natureza semelhante das tarefas executadas. 
A proximidade também pode ser social, ética, racial, religiosa e diz respeito à 
identidade construída a partir de sua origem social. Além disso, grupos de indivíduos 
podem apresentar interesses comuns e/ou necessidades que podem ser satisfeitas no 
grupo informal e que não são percebidas pela organização. Podem ser questões afetivas, 
perspectiva profissional, um hobby em comum, um interesse numa atividade fora local 
de trabalho. 
Na verdade, dentro da própria empresa, um grupo de trabalho formal pode 
chegar num consenso de que devem ser estabelecidas maiores relações informais entre 
os membros do grupo e, para tanto, organiza várias atividades para aumentar a 
convivência social, como festas, saídas conjuntas no final do expediente para atividades 
de lazer, fins de semana com programação comum etc. 
Finalmente, há que superar a própria frieza, excesso de formalidade, hierarquia e 
exigências do ambiente de trabalho, pois, por mais que se esforce, não é fácil para uma 
empresa satisfazer as necessidades pessoais e sociais de seus membros. As questões 
individuais dos membros da organização podem não integrar o rol de preocupações dos 
dirigentes ou, como é mais comum, em virtude do tamanho da organização, os 
problemas pessoais mais específicos de seus membros não são observados nem 
considerados no âmbito mais amplo de decisões.

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