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resumo Sistema Respiratório

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Sistema Respiratório
O sistema respiratório pode ser subdividido numa porção condutora e em outra respiratória. A porção condutora é formada pela nasofaringe, laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos. A porção respiratória é formada pelos bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos. 
As fossas nasais são forradas internamente por uma mucosa que varia segundo a região estudada. Na porção inicial, que faz contato direto com o exterior e conhecida como porção do vestíbulo, a mucosa é formada por um epitélio estratificado pavimentoso, sustentado por uma lâmina própria de tecido conjuntivo denso. Neste epitélio, como na pele, encontramos pêlos e glândulas, que auxiliam no processo de filtração do ar. A maior parte das fossas nasais são recobertas por epitélio pseudo-estratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes, epitélio comum a boa parte do sistema respiratório. Esta porção das fossas nasais é conhecida como porção respiratória e, além do epitélio, pode-se observar uma lâmina própria fibrosa com glândulas. Além destes 2 tipos de epitélios nas fossas nasais observa-se um epitélio especializado na porção olfatória da mucosa nasal. O epitélio desta região também é pseudo-estratificado colunar, onde são vistas, além de células de sustentação, células basais e células olfatórias. Estas ultimas são na realidade neurônios bipolares, que apresentam cílios não-móveis na sua porção apical. 
O epitélio descrito na área respiratória das fossas nasais é, como foi apresentado anteriormente, comum a várias outras porções do trato respiratório. Este epitélio, em função desta larga distribuição, é conhecido como epitélio respiratório e é formado por 5 tipos celulares: - células cilíndricas ciliadas; - células basais, as quais são responsáveis pela renovação do epitélio, e que não alcançam a luz do tubo conferindo o aspecto pseudo-estratificado; as células caliciformes, produtora de muco; células em escova, ricas em microvilos na porção apical e a célula granular, que são células endócrinas atuando na regulação do sistema como um todo. 
A faringe, localizada, em seguida as fossas nasais, apresenta epitélio respiratório e nas porções que entram em contato com o alimento, na orofaringe, apresenta epitélio estratificado pavimentoso. A laringe une a faringe à traquéia e tem como ponto mais importante a presença de dobras da mucosa, sendo o segundo par, as cordas vocais verdadeiras. Da mesma forma que acontece na faringe a mucosa na laringe apresenta regiões com epitélio respiratório e outras sujeitas a atrito, onde este epitélio é substituído por epitélio estratificado pavimentoso. A laringe é sustentada por diversas placas cartilaginosas, as maiores do tipo hialino e as placas menores de cartilagem elástica. 
A traquéia se segue a laringe sendo formada por um tubo sustentado por diversos anéis de cartilagem hialina. A traquéia é revestida internamente pelo epitélio respiratório, e sua lâmina própria é formada por tecido conjuntivo frouxo. A mucosa da traqueia apresenta além das células caliciformes do epitélio, diversas glândulas mucosas. Os anéis cartilaginosos da traquéia são abertos posteriormente e unidos através de musculatura lisa. Os anéis são revestidos externamente por tecido conjuntivo frouxo que se constitui numa camada adventícia. 
A traqueia se ramifica e origina os dois brônquios, que após um pequeno percurso entram no pulmão onde se dividem sucessivamente. Quando os brônquios alcançam uma pequena dimensão, a ponto de não se observar em corte, peças de cartilagem, mas somente musculatura lisa ao redor de sua luz, estes passam a ser considerados bronquíolos. A diminuição no calibre destes condutos também é acompanhada por uma transformação nas características histológicas, que a princípio são semelhantes aquelas observadas na traqueia.
Nos ramos maiores dos brônquios, o epitélio é aquele observado em quase todo o trato respiratório superior, o epitélio respiratório, porém aos poucos passa de pseudo-estratificado para cilíndrico simples, ainda com células ciliadas e caliciformes. A lâmina própria assim como a da traqueia é rica em fibras elásticas e é seguida por conjuntivo, onde estão localizadas as placas cartilaginosas e a musculatura lisa. Com a diminuição do calibre do brônquio ocorre uma diminuição no tamanho destas placas e um aumento na quantidade de músculo liso, relativamente ao tamanho do ducto. 
Nos bronquíolos as alterações continuam, o epitélio que nos bronquíolos mais calibrosos é cilíndrico simples aos poucos passa a cúbico e ocorre uma diminuição no numero de células ciliadas e de células caliciformes. Não se observa mais cartilagem ao redor do ducto, somente musculatura lisa. Nos ductos de menor calibre ocorre uma redução ainda maior no conjuntivo abaixo do epitélio. Os bronquíolos terminais apresentam parede bem fina e o epitélio cúbico, com a ausência de células caliciformes. No lugar deste tipo celular, passa a se observar células de Clara. 
Já fazendo parte da porção respiratória, os bronquíolos respiratórios com epitélio semelhante ao encontrado na porção terminal, se caracteriza pela presença de diversos alvéolos em sua parede. Os bronquíolos respiratórios são seguidos pelos ductos alveolares. Este ducto apresenta a parede repleta de sacos alveolares. Somente nos vértices entre dois sacos alveolares, que podem ser observados resquícios da parede do ducto, com epitélio cúbico simples, poucas fibras elásticas e reticulares e musculatura lisa. 
A porção final do sistema respiratório é formada pelos sacos alveolares ou alvéolos. Os alvéolos apresentam parede fina, em função da própria necessidade de troca gasosa. O epitélio que forra os alvéolos é do tipo pavimentoso simples. Observa-se 2 tipos celulares principais: - os pneumatócitos I e os pneumatócitos II. Os pneumatócitos I são células achatadas que revestem a superfície do alvéolo. O pneumatócito II é responsável pela produção de surfactante e se localiza nos vértices ou septos dos sacos alveolares. 
Entre 2 sacos alveolares, a parede pode apresentar somente capilares sangüíneos, de tal forma, que a barreira entre o sangue e o ar é formada simplesmente pelas células epiteliais e endoteliais e as respectivas membranas basais. No septo, onde não ocorre troca gasosa, já se observa fibras reticulares e elásticas, substância amorfa, além de fibroblastos, responsáveis pela sua produção. Observam-se macrófagos nos sacos alveolares e ductos, os quais são os responsáveis pela limpeza e proteção destas vias.
Bem, o nosso corpo precisa de oxigênio (O2) para poder queimar nutrientes e assim produzir energia. O sistema respiratório é responsável por absorver esse oxigênio, passar pra corrente sanguínea e ainda por cima receber o gás carbônico (CO2) e expeli-lo para o ambiente. No ar que inspiramos (atmosférico) há cerca de 21,0% de oxigênio e 0,03% de gás carbônico. No ar que expiramos (alveolar) há cerca de 14,0% de oxigênio e 5,60% de gás carbônico.

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