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Início Aulas Calendário Facebook Discussões e exercícios Mural Material Complementar Guido Cavalcanti [Sem título] > Aulas > Direito Civil > Direito Civil II > Aula 05 Roteiro de aula A solidariedade é um artifício técnico utilizado para reforçar o vínculo, facilitando o cumprimento ou solução da dívida. A obrigação é solidária quando a totalidade de seu objeto puder ser reclamada por qualquer dos credores ou qualquer dos devedores. Portanto, pode haver solidariedade passiva (devedores) ou ativa (credores) A passiva é mais comum e mais útil. A ativa só em casos bem específicos. A solidariedade acaba tendo o mesmo efeito das obrigações indivisíveis (responsabilidade total entre os sujeitos). Mas uma decorre da própria natureza do objeto e a outra nasce da vontade das partes. O mais importante a perceber é que é possível ter solidariedade sobre um objeto divisível A solidariedade nunca se presume. (art. 265), sempre resultando da lei ou da vontade das partes. Isso é importante, pois nunca deve-se “interpretar” uma solidariedade. Ela sempre é muito clara e expressa. CAPÍTULO VI Das Obrigações Solidárias Seção I Disposições Gerais Pesquisar o site Página 1 de 5Aula 05 - Guido Cavalcanti 08/03/2013https://sites.google.com/site/professorguidocavalcanti/home/aula-2010---2o-semestre/fir--... Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda. Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes. Tarefa de casa: qual a diferença entre obrigação solidária e obrigação in solidum. Explique e dê diferenças. Observar que outros ramos do Direito também se utilizam da solidariedade. P.ex., em uma relação de trabalho, ou em questões de transito, etc. Podemos observar que existe uma espécie de solidariedade, mas não é sobre essa que versa o tema. Estamos tratando principalmente de solidariedade contratual. Aquela que nasceu da vontade das partes e gerou uma obrigação. Duas características principais: a) Unidade da prestação: qualquer que seja o número de credores ou devedores, o débito é sempre único. b) Pluralidade: vários devedores ou vários credores. Nada impede que cada um tenha características específicas (alguns com obrigações puras e outros com obrigações com encargo) c) A nulidade da obrigação de um deles não implica a nulidade de todos os outros O que solve a dívida pode reaver dos demais a quota-parte de cada um na obrigação. Na solidariedade ativa, o recebimento por parte de um dos credores extingue o direito dos demais. (o que recebe deve entregar aos demais credores o que cada um tem direito) A solidariedade é uma espécie de negação da regra geral: havendo mais de um devedor, cada um estará obrigado por sua parte na dívida. Solvendo sua parte, estará desobrigado. Mas se houver uma expressão explícita de solidariedade, essa regra estará olvidada. A solidariedade não se presume. Deve ser expressa. Não quer dizer que seja impossível de se provar uma solidariedade na justiça, mas será uma questão difícil e tormentosa, necessitando de amplo material comprobatório e testemunhal. SOLIDARIEDADE ATIVA Seção II Da Solidariedade Ativa Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro. Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar. Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago. Exemplos clássicos podemos ver em contas bancárias conjuntas ou ainda em um contrato de cofre de segurança, onde temos mais de um contratante autorizado. Observe que se o credor perdoa a dívida, ele está exercendo um direito que não lhe cabe (extinguir os direitos alheios) e deverá por isso responder. Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que lhes caiba. Página 2 de 5Aula 05 - Guido Cavalcanti 08/03/2013https://sites.google.com/site/professorguidocavalcanti/home/aula-2010---2o-semestre/fir--... Entender também que a movimentação jurídica de um dos co-credores, vai aproveitar aos demais. Qualquer um dos credores poderá propor a ação. Extingue-se uma solidariedade ativa da mesma forma que se extingue uma obrigação. (ex., pagamento, consignação, compensação, etc) SOLIDARIEDADE PASSIVA Cada credor tem direito de reclamar de qualquer devedor a totalidade da dívida. Seção III Da Solidariedade Passiva Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto. Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores. Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores. Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada. A grande questão é a da culpa: Se a obrigação se extingue com culpa ou sem culpa Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado. Outra questão importante é sobre as defesas que um devedor pode alegar para se defender de determinada dívida (exceções) . Algumas defesas são pessoais (p.ex., houve uma compensação ou uma confusão entre minha pessoa –só a minha – e a do credor) vejamos: Art. 281. O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro co-devedor. PAGAMENTO PARCIAL Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada. Ou seja: o credor abaterá necessariamente o que recebeu, mas o resto continua a ser devido, de maneira igual entre os demais. EXTINÇÃO DA SOLIDARIEDADE A solidariedade pode desaparecer. Na solidariedade ativa, os credores poderão abrir mão da solidariedade, da mesma forma que a criaram. Também temos um caso atípico de extinção de solidariedade irregular (atípico) no caso de morte do credor solidário. Cada herdeiro só terá direito a sua cota parte. Página 3 de 5Aula 05 - Guido Cavalcanti 08/03/2013https://sites.google.com/site/professorguidocavalcanti/home/aula-2010---2o-semestre/fir--... SLIDES https://docs.google.com/presentation/d/10tfq2reMqL0OkroeEuzQ8fqtniD9Nfkdw53f8SMyxEY/edit Questões de Obrigações: I) André, Bolívar, Carlos e Dario tornaram-se devedores solidários (cláusula de solidariedade expressa no instrumento contratual) de Zenóbio pela quantia de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais). Antes do vencimento, André promove um negócio com Zenóbio, através do qual este renuncia à solidariedade de André, recebendo deste a quantia correspondente à sua quota-parte na dívida solidária. Após, ainda anteriormente ao vencimento, é decretada a insolvência de Dario, que restou sem nenhum patrimônio. Não paga a dívida no vencimento, Zenóbio executa Bolívar, que salda o débito, acordando com o credor a dispensa do pagamento de juros, correção monetária e despesas judiciais. Bolívar poderá exigir dos co-devedores: A) R$ 10.000,00 de André e R$ 30.000,00 de Carlos. B) R$10.000,00 de André e R$ 40.000,00 de Carlos. C) R$ 30.000,00 de André e R$ 30.000,00 de Carlos. D) R$ 30.000,00 de André, R$ 30.000,00 de Carlos e R$ 30.000,00 de Dario. E) R$ 40.000,00 de André e R$ 40.000,00 de Carlos. VIII) Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa CORRETA: I – Nas obrigações alternativas, ao contrário do que ocorre obrigações de dar coisa incerta, a escolha pertence ao credor, salvo estipulação contratual ao contrário. II – havendo mais de uma devedor de uma obrigação indivisível, o credor poderá cobrar a dívida toda de qualquer um dos devedores, que não ficará sub-rogado no direito do credor em relação aos outros coobrigados, haja vista a natureza indivisível da obrigação. III – O julgamento contrário a uma dos credores solidários sempre atinge os demais, do mesmo modo como o julgamento favorável a um deles a todos aproveita. IV – O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. a) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. b) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas. c) Apenas a afirmativa I está correta. d) Apenas a afirmativa IV está correta. Página 4 de 5Aula 05 - Guido Cavalcanti 08/03/2013https://sites.google.com/site/professorguidocavalcanti/home/aula-2010---2o-semestre/fir--... IX)Leia atentamente as assertivas abaixo acerca das obrigações solidárias. I - A suspensão da prescrição em favor de um dos credores solidários estender-se-á a todos. II - O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais. III - O pagamento feito a um dos credores solidários extingue inteiramente a dívida. IV - A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos outros. V - Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade. Sobre as assertivas acima, pode-se afirmar que estão corretas: A) I, II e III; B) II, IV e V; C) I, III e IV; D) II, III e IV; E) III, IV e V. YouTube Video Fazer login | Denunciar abuso | Imprimir página | Remover acesso | Tecnologia Google Sites Comentários Você não tem permissão para adicionar comentários. Página 5 de 5Aula 05 - Guido Cavalcanti 08/03/2013https://sites.google.com/site/professorguidocavalcanti/home/aula-2010---2o-semestre/fir--...
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