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Aula 1. Ética na Magistratura

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CURSO DE DIREITO 
DISCIPLINA DE ÉTICA PROFISSIONAL 
Prof. Sylvio Lourenço da Silveira Filho 
MAGISTRATURA 
Os magistrados são os agentes estatais que exercem o poder jurisdicional. 
 
DIPLOMAS LEGAIS 
� Constituição da República 
� Lei Complementar n.º 35, de 14/03/1979. 
� Código de Ética da Magistratura Nacional (Aprovado na 68ª Sessão Ordinária do Conselho 
Nacional de Justiça, do dia 06 de agosto de 2008, nos autos do Processo nº 200820000007337, 
publicado no DJ de 18/09/2008) 
 
COMPOSIÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO 
 
O Poder Judiciário é exercido pelos seguintes órgãos (art. 92, da CR): 
� Supremo Tribunal Federal; 
��Conselho Nacional de Justiça; 
� Superior Tribunal de Justiça; 
� Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; 
� Tribunais e Juízes do Trabalho; 
� Tribunais e Juízes Eleitorais; 
� Tribunais e Juízes Militares; 
� Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. 
 
OBS.: As regras do Poder Judiciário vêm previstas nos artigos 92 a 126 da CR. O STF e os 
Tribunais Superiores (STJ, TST, TSE e STM) têm sede na Capital Federal (Brasília) e exercem 
jurisdição sobre todo o território nacional, nos termos do art. 92, § 2º, da CR. 
 
 
CURSO DE DIREITO 
DISCIPLINA DE ÉTICA PROFISSIONAL 
Prof. Sylvio Lourenço da Silveira Filho 
 
 
INVESTIDURA 
De acordo com Vicente GRECO FILHO, “a investidura é o procedimento que atribui ao juiz a 
qualidade de ocupante do cargo, após regular concurso público, e que o autoriza a exercer o Poder 
Jurisdicional”1. Desse modo, para que o exercício da função jurisdicional se dê de forma válida e 
regular, é necessário que os magistrados sejam investidos no cargo. 
 
Regra geral: a investidura ocorre mediante concurso público de provas e títulos, com a 
participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases (art. 93, I, CR). 
 
REQUISITOS PARA INGRESSO NA MAGISTRATURA POR CONCURSO PÚBLICO 
 
� Título de bacharel em direito 
� No mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de 
classificação (art. 93, I, CR). 
De acordo com o art. 59 da Resolução n. 75/2009-CNJ, considera-se atividade jurídica: 
 
→ aquela exercida com exclusividade por bacharel em Direito; 
 
→ o efetivo exercício de advocacia, inclusive voluntária, mediante a participação anual mínima em 
cinco atos privativos de advogado (Lei n. 8.906/1994, art. 1º) em causas ou questões distintas; 
 
1 GRECO FILHO, Vicente. Manual de processo penal. 7ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 232. 
 
CURSO DE DIREITO 
DISCIPLINA DE ÉTICA PROFISSIONAL 
Prof. Sylvio Lourenço da Silveira Filho 
 
→ o exercício de cargos, empregos ou funções, inclusive de magistério superior, que exija a 
utilização preponderante de conhecimento jurídico; 
 
→ o exercício da função de conciliador junto a tribunais judiciais, juizados especiais, varas 
especiais, anexos de juizados especiais ou de varas judiciais, no mínimo de 16 horas mensais e 
durante 1 ano; 
 
→ o exercício da atividade de mediação ou de arbitragem na composição de litígios. 
 
OBS.: A referida Resolução veda, para efeito de comprovação de atividade jurídica, a contagem do 
estágio acadêmico ou qualquer outra atividade anterior à obtenção do grau de bacharel em Direito. 
 
EXCEÇÕES À REGRA GERAL DA INVESTIDURA: 
 
A) Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). 
→ art. 101, caput e parágrafo único, CR 
● composição: 11 Ministros; 
● investidura: o Presidente da República escolhe e indica o nome para compor o STF, devendo ser 
aprovado pelo Senado Federal, pela maioria absoluta (sabatina no Senado Federal). Aprovado, 
passa-se à nomeação, momento em que o Ministro adquire a vitaliciedade. 
 
* Na história republicana brasileira, o Senado Federal rejeitou apenas cinco indicações 
presidenciais, negando, portanto, a aprovação de atos de nomeação para cargo de Ministro do 
STF, todas elas ocorridas durante o governo Floriano Peixoto (1891 a 1894). Foram eles: a) Barata 
Ribeiro, b) Innocêncio Galvão de Queiroz, c) Ewerton Quadros, d) Antônio Sève Navarro e e) 
Demosthenes da Silveira Lobo. 
 
Requisitos para ocupar o cargo de Ministro do STF: a) ser brasileiro nato (art. 12, § 3º, IV, CR); 
b) ter mais de 35 e menos de 65 anos de idade; c) ser cidadão (estando no pleno gozo dos direitos 
políticos); d) ter notável saber jurídico e reputação ilibada (art. 101, CR). 
* O STF teve apenas um Ministro que não era Bacharel em Direito, que foi o médico Candido 
Barata Ribeiro, nomeado pelo Presidente Floriano Peixoto, por decreto, em 23.10.1893, em razão 
da vaga ocorrida com o falecimento do Barão de Sobral, tomando posse em 25/11/1893. 
O Senado, contudo, em sessão secreta de 24/09/1894, negou a aprovação do nome de Barata 
 
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Prof. Sylvio Lourenço da Silveira Filho 
Ribeiro, nos termos do Parecer da Comissão de Justiça e Legislação, que considerou desatendido 
o requisito de “notável saber jurídico”. Assim, Barata Ribeiro deixou o cargo de Ministro do STF em 
29/09/1894, tendo ficado por pouco mais de 10 meses (um dos Ministros que por menos tempo 
permaneceu no STF; o Ministro Herculano de Freitas foi o que menos tempo permaneceu no cargo: 
3 meses e 16 dias). 
 
B) Ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) 
→ art. 104, caput e parágrafo único, da CR. 
● composição: pelo menos 33 Ministros (art. 104); 
● investidura: os Ministros serão escolhidos e nomeados pelo Presidente da República, após 
serem sabatinados pelo Senado Federal e aprovados pelo voto da maioria absoluta (art. 104, 
parágrafo único, CR), igualando-se ao quórum da sabatina para os Ministros do STF; 
● requisitos para o cargo: a) ser brasileiro nato ou naturalizado; b) ter mais de 35 e menos de 65 
anos; c) ter notável saber jurídico e reputação ilibada (art. 104, CR); 
● estrutura da composição do STJ: 1/3 dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais; 1/3 
dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça; 1/6 dentre advogados; e 1/6 dentre membros do 
Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente; 
● procedimento: no caso dos juízes dos Tribunais Regionais Federais e dos desembargadores dos 
Tribunais de Justiça, o STJ elaborará lista tríplice, enviando-a ao Presidente da República, que 
indicará um e o nomeará após aprovação do Senado Federal. No caso dos advogados e membros 
do Ministério Público, serão eles indicados na forma das regras para o quinto constitucional. 
 
C) Ministros do Superior Tribunal Militar (STM) 
→ art. 123, caput e parágrafo único, da CR. 
● composição: 15 Ministros vitalícios; 
● estrutura da composição: a) 3 dentre oficiais-generais da Marinha, da ativa e do posto mais 
elevado da carreira; b) 4 dentre oficiais-generais do Exército, da ativa e do posto mais elevado da 
carreira; c) 3 dentre oficiais-generais da Aeronáutica, da ativa e do posto mais elevado da carreira; 
e d) 5 dentre civis, dos quais 3 serão escolhidos dentre advogados de notório saber jurídico e 
conduta ilibada, com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional, 1 dentre juízes auditores e 1 
membro do Ministério Público da Justiça Militar; 
● forma de nomeação: o Presidente da República aponta a indicação dos 15 Ministros, 
respeitando-se a proporção acima exposta. A indicação deve ser aprovada pela maioria simples do 
Senado Federal, onde serão sabatinados. Aprovada a indicação, o Presidente da República os 
nomeará; 
 
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● requisitos: a CR somente prevê̂ , de forma expressa, requisitos para os Ministros civis, quaissejam: a) ser brasileiro, nato ou naturalizado; b) ter mais de 35 anos de idade; c) para os Ministros 
civis escolhidos dentre os advogados, ter notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de 
10 anos de efetiva atividade profissional; e d) para os Ministros oficiais-generais a Constituição 
prevê̂ o requisito de serem brasileiros natos, de acordo com o art. 12, § 3º, VI. 
 
D) Membros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) 
→ art. 119, CR. 
● composição: no mínimo, 7 membros (juízes); 
● estrutura da composição: a) 3 juízes serão eleitos dentre os Ministros do STF, pelo voto 
secreto, pelos próprios membros da Corte Suprema; b) 2 juízes serão eleitos, também pelo voto 
secreto, dentre os Ministros do STJ, pelos próprios Ministros do STJ; c) 2 outros juízes da seguinte 
forma: o STF elaborará lista sêxtupla escolhendo nomes dentre advogados de notável saber 
jurídico e idoneidade moral, encaminhando-a ao Presidente da República. Este escolherá 2, 
nomeando-os, sem haver a necessidade de sabatina pelo Senado Federal; 
● Presidente e Vice-Presidente do TSE: serão eleitos pelo TSE, dentre Ministros do STF; J 
Corregedor Eleitoral do TSE: será́ eleito pelo TSE, dentre Ministros do STJ. 
 
E) Membros dos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE’s) 
Conforme dispõe o art. 120 da CR, na Capital de cada Estado e no Distrito Federal haverá́ um 
Tribunal Regional Eleitoral. 
 
→ art. 120, § 1º, CR 
● composição: 7 membros (juízes); 
● estrutura da composição: a) eleição, pelo voto secreto, de 2 juízes dentre os desembargadores 
do Tribunal de Justiça; b) eleição, pelo voto secreto, de 2 juízes, dentre juízes de direito, escolhidos 
pelo Tribunal de Justiça; c) de 1 juiz do TRF com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, 
ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo TRF respectivo; d) de 2 juízes, 
por nomeação, pelo Presidente da República, dentre 6 advogados de notável saber jurídico e 
idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça; 
● Presidente e Vice-Presidente do TRE: serão eleitos pelo TRE, dentre os desembargadores. 
 
F) Ministros do Tribunal Superior do Trabalho 
→ art. 111-A, da CR. 
● composição: 27 Ministros togados e vitalícios; 
 
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● estrutura da composição: 1/5 será escolhido dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva 
atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo 
exercício, observado o disposto no art. 94; os demais, quais sejam, os 4/5 dos 27 Ministros do TST, 
serão escolhidos dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da Magistratura da 
carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. 
● requisitos para o cargo: a) ser brasileiro nato ou naturalizado; b) ter mais de 35 e menos de 65 
anos de idade; J sabatina do Senado Federal: igualando-se ao STF e STJ, a sabatina no Senado 
passa a ser pela maioria absoluta, e não mais maioria simples ou relativa, sendo os Ministros 
nomeados pelo Presidente da República. 
 
G) Membros dos Tribunais Regionais do Trabalho (TRT’s) 
→ art. 115, da CR. 
 
● composição: os Tribunais Regionais do Trabalho serão compostos de, no mínimo, 7 juízes, 
recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República 
dentre brasileiros com mais de 30 e menos de 65 anos; 
● estrutura da composição: a) 1/5 dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade 
profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício, 
observado o disposto no art. 94; b) os demais, vale dizer 4/5, mediante promoção de juízes do 
trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente. 
 
H) O QUINTO CONSTITUCIONAL 
 
● O art. 94 da CR estabelece que 1/5 (20%) dos lugares dos Tribunais Regionais Federais e dos 
Tribunais dos Estados e do Distrito Federal e Territórios será́ composto de membros do 
Ministério Público, com mais de 10 anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de 
reputação ilibada, com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla 
pelos órgãos de representação das respectivas classes. 
 
● Apesar de o art. 94 da CR fazer referência explícita somente aos TRF’s e TJ’s, a “regra do quinto” 
está prevista, também, para os tribunais do trabalho (artigo 111- A, I e artigo 115, I, ambos da CR) e 
o seu procedimento orienta a composição do STJ (art. 104, parágrafo único, da CR), lembrando a 
particularidade de que, nesse caso, os advogados e membros do Ministério Público representam 
1/3, e não 1/5, do Tribunal, ou seja, no STJ a indicação é que se dá́ na forma da “regra do quinto”, e 
não a quantidade de Ministros provenientes da advocacia e do Ministério Público 
 
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Prof. Sylvio Lourenço da Silveira Filho 
 
● Procedimento: os órgãos de representação das classes dos advogados e Ministério Público 
elaboram lista sêxtupla, ou seja, indicam 6 nomes que preencham os requisitos acima citados. 
Recebidas as indicações, o tribunal para o qual foram indicados forma lista tríplice (escolhe 3 dos 
6). Nos 20 dias subsequentes, o Chefe do Executivo (em se tratando de Tribunal Estadual, o 
Governador de Estado; na hipótese do TJDF, o Presidente da República, e para indicação ao TRF, 
também o Presidente da República) escolherá 1 dos 3 para nomeação.

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