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O IMPACTO FINANCEIRO, CUSTO E TOMADA DE PREÇO NA LOGISTICA

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O IMPACTO FINANCEIRO, CUSTO E TOMADA DE PREÇO NA LOGISTICA
Ricardo de Moraes Conceição
Sérgio Luiz Gonçalves
Silvana Moreira
Tatiana Miloca Pelitero
Vinícius de Moraes
Prof.ª. Cleide Vieira
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Logística (Lod 0227) – Prática Módulo III
10/11/2014
RESUMO
Maximizar os lucros é o horizonte de toda empresa, que considera a necessidade de aplicar os devidos métodos para seu controle e crescimento. Para isso é necessário decidir sobre seus trad-off’s (decisão entre custo e benefício)aquilo que pode ser determinantes para o sucesso ou fracasso. Elaborar uma estratégia logística consistente em pensar e repensar a fim de aprimorá-la a longo prazo, isso fará com que a organização siga rumo ao horizonte de forma coesa e equilibrada, alavancando ao mesmo tempo, o ganho em valores éticos, sociais, fundamentais para o alcance dos objetivos. Monitorar tais ações pode elevar o marketing share (participação de mercado) dos materiais produzidos e submetê-los a correta comercialização.
Palavras-chave:Custo, Estratégia e Preço
INTRODUÇÃO
A globalização tem sido fundamental para o mercado se tornar competitivo, o desafio das empresas em se manterem é cada dia mais acirrado, devido ao fato de terem que atender a demanda com qualidade e satisfazer o cliente, desse ponto de vista é que abordaremos a logística como fator de lucro em uma organização, e mostraremos também que é determinante na tomada de preço, e o seu impacto financeiro na organização.
A logística e a administração financeira quando eficientes trazem efeitos positivos na gestão organizacional quanto à redução de custos, níveis de serviços, lucratividade e ainda agregam valores aos produtos em questão.
Ainda que muitos administradores, não reconheçam o logística como parte importante da estratégia organizacional, a cada dia ela ganha espaço dentro dos interesses gerenciais. Sendo assim, quando deixada em segundo plano o que se nota é a ineficácia dos gestores em articular e mesmo compreender a relação entre a logística e a administração financeira. 
FIGURA 1 - ADMINISTRAÇÃO E MARKETING
FONTE: Disponível em <http://pt.reingex.com/Master-Comercio-Exterior-Marketing-Internacional> Acesso em 02 out. 2014
MAXIMIZANDO LUCROS COM A LOGÍSTICA
As vantagens estão condicionadas ao desempenho positivo ou negativo de cada organização. As empresas investem dinheiro e tempo compreendendo as ações estratégicas a serem tomadas. Atentando para o fato de que a logística afeta diretamente os custos e a tomada de preço, partimos para uma análise de que, o quanto ela influencia na contabilidade gerencial. A gestão quando eficiente pode reduzir custos e aumentar a venda, por isso ela tem seu peso na tomada de decisão e seu interesse vem crescendo a cada dia. Conquistar mercado, crescer, satisfazer o cliente, lucrar; estão diretamente ligados com o fluxo logístico, seja ele de qualquer ramo empresarial.
As empresas possuem meios diversificados para minimizar a perda e de maximizar o lucro, preço baixo e produto diferenciado são a chave para maximizar os lucros, já para minimizar a perda, o controle dos custos tem sua parcela de importância.
Os serviços diferenciados de uma empresa faz com que, a mesma dite as regras e os índices para compor um preço mais disputado no mercado em que compete.
ESTRATÉGIA
A dinâmica que gira em torno dos processos industriais dentro de um “mundo” globalizado, é fundamentada na estratégia com que o serviço deve ser realizado.
A logística sem dúvida contribui para o resultado final do ciclo comercial, tem um papel crucial dentro da estratégia de uma organização, a finalidade de gerar ganhos de competitividade e transformar índices em um resultado econômico positivo. Para aprimorar a estratégia, tem que observar índices financeiros,mesmo que os mais comuns voltado a Custos, Serviços, Qualidade e Investimentos. Escolher o nível de despesa ou investimento aumenta a lucratividade e o seu desempenho gera vantagem se for diferenciado. Faz parte da estratégia, elaborar um planejamento logístico envolvendo todos os índices, para se tornar diferenciado ao atender o nível de serviço ao cliente. Planejar todo o processo usando o mínimo de recurso, ou seja com pouco custo, é torná-lo de certa forma eficiente, e isso prova o impacto logístico nos resultados financeiros de uma organização.
Para Novaes (2001) “...a eficiência é medida comparando-se as produtividades da empresa individualmente com a máxima produtividade observada...”
Por tanto, deve-se tomar a decisão certa na hora certa, estar atento as mudanças e melhorar os sistemas de informações gerenciais para detectar falhas nos processos e assim otimizar seus recursos, para com isso evitar perdas de competitividade.
Uma das estratégias mais visadas e adotadas, é a do Preço Baixo, onde o importante é vender barato e vender mais, do que agregar receita ao valor do produto e correr o risco de gargalos.
FIGURA 2 – ESTRATÉGIA
FONTE: Disponível em <http://paulojunior.net/etapas-para-a-execucao-da-estrategia/> Acesso em: 16 out. 2014
MONITORAMENTO
Assim que determinado os custos logísticos dentro de uma organização, parte-se então para seu devido monitoramento, que compete desde aos gerentes até aos estoques ou centros de distribuições, envolvendo todos os níveis hierárquicos, onde a responsabilidade é dividida. O planejamento é essencial para o monitoramento, pois envolve indicadores de custos com a atividade, dentre os quais:
fluxo de caixa, de investimento, qualidade, satisfação dos clientes e lucro operacional.
Além dos indicadores financeiros devemos considerar os não financeiros, que atingem diretamente as pessoas e suas aptidões para desempenho das tarefas.
FIGURA 3 – MONITORAMENTO
FONTE: disponível em <http://b4w.com.br/news/consumo-colaborativo-como-estrategia-de-mercado/> Acesso em 16 out. 2014
OBJETIVO DA GESTÃO DE CUSTOS
O efetivo controle das atividades produtivas é condição indispensável para que qualquer empresa possa competir em igualdade de condições com seus concorrentes, hoje em dia. Sem este controle, ou seja, sem a capacidade de avaliar o desempenho de suas atividades e de intervir rapidamente para a correção e melhoria dos processos, a empresa estará em desvantagem frente à competição mais eficiente.
Tratando-se do controle de desempenho, cada vez mais as informações de custos assumem importância, exigindo que as estratégias estejam vinculadas às diferentes perspectivas de custos, ou melhor, de acordo com o posicionamento estratégico, os custos assumem papéis distintivos, permitindo diferentes formas de atuação das administrações (maior ou menor ênfase ao seu controle). 
A gestão de custos, independentemente das técnicas a serem utilizadas, pode se transformar em fator diferenciador em relação a concorrentes, pares ou mesmo entre unidades de uma mesma organização.
DEFINIÇÃO
Pensando em uma empresa, podemos definir custos, despesas e gastos da seguinte maneira:
Custos: São gastos diretamente relacionados com a produção dos bens e serviços destinados a comercialização pela empresa.
Despesas: São os demais gastos decorrentes do exercício das funções empresarias de apoio, de renda de pós venda e ou administração.
Gastos diretos e indiretos: gastos fixos e variáveis.
Componentes e Contas básicas
MD / Materiais diretos, Matéria prima, Embalagem.
MOD / Mão de obra direta, Mensurada e identificada de forma direta.
CIF / Custos indiretos, custos que não são MD nem MOD.
Despesas / Gastos não associados a produção
TIPOS E MÉTODOS DE CUSTEIO
CUSTEIO DIRETO OU VARIÁVEL
O sistema de acumulação de custos só coletará, para apuração do custo de produção, os custos diretos relacionados aos produtos.
CUSTEIO PADRÃO
É o sistema de acumulação de custos que mensura de forma científica, considerando que todas as condições técnicas pré-estabelecidas de fabricação sejam alcançadas,o valor dos produtos ou serviços.
CUSTEIO ABC
Sistema de acumulação de custos que identifica e avalia monetariamente um conjunto de eventos ou transações de cada atividade na empresa necessárias para a produção de determinado produto ou serviço.
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
É o método tradicional de custeamento, onde, para se obter o custo de produção, consideram se todos os gastos industriais, diretos ou indiretos, fixos ou variáveis. Os gastos industriais indiretos ou comuns são distribuídos aos produtos por critérios de rateio.
PEPS
Este critério, também conhecido como FIFO (first-in, first-out) apura que os primeiros artigos que entrarem no estoque, vão ser aqueles que vão sair em primeiro lugar, deste modo o custo da matéria-prima deve ser considerado pelo valor de compra desses primeiros artigos.
Nesta maneira de agir, o estoque apresenta uma relação bastante expressiva com o custo de reposição, sendo esse estoque representado pelos preços pagos recentemente. Obviamente, adotar este método, faz com que o efeito da oscilação dos preços sobre os resultados seja expressivo, as saídas são confrontadas com os custos mais antigos, sendo esta uma das principais razões pelas quais alguns se mostram contrários a este método.
UEPS
Este critério, também conhecido como LIFO (last-in first-out) é um método de avaliar estoque bastante discutido. O custo do estoque é obtido como se as unidades mais recentes adicionadas ao estoque (últimas a entrar) fossem as primeiras unidades vendidas (saídas) (primeiro a sair). E assim, deste modo, que o estoque final consiste nas unidades mais antigas e é avaliado ao custo das mesmas. Segue-se que, de acordo com o método UEPS, o custo dos artigos vendidos (saídas) tende a se refletir no custo dos artigos comprados mais recentemente (comprados ou produzidos). Também permite reduzir os lucros líquidos expostos.
CUSTO MÉDIO
É o método aceito pela legislação fiscal mais utilizado pelas empresas no Brasil. Consiste em avaliar o estoque pelo custo médio de aquisição apurado a cada entrada de materiais, ponderado pelas quantidades adicionadas e pelas existentes anteriormente. Esse sistema implica que em cada entrada a um custo de aquisição diferente do custo médio anterior haverá um ajuste no custo médio. Como o custo médio é resultado da divisão do valor monetário do estoque pelo saldo em quantidades físicas, a cada saída, o custo é obtido pela multiplicação das unidades saídas pelo custo médio atual. Dessa forma, nas saídas o custo médio permanece inalterado, porém o fator de ponderação influenciará no cálculo do custo médio na próxima entrada de materiais.
Porém vale ressaltar que, dependendo do ramo de atuação, a empresa poderá ter sérios prejuízos, por exemplo: com os produtos perecíveis, estes possuem validades, caso venda os produtos que chegaram por último, se algum dia chegar a querer vender aqueles que foram adquiridos primeiramente, provavelmente os mesmos já estarão vencidos.
CUSTEIO VARIÁVEL
A finalidade principal do emprego do conceito do custeio variável na execução dos procedimentos da contabilidade de custos parece ser a revelação da margem de contribuição, ou contribuição marginal. A margem de contribuição é a diferença entre a receita de vendas e o custo variável de produção. A receita pode ser tanto dos produtos quanto dos serviços ou de qualquer outro objeto de custeio. Para muitos estudiosos a margem de contribuição tem um papel importante no auxílio à gerência na tomada de decisões de curto prazo. 
A margem de contribuição destina-se a mostrar quanto sobrou da receita direta de vendas, depois de deduzidos os custos e as despesas variáveis de fabricação, para pagar os custos periódicos. A princípio, trazem maiores lucros para a empresa aqueles produtos que alcançarem margens de contribuição maiores do que os outros. Só poderemos destacar a margem de contribuição se a contabilidade separar os custos e as despesas de fabricação em fixos e variáveis, o que nem sempre é muito fácil, pois depende do contexto em que atua a empresa (tamanho, complexidade etc.) e o mercado em que seus produtos são consumidos.
Segundo Leone (1997), o custeio variável é um instrumento bastante utilizado pela gerência em sua função de planejamento das operações. Porque o custeamento variável divide as despesas e os custos de fabricação e de outras funções em fixos e variáveis e determina a margem de contribuição em relação a qualquer objeto ou segmento da empresa, facilitando a análise do processo de simulação antevendo os resultados da interação de custos, volume e lucro.
Mas nem tudo é vantajoso na metodologia do custeio variável, podemos mencionar algumas desvantagens entre elas: os resultados do custeio variável não devem substituir, em algumas decisões, as informações decorrentes de outros critérios. O custeio variável é bem aplicado em problemas cujas soluções são de curto prazo. Para obter soluções de longo prazo, normalmente as informações do custeio variável não são recomendadas. O trabalho de análise das despesas e custos em fixos e variáveis é dispendioso e demorado, o que indica que deverão ser feitos estudos de custo x benefícios.
11. A QUESTÃO VALOR
Não existe um consenso na definição da palavra valor, provavelmente em virtude de uma concepção errônea dos significados das palavras, o que gera discussões e interpretações dúbias com relação aos conceitos. Objetivando minimizar a ação deste tipo de barreira, será definido o termo básico de Valor.
Existem diferentes tipos de valor;
Valor Econômico – se relaciona à habilidade básica de um ativo ou de um direito de propiciar fluxos de caixa pós-impostos de renda para o titular. É um conceito orientado para o futuro.
Valor de Mercado – ou valor justo de mercado, que é o valor de qualquer ativo ou grupo de ativos quando comercializado em um mercado organizado ou entre partes privadas em uma transação espontânea, sem coerção.
Valor Contábil – é o valor estabelecido no balanço patrimonial, registrado de acordo com os princípios fundamentais da contabilidade. É um valor histórico.
Valor de Liquidação – está relacionado à situação particular de uma empresa que precisa liquidar parte ou todos os seus ativos e obrigações.
Valor de Cisão – uma variação no valor de liquidação, o valor de cisão está relacionado às atividades de aquisição ou de reestruturação de uma empresa.
Valor de Reposição – é o montante que seria exigido para substituir um ativo fixo existente. É o custo de substituição de uma máquina, de instalações ou de outros ativos semelhantes.
Valor de Garantia – é o valor de um ativo utilizado como garantia para um empréstimo ou outro tipo de crédito. Geralmente é considerado o montante máximo de crédito que pode ser concedido pelo empenho de um ativo.
Valor Estimado – é estabelecido segundo normas legais locais como a base para a tributação patrimônio.
Valor de Avaliação – é subjetivamente determinado e utilizado quando o ativo em questão não tem um valor de mercado claramente definido.
Valor da Empresa em Operação – é uma aplicação do conceito econômico em uma empresa ativa, da qual se espera a produção de uma série de fluxo de caixa futuros que o comprador potencial deve avaliar para chegar ao preço do negócio como um todo.
Valor para o acionista – é gerado quando os retornos obtidos, a partir dos investimentos existentes e novos, excedem o custo de capital da empresa.
Valor para o Investidor – é definido como o valor presente do investimento para o investidor, enquanto o rendimento representa a taxa interna de retorno (TIR) obtida pelo investidor em relação ao preço pago pelo investimento.
O melhor exemplo para se entender o conceito é o dado por Adam Smith (1983) em seu livro “A Riqueza das Nações” onde ele aborda o seguinte aspecto no ano de 1723: 
“Nada é mais útil do que a água e, no entanto dificilmente se comprará alguma coisa com ela, ou seja, dificilmente se conseguirá trocar água por alguma outra coisa. Ao contrário, um diamante dificilmente possui algumvalor de uso, mas por ele se pode, muitas vezes, trocar uma quantidade muito grande de outros bens”. 
Verifica-se uma confusão nos conceitos de valor e riqueza, para tanto diz Adam Smith: “Um homem é rico ou pobre de acordo com o grau em que possa desfrutar de tudo que é necessário, útil e agradável à vida humana”.
Portanto, o valor difere essencialmente da riqueza porque o valor depende não da abundância, mas da facilidade ou dificuldade da produção. O trabalho de um milhão de homens nas indústrias produzirá sempre o mesmo valor, mas não produzirá sempre a mesma riqueza. Com o crescimento da competitividade as empresas precisarão de gerentes competentes para enfrentar as dificuldades e incertezas que crescem no mundo de hoje. Para tanto, os mesmos deverão ser treinados no processo de tomada de decisão referente à tomada de decisão que agregam valores as empresas, elevando-se a eficiência dos mesmos.
Pode-se dizer que ainda que seja impossível determinar com algum grau de precisão qual é ou foi à média dos lucros do capital, no presente ou no passado, a consideração dos juros do dinheiro é capaz de expressar uma idéia sobre os lucros. Pode-se adotar que, onde se pode ganhar muito com o uso do dinheiro, muito se pagará por esse uso, e onde pouco se pode ganhar com o uso dele, menos ainda é o que se pagará por esse uso. Conforme, a taxa habitual de mercado dos juros variar em um país, podemos afirmar que os lucros do capital variarão com ela: baixam quando ela baixa, e sobem quando ela sobe. Portanto, a evolução dos juros do dinheiro pode levar-nos a formar alguma idéia sobre a evolução do lucro de capital ou acréscimo de valor.
12.FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA
12.1 MARK UP I E MARK UP II
Este estudo tem seu referencial teórico baseado na caracterização da intangibilidade do “produto” serviço; na diferenciação entre investimento, custo e despesa; na discriminação da teoria de custo e na definição do Mark up como componente base da formação do preço de venda de uma empresa prestadora de serviços na área de conservação e limpeza. Os indicadores econômicos de interesse estão referenciados na análise do custo de prestação de serviços e na formação dos preços de venda desses serviços.
12.2 PROCEDIMENTO PARA CÁLCULO DE MARK UP
As sociedades modernas são caracterizadas, principalmente, pelo fato de buscarem satisfazer às necessidades humanas. Para Carvalho (1998), necessidade humana é qualquer manifestação de desejo que envolva a escolha de um bem econômico capaz de contribuir para a realização social do indivíduo.
Deste modo, pode-se caracterizar “bem”, como tudo aquilo capaz de atender a uma necessidade humana, podendo ser classificado como tangível ou material – quando se pode atribuir-lhes características físicas – e como intangível ou imaterial – que são de caráter abstrato. Assim, todos os serviços prestados podem ser classificados como bens intangíveis ou imateriais, pois deixam de existir quase que simultaneamente à sua execução ou produção.
Troster e Morcillo (1999) definem serviço como o resultado de um esforço, de uma performance que, quando vendido, não há, via de regra, nada a ser mostrado que seja palpável. Ou seja, são produzidos e consumidos ao mesmo tempo.
Como um determinado bem ou serviço é procurado porque tem utilidade – satisfazer à necessidade humana – sua oferta torna-se limitada pela escassez de recursos (capital, terra e trabalho) disponíveis para produzir ou executá-los. Assim, Carvalho (1998) caracteriza o serviço como um bem intangível com escassez econômica. Por isso, possui preço, que serve para delinear as ilimitadas necessidades humanas.
13. TERMOLOGIAS UTILIZADAS NO ESTUDO
Para melhor adequação didática dos recursos utilizados no processo de composição do preço de serviços prestados, podem-se utilizar as seguintes classificações, segundo Martins (2000):
Gasto: é todo sacrifício financeiro com que a entidade arca para obter um produto ou serviço qualquer, sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (dinheiro). Não inclui todos os sacrifícios com que a entidade acaba por arcar, excluindo-se, por exemplo, o custo de oportunidade e a depreciação, por não implicarem na entrega de ativos;
Investimentos: são os gastos com ativos (máquinas, veículos, acessórios, entre outros) em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros períodos;
Custo: é todo gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços;
Despesas: são bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para a obtenção de receitas.
Essas terminologias são de extrema importância para a empresa prestadora de serviço, pois servem como uma ferramenta útil para análise gerencial da política de preço adotada. Isso porque, segundo Bernardi (1996), sem uma política de preços bem definida, estudada, avaliada e corretamente adequada ao mercado, a empresa estará atuando aleatoriamente e sem direção, ou vendendo menos do que poderia, sem clara consciência de sua performance, do impacto do mercado e da condição competitiva.
14.MODELO DE CUSTO
Para melhor satisfazer às necessidades dos clientes, cada serviço – bem intangível ou imaterial – possui um processo de “produção” diferenciado e em consequência disso, utiliza uma função de produção diferente para melhor adequação dos fatores de produção. Como os fatores de produção são considerados recursos escassos e, portanto, têm seu valor, as empresas buscam as melhores formas possíveis de definir uma política de preço, com o objetivo de maximizar os resultados.
Pelo fato das empresas raramente possuírem ou obterem dados empíricos necessários à construção da curva de demanda para um dado serviço, Bernardi (1996) cita que um dos métodos mais utilizados para formação de preços é o que tem por base os custos, devido à relativa praticidade e simplicidade.
O modelo de custo serve para verificar se e como os recursos empregados em uma atividade empresarial estão sendo remunerados, possibilitando também verificar como está a rentabilidade de um dado empreendimento, se comparado com outras alternativas de emprego do tempo e de capital. Assim, segundo esse autor, a teoria do custo pode ser definida como a soma de todos os recursos (insumos e serviços) utilizados no processo de produção de um bem (tangível ou não).
Considerando a teoria do custo como a melhor forma para estabelecer uma política de preço para efeito de planejamento, deve-se determinar o período de tempo para proceder à análise, que pode ser de curto ou de longo prazo.
A partir do curto prazo, pode-se classificar o custo total de produção de um bem em custos fixos e custos variáveis. Os custos fixos correspondem à parcela dos custos totais que são decorrentes dos gastos com fatores fixos de produção, ou seja, gastos que não se incorporam totalmente ao serviço, mas o fazem em tantos serviços executados conforme sua vida útil permitir. Os custos fixos não são facilmente alteráveis no curto prazo e seu conjunto determina a capacidade de produção de um empreendimento. Os custos variáveis, por sua vez, correspondem à parcela dos custos totais que dependem da produção do bem, ou seja, são aqueles gastos que possuem duração igual ou inferior ao curto prazo e se incorporam ao serviço, necessitando ser repostos a cada serviço a ser prestado. Além disso, eles podem ser alterados no curto prazo.
No longo prazo, todos os recursos utilizados para a execução dos serviços são considerados variáveis, haja vista que o período identificado assume toda a vida útil dos recursos fixos utilizados.
Carvalho (1998) define como custo total de produção de um bem (tangível ou não) o total das despesas realizadas pela empresa com a utilização da combinação mais econômica dos fatores de produção. Resumindo, o custo total nada mais é do que a soma dos custos fixos e variáveis.
Existe uma forma de melhorar a análise seria a decomposição dos custos fixos e dos variáveis em custos operacionais e alternativos (ou de oportunidade). Os operacionaisconstituem o gasto exigido pelos recursos que necessitam de desembolso monetário por parte da atividade empresarial para sua reposição. Já os alternativos (ou de oportunidade) correspondem ao retorno que o capital utilizado na atividade empresarial estaria proporcionando se fosse aplicado à outras alternativas. Ou seja, permite verificar se o empreendimento é viável, desde que seu retorno financeiro seja igual ou superior à outras alternativas de uso do capital. Assim, somando-se o custo operacional ao custo alternativo, obtém-se o custo econômico.
A receita, no caso das empresas prestadoras de serviços, corresponde ao valor total recebido por um dado serviço prestado.
15.PREÇO DE VENDA PELO MARK-UP
A maioria das empresas prestadoras de serviço, sobretudo as de conservação e limpeza, possui a estrutura de custos variáveis bem definida, onde se conhecem quase todos os itens que a compõem. Entretanto, a alocação dos custos, as despesas fixas e a determinação de um percentual de lucro ficam a critério das prestadoras de serviços que, em muitos casos, veem-se obrigadas a desconsiderar parte ou todo o percentual destinado aos custos e despesas fixas, como forma de aumentar sua competitividade no mercado por meio do preço.
Para Carvalho (1998),“uma forma eficiente de alocação dos recursos fixos e do lucro seria através do Mark-up, que é uma margem fixa que incide sobre o custo variável, proporcionando o preço final de venda”. O autor completa dizendo... “que esse modelo parte do pressuposto de que as firmas conhecem melhor seus custos de produção de bens do que a demanda do serviço, razão pela qual o preço do produto é fixado a partir de uma margem sobre os custos diretos de produção.”
O Mark-up não deve ser confundido com o lucro da empresa, uma vez que ele incide somente sobre o custo variável, ou seja, uma parte dele, portanto, destina-se a cobrir o custo fixo (CARVALHO, 1998). Assim, a margem pode ser dividida em dois componentes básicos: um destinado a cobrir o custo fixo e outro representando o lucro.
Carvalho (1998) conclui que o modelo de Mark-up é muito utilizado em um modelo de oligopólio, em que o objetivo da empresa é maximizar o Mark-up, e não os lucros. Quanto mais imperfeito for o mercado, maiores são as facilidades da firma, individualmente, estabelecer sua política de Mark-up, ou alterá-la se assim lhe interessar.
FIGURA 4– MARKUP
FONTE: Elaborado pelo grupo
16.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo descreve a importância da Gestão de Custos para as empresas, principalmente em um mundo globalizado e altamente competitivo como atualmente se encontra, sendo que uma boa gestão de custos pode e deve representar um grande diferencial competitivo. Porém são necessárias muitas técnicas, a maioria delas bastante apuradas para se obter êxito no sentido de se detectar os vilões contábeis que reduzem a lucratividade das empresas, pois muitas vezes são entendidos por parte dos gestores menos preparados que não é possível reduzir custos sem perder competitividade e por consequência, entender que isso pode representar uma ameaça ao crescimento da mesma. 
Um bom sistema de gestão de custos deve fornecer as informações necessárias para uma boa tomada de decisões, dando um diagnóstico confiável para a classificação das despesas, estabelecimento de metas, melhoria dos processos, gestão de recursos, orçamento de custos, etc.
Não existem formulas milagrosas para reduzir desperdícios, mas é fundamental uma boa Gestão no que se refere aos custos dentro de uma empresa, pois, provavelmente, será este controle que definirá a sustentabilidade da mesma em um mundo altamente competitivo.
Num mundo em que cada vez mais, as grandes organizações buscam a excelência empresarial para tornarem-se cada vez mais competitivas, há um forte investimento em novas tecnologias e no capital intelectual de seus colaboradores, porém, constata-se que muitas organizações encontram dificuldades que impedem ou freiam o alcance dessa excelência. Isso pode estar ocorrendo devido à adoção de um sistema de custeio que não absorve a realidade vivenciada pela organização. Ainda é possível encontrar empresas que utilizam sistemas de custeio antigos e obsoletos, que eram utilizados em uma realidade competitiva totalmente diferente da que vivenciamos hoje.
Em decorrência de mudanças contínuas nos ambientes corporativos, torna-se necessário que as empresas atualizem-se constantemente. Portanto, tomar a decisão certa no momento certo passa a ser algo primordial para a longevidade das empresas. Em outras palavras, as situações decisórias no âmbito profissional, podem afetar toda a empresa positivamente ou negativamente. Nesse sentido tomar a decisão certa passa a ser a base de sucesso de todas as empresas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERNARDI, Luiz Antônio. Publisher, Atlas, 1996
CARVALHO, José Crespo de e CUNHA, Susana, Marcas do Distribuidor em Portugal: Manual e Estudo Prático, Lisboa, AJE Sociedade Editorial, 1998.
LEONE, G. S. G. Curso de Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 1997.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos: inclui o ABC. 7.ed. São Paulo : Atlas, 2000.
NOVAES, Antônio G. N. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: estratégia, operação e avaliação. Rio de Janeiro: Campus, 2001. p 409.
SMITH, Adam. A Riqueza das Nações..Vol. 1. São Paulo: Nova Cultural, 1983.
TROSTER, Roberto Luis; MORCILLO, Francisco Mochón. Introdução a economia. São Paulo: Makron Books, 1999.

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