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CCJ0014-WL-A-PP-Aula 07-Direito Civil 2 - Guido Cavalcanti

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Aula 07
	
Roteiro de aula
TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES
1- Cessão de Crédito
A cessão enfoca a substituição, por ato entre vivos, da figura do credor.
A transmissão, de uma maneira geral, tanto pode-se dar por atos inter vivos ou causa mortis. O presente tema tratará apenas da transmissão inter vivos. A causa mortis é justamente a sucessão.
Trata-se de uma alienação. Cedente é aquele que aliena o direito; o cessionário, o que adquire. O cedido é o devedor, a quem incumbe cumprir a obrigação. 
Portanto, trata-se de negócio jurídico pelo qual o credor transfere a um terceiro seu direito. 
Nessa espécie, o crédito é transferido íntegro, intacto, pois o que existe é uma transferencia do sujeito ativo. 
Não podem ser transferido créditos inalienáveis. (direitos personalíssimos, p.ex., alimentos)
Também é possível que o próprio contrato já contenha cláusula proibindo transmissão. 
Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da obrigação.
Os acessórios acompanham o crédito na cessão, salvo se as partes convencionaram diferente. 
A cessão pode ser gratuita ou onerosa. Quando gratuita, assemelha-se a uma doação. Quando onerosa, a uma compra e venda.
Se nada de diferente foi combinado, não há necessidade de consentimento do devedor. Deve apenas ter ciência, para não efetuar o pagamento de maneira errônea. 
Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou ciente da cessão feita. 
E se o devedor pagou ao credor original, pois não tinha ficado sabendo da cessão? 
Art. 292. Fica desobrigado o devedor que, antes de ter conhecimento da cessão, paga ao credor primitivo, ou que, no caso de mais de uma cessão notificada, paga ao cessionário que lhe apresenta, com o título de cessão, o da obrigação cedida; quando o crédito constar de escritura pública, prevalecerá a prioridade da notificação.
E se houveram cessões múltiplas? 
Art. 291. Ocorrendo várias cessões do mesmo crédito, prevalece a que se completar com a tradição do título do crédito cedido.
deve o cedido pagar ao cessionário que se apresenta com o título da cessão. Não tem a obrigação de ficar pesquisando qual o último cessionário. 
Uma questão importante: se aquele devedor tinha alguma exceção pessoal a opor ao credor original, não perde esse argumento contra o novo credor. Se isso não fosse admitido, seria uma fraude muito constante.
Art. 294. O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, bem como as que, no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente.
Pode ter duas formas:
a) pro soluto
b)pro solvendo
Pro Soluto: quando com a transferência, o cedente deixa de ter qualquer responsabilidade pelo crédito. Só responde, no mínimo, pela existência real no momento da cessão.
Pro Solvendo: Quando o cedente continua responsável pelo pagamento do crédito.
ASSUNÇÃO DE DÍVIDA
Pode haver substituição da parte passiva da obrigação, com outro devedor assumindo a obrigação.
Esta não pode ocorrer sem a concordância do credor. O credor pode ser prejudicado por ver um devedor com menos capacidade de pagar.
Art. 299. É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava.
Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que consinta na assunção da dívida, interpretando-se o seu silêncio como recusa.
Como é uma situação danosa ao credor, não podemos interpretar o silêncio como uma aceitação. 
A assunção pode liberar o devedor primitivo, ou mantê-lo atado ainda à obrigação. 
Também pode o contrato proibir qualquer tipo de assunção. 
Com a assunção da dívida transmitem-se ao novo credor todas as garantias e acessórios do débito, com exceção das garantias especiais. 
Transferida a dívida, salvo manifestação expressa dos garantidores (fiadores, hipotecantes) ficam eles exonerados com a assunção de dívida. 
Art. 300. Salvo assentimento expresso do devedor primitivo, consideram-se extintas, a partir da assunção da dívida, as garantias especiais por ele originariamente dadas ao credor.
Existem dois tipos de assunção.
a) por um acordo: terceiro/credor
b)por um acordo: terceiro/devedor
Quanto estamos diante de um acordo entre terceiro e credor, podemos ter a chamada expromissão. Um terceiro (expromitente) contrai perante o credor a obrigação de liquidar o débito. As vezes é um terceiro que tem um interesse moral em pagar a dívida (pai paga dívida de filho)
Quando estamos diante de um acordo terceiro e devedor, podemos chamar de delegação. 
Observar que ambas são figuras do mesmo instituto: assunção de dívidas.
Observar que o novo devedor não terá direito às defesas que o devedor original teria. Sua situação agora é nova e personalíssima: 
Art. 302. O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo.
CESSÃO DE POSIÇÃO CONTRATUAL
O instituto da cessão da posição contratual consiste no negócio jurídico pelo qual ocorre a transferência de posição contratual de uma das partes contratantes (cedente) para um terceiro (cessionário), estranho a relação contratual primitiva, com o consentimento da parte remanescente do contato-base (cedido).
Ao substituir o cedente, o cessionário assume a titularidade de uma variedade complexa de direitos e deveres que incumbiam àquele
Ao analisarmos esse negócio jurídico devemos distinguir dois contratos, quais sejam, o contrato-base ou primitivo e o contrato propriamente de cessão contratual.
Aqui não estamos só discutindo débitos ou crédito, mas sim toda uma complexidade de relações jurídicas estabelecidas no contrato base (pois agora temos dois contratos: o contrato base a ser cedido e um outro contrato de cessão de posição contratual)
Esse não é um contrato típico entre nós, apesar de haver semelhantes em várias legislações. 
No contrato de cessão não será discutido ou modificado o objeto do contrato-base bem como suas cláusulas, detendo-se tão somente aos aspectos da cessão, sendo uma negociação apartada.
que a cessão da posição contratual pode atuar nos contratos que não estiverem exauridos completamente. 
O efeito precípuo do instituto é a substituição de uma das partes do contrato primitivo sem que haja, no entanto, a alteração do mesmo
Apesar de atípico, possui o respaldo do artigo 425 que dispõe o seguinte texto:
“Artigo 425. É licito as partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste código.”
Frente à falta de previsão legal, resta aos operadores do direito nortearem-se através de institutos afins, como a cessão de crédito e a assunção de dívida, realizando dessa forma uma interpretação analógica
SLIDES:
https://docs.google.com/presentation/d/1Lu6-o5jqfcskicn6PVGOPm_hNNfpQjDCVEjzbe4jMhM/edit
Assinale a opção correta a respeito da transmissão e das modalidades de obrigações.
a) A cessão de crédito pro soluto transfere o crédito sem que tal transferência possa significar a extinção da obrigação em relação ao devedor.
b) Na obrigação de resultado, o devedor será exonerado da responsabilidade se provar que a falta do resultado previsto decorreu de caso fortuito ou força maior.
c) A obrigação pura é qualificada por uma condição, termo ou encargo.
d) Tratando-se de assunção de dívida, o novo devedor pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo.
Quanto ao Direito das Obrigações disciplinado na lei civil, é correto afirmar:
a) Que a solidariedade nas obrigações se dá quando para uma mesma obrigação concorremmais de um credor ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda, resultando sempre da lei, e nunca por presunção, cabendo, no caso de solidariedade ativa, a cada credor o direito de exigir do devedor, ou devedores, o cumprimento integral da prestação, sendo que o pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago.
b) Que nas obrigações de dar coisa certa, os acessórios são abrangidos ainda que não mencionados no título, exceto quando excluídos por convenção das partes ou em razão das circunstâncias do caso, sendo declarada satisfeita a obrigação para ambas as partes quando, sem culpa do devedor, a coisa se perder antes de ocorrida sua tradição ou na pendência de condição suspensiva, ficando, porém, o devedor, quando comprovada sua culpa, obrigado a responder pelo equivalente da coisa perdida, e mais perdas e danos na hipótese de ação ou omissão dolosa.
c) Que nas obrigações alternativas, se outra coisa não restou convencionada, cabe ao devedor o direito de escolher qual delas adimplir, sendo-lhe vedado impor ao credor o recebimento da obrigação parte em uma prestação e parte em outra, e que, se por convenção das partes, for atribuído a terceiro esse direito de escolha, não podendo ou não querendo o terceiro fazer a opção, competirá ao devedor, em qualquer situação, fazê-lo.
d) Que é considerada indivisível toda obrigação cuja prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico, sendo que na hipótese de haver mais de um devedor responsável pelo seu adimplemento, cada um será obrigado pela dívida toda, sub-rogando-se no direito do credor em relação aos outros devedores o devedor que pagar a dívida, e havendo mais de um credor, a quitação da obrigação a um deles alcançará aos demais quando for prestada por este caução de ratificação dos outros credores.
e) Que não havendo oposição proveniente da natureza da obrigação, da lei, ou da convenção entre o credor e o devedor, é possível àquele ceder o seu crédito, sendo que, na eventualidade de cláusula proibitiva da cessão, ela não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé se não houver constado do instrumento da obrigação, abrangendo a cessão de um crédito todos os seus acessórios, salvo quando disposto de forma contrária, sendo indispensável sua celebração através de instrumento público para se tornar eficaz em relação a terceiros.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) Se Flávio conceder a Paulo remissão de sua parte na dívida, a obrigação estará extinta para este devedor.
b) Caso José venha a falecer, Flávio poderá demandar de um dos herdeiros a totalidade da dívida.
c) Flávio poderia escolher quaisquer dos devedores para cumprir a obrigação por inteiro. No entanto, qualquer deles teria o direito de pagar a sua parte na dívida, tão logo ocorresse o vencimento.
d) Se Flávio recebesse de Francisco um terço do valor da dívida, ficaria impedido de cobrar somente de José o valor restante.
Assinale a opção correta a respeito da transmissão e das modalidades de obrigações.
a) A cessão de crédito pro soluto transfere o crédito sem que tal transferência possa significar a extinção da obrigação em relação ao devedor.
b) Na obrigação de resultado, o devedor será exonerado da responsabilidade se provar que a falta do resultado previsto decorreu de caso fortuito ou força maior.
c) A obrigação pura é qualificada por uma condição, termo ou encargo.
d) Tratando-se de assunção de dívida, o novo devedor pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo.
Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor 
a) pedir a resolução do contrato, retroagindo os efeitos da sentença à data da citação, mas a resolução poderá ser evitada oferecendo-se o réu a modificar eqüitativamente as condições do contrato.
b) pedir a revisão das cláusulas para assegurar o quanto possível o valor real da prestação, mas não poderá pedir a resolução do contrato.
c) pedir a resolução do contrato, produzindo-se os efeitos da sentença a partir do trânsito em julgado, salvo se concedida pelo juiz antecipação da tutela, mas a resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar eqüitativamente as condições do contrato.
d) apenas pedir a resolução do contrato, mas não poderá pedir a revisão de cláusulas, ainda que para assegurar o equilíbrio das prestações.
e) pedir remissão da dívida, no que exceder o valor total de seus bens, porque estará caracterizado seu estado de insolvabilidade.

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