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Aula 1 – Temperatura e Dilatação Allan Alves Energia Térmica É a energia associada ao movimento de translação, rotação e vibração das partículas de um corpo. A temperatura é a grandeza física macroscópica relacionada à movimentação das partículas. Equilíbrio térmico e calor TA TA > TB TB TA = TB TA TB 3 Professor: dois corpos a diferentes temperaturas, colocados em um recipiente termicamente isolado, atingem o estado de equilíbrio térmico. Calor é a energia térmica em trânsito de um corpo para o outro devido à diferença de temperatura entre eles. A sequência de figuras mostra que dois corpos com temperaturas diferentes trocam calor e entram em equilíbrio térmico em uma nova temperatura (supondo que isso aconteça em um ambiente termicamente isolado). Lei zero da termodinâmica Se A está em equilíbrio térmico com B, e A também está em equilíbrio térmico com C, podemos concluir que B está em equilíbrio térmico com C. A B A C B C 4 Temperatura A temperatura de um sistema é a propriedade que determina se ele estará ou não em equilíbrio térmico com outros sistemas. Quando dois ou mais sistemas estão em equilíbrio térmico, diz-se que têm a mesma temperatura. Termômetros Para definir-se uma escala de temperatura, o procedimento mais simples é escolher um sistema, e associar arbitrariamente um valor numérico de temperatura a cada valor da coordenada de estado de sistema. Exemplos de termômetros Termômetro “termoelétrico” ou termopar Em 1822, o físico Thomas Seebeck descobriu que a junção de dois metais gera uma tensão elétrica em função da temperatura. O funcionamento dos termopares é baseado neste fenômeno, que é conhecido como Efeito de Seebeck. Em 1821 , o físico alemão - Estónia Thomas Johann Seebeck descobriu que quando qualquer condutor é submetido a um gradiente térmico , que irá gerar uma tensão . Isto é agora conhecido como o efeito termoelétrico ou efeito Seebeck . Qualquer tentativa de medir essa tensão envolve necessariamente ligar outro condutor até ao fim " quente " . Este condutor adicional , então, também experimentar o gradiente de temperatura , e desenvolver uma tensão de seu próprio que irá opor o original. Felizmente, a magnitude do efeito depende do metal em uso. Usando um metal diferente para completar o circuito cria um circuito no qual as duas pernas gerar tensões diferentes , deixando uma pequena diferença na tensão disponível para medição. Esta diferença aumenta com a temperatura, e situa-se entre 1 e 70 microvolts por grau Celsius ( mV / ° C ) de combinações padrão de metal . A tensão não é gerado na junção dos dois metais do par termoeléctrico , mas sim ao longo dessa parte do comprimento dos dois metais diferentes, que é submetida a um gradiente de temperatura . Porque ambos os comprimentos de metais diferentes experimentam o mesmo gradiente de temperatura , o resultado final é uma medida da diferença de temperatura entre a junção de termopar e a junção de referência. Contanto que a junção esteja a uma temperatura uniforme, não importa a forma como a junção é feita (que pode ser soldada) , no entanto é essencial para a precisão que os fios do termopar mantenham uma composição bem definida . Se houver variações na composição dos fios na região de gradiente térmico (devido à contaminação , oxidação , etc), do lado de fora da junção , isto pode conduzir alterações na tensão medida 7 Pirômetro Óptico Consegue medir temperaturas entre 700 e 4000oC Devido entre a diferença de intensidade (brilho) da radiação monocromática (l = 0.65 mm) incidente da fonte externa e do filamento de tungstênio da lâmpada, o observador passa a enxergar duas imagens superpostas: a do filamento e da fonte de calor. Termômetro a gás A pressão de um gás em volume constante aumenta com a temperatura. Uma quantidade do gás é colocada em um recipiente de volume constante, e sua pressão é medida. Para calibrar tal termômetro basta medir sua pressão em duas temperaturas conhecidas, 0 e 100 ºC por exemplo, e plotar seus resultados. Escala de Temperatura Exemplo 1 Suponha que um termômetro a gás registre a pressão de 1,50 x 104 Pa, no ponto tríplice da água, e a pressão de 2,05 x 104 Pa, no ponto de ebulição da água. Qual a temperatura do ponto de ebulição da água? Escala Celsius e Fahrenheit Escalas Celsius e Fahrenheit Temperatura de ebulição da água Temperatura de um sistema qualquer Temperatura de fusão de gelo 3 Medidas de temperatura 100 TC 0 TF ºC ºF 32 212 13 Professor: esquema de dois termômetros que mostra a correspondência de valores entre a escala Celsius e a Fahrenheit. Comparação das 3 escalas Exemplo 2 A temperatura na superfície do Sol é de ~ 6500ºC. Qual o valor dessa temperatura na escala Fahrenheit e Kelvin? A que temperatura coincidem as escalas Célsius e Fahrenheit? Dilatação A dilatação térmica é o nome que se dá ao crescimento das dimensões de um corpo, ocasionado pelo aumento de sua temperatura. Dilatação Linear: Ocorre quando o corpo sofre expansão em uma dimensão. A dilatação depende de três fatores: da substância da qual é feito o material; da variação de temperatura sofrida pelo fio; do comprimento inicial do fio. EQUAÇÃO DA DILATAÇÃO LINEAR ∆L = Lo.α.∆T Coeficiente de dilatação linear α é o coeficiente de dilatação linear, uma característica do material. Sua unidade é o °C-1; Exemplo 3 Uma trena de aço com 5 m é calibrada à temperatura de 20 ºC. Qual o seu comprimento num dia quente, quando a temperatura for de 35 ºC ? Exemplo 4 Uma trena de aço de 100 m é exata a temperatura de 65ºF. A distância entre dois pontos, medida com essa trena num dia em que a temperatura é 95ºF, vale 86,57 m. Qual a distância verdadeira entre esses pontos? Dilatação Superficial Há corpos que podem ser considerados bidimensionais, pois sua terceira dimensão é desprezível, frente às outras duas, por exemplo, uma chapa. A expansão ocorre nas suas duas dimensões lineares, ou seja, na área total do corpo. Vemos uma chapa retangular que, ao ser aquecida, teve toda a sua superfície aumentada, passando de uma área inicial (Si) a uma área final (Sf). Ou seja, a variação da área de superfície S pode ser escrita por: ∆S= Sf – Si A dilatação superficial, analogamente à dilatação linear, depende: da variação de temperatura sofrida pelo corpo; da área inicial; do material do qual é feito o corpo. O coeficiente utilizado neste caso, é o de dilatação superficial β, que equivale a duas vezes o coeficiente de dilatação linear, isto é: β = 2α. Sua unidade também é o °C-1. ∆S = β.Si.∆T Exemplo 5 A figura a seguir mostra uma esfera de aço de 50,1 mm de diâmetro apoiada num anel de alumínio, cujo diâmetro interno é de 50,0 mm, ambos à mesma temperatura. Qual o acréscimo de temperatura que esse conjunto deve sofrer para que a esfera passe pelo anel? (Dados: α aço = 1,08. 10^-5 °C^-1 e α al = 2,38 . 10^-5 °C^-1) Dilatação volumétrica Onde: ΔV = Vf – Vi é a variação do volume; Vi é o volume inicial; ΔT = T – To é a variação da temperatura; γ é o coeficiente de dilatação volumétrico; γ = β = 3α para uma mesma substância. Sua unidade também é o °C-1. ΔV= γ Vi ΔT Assim, obtém-se: Coeficiente de Dilatação Volumétrica Água, 20ºC 20 x 10-5 Água, 50ºC 60 x 10-5 Exemplo 6 Enche-se um frasco de vidro de 200 cm³ com mercúrio a 20ºC. Que volume de mercúrio transborda quando a temperatura do sistema aumenta para 100ºC? O coeficiente de dilatação volumétrica do vidro é de 1,20 x 10-5 (ºC)^-1 Bibliografia Física II - Termodinâmica e Ondas - 2ªEd. (Sears; Zemansky); Editora: Livros Técnicos e Científicos S.A.
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