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TemposModernos_Administração

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Ministério da Educação 
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO 
PARANÁ 
Campus Toledo 
 
O fundador da Teoria da Administração Científica, Taylor, concebe o homem 
como um ser que só trabalha pela recompensa econômica. Essa perspectiva colabora 
para o surgimento da Administração Científica, a qual surge da necessidade de criar 
condições de pagar mais ao operário que produz mais. No filme “Tempos Modernos” é 
perceptível como o funcionário que controla a velocidade das máquinas, faz seu serviço 
com mais seriedade do que o personagem de Chaplin, que só aperta parafusos. 
Em “Tempos Modernos” tem-se a teoria de Taylor aplicada, pois o presidente da 
empresa fiscaliza a mesma por câmeras; há uma pessoa supervisionando as que estão 
executando as tarefas; os próprios empregados cobram uns dos outros para manter o 
ritmo de trabalho, sendo que ocorre racionalização do trabalho, porque uma pessoa faz o 
mesmo processo o tempo todo. O sujeito é visto como um ser de máxima eficiência, e 
quando o processo está normal, o presidente dá ordens para aumentar a velocidade dos 
equipamentos. 
A redução dos custos de produção é um objetivo da Administração Científica. 
No filme observa-se em relação a essa redução que na troca de turno as máquinas “não 
param”, ou seja, primeiro chega alguém para ocupar o lugar do empregado, que chegou 
ao fim da jornada. O presidente sempre tenta desperdiçar o menos tempo possível na 
produção, fazendo uso das contribuições científicas. Um exemplo é o teste com a 
“Máquina Alimentadora Bellows”, que acaba sendo reprovada por não ser prática. 
O personagem de Chaplin de tanto fazer movimentos repetitivos, ao parar de 
trabalhar, faz os mesmos movimentos involuntariamente e “enxerga” parafusos, 
querendo apertar tudo que parece com parafuso. Essa fadiga da jornada causa acidentes 
no trabalho. O presidente encara essa fadiga como depressão nervosa pelo trabalho e o 
personagem é afastado para uma clínica de recuperação. Dessa forma é nítido como o 
homem torna-se um complemento da máquina, massacrado pela rotina da esteira. 
O presente filme abordado também retrata aspectos da Teoria Clássica da 
Administração. Contempla-se nas cenas que a fábrica é regida por uma estrutura que 
busca garantir a eficiência de todos os envolvidos. Há sempre um superior para 
comandar o outro. O presidente não precisa se fazer presente na linha de produção, pois 
pode administrar tudo através dos seus subordinados de confiança. 
Após as Teorias Científicas e Clássicas surgiram outras três que apontavam 
novas perspectivas para o foco da administração. Dentre essas temos a Teoria das 
Relações Humanas, a qual criticou fortemente o fato do homem ser estimulado 
economicamente, visto que o homem é motivado pela interação social. 
No filme o personagem de Chaplin faz um trabalho repetitivo. Para a Teoria 
Humanística isso afeta negativamente o trabalhador e reduz sua eficiência. Portanto, 
para essa Teoria as empresas deveriam trabalhar com um sistema de rodízio de 
atividades. 
Se o personagem de Chaplin não trabalha direito é claro que sofrerá sanções do 
grupo, pois para a Teoria das Relações Humanas, o empregado tem que manter uma 
relação harmônica com os padrões do grupo. É o comportamento social que prevalece e 
não o comportamento “máquina”, que a Teoria Clássica defende. 
Como em “Tempos Modernos” quando os empregados estão em greve por 
melhorias, a Teoria Humanística concebe a Teoria Clássica e Científica como meio de 
exploração em benefício dos donos de empresas. 
Já a Teoria Estruturalista da Administração crítica toda a administração da 
empresa de “Tempos Modernos”, pois para essa Teoria uma empresa não pode conceber 
o empregado somente como um apêndice das máquinas. E vai além, afirmando que o 
homem é motivado pelo salário – Teoria Clássica – bem como pelo comportamento 
social – Teoria das Relações Humanas. Assim, tem-se uma nova visão de homem: o 
homem organizacional. Porque é possível para a Teoria Estruturalista a inter-relação das 
partes integrantes de uma empresa na constituição da própria empresa. 
Temos também a Teoria Comportamental da Administração a qual se 
fundamenta no comportamento individual das pessoas privilegiando uma organização 
democrática. Critica totalmente esse modelo de administração representado em 
“Tempos Modernos”, pois concebe a administração a partir da Teoria das Relações 
Humanas, logo, são os indivíduos que constituem o aspecto mais relevante da 
organização; e aplicar modelos de administração não deve ser o foco de uma empresa, 
mas sim, as características do comportamento da organização. Essa Teoria sugere que o 
administrador conheça as necessidades humanas para melhor compreender o 
comportamento humano e utilizar a motivação humana como estratégia de melhoria 
dentro da administração. 
Acadêmica Djerly Alcântara Simonetti

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