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* * Absorção * * Absorção: evento pre-disposição Diposição: eventos cinéticos que definem o movimento do fármaco após a absorção Disposição: 1 – distribuição 2 - eliminação * * Taxa de eliminação 0 10 20 30 5 10 Taxa de eliminação (mg/tempo) Concentração (mg/mL) TE = Cl.C * * TE = Cl.C (instantânea) dTE = Cl.dC dt dt Se dt vai de zero a infinito dTE = Quantidade total eliminada dt * * dTE = Quantidade total eliminada dt Se usou-se administração i.v. dTE = Dose dt * * dTE = Cl.dC dt dt Dosei.v = Cl.dC dt Area sob a curva Conc vs. tempo Dosei.v = Cl.ASC * * Cinética de absorção Considerando formulações de disponibilização imediata: xaropes, elixires. * * * * A absorção por outras vias também é modificado pela apresentação * * * * 20 10 5 Via oral (disponibilização imediata) Via endovenosa * * Via oral (absorção de primeira ordem): t1/2a = meia vida de absorção Ka = constante de absorção t1/2a = 0,693 Ka * * Taxa de absorção 0 10 20 30 5 10 Taxa de absorção (mg/tempo) Quantidade que resta para ser absorvida (mg) TA = Ka.Qa * * Tempo (h) concentração (mg/mL) 20 10 5 TA > TE TA < TE * * Tempo (h) concentração (mg/mL) 20 10 5 TA = TE * * Quando TA = TE teremos Concentração máxima = Cmax Cmax ocorre no Tmax * * Tempo (h) concentração (mg/mL) 20 10 5 TA = TE Tmax Cmax * * Um aumento da dose aumenta o Cmax mas não modifica o Tmax A meia vida de absorção geralmente é muito menor que a meia vida de eliminação. A absorção geralmente é um processo mais rápido que a eliminação * * * * Biodisponibilidade * * Biodisponibilidade Propriedade do fármaco que se refere a fração de droga administrada que se torna disponível ao local de ação Quando toda dose oferecida por uma via que requer absorção atinge o local assume-se que a biodisponibilida (F) é igual a 1 ou 100% * * Lembrando que: Quantidade total eliminada = Cl . ACS (C vs. T) Quando F= 1, temos Dosee.v. = Cl. ASC Quando F ≠ 1, temos F.Dosee.v = Cl.ASC * * Biodisponibilidade absoluta (considera AUC da curva C vs T endovenoso) Dividindo Dosei.v. = Cl. ASCi.v por Fe.v.Dosee.v = Cl.ASCe.v * * Temos que: Fe.v = ASCe.v. X Dosei.v. ASCi.v. Dosee.v. * * Fatores que interferem na absorção Teoria da partição do pH (pouco importante para a absorção a partir do epitélio gastro intestinal) * * Efeito do pH na difusão de fármacos por membranas Maioria dos fármacos são bases ou ácidos fracos De maneira geral, a molécula não ionizada é mais lipossolúvel que a com carga Difusão por membrana influenciada pelo pKa e pelo gradiente do pH entre os diferente compartimentos * * * * Teoricamente drogas ácidas seriam pouco absorvidas no intestino. Porém: Intestino → maior superfície de contato é o fator preponderante. Logo, ionização decorrente do pH tem pouca relevância para absorção de drogas pelo TGI Intestino → maior perfusão sanguinea (1 L/ minuto); A perfusão do estômago é de 150 mL por minuto * * Esvaziamento gástrico: Quanto mais lento o esvaziamento gástrico menor a velocidade de absorção Presença de alimentos (principalmente gordurosos) retarda o esvaziamento gátrico. Quando se deseja o efeito rápido prefere-se o uso via oral sob jejum. * * * * A permeabilidade em relação a área diminui do Duodeno em direção ao Colo * * * * Epitélio em borda de escova: grande superfície leva a uma absorção mais eficiente Absorção obrigatoriamente envolve uma difusão por um meio lipofílico (membrana luminal do enterócito) Lipofilicidade da droga Tamanho da molécula Em alguns casos ocorre absorção paracelular (exemplo: metformina) Absorção facilitada por proteínas (saturável) * * Absorção enteral: ocorre no trato gastro-intestinal quando a droga e administrada por via oral Principal barreira: epitélio intestinal (barreira entero sanguínea) Epitélio simples (única camada de células) Enterócitos Células produtoras de muco (globet cells) Células endócrinas Células tronco Na face luminal: Células estão “conectadas” entre si por tigh-junctions presentes nas zonas ocludentes fosfolipídeos de duas células se fundem neste micro ambiente formando uma espécie de sincício. Desta forma forma-se uma barreira contínua que praticamente impossibilita a passagem de sustâncias no espaço entre as células sem que haja difusão por membrana. * * * * * * * * Transportadores de efluxo * * * * * * Gliciproteína-P * * Via de administração influencia a biodisponibilidade Destino da droga após atingir a corrente sanguínea: fluxo preferencial para o fígado resulta em grande metabolização (efeito de primeira passagem hepático) Capacidade da droga ser absorvida por determinada barreira * * Absorção – passagem por “barreiras” Variam de acordo com a via de administração Intramuscular e subcutânea – absorção ocorre juntamente com o processo de difusão das drogas Velocidade de absorção: Endovenoso > intramuscular > subcutâneo sublingual, bucal, retal > oral * * * * * * * * * * Efeito de primeira passagem intestinal Antes da absorção as drogas podem ser metabolizadas pela flora intestinal ou perdida pelo trânsito Após a difusão para o interior do enterócito as moléculas podem ser metabolizadas à produtos inativos antes de atingirem a corrente sanguínea * * F = Biodisponibilidade absoluta via oral que atinge a grande circulação FF = Fração do fármaco que não é eliminado pelas fezes. FG = Fração que não é metabolizada pelo enterocito FH = Fração que não é metabolizado pelo fígado F = FF.FG .FH * * Absorção a partir de sítios intramusculares e subcutâneos Depende principalmente da perfusão tecidual A permeabilidade do endotélio, em geral, é maior que a do epitélio do TGI * * * * Distribuição * * Distribuição: Processo de transferência reversível do fármaco em seu local de medida para tecidos periféricos Exemplo: distribuição entre sangue e músculos Lembrando que: eliminação é a perda irreversível do fármaco do local de medida * * Distribuição: duas fases 1ª fase: proporcional ao débito cardíaco e fluxo sanguíneo de cada território (Coração, fígado, rim e, talvez, SNC) Nesta fase a distribuição da droga pela musculatura esquelética, tecido adiposo e pele está reduzida * * 2ª Fase: Distribuição da droga depende de sua lipofilicidade, tamanho e capacidade de ligar-se a proteínas plasmáticas Moléculas grandes (dextran) tem seu volume de distribuição restrito ao volume plasmático pois não ultrapassam as paredes dos endotélios. Moléculas que se ligam com alta afinidade a proteínas circulante também têm seu volume de distribuição restrito ao volume plasmático. Moléculas hidrofílicas, em geral, não penetram no volume intracelular facilmente (insulina). Moléculas muito lipofílicas – distribuição uniforme. * * Fármacos ácidos ligam-se preferencialmente à albumina Fármacos alcalinos ligam-se preferencialmente à glicoproteína a1 ácida Alta ligação a proteínas plasmáticas: menor velocidade de eliminação * * * * Ex. Ácido 4-fenil-butírico (usado no tratamento da fibrose cística) acumula-se preferencialmente no retículo endoplasmático. * * * * * * Apresentação do fármaco também determina sua velocidade de absorção Uso de formulações sólidas geralmente retardam a absorção do fármaco administrado por via oral em relação a apresentação líquida Antes do fármaco ser absorvido, o corpo sólido deve ser Desintegrado Dissolvido * * ** Distribuição: absorção dos tecidos a partir do sangue Ocorre principalmente no leito capilar Leito capilar: maior disponibilidade da droga devido a maior superfície de contato (decorrente da ramificação vascular) e menor velocidade de fluxo sanguíneo. Barreira sangue-tecido * * Barreira sangue-tecido Endotélio capilar e membrana basal Tipo de capilar influencia a capacidade da droga se distribuir pelos diferentes tecidos Leito capilar da musculatura cardíaca: células endoteliais possuem atividade endocítica. Endocitose de gotas de sangue contendo a droga (distribuição pelo tecido cardíaco e pouco influenciada pelas propriedades físico-química das moléculas). * * Leito capilar do pâncreas, glândulas endócrinas e TGI: Células justapostas porém com poros (capilares fenestras pequenas ou médias). Membrana basal íntegra. (passagem de moléculas pequenas). Leito capilar do SNC: células endoteliais justapostas e sem poros e sem atividade endocítica. Acesso da droga se dá exclusivamente por transporte mediado por proteína ou difusão por membrana. Leito capilar do fígado: Grande fenestras (100 nm) e ausência de membrana basal (trânsito livre de drogas do sangue para o interstício hepático). * * * * * * Difusão por membranas celulares Determinado pela lipofilicidade, pelo tamanho e pelo gradiente de concentração da droga * * Difusão por proteínas facilitadoras Determinada pela concentração da droga Passível de saturação e de inibição competitiva Sistema específico para cada droga * * Difunde para o interior do enterócito e ultrapassa a barreira hemato-enceláfila através de transportadores de L-amino-ácidos * * Amino-glicosídeos (altamente polares): baixa absorção entérica: Usados na via oral para diminuir a flora intestinal intencionalmente. Usado por via endovenosa Transportado para o interior de células através de sistemas de carregamento de oligopeptídeos alcalinos – células tubulares do rim (nefrotoxicidade) é células do aparelho vestibular (ototoxicidade). * * * * Sistemas de transporte acoplado a internalização de receptores e a transcitose Transcitose: Formação de endossomos, fusão com fagossomos (eventual metabolização da droga) Internalização de receptores: endocitose do complexo ligante-receptor, formação de endossomo, aumento da concentração de prótons dentro da organela (baixo pH) desligamento do complexo antígeno receptor. Liberação da droga livre no ambiente intracelular. Reciclagem do receptor * * * * Anestésicos locais * * * * pH extracelular aprox. = 7.4 pH intracelular aprox. = 7.2 * * Distribuição - Limitação pela perfusão Capilares não funcionam como barreiras efetivas para o fármaco Velocidade de apresentação: Vp Vp = Q x Ca Q = fluxo sanguineo (V/t) Ca = concentração arterial (m/V) * * Distribuição - Limitação pela perfusão Velocidade de saída = Vs Vs = Q x Cv Q = fluxo sanguíneo (V/t) Cv = concentração venosa (m/V) * * se Vp > Vs então o farmaco de distribui para este tecido Velocidade líquida de captação: Vt Vt = QxCp – QxCs Vt = Vp – Vs Quantidade do fármaco no tecido = volume do tecido x Ct Kp = constante de afinidade ao tecido (Ct/Cv) Ou seja: Quantidade do fármaco no tecido = Vol do tec. x Kp x Cv * * Kt = constante de distribuição Kt = Vs/Quantidade no tecido Kt = QxCv/(Vt x Kp x Cv) Kt = Q/(Vt x Kp) Quanto maior o Kt mais rápido o fármaco deixa o tecido Quanto maior o Kp mais lentamente o fármaco deixa o tecido
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