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Esquemas 
Crenças 
Distorções Cognitivas 
Pensamentos Automáticos 
 
 
 
 
 
 
Profa. Ms. Eliana Melcher Martins 
ESQUEMA 
 A maioria dos pesquisadores do desenvolvimento 
cognitivo usa uma dessas quatro abordagens para 
definir esquema: 
 
 Behaviorista 
 Psicométrica 
 Processamento de Informação 
 Piagetiana 
 
Papalia (2000) 
ABORDAGEM BEHAVIORISTA 
 Estuda a mecânica básica da aprendizagem, 
preocupando-se em como o comportamento muda em 
resposta à experiência. 
 
 
ABORDAGEM PSICOMÉTRICA 
 
 Tenta medir as diferenças individuais em termos de 
quantidade de inteligência. 
 
ABORDAGEM DO 
PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO 
 
 Concentra-se nas diferenças individuais quanto ao 
modo no qual as pessoas usam sua inteligência, focando 
os processos envolvidos na percepção e no manuseio de 
informação. 
 
ABORDAGEM PIAGETIANA 
 Observa as mudanças na qualidade do funcionamento 
cognitivo 
 O que a pessoa é capaz de fazer 
 Relação com a evolução das estruturas mentais 
 Como as crianças se adaptam ao seu ambiente, 
sustentando que a cognição se desenvolve em etapas. 
 
 
 Piaget  o núcleo do comportamento inteligente estaria 
numa capacidade inata de adaptar-se ao ambiente. 
 Descreve o desenvolvimento cognitivo  estágios. 
 Em cada estágio a criança desenvolve uma nova maneira 
de pensar/responder ao ambiente = esse desenvolvimento 
ocorreria por meio de três princípios que estão inter-
relacionados: 
 organização, 
 adaptação e 
 equilibração. 
 Papalia (2000) 
Formação de um Esquema 
 
 
 
 Fatores congênitos Experiências 
 e Infantís 
 hereditários 
 
 
 Esquemas 
 
 
 
 Situações ativadoras Pensamentos e 
 ou desencadeantes Comportamentos 
ORGANIZAÇÃO COGNITIVA 
 Tendência de criar sistemas de conhecimento cada vez mais 
complexos. 
 Desde que nascem  organizam o que conhecem por meio 
de representações mentais da realidade dar sentido a 
seu mundo. 
 Representações mentais  estruturas chamadas esquemas 
= podem ser conceituados como padrões organizados de 
comportamento que uma pessoa usa para pensar e agir 
em uma situação. 
 À medida que as crianças adquirem mais informação  
esquemas tornam-se cada vez mais complexos  
progredindo as maneiras de realizar ações motoras até o 
pensamento crítico sobre percepções sensoriais, e depois 
até o pensamento abstrato. 
 
ADAPTAÇÃO: modo como lidamos com as novas 
informações 
 Envolvendo: 
Assimilação: tomar uma informação e incorporá-la 
em estruturas cognitivas existentes 
Acomodação: mudar nossas ideias para incluir um 
novo conhecimento. 
 Equilibração: busca constante de equilíbrio, entre a 
criança e o mundo exterior e entre as próprias 
estruturas cognitivas da criança. 
 
 
 
 Piaget  esquemas  tem sua origem no exercício dos 
reflexos. 
 
 Bebê recém-nascido  ao exercitar seus reflexos 
hereditários começa a relacionar o contexto no qual o 
reflexo é aplicado com a situação alcançada por ele, dando 
origem aos esquemas. 
 
 Esquema piagetiano  estrutura cognitiva dinâmica que 
se modifica ao longo do tempo, agregando conhecimento. 
 
 Por meio de suas interações, das experiências que a criança 
vivencia, constrói ativamente os seus conhecimentos. 
 
 A ação da criança sobre os objetos  é que possibilita a 
formação da inteligência, em que a estrutura lógica é 
formada pelo desenvolvimento cognitivo, e neste sentido, 
a socialização, a linguagem, a curiosidade é expressão do 
desenvolvimento cognitivo. 
 
 
Papalia (2000) 
Bartlett, Atkinson (2002) afirmam que 
 Piaget  talvez o 1º psicólogo a estudar sistematicamente 
os efeitos dos esquemas sobre a memória. 
 Sugeriu que distorções de memórias muito semelhantes 
àquelas que ocorrem quando encaixamos pessoas em 
estereótipos podem ocorrer quando tentamos encaixar 
narrativas em esquemas (distorções cognitivas) 
 Bartlett concluiu na sua pesquisa sobre os esquemas que os 
dois aspectos da memória: preservar e construir, podem 
sempre estar presentes. 
 
 
 Papalia (2000)  o bebê necessita de toda a atenção e 
cuidados do adulto, sozinho ele não sobreviveria, pois o 
período que vai do nascimento à aquisição da linguagem é 
marcado por um extraordinário e complexo 
desenvolvimento da mente. 
 A criança progressivamente aumenta o autocontrole do seu 
próprio corpo e sentimentos. 
 Assim, ela conseguirá pouco a pouco lidar com as demandas 
da vida. 
 
CONCEITO DE ESQUEMAS 
 Tem sua história relativamente ligada aos teóricos Piaget e 
Bartlett, primeiros a definir e descrever um esquema como: 
 
“Estruturas que integram 
e atribuem significados aos eventos”. 
 
 
Beck & Freeman (1993) 
 
ESQUEMAS 
 
Aaron Beck 
sugere que os ESQUEMAS são 
estruturas cognitivas 
cujo conteúdo específico são as 
CRENÇAS CENTRAIS. 
 
 Esquema ou Estrutura Cognitiva 
 
 
 
 Crença Central 
 ou Nuclear 
 Erros ou Crenças 
 Distorções Intermediárias 
 Cognitivas 
 Pensamentos 
 Automáticos 
ESQUEMAS - DEFINIÇÕES 
 “Elementos organizados a partir de experiências e 
reações passadas que formam um corpo relativamente 
compacto e persistente de conhecimento capaz de dirigir 
as valorizações e percepções posteriores” 
 Segal (1988) 
 
 
“Armazenam postulados e suposições básicas para 
interpretar as informações” 
 
Beck (in Cottraux e Blackbum, 2001) 
 
 
 São estruturas internas de relativa durabilidade que 
armazenam aspectos genéricos ou protótipos de estímulos, 
ideias ou experiências, e também organizam informações 
novas para que tenham significado, determinando como os 
fenômenos são percebidos e conceitualizados. 
 São estruturas cognitivas com conteúdos (crenças) 
 São estruturas mentais que contêm armazenadas as 
representações de significados. 
 São fundamentais para orientar a seleção, codificação, 
organização, armazenamento e recuperação de informações de 
dentro do aparato cognitivo. 
 Tem uma estrutura interna consistente que ordena novas 
informações que entram no sistema cognitivo. 
 
 (Williams, 1997) 
ESQUEMAS - DEFINIÇÕES 
Dá à experiência sua forma e significado, provendo, 
dessa forma, a estabilidade (estrutura) dos sistemas 
cognitivo, afetivo e comportamental ao longo do 
tempo e dos eventos. 
 
 São padrões ordenadores da experiência que 
ajudam os indivíduos a explicá-la, mediar sua 
percepção e guiar suas respostas (cognitivas, 
emocionais e comportamentais). 
 
(Clark, Beck, Alford, 1999) 
 
 
ESQUEMAS - DEFINIÇÕES 
A “arquitetura” dos esquemas faz o indivíduo ser como é. 
 
 
 
 
 
 
PROCESSAMENTO AUTOMÁTICO DE 
INFORMAÇÃO 
“Os esquemas, depois de desenvolvidos, servem como 
modelos para o processamento das experiências ulteriores 
e acabam desembocando em confirmações automáticas e 
circulares dos próprios esquemas” 
 
MarcoCallegaro, em O NOVO INCONSCIENTE, Artmed 2011, pag. 243 
VIÉS CONFIRMATÓRIO 
 Paciente com autoimagem  Incapaz de ser amada 
 Processa a experiência de uma rejeição amorosa como 
evidência da veracidade de suas crenças, reconfirmando-as 
a cada experiência negativa 
 Cada vez mais, parecem certas e reais suas crenças sobre si 
mesma. 
 Circuito de retroalimentação  estabiliza a ideia de ser 
indigna de amor. 
PROFECIA CATASTRÓFICA 
O comportamento é influenciado de modo negativo por esse 
conjunto de crenças (esquema), fazendo a pessoa agir de modo a 
confirmar sua profecia catastrófica 
(previsão sem fundamento de que algo catastrófico acontecerá) 
 
 
 Evidência confirmatória dos esquemas 
 ou 
 viés confirmatório 
AUTOPERPETUAÇÃO 
 Aquele que se considera indigno de amor agirá de forma 
acabrunhada e tímida, não olhará nos olhos e falará baixo 
em uma situação social, conduta que certamente 
aumenta sua chance de 
 REJEIÇÃO 
 As rejeições que ocorrem, por sua vez, CONFIRMAM os 
esquemas em um círculo vicioso 
 AUTOPERPETUADOR (viés confirmatório). 
 ESQUEMA  núcleo da 
 personalidade 
 Embora a TCC permita que o sujeito se dê conta em maior 
grau sobre os esquemas, normalmente não estamos 
conscientes de sua operação, nem mesmo de sua 
existência, apenas dos resultados produzidos, que acabam 
compondo o núcleo de nossa personalidade. 
EXEMPLOS DE ESQUEMAS 
INCAPACIDADE: 
 “Sou incapaz” 
 “Meu autoconceito profissional depende do que os outros pensam 
de mim” 
 “A não ser que eu alcance os mais altos padrões de desempenho, 
eu provavelmente serei um profissional de segunda classe”. 
 
DESAMOR: 
 “Não sou amado” 
 “Não sou gostável” 
 “Se alguém não gosta de mim, isso significa que não sou gostável”. 
 
INADEQUAÇÃO: 
 “Sou socialmente inadequado” 
 “Sou feio” , “Sou chato”, “Sou estranho” 
VULNERABILIDADE: 
 “É melhor não dizer nada, do que arriscar cometer um erro” 
 “É melhor não me aproximar do que ser rejeitado” 
 “Se eu for rejeitado (não aprovado, dispensado, tiver dor, etc.) não 
suportarei”. 
 
PERFECCIONISMO: 
 “A não ser que as coisas aconteçam como eu quero, minha vida 
não vale a pena” 
 “Tirar dez não é mais do que obrigação”. 
 
INFERIORIDADE: 
 “Se uma pessoa tem algo que eu não tenho, isso significa que ela é 
uma pessoa melhor do que eu”. 
 
EXEMPLOS DE ESQUEMAS 
(Beliefs) 
 FILOSOFIA  mais especificamente em EPISTEMOLOGIA  
CRENÇA é uma condição psicológica que se define pela SENSAÇÃO 
DE VERACIDADE relativa a uma determinada ideia a despeito de 
sua procedência ou possibilidade de verificação objetiva. 
 
 CRENÇA  pode não ser fidedigna à REALIDADE e pode 
representar o ELEMENTO SUBJETIVO DO CONHECIMENTO  
afetam tudo em nossa vida  como criamos os filhos, onde 
decidimos morar, com quais pessoas nos relacionamos, nosso 
estado de saúde, o trabalho que fazemos, o dinheiro que 
ganhamos ou temos e nosso equilíbrio mental e emocional. 
 NOSSAS CRENÇAS CONSTROEM O NOSSO MUNDO. 
 
DEFINIÇÃO - CRENÇAS 
 Mas...  crenças não são "A VERDADE“  são apenas 
uma percepção que foi aceita como verdade. 
 O que é fantástico sobre as crenças é que podemos 
mudá-las! 
 Podemos escolher acreditar em ideias que apoiam 
nossos sonhos e visões do que desejamos. 
 PODEMOS MUDAR AS CRENÇAS NEGATIVAS e instalar 
novas e poderosas ideias é essencial para criar uma vida 
em alinhamento com nossos desejos. 
 
DEFINIÇÃO - CRENÇAS 
 
 
CRENÇAS CENTRAIS, 
BÁSICAS OU 
NUCLEARES 
 
 Core Beliefs 
 
 
 
Esquema ou Estrutura Cognitiva 
REPRESENTAÇÃO 
 Crenças 
 As crenças centrais são o nível mais fundamental de 
pensamento. 
 São globais, rígidas e supergeneralizadas. 
 Pode-se dizer que fazem parte da personalidade dos indivíduos 
 São Ideias e conceitos fundamentais sobre nós mesmos, os 
outros e o mundo 
 São Incondicionais 
 Formadas desde a infância e se fortalecem com o tempo 
 As pessoas frequentemente não as articulam, sequer para si 
mesmas. 
 Essas ideias são consideradas pela pessoa como verdades 
absolutas. 
CRENÇAS CENTRAIS (Beck, 1970) 
 Fazem parte, portanto da formação de nosso caráter que se 
refere a fatores psicossociais, fatores aprendidos que influem 
na personalidade. Boa parte do caráter é formado ao longo da 
experiência e do processo de socialização. 
 As CRENÇAS CENTRAIS estão inseridas dentro de estruturas 
mais ou menos estáveis, os ESQUEMAS, que orientam o 
comportamento e manifestam os traços de personalidade do 
indivíduo, isto é, regras específicas que regem o 
processamento da informação e do comportamento. 
CRENÇAS CENTRAIS (Beck, 1970) 
Características: 
 Irracionais 
Rígidas 
Excessivas 
 Supergeneralizadas 
Absolutas 
Extremas 
Primitivas 
 
CRENÇAS CENTRAIS (Beck, 1970) 
Crenças Centrais ou Crenças Básicas ou 
Crenças Nucleares  Disfuncionais 
 Predispõem a transtornos emocionais 
 Impedem a realização de metas 
 Associadas a emoções fortes 
 Tornam-se ativas em situações relacionadas às 
vulnerabilidades específicas do indivíduo 
 Idiossincráticas (cada pessoa tem o seu conjunto) 
 Muitas são culturalmente reforçadas: 
“sofrer é virtuoso” 
“só podia ser mulher” 
“professor tem que saber tudo” 
“psicólogo não tem problema” 
“é esforçada e não inteligente” 
“não se pode elogiar, senão se fracassa” 
 
Crenças Centrais ou Crenças Básicas ou 
Crenças Nucleares  Disfuncionais 
 As crenças nucleares ou centrais são mais abstratas e 
gerais, constituindo um nível mais profundo de 
representação dos pensamentos  ativam-se durante 
os TRANSTORNOS EMOCIONAIS 
 O processo de informação torna-se tendencioso, 
extraindo da realidade os aspectos que confirmam a 
crença disfuncional  viés confirmatório. 
 Passado o problema emocional ela volta a ser latente. 
 Nos traços e TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE os 
indivíduos tem suas crenças disfuncionais ativadas na 
maior parte do tempo. 
 
Crenças Centrais ou Crenças Básicas ou 
Crenças Nucleares  Disfuncionais 
“Pelas crenças centrais nos ajudarem a compreender 
nosso mundo em uma idade tão tenra, pode nunca nos 
ocorrer avaliar se elas são o modo mais útil de 
compreender nossas experiências adultas. Ao contrário, 
quando adultos agimos, pensamos e sentimos como se 
elas fossem 100% verdadeiras.” 
(D.Greenberger e C. Padesky, em A Mente Vencendo o Humor, pg. 109, Artmed, 1999) 
Crenças Centrais ou Crenças Básicas ou 
Crenças Nucleares  Disfuncionais 
 
Crenças sobre si mesmo 
 
Crenças sobre os outros 
 
Crenças sobre o mundo 
Crenças Centrais ou Crenças Básicas ou 
Crenças Nucleares  Disfuncionais 
 
DESAMPARO 
DESAMOR 
 Aaron Beck 
Crenças Centrais  Sobre si mesmo 
CRENÇAS CENTRAIS SOBRE SI MESMO 
 DESAMPARO: impotente, frágil, vulnerável, carente, 
desamparado, necessitado 
 
 DESAMOR: indesejável, incapaz de ser gostado, de ser 
amado, sem atrativos, imperfeito, rejeitado, 
abandonado, sozinho 
 
 DESVALOR: incapaz, incompetente, inadequado, 
ineficiente, falho, defeituoso, enganador, fracassado, 
sem valor 
 Judith Beck (1995) 
 
CRENÇAS CENTRAIS SOBRE OS OUTROS 
 Os pacientes percebem os outros de maneira rígida, 
supergeneralizada e dicotômica. 
 Crenças disfuncionais ou negativas sobre os outros levam 
os pacientes a terem percepções muito negativas. 
 As pessoas são vistas como desprezíveis, frias, 
prejudiciais,ameaçadoras e manipuladoras. 
 As pessoas são más, desleais, traiçoeiras, só querem se 
aproveitar, tirar vantagens, etc. 
 
CRENÇAS DISFUNCIONAIS SOBRE OS OUTROS 
Às vezes, os pacientes podem ter uma visão 
positiva, mas irreal (disfuncional), como se as 
pessoas fossem superiores, muito eficientes, 
amáveis e úteis (diferente da visão que eles tem 
de si próprios) 
 
 Judith Beck, Terapia Cognitiva para Desafios Clínicos, 2007, Artmed, pg 37. 
CRENÇAS DISFUNCIONAIS SOBRE O MUNDO 
 Os pacientes podem perceber o mundo de maneira rígida, 
supergeneralizada e dicotômica. E da mesma forma criam 
crenças negativas sobre este mundo. 
 
 Os pacientes acreditam que não conseguem o que 
querem em razão dos obstáculos encontrados no mundo. 
 
 “O mundo é injusto, hostil, imprevisível, incontrolável, 
ameaçador, perigoso, etc.” 
 
Judith Beck, Terapia Cognitiva para Desafios Clínicos, 2007, Artmed, pg. 38. 
 
IMPORTANTÍSSIMO 
 
Conceituar corretamente a categoria, ou 
categorias, das CRENÇAS CENTRAIS dos 
pacientes é essencial para conduzir 
eficientemente a terapia. 
 
 
 
Judith Beck, em “Terapia Cognitiva para Desafios Clínicos, pag. 36, Artmed, 2007 
PRESSUPOSTOS CONDICIONAIS 
 
 
 
 
CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS 
(Judith Beck,1995) 
 
As crenças centrais influenciam o desenvolvimento 
das crenças intermediárias. 
 São construções cognitivas disfuncionais. 
 São regras, padrões, normas, premissas e atitudes 
que adotamos e que guiam a nossa conduta. 
Pressupostos Subjacentes ou Pressupostos Condicionais ou 
Crenças Subjacentes ou Crenças Intermediárias 
REGRAS (eu devo...) 
 “Tenho que ser perfeito em tudo o que faço” 
 “Não devo me mostrar como sou, pois verão que sou incompetente” 
ATITUDES (é preciso que...) 
 “É horrível ser incompetente” 
 “É terrível desperdiçar seu potencial” 
SUPOSIÇÕES (se eu...) 
 “Se eu me mantiver nesta posição eu ficarei bem. Mas, se eu tentar 
mudar eu não conseguirei ficar bem.” 
 “Se eu cometo erros é porque sou má” 
 “Se eu fizer o que os outros esperam, 
 então irão gostar de mim.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS 
(Judith Beck,1995) 
As crenças intermediárias pressupõem que, desde 
que determinadas REGRAS, NORMAS e ATITUDES 
sejam cumpridas  “se eu fizer o que os outros 
esperam, então irão gostar de mim”  então 
não haverá problemas e o indivíduo se mantém 
relativamente estável e produtivo. 
 (Fennel, 1997) 
 
 
 
CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS 
 
 
 Se, por alguma circunstância, os pressupostos 
por exemplo: “devo sempre sacrificar-me 
pelo bem-estar dos outros”  não estão sendo 
cumpridos, o indivíduo torna-se vulnerável ao 
transtorno emocional quando as crenças 
centrais negativas  “sou um fracassado, 
incapaz de ser amado” são ativadas. 
 
 
 
CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS 
 São mais maleáveis do que as crenças centrais. 
 Embora o indivíduo construa e mantenha os 
pressupostos e as regras como tentativa de lidar 
com a CRENÇA CENTRAL DISFUNCIONAL, ele as 
acaba confirmando e reforçando. 
Determinam “ESTILOS DE ENFRENTAMENTO” 
 ou 
 “ESTRATÉGIAS COMPENSATÓRIAS” 
 (Judith Beck, 1995) 
 
 
 
 
 
CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS 
ESTILOS DE ENFRENTAMENTO 
Comportamentos que a pessoa usa na tentativa de 
lidar com as crenças (esquemas). 
Tem correlação direta com as REGRAS e os 
PRESSUPOSTOS DISFUNCIONAIS que acabam por 
reforçar ainda mais as crenças. 
Os pressupostos condicionais modelam a relação 
entre as estratégias comportamentais e as crenças 
nucleares. 
 
Manutenção da crença 
 
Evitação da crença 
 
Compensação da crença 
ESTILOS DE ENFRENTAMENTO 
MANUTENÇÃO DA CRENÇA 
 
 Refere-se a como o pensar e agir acabam perpetuando 
as crenças nucleares. A literatura chama de capitular, 
render-se a ela. 
 
 Por exemplo, uma pessoa que pensa e se “sente” 
inferior aos outros sempre se coloca, literalmente ou 
na imaginação, atrás dos outros, porque tem a crença: 
“Eu não mereço nada melhor”. 
EVITAÇÃO DA CRENÇA 
 Refere-se às estratégias COGNITIVAS, EMOCIONAIS e 
COMPORTAMENTAIS usadas para evitar o acionamento 
das crenças nucleares e dos sentimentos dolorosos 
associados a elas. 
 Por exemplo, uma pessoa muito tímida, que fica retraída, 
não se comunica, fecha-se para o mundo, se pensa e se 
sente não desejável e acaba se deprimindo, ficando só 
em casa. Como não faz nenhum movimento para 
enfrentar o problema, ao contrário, o evita, acaba 
perpetuando sua crença de não ser desejável. 
COMPENSAÇÃO DA CRENÇA 
 Refere-se a comportamentos que as pessoas tem que 
parecem contradizer suas crenças nucleares. 
 Por ex., no caso anterior, o indivíduo que se vê como não 
desejado, engaja-se em uma intensa e frenética vida social 
e amorosa (sem, no entanto, aprofundar nenhuma das relações), 
tudo para compensar sua crença de não ser desejado. 
 Os processos de compensação do esquema tentativas 
parcialmente bem-sucedidas de desafio e superação 
usualmente envolvem uma falha em reconhecer a 
vulnerabilidade subjacente, deixam a pessoa despreparada 
quando a compensação falha e a crença é acionada. 
EXEMPLO: Indivíduo com Ansiedade Social 
CRENÇA CENTRAL  Sou incapaz de ser amado 
 
ATITUDE  É perigoso interagir com as pessoas, pois elas não vão 
 gostar de mim. 
 
REGRA  Para não ter problemas, não devo interagir com as 
 pessoas 
 
SUPOSIÇÃO Se eu interagir com as pessoas elas não vão me aceitar 
como sou. Devo me afastar, caso contrário me machucarão. 
 
PENSAMENTO AUTOMÁTICO 
Não vou ter assunto pra conversar na festa. 
 
ERROS COGNITIVOS 
 Processamento defeituoso da informação. 
 
 São vieses sistemáticos na forma como indivíduos 
interpretam suas experiências. 
 
 Se a situação é avaliada erroneamente, essas distorções 
podem levar o indivíduo a conclusões equivocadas. 
 
PENSAMENTOS DISTORCIDOS 
 Erros cognitivos = Pensamentos distorcidos 
 Deslizes de pensamento 
 Impedem que se faça uma avaliação exata das 
experiências 
 Impelem a se tomar o caminho menos adequado, tirar 
conclusões e supor o pior. 
 Desviam do caminho adequado ou induzem à distorção 
dos fatos. 
FLEXIBILIDADE COGNITIVA 
O objetivo da Terapia Cognitiva é corrigir as 
distorções do pensamento, ou seja, modificar os 
erros cognitivos promovendo maior 
flexibilidade cognitiva  construindo 
pensamentos alternativos mais funcionais, 
capazes de gerar uma melhora no estado de 
humor no paciente. 
 As distorções cognitivas tem intersecções e 
sobreposições, por isso o paciente provavelmente irá 
apresentar, concomitantemente, mais de uma distorção 
numa mesma situação. 
 
 Por exemplo.: “Se eu chegar atrasado minha mulher vai 
se separar de mim. Ela não consegue me compreender” 
(catastrofização e vitimização) 
DISTORÇÕES COGNITIVAS 
CATASTROFIZAÇÃO 
 Pensar que o pior de uma situação vai ocorrer, sem levar 
em consideração outros desfechos  Acreditar que esse 
acontecimento será terrível e insuportável  Eventos 
negativos que podem ocorrer são tratados como 
catástrofes intoleráveis, em vez de serem vistos em 
perspectiva. 
“Perder o emprego será o fim da minha carreira” 
“Não suportarei a separação da minha mulher” 
“Se eu perder o controle será o meu fim” 
 
ABSTRAÇÃO SELETIVA 
(filtro mental, filtro negativo ou visão em túnel) 
 Um aspecto de uma situação complexa é o focoda atenção 
 outros aspectos relevantes da situação são ignorados  
parte negativa de toda uma situação é realçada  todo o 
restante positivo não é percebido. 
 Um homem deprimido com baixa autoestima não recebe 
um cartão de boas-festas de um velho amigo  pensa: 
"Estou perdendo todos os meus amigos; ninguém se 
importa mais comigo“  ignora as evidências de que 
recebeu cartões de vários outros amigos, que seu velho 
amigo tem lhe enviado cartões todos os anos nos últimos 15 
anos, que seu amigo esteve muito ocupado no ano passado 
com uma mudança e um novo emprego e que ele ainda tem 
bons relacionamentos com outros amigos. 
 
 
 
 
 
 
INFERÊNCIA ARBITRÁRIA 
  Conclusão a partir de evidências contraditórias ou na 
ausência de evidências. 
 Uma mulher com medo de elevador é solicitada a prever 
as chances de um elevador cair com ela dentro  
responde que as chances são de 30% ou mais de o 
elevador cair até o chão e ela se machucar Muitas 
pessoas tentaram convencê-la de que as chances de um 
acidente catastrófico com um elevador são desprezíveis. 
 
SUPERGENERALIZAÇÃO 
 Conclusão sobre um acontecimento isolado é estendida 
de maneira ilógica a outras áreas do funcionamento. 
 Um universitário deprimido tira nota B em uma prova  
Ele considera insatisfatório e supergeneraliza com 
pensamentos automáticos: 
"Estou com problemas nessa aula; estou ficando para trás 
em todas as áreas da minha vida; não consigo fazer nada 
direito" 
 
 
MAXIMIZAÇÃO E MINIMIZAÇÃO 
  A importância de um atributo, evento ou sensação é 
exagerada ou minimizada. 
 Uma mulher com transtorno de pânico começa a sentir 
tonturas durante o início de um ataque de pânico  pensa: 
"Vou desmaiar; posso ter um ataque cardíaco ou um 
derrame" 
“Eu tenho um ótimo emprego, mas todo mundo tem” 
“Obter notas boas não quer dizer que sou inteligente, os 
outros obtêm notas melhores do que as minhas” 
 
PERSONALIZAÇÃO 
  Assumir responsabilidade excessiva ou culpa por 
eventos negativos  falhando em ver que outras 
pessoas e fatores também estão envolvidos nos 
acontecimentos. 
 O chefe estava nervoso e de cara feia, e a secretária 
pensa: “Devo ter feito algo errado” 
 O marido separando-se da esposa, pensa: “Não 
consegui manter meu casamento, ele acabou por 
minha causa.” 
PENSAMENTO ABSOLUTISTA 
 (dicotômico ou do tipo tudo-ou-nada) 
 Os julgamentos sobre si mesmo, as experiências pessoais ou com os 
outros são separados em 2 categorias totalmente mau  bom, 
total fracasso  sucesso, completamente perfeito cheio de 
defeitos. 
 Paulo, um homem com depressão, compara-se com Roberto, um 
amigo que parece ter um bom casamento e cujos filhos estão indo 
bem na escola  Embora o amigo seja muito feliz em sua casa, sua 
vida está longe do ideal, pois tem problemas no trabalho, restrições 
financeiras e dores físicas, entre outras dificuldades. 
 Paulo está se envolvendo em pensamento absolutista quando diz 
para si mesmo: "Tudo vai bem para Roberto; para mim nada vai 
bem". 
 
RACIOCÍNIO EMOCIONAL 
 Presumir que sentimentos são fatos  “Sinto, logo existo” 
 Pensar que algo é verdadeiro porque tem um sentimento (na 
verdade um pensamento) muito forte a respeito Deixar os 
sentimentos guiarem a interpretação da realidade Presumir que 
as reações emocionais refletem a situação verdadeira. 
“Eu sinto que minha mulher não gosta mais de mim.” 
“Sinto que meus colegas riem às minhas costas”. 
“Sinto que estou tendo um enfarto, então deve ser verdadeiro.” 
“Sinto-me desesperado, então a situação deve ser desesperadora.” 
 
ADIVINHAÇÃO 
  Prever o futuro Antecipar problemas que talvez não 
venham a ocorrer. 
 Expectativas negativas = como fatos. 
 
“Não irei gostar da viagem.” 
“Ela não aprovará meu trabalho.” 
“Dará tudo errado.” 
 
LEITURA MENTAL 
 
 Presumir, sem evidências, que sabe o que os outros estão 
pensando  desconsiderando outras hipóteses possíveis. 
 
“Ela não está gostando da minha conversa” 
“Ele está me achando inoportuna” 
“Ele não gostou do meu projeto” 
 
ROTULAÇÃO 
 
Colocar um rótulo global, rígido em si mesmo, 
numa pessoa ou situação, em vez de rotular a 
situação ou o comportamento específico. 
 
“Sou incompetente.” 
“Ele é uma pessoa má.” 
“Ela é burra.” 
 
DESQUALIFICANDO O POSITIVO 
 Experiências positivas e qualidades que entram em 
conflito com a visão negativa são desvalorizadas porque 
“não contam” ou são triviais. 
 
“O sucesso obtido naquela tarefa não importa, porque foi 
fácil.” 
“Isso é o que esposas devem fazer, portanto, ela ser legal 
comigo não conta.” 
“Eles só estão elogiando meu trabalho porque estão com 
pena.” 
 
IMPERATIVOS 
“deveria” e “tenho que” 
 Interpretar eventos em termos de como as coisas 
deveriam ser, em vez de simplesmente considerar as 
coisas como são  Afirmações absolutistas na tentativa 
de prover motivação ou modificar um comportamento  
Demandas feitas a si mesmo, aos outros e ao mundo  
evitar as consequências do não cumprimento dessas 
demandas. 
“Eu tenho que ter controle sobre todas as coisas.” 
“Eu devo ser perfeito em tudo que faço.” 
“Eu não deveria ter ficado incomodado com meu amigo.” 
 
VITIMIZAÇÃO 
 Considerar-se injustiçado ou não entendido  
fonte dos sentimentos negativos é algo ou 
alguém, havendo recusa ou dificuldade de se 
responsabilizar pelos próprios sentimentos e 
comportamentos. 
 
“Minha esposa não entende meus sentimentos” 
“Faço tudo pelos meus filhos e eles não me agradecem. 
 
QUESTIONALIZAÇÃO (E se?) 
 
 Focar o evento naquilo que poderia ter sido e não foi. 
 Culpar-se pelas escolhas do passado e questionar-se por 
escolhas futuras. 
 
“Se eu tivesse aceitado o outro emprego, estaria melhor 
agora.” 
“E se o novo emprego não der certo?” 
“Se eu não tivesse viajado, isso não teria acontecido.” 
 
BAIXA TOLERÂNCIA À FRUSTRAÇÃO 
 Supor que quando uma coisa parece difícil de ser 
tolerada, ela é intolerável. 
 
 Significa aumentar o desconforto e não tolerar o 
desconforto temporário, quando é do seu interesse fazê-
lo em prol de algo que você deseja. 
 
 
 Frequentemente você adia os trabalhos acadêmicos, pensando: “Vai 
dar muito trabalho. Vou fazer quando estiver com vontade”  Você 
tende a deixar p/fazer o trabalho quase no fim do prazo e isso se 
torna desconfortável demais p/ser ainda mais adiado  
Infelizmente, esperar até o último momento significa que você 
raramente se esforça tanto quanto poderia no seu curso/trabalho 
para atingir todo o seu potencial. 
 Você quer superar sua ansiedade por viajar para longe de casa 
enfrentando diretamente o seu medo ainda assim, cada vez que 
você tenta viajar para longe de trem, você fica ansioso e pensa: “Isso 
é horrível, eu não posso suportar”  rapidamente retorna para 
casa, o que reforça seu medo mais do que o ajuda a vivenciar uma 
experiência menos ameaçadora. 
BAIXA TOLERÂNCIA À FRUSTRAÇÃO 
PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS 
 São um fluxo de pensamentos que coexistem com um fluxo de 
pensamentos mais manifestos  Surgem espontaneamente e 
não são embasados em reflexão ou deliberação. 
 São, usualmente aceitos como verdadeiros, sem avaliação 
crítica Parecem surgir espontaneamente, mas estão ligados 
ao nosso sistema de crenças centrais e subjacentes. 
 São quase sempre negativos, a menos que o paciente seja 
maníaco ou hipomaníaco, tenha um transtorno de 
personalidade narcisístico ou seja um dependente de drogas. 
 São usualmente breves e o paciente com frequência está mais 
ciente da emoção que sente em decorrência do pensamentodo que do pensamento em si. 
 
 
 Influenciam o comportamento: o que escolhemos ou não 
fazer e a qualidade do nosso desempenho. 
 
 Podem ocorrer em forma verbal ou como imagens. 
 
 Pensamentos e Crenças afetam respostas biológicas. 
 
 São influenciados pelas crenças que se adquire na 
infância e no meio cultural. 
 
 
 
PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS 
 Ajudam a definir os estados de humor que 
experimentamos 
“Os pensamentos ajudam a definir qual estado de 
humor experimentamos em determinada situação, por 
exemplo, as pessoas com raiva pensam a respeito de 
como foram prejudicadas; pessoas deprimidas pensam 
sobre quão infelizes suas vidas se tornaram; e pessoas 
ansiosas veem perigo em toda parte.” 
 
(D.Greenberger e C. Padesky, em A Mente Vencendo o Humor, pg. 24, Artmed, 1999) 
 
PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS 
 
É uma cognição alicerçada em 
auto-avaliações e auto-direcionamentos, 
fora do alcance consciente que opera 
automaticamente, de forma particular e 
produzida pelos esquemas. 
 
 (Aaron Beck) 
PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS 
(PA) 
PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS 
Uma gama de situações pode gerar  
 PAD (Pensamentos Automáticos Disfuncionais) 
 
Sequência entre a geração da situação 
desencadeante e o comportamento final  
“Pensamento Quente” 
 Pequenos acontecimentos 
 Pensamentos estressantes 
 Lembranças 
 Imagens 
 Emoções 
 Comportamentos 
 Sensações físicas 
 Sensações mentais 
 
SITUAÇÕES  DESENCADEANTES 
 
 
 
1ª 
situação 
• O paciente estava bem, ao falar com a mãe 
ao telefone - ela o criticou por não 
telefonar sempre para ela. 
• “Por que ela sempre reclama que eu não 
falo o suficiente com ela? Ela não sabe que 
eu tenho a minha vida?”  (IRRITADO) 
2ª. 
situação 
• O paciente refletiu sobre esses 
pensamentos e teve uma outra série de 
pensamentos 
• “Eu não devia pensar mal da minha mãe. 
Ela é idosa e sozinha  (CULPA) 
3ª. 
situação 
• Ao se sentir culpado, ele pensou: 
• “Eu sou um homem. Como a 
minha mãe ainda me afeta tanto? 
Realmente há alguma coisa errada 
comigo.” (TRISTEZA) 
4ª 
situação 
• Ao se sentir triste, sentou no sofá, 
ficou encolhido, refletindo sobre 
seu comportamento. 
• “Eu não devia estar sentado aqui. 
Qual o problema 
comigo?”(RAIVA) 
Pensamentos automáticos tornam-se 
situações ESTIMULANTES quando os 
pacientes os avaliam, tomam conhecimento 
deles e 
 
 
 
 TEM PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS ADICIONAIS 
 
SITUAÇÕES  ESTIMULANTES 
REAÇÕES DO PACIENTE 
 Emocional 
Comportamental 
 Física 
 
 É importante descobrir se a natureza dessas 
reações perturba o paciente  Normalmente 
eles se sentem perturbados com suas emoções 
negativas 
 
 
 
 
 
 O paciente estava na farmácia e pensou: 
 “Por que este remédio não me ajuda?” 
 (Ansioso) 
 Percebeu a ansiedade e pensou: 
 “Nunca vou sarar” 
 (Desanimado) 
REAÇÕES DO PACIENTE 
 REAÇÃO EMOCIONAL 
 A paciente viu um prato de biscoitos e pensou: 
- “Não tem problema se eu pegar apenas um” 
- (pegou o biscoito e comeu) 
 
- Quando terminou de comer percebeu o que tinha feito e 
pensou: “Oh! Eu não devia ter comido. Realmente quebrei 
minha dieta hoje. Talvez eu possa comer mais um e recomeçar 
minha dieta amanhã”. 
REAÇÕES DO PACIENTE 
 REAÇÃO COMPORTAMENTAL 
 O paciente estava dirigindo quando passou pela sua 
cabeça as imagens de um acidente, sentiu-se ansioso e 
percebeu que seu coração estava batendo mais forte. 
 
 Pensou: “Isso pode acontecer comigo” 
REAÇÕES DO PACIENTE 
 REAÇÃO FÍSICA 
SITUAÇÕES E REAÇÕES 
“Na verdade, pode ser mais 
importante trabalhar a avaliação do 
paciente quanto às suas reações do 
que a situação desencadeante” 
 
 Judith Beck em TERAPIA COGNITIVA PARA DESAFIOS 
CLÍNICOS, O que fazer quando o básico não funciona, página 47, Artmed 
USO DE SUBSTÂNCIAS 
Situações desencadeantes e estimulantes 
 
 
 SITUAÇÃO 1  Em casa 
 PA “Estou sem dinheiro, quebrado” 
 “ Eu nunca sairei desse buraco” 
 
 EMOÇÃO  Tristeza, desânimo 
 
 SITUAÇÃO 2  Percebe o sentimento de tristeza 
 PA  “Eu odeio este sentimento” 
 “Se eu pudesse cheirar só uma carreira (usar cocaína)” 
 
 EMOÇÃO  Ansiedade 
 
 PA  Lembrança do sentimento maravilhoso 
 da 1ª vez que usou cocaína 
 EMOÇÃO  Excitação 
 REAÇÃO FÍSICA  Fissura 
USO DE SUBSTÂNCIAS 
Situações desencadeantes e estimulantes 
 
 SITUAÇÃO 3  Reconhece o desconforto da fissura 
 PA  “Preciso conseguir um pouco (de cocaína)” 
 “Não vai me fazer mal desta vez” 
 
 EMOÇÃO  Alívio 
 COMPORTAMENTO  Evita pensamentos 
 que possam detê-lo, 
 consegue a cocaína 
 e a consome. 
 
USO DE SUBSTÂNCIAS 
Situações desencadeantes e estimulantes 
 Situação 4  Mais tarde percebe o que faz 
 PA “Não acredito que eu fiz isso. Sou um fraco” 
 “Eu nunca vou me livrar disto”(da dependência) 
 
 
 REFORÇO DA CRENÇA DE SER 
 UM FRACASSO E SEM CONTROLE 
USO DE SUBSTÂNCIAS 
Situações desencadeantes e estimulantes 
 
 
 
EXERCÍCIO PRÁTICO 
(RPD 4 PARTES 
COM DISTORÇÃO COGNITIVA) 
 
 
RPD – Registro de 
 Pensamento 
 Disfuncional 
 
 
Exercício RPD 4 PARTES – com DISTORÇÃO COGNITIVA 
1 2 3 4
Data 
Hora
SITUAÇÃO
 PENSAMENTO AUTOMÁTICO 
PA
EMOÇÃO DISTORÇÃO COGNITIVA
1- Que evento(s) real (is) ou recordação (ões) 
levaram à emoção desagradável? 
 
2- Qual ( se houver) sensação aflitiva você 
teve?
1-Que pensamento (s) e/ou imagem (ns) 
passou pela sua cabeça?
 
2-Quanto você acreditou em cada um no 
momento?
1-Que emoção (ões) (tristeza, ansiedade, 
raiva, medo, dor, etc.) você sentiu no 
momento?
 
2-Quão intensa (0 a 100%) foi a emoção ?
1-Qual distorção cognitiva você cometeu?
 
2-Há mais alguma distorção cognitiva?
 
Adaptado de: Beck, Judith S. Terapia Cognitiva: teoria e prática, ARTMED:1997.
RPD - Registro de Pensamentos Disfuncionais 
Nome __________________________________________________________________ Data ____ / _____ / ____
Quando você percebe que seu humor está piorando, pergunte a si mesmo: "O que está passando pela minha cabeça agora?" e preencha as colunas abaixo.
 Sara, 32 anos, casada há 5 anos, uma filha de 4 anos, publicitária. QUEIXA: Procurou terapia a pedido do psiquiatra que a tratou há 2 anos num episódio de depressão e, 
há 1 mês a medicou (Rivotril e Citalopram) c/diagnóstico de TOC + hipocondria. 
 PROBLEMA CENTRAL: Há 12 anos tem mania de limpeza e hábito de lavar as mãos constantemente. Na 
adolescência tinha “medo de chegar perto de alguém (com AIDS) e de ser infectada” chegando a 
“sentir o sintoma dessa doença e tinha diarreia e vômitos”. Recentemente achou “uma bolinha na 
axila” e ficou “triste e caída” ao perceber pensamentos como “tenho câncer de mama”, “vou fazer 
quimio” e “vou morrer” , entrando em “crise” ao marcar consulta com o médico três vezes e não ter 
coragem de ir à consulta e ficar “adiando a ida ao médico” por “medo de ter o diagnóstico”. Emagreceu 
4 quilos no último mês e está muito preocupada (apesar dos resultados normais em vários exames 
clínicos, a pedido de um cardiologista, 6 meses atrás). 
 PROBLEMAS ATUAIS: Marido diz “que eu infernizo a vida dele” e “ele já não aguente mais”. Há 1 mês, 
tirou 18 dias de férias no trabalho e retornou mais cansada do que saiu (quando mudou-se do apto 
onde moravam, para o sobrado que construíram, no mesmo terreno da casa dos sogros). Retornou ao 
trabalho 2 dias antes do combinado, pois se confundiu com a data. Costuma parar na farmácia próxima 
de sua casa, no ir e vir para o trabalho, onde se pesa 2 ou 3 três vezes ao dia, relatando muita 
ansiedade nas pesagens, pois “não é normal emagrecer assim sem fazer regime” e que “agora o 
pânico se instalou, pois almocei bem e emagreci, tem algo de errado comigo”. Passou férias de verão 
com a filha, no interior de SP, na casa de seu pai (que vive com 3ª esposa) e que relembraram o tio 
paterno, que estava doente, emagreceu muito, e morreu no final do ano passado. Lembrou-se de uma 
situação muito aflitiva e recorrente nos últimos meses, quando deixa sua filha na escolinha logo cedo 
e, no caminho do trabalho pensa “será que eu deixei mesmo ela na escola?” ou “será que ela saiu da 
escola e ninguém viu?” e, ao chegar no trabalho, liga ansiosa para a escolinha e “dou a desculpa da 
lancheira, só prá ter certeza que minha filha está lá”. 
RELATO CASO CLÍNICO  SARA 
Terapia Cognitiva – 
Teoria e Prática 
 Judith Beck. 
ARTMED, 1997 
Terapia Cognitivo-
comportamental 
 Judith Beck. 
ARTMED, 2013 
Aprendendo a TCCl – Um Guia Ilustrado 
 Jesse H. Wright, Monica R. Basco e 
Michael E. Thase. ARTMED, 2008 
TCC na Prática psiquiátrica. 
Paulo Knapp e cols. 
ARTMED, 2004 
Manual de Técnicas em Terapia 
Cognitiva. Rian Mcmullin 
ARTMED,2005

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