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Direito Tributário I Professor Ubaldo Balthazar Aula 1 17/03/2014 Plano de ensino: será enviado pela secretaria. Bibliografia: Sérgio Ricardo Ferreira Mota Direito tributário e legislação tributária anotações de aulas Luciano Amaro Direito Tributário Brasileiro Editora Saraiva Hugo de Brito Machado Direito Tributário Editora Malheiros Paulo de Barros Carvalho Curso de Direito Tributário Regrinhas: Chamada sempre no fim da aula. Início da aula às 8:30. Não reprova por algumas faltas acima do limite. Provas: 30/04 Primeira prova parcial 02/07 Segunda prova parcial 07/07 Prova final: obrigatória para quem não atingiu média 7 nas duas parciais 11/07 Prova de recuperação Direito financeiro: disciplina a atividade financeira do Estado. Aula 2 19/03/2014 Faltei Aula 3 24/03/2014 Atividade financeira do Estado Objetivos: identificar, obter, gerir e aplicar os recursos necessários à realização do interesse público. Conceito: conjnto de atos que o Estado pratica na obtenção, gestão e aplicação dos recursos financeiros de que necessita para atingir seus fins. 4 campos de atividade financeira do Estado: receita, despesa, crédito público, orçamento público. Distinção: imposto e taxa. Taxa é sobre um serviço prestado. Primeiro código tributário: código alemão de 1919. Tributos: compõem cerca de 90% da receita do Estado. Capacidade contributiva: ideia se desenvolveu na Itália a partir de 1940, mas já estava presente em outros países europeus. Brasil: inexistia direito fiscal ou tributário até 1945. No princípio, utilizavase a legislação tributária portuguesa. Livro do professor Ubaldo: história do tributo no Brasil EC18/65: originou o sistema tributário brasileiro 26/03 Direito tributário Até 1965: ausência de direito tributário brasileiro Brasil Império: ausência de normas constitucionais relacionadas à tributação (estado unitário) Constituição de 1891: formação de uma federação de estados partindo de um estado unitário 1964: golpe militar: proposta de nova ordem econômica Emenda 18/65: divisor de águas do direito tributário brasileiro Lei 5172/66: Código Tributário Nacional Duas propostas de nova lei tributária nacional: dependem de alteração no texto constitucional. Receita pública: é a entrada que, integrandose no patrimônio público sem quaisquer reservas, condições ou correspondência no passivo, vem acrescer o seu vulto como elemento novo e positivo. (Baleeiro) Tipos de ingressos aos cofres públicos: Empréstimos, aval, cauções, emissão de moeda, reparações de guerra, títulos da dívida pública, venda de bens ou serviços, penalidades pecuniárias, tributos. Lei 4320/64: trata das normas gerais de direito financeiro aplicadas pela União, estados e municípios. Editada em 1º de março, antes do golpe militar. Não adota o conceito de Baleeiro de receita pública. Conceito amplo na lei: art. 11, §1º a 4º. Conceito Eduardo Jardim: é o ingresso de recursos financeiros aos cofres públicos, a qualquer título seja, independentemente de acrescer o ativo do patrimônio público. Classificações de receita pública Quanto à regularidade: a) Ordinárias: receitas de obtenção corrente, regular, periódicas. Ex.: tributos em geral, prestação de serviços correntes, etc. b) Extraordinárias: receitas de obtenção irregular, esporádicas. Ex.: venda de imóveis, privatização de empresas estatais, etc. Dúvidas: imposto extraordinário de guerra, contribuição de melhoria (a lei que cria o tributo estabelece o prazo de duração). São tributos que têm características de receitas extraordinárias. A doutrina se divide. Alguns dizem que são receitas regulares e, portanto, ordinárias. Outros dizem que são receitas ocasionais e, portanto, extraordinárias. Multa: certos autores entendem que é uma receita extraordinária, pois advém de atos irregulares, e não periódicos. Outros dizem que é possível considerar a multa como receita ordinária, pois com base no comportamento das pessoas é possível realizar uma previsão que quanto será arrecadado através de multa. Quanto à forma de obtenção: a) Originárias: também chamadas de direito privado, ou de economia privada. Obtidas sem o uso de coerção. Ex.: empréstimos em geral, locação de imóveis públicos, etc. b) Derivadas: Receitas obtidas através de coerção (lei). Também chamadas de direito público ou de economia pública. Ex.: tributos, penalidade, etc. 31/03/2014 Receita pública Classificações: Quanto à forma de obtenção: Originárias/ de direito privado/ de economia privada: obtidas sem o uso de coerção. Ex.: empréstimo, locação de imóveis públicos. Derivadas / de direito público / de economia pública: obtidas através da coerção. Ex.: tributos, penalidades. Lei 4320/64 classifica as receitas em função da origem (correntes ou de capital), em função da natureza (patrimoniais/correntes ou creditícias/de capital ou tributárias/correntes) Receitas tributárias: Espécies de tributos: CF Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I impostos; II taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. § 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. CF Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. CF Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. Crédito: Crédito público: Estado atuando no mercado como um particular. É diverso de empréstimo compulsório. Empréstimo compulsório é espécie tributária. Até o século XIX, a crítica afirmava que o crédito público geraria a transferência de encargos das gerações presentes às futuras. Após o século XIX, entendese que se da aplicação do empréstimo resulta um aumento do rendimento nacional, as gerações futuras também se beneficiarão. No crédito público a confiança deriva da posição especial do Estado devedor. O crédito privado se assenta numa base real de confiança. No crédito público, o caráter público do devedor permite a possibilidade de alteração das condições do empréstimo. Créditopúblico possui duplo sentido: o Estado pode ser tomador (devedor) e credor. Empréstimo público: Estado recorre ao mercado externo ou interno, face a insuficiência da receita fiscal, assumindo a obrigação de reembolsar o capital acrescido de vantagens, em determinadas condições por ele fixadas. 02/04/2014 Livro: a luta de um povo por sua moeda. Empréstimo público Classificações: Quanto à forma: Forçado: no Brasil, compulsório (tributo). Em outros países, contrato de mútuo. Voluntários: mais comuns. Empréstimos patrióticos: coação psicológica coação indireta. Campanha “Ouro para o Brasil”. Quanto ao prazo de duração: Perpétuos: não apresentam data de resgate, ficando o Estado obrigado a pagar anualmente uma renda ou um juro aos subscritores. Pode ser remível ou irremível. Atualmente não é utilizado. Temporários: o capital é devolvido com juros. Quanto ao prazo de devolução: A curto prazo: dentro do mesmo exercício em que é feita a operação. Também chamado de temporário. A longo prazo: a devolução abarca mais de um exercício. A operação ocorre em orçamentos distintos. Divida pública: Sentido amplo: todas as obrigações do Estado. Sentido estrito: apenas as obrigações que decorrem de empréstimo. Classificação: Dívida fundada: resultante de empréstimos temporários a médio e longo prazo. Originouse nos fundos públicos ingleses. Dívida flutuante: empréstimos a curto prazo. Dívida consolidada: dívida fundada proveniente de empréstimos perpétuos. CF: Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: (...) VI fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; Amortização: diminuição do principal da dívida no montante reembolsado ao credor. Alteração: se o poder público não tem interesse no pagamento em dinheiro. Repúdio: rejeição, por parte do Estado tomador, das obrigações decorrentes de um empréstimo. 07/04/2014 Despesas públicas Orçamento público: plano plurianual, lei de diretrizes orçamentárias, lei orçamentária anual 14/04/2014 ADCT art. 35 Art. 35 O disposto no Art. 165, § 7º, será cumprido de forma progressiva, no prazo de até dez anos, distribuindose os recursos entre as regiões macroeconômicas em razão proporcional à população, a partir da situação verificada no biênio 198687. obs.dji.grau.1: Art. 165, § 7º, Orçamentos Finanças Públicas Tributação e Orçamento CF obs.dji.grau.4: Lei Orçamentária; Prazo § 1º Para aplicação dos critérios de que trata este artigo, excluemse das despesas totais as relativas: I aos projetos considerados prioritários no plano plurianual; II à segurança e defesa nacional; III à manutenção dos órgãos federais no Distrito Federal; IV ao Congresso Nacional, ao Tribunal de Contas da União e ao Poder Judiciário; V ao serviço da dívida da administração direta e indireta da União, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público federal. obs.dji.grau.2: Art. 4º, VI, LC000.1292009 Superintendência do Desenvolvimento do CentroOeste SUDECO Missão Institucional, Natureza Jurídica, Objetivos, Área de Atuação, Instrumentos de Ação obs.dji.grau.4: Lei Orçamentária; Plano Plurianual § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o Art. 165, § 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: I o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subseqüente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa; II o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa; III o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. obs.dji.grau.1: Art. 165, § 9º, I e II, Orçamentos Finanças Públicas Tributação e Orçamento CF obs.dji.grau.4: Diretrizes Orçamentárias da União; Lei Orçamentária da União; Plano Plurianual Plano Plurianual PPA: 4 anos: 3 anos do governo que propôs o plano e 1 ano do governo seguinte. Determinante para o setor público, indicativo para o setor privado. O PPA dá uma indicação da orientação do governo. O PPA deve ser aprovado até o final do 1º ano de governo. CF, art. 165 Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I o plano plurianual; II as diretrizes orçamentárias; III os orçamentos anuais. § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. § 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária. § 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. § 5º A lei orçamentária anual compreenderá: I o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. § 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. § 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades interregionais, segundo critério populacional. § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorizaçãopara abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. § 9º Cabe à lei complementar: I dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; II estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. Lei orçamentária anual: deve conter 3 orçamentos: fiscal, de seguridade social e de investimento das empresas estatais. 28/04/2014 Conceito de tributo 5 espécies de tributo Capacidade contributiva Imposto com finalidade acessória de obtenção de receita. Ex.: imposto sobre importação. Imposto com finalidade de regular o mercado externo. A CF não institui tributo, e sim outorga competência (discriminação constitucional de competências tributárias). Poder tributário: inerente ao Estado. Meta constitucional. Competência tributária: é o poder tributário explicitado na constituição. União, Estadosmembros, Distrito Federal e Municípios: cobram tributos porque instituem os tributos através de lei, por disporem da competência constitucional. A competência tributária constitucional é indelegável, privativa e exclusiva. Extrafiscalidade: função reguladora. (Ex.: imposto de importação). Parafiscalidade: delegação da função de arrecadar, e não da competência. CTN Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição. § 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. § 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. § 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. Art. 8º O nãoexercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído. É possível que uma pessoa jurídica de direito privado realize a aplicação do tributo, desde que exerça função de interesse público. Ex.: sindicatos e conselhos regionais podem aplicar sanções e mover execuções fiscais. Princípios constitucionais tributários implícitos: razoabilidade da tributação; proporcionalidade da tributação; legalidade (decorre do princípio da tipicidade). 30/04/2014 Conceito de tributo: CTN Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Princípio da legalidade tributária: princípio fundante do direito tributário. CTN Art. 156. Extinguem o crédito tributário: I o pagamento; II a compensação; III a transação; IV remissão; V a prescrição e a decadência; VI a conversão de depósito em renda; VII o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; VIII a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164; IX a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; X a decisão judicial passada em julgado. XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos 144 e 149. É inconstitucional a quitação de tributos através da dação em pagamento de bens móveis. É lícito o pagamento em títulos da dívida pública, títulos da dívida agrária, cheques e precatórios. Diferença de tributo para a multa: o tributo não constitui sanção de ato ilícito. CF Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetêlas de imediato ao Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) A maioria dos autores defende que a medida provisória não é meio hábil para instituir tributo. CF Art. 150 Limitações ao poder de tributar. STF entende que a MP que institui tributo é válida, pois será analisada pelo Congresso Nacional e convertida em lei. Cabe ao legislativo instituir tributo. A cobrança de tributo é atividade administrativa. O fiscal de tributo exerce atividade discricionária. Ele mesmo decide o que vai fiscalizar. O fiscal exerce atividade vinculada quando se depara com a ocorrência do fato gerador. Classificação dos tributos: Quanto à competência fiscal: União, Estadosmembros, Distrito Federal e Municípios. Quanto à exclusividade da competência fiscal: privativos ou comuns. O Distrito Federal é competente para instituir os impostos estaduais e municipais. (arts. 145 e 146 CF) 12/05/2014 Classificação dos impostos: Quanto à forma de cálculo Quanto à possibilidade de repercussão Quanto à fixação de alíquotas CF Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem estar de seus habitantes. § 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: I parcelamento ou edificação compulsórios; II imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; III desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. Permite que o município valhase IPTU para penalizar o contribuinte que não utiliza o imóvel. EC 29: modificou o art. 156 § 1º CF Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I propriedade predial e territorial urbana; II transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, excetoos de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; III serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) IV (Revogado pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) Súmula 668 STF IPTU: imposto real ou pessoal? À luz da EC 29 é um imposto pessoal no direito brasileiro. Muitos autores europeus, no entanto, consideram um imposto real. Imposto direto: a carga tributária é suportada pelo contribuinte, sem possibilidade de transferência para outrem. Ex.: imposto de renda, IPTU. Imposto indireto: repassado do produtor para o consumidor. Imposto de alíquota fixa: não são aplicadas alíquotas percentuais. Não é a regra. Aplicada apenas em alguns impostos.
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