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CCJ0014-WL-B-PP-Aula 08-Direito Civil 2 - Guido Cavalcanti

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Guido 
Cavalcanti
[Sem título] > Aulas > Direito Civil > Direito Civil II > 
Aula 08
Roteiro de aula
Pagamento
Quando nada existe de anormal, a obrigação se extingue com o pagamento.
Nem todo pagamento é dinheiro
Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor.
Quando estamos diante de um pagamento, podemo também falar em "solução da obrigação"
Pagamento então seria uma forma de liberação do devedor, mediante a prestação do obrigado. 
Natureza Jurídica
O pagamento pode se constituir de diversas formas. Hora foi cogente, hora foi voluntário, etc. Mas em todas 
modalidade, sempre será um fato jurídico.Por vezes esse fato é um verdadeiro negócio jurídico (quando bilateral), 
mas por vezes esse fato é unilateral. 
Isso tem relevância, pois se entendermos o pagamento como negócio jurídico, vamos usar também os requisitos de 
existência, validade e eficácia dos negócios jurídicos (agente capaz, objeto lícito, etc), para afirmamos se o 
pagamento "valeu" ou não.
A quem se deve pagar? O Solven
Normalmente será o próprio devedor obrigado a pagar. Deverá pagar na estrita forma combinada.
Devedor tem obrigação de pagar e credor tem obrigação de receber.
Observar que pelo próprio artigo 304, qualquer interessado na extinção da dívida pode fazê-lo. O fiador, p.ex., é 
um interessado, estando o credor obrigado a receber. 
Nasce então duas categorias:
a) interessados - têm direito constituído de pagar a dívida.
b) não interessados - se pagarem, caem na previsão do art. 304, parágrafo único e a do 305
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08/03/2013https://sites.google.com/site/professorguidocavalcanti/home/aula-2010---2o-semestre/fir--...
art. 304
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste.
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor.
Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso no vencimento.
Se o terceiro interessado paga em seu próprio nome, e o credor recebe, acaba tendo direito a reembolsar-se do que 
pagou, mas ele não se torna um "credor" do devedor original. Ele tem direito a uma singela ação de cobranças (não 
recebe p.ex., as eventuais garantias que o credor original tinha - não há uma substituição)
Quando é interessado quem paga, sub-roga-se em todos os direito de crédito.
Se é terceiro não interessado, que paga em nome do devedor, nada pode reaver se voluntariamente não lhe for 
pago.
E se o devedor original tinha algum motivo jurídico para discutir/não pagar a dívida, vem um terceiro e paga? art. 
306
Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação.
Concluindo, o art. 307 traz um princípio fundamental:ninguém pode transferir mais direitos do que tem. Para 
transmissão do domínio, deverão estar presentes todos os requisitos. Mas se se tratar de coisa fungível, já 
consumida, p.ex., de boa fé, pelo credor, não se pode mais reclamar a coisa deste. 
Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que importar transmissão da propriedade, quando feito por quem possa alienar o objeto em que ele consistiu.
Parágrafo único. Se se der em pagamento coisa fungível, não se poderá mais reclamar do credor que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o solvente não tivesse o direito de aliená-la.
A quem se deve pagar: Accipiens
É quem recebe a prestação. 
Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito.
O pagamento deve sempre ser realizado ao credor ou no máximo ao seu representante. Se for feito a pessoa 
estranha, vale a regra: quem paga mal, paga duas vezes.
Mas observe que mesmo feito a pessoa estranha à relação, mas depois corroborado pelo verdadeiro credor, o 
pagamento vai ser tido como válido.
Credor Putativo
É quem tem a aparência de ser o credor.
Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois que não era credor.
ex. há muitos anos um funcionário da loja ia na casa do devedor pegar determinado valor. a situação sempre se 
repetia da mesma forma. Um dia o funcionário foi demitido e de má-fé, mesmo assim foi pegar o pagamento. 
Observe que nesse caso não caberia ao devedor conhecer essa modificação na situação fática.
Restará ao verdadeiro credor haver o pagamento do falso accipiens.
Certas pessoas estão inibidas em receber, apesar de estarem na situação de credoras. art. 310
Art. 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor não provar que em benefício dele efetivamente reverteu.
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A lei usa a expressão cientemente. Em situações onde o solvens tem pleno conhecimento da incapacidade. O 
representante terá legitimidade para impugnar o pagamento. Mas se o solver conseguir provar que o pagamento 
acabou, de qualquer forma, revertendo em benefício do credor, pode restar livre de pagar novamente.
Outra situação de pessoas impedidas de receber, apesar de credoras, está no artio 312:
Art. 312. Se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita sobre o crédito, ou da impugnação a ele oposta por terceiros, o pagamento não valerá contra estes, que poderão constranger o 
devedor a pagar de novo, ficando-lhe ressalvado o regresso contra o 
É o caso do solver ter tomado conhecimento da penhora ou da oposição de terceiros. Se pagar ao credor, está 
assumindo esse risco. 
Também está inibido de receber o falido, desde o momento de abertura da falência. 
SLIDES:
https://docs.google.com/presentation/d/1uUkY0de0VyMLBRQdDxPo9POWtxyt6sza_ePenBUHszI/edit
rova: FUNDEP - 2011 - MPE-MG - Promotor de Justiça
Disciplina: Direito Civil | Assuntos: Direito das Obrigações; Fatos Jurídicos - Da Prova; 
É INCORRETO afirmar quanto ao objeto do pagamento e sua prova no Código Civil: 
 a) O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa.
 b) Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, nem o 
devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou.
 c) É ilícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas.
 d) Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o 
do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto 
possível, o valor real da prestação.
QUESTÃO 23
O pagamento feito a credor putativo por devedor de boa-fé é
a) válido, ainda que fique provado depois que quem recebeu não era credor.
b) válido, desde que não fique provado depois que quem recebeu não era credor.
c) nulo.
d) inexistente.
oncurso para Juiz de Direito Substituto do Estado de Minas Gerais/2008
Questão 9
Diz-se alternativa a obrigação quando comportar duas prestações, distintas e independentes.
Considerando essa afirmativa, marque a opção CORRETA:
A) O devedor pode obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra.
B) O devedor pode exercer a faculdade de opção em cada período, quando a obrigação for de prestações periódicas.
C) O devedor, depois de exercer o direito de escolha, independentemente de qualquer outra condição, antes do adimplemento da obrigação, ainda dispõe da 
alternativa de oferecera prestação que lhe convier.
D) Os devedores, não havendo acordo unânime entre eles, obrigatoriamente devem se submeter à vontade da maioria.
Concurso para Juiz de Direito Substituto do Estado de Minas Gerais/2009
Questão 8 
Em relação aos direitos das obrigações, marque a asserção CORRETA:
A) A mora não pode ser purgada por terceiro.
B) A presunção da mora também ocorre em caso de aposição em cláusula contratual de termo certo para pagamento.
C) Nas obrigações provenientes de ato ilícito a mora é presumida.
D) Ainda que a prestação se tenha tornado inútil ao credor, em virtude da impontualidade, a mora pode ser purgada.
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Concurso nº 01/2009 para Juiz Substituto – TRT-3ª Região
Questão 23
A respeito das obrigações, leia as afirmações abaixo e, em seguida, assinale a
alternativa correta:
I. Nas obrigações de dar coisa certa, até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no 
preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação.
II. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao credor, se o contrário não resultar do título da obrigação.
III. Nas obrigações de não-fazer, praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua 
custa, ressarcindo o culpado perdas e danos. Para essa última hipótese, será sempre necessária autorização judicial.
IV. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda.
V. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais; o julgamento favorável aproveita-lhes, a menos que se funde em exceção pessoal ao 
credor que o obteve.
a) Somente uma afirmativa está correta.
b) Somente duas afirmativas estão corretas.
c) Somente três afirmativas estão corretas.
d) Somente quatro afirmativas estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
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