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DIREITO PROCESSUAL CIVIL II TÓPICO I FASES DO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO – IESB Direito Processual Civil II 
 Processo de Conhecimento 
Professor: Denis Lopes Franco 
e-mail: denis.franco@iesb.br 
1 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL - FASES DO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO 
1. NOÇÕES GERAIS 
O processo, a rigor, não comporta divisão. É o método pelo qual atua a jurisdição. 
Dependendo, entretanto, da tutela jurisdicional postulada pela parte, estabelece o Código 
particularidades procedimentais que caracterizam o processo. 
Se o objetivo da parte é o do acertamento do direito, deve o juiz, antes de proferir a 
sentença de mérito, conhecer as questões de fato e de direito deduzidas em juízo, bem como 
as provas respectivas. Daí por que o método aplicável, nesse caso, denomina-se processo de 
conhecimento ou de cognição. 
Estando o direito já definido em título executivo (judicial ou extrajudicial), 
desnecessária é a atividade de conhecimento da jurisdição. Nessa hipótese, a atuação estatal é 
no sentido da realização do direito da parte, o que é feito por meio do processo de execução, 
em se tratando de título extrajudicial, ou feito pela fase denominada cumprimento da 
sentença, em se tratando de título judicial. 
Tendo em vista a extinção do processo cautelar autônomo e o fato de o 
cumprimento de sentença se tratar de mera fase do processo de conhecimento, temos, 
atualmente, apenas duas espécies de processo previstas na legislação processual codificada: o 
processo de conhecimento, regulado pelo Livro I, e o processo de execução, regulado pelo 
Livro II. 
O procedimento, por sua vez, é a maneira pela qual o processo se desenvolve, se 
exterioriza. Dessa forma, a cada espécie de processo corresponde um ou mais procedimentos. 
Ao processo de conhecimento corresponde o procedimento comum, aplicável a 
todas as causas reguladas pelo Código, exceto àquelas em que há previsão expressa em 
sentido contrário. 
O CPC/1973 subdividia o processo de conhecimento em ordinário e sumário, o que 
não mais se vê no Código atual. Hoje temos um procedimento único para as ações de 
conhecimento, além dos procedimentos especiais que foram significativamente reduzidos. 
Os procedimentos especiais, assim como previa o CPC de 1973, se subdividem em 
procedimentos especiais de jurisdição contenciosa e procedimentos especiais de jurisdição 
voluntária. Nos procedimentos especiais de jurisdição contenciosa, a atividade do juiz é 
predominantemente de conhecimento; já nos procedimentos especiais de jurisdição 
voluntária, a atividade é tipicamente administrativa. 
O rito ou procedimento denominado de “sumaríssimo” (adotado nos Juizados 
Especiais) continua em vigor e, até que seja editada lei específica, as ações que estavam 
submetidas ao procedimento sumário, mas que também podiam tramitar sob aquele rito (art. 
3º, II, da Lei nº 9.099/1995 c/c art. 275, II, do CPC/1973) continuam a ser de competência dos 
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juizados especiais, conforme dispõe o art. 1.063 do CPC/2015. O tema será aprofundado no 
capítulo relativo aos Juizados Especiais. 
2. DETERMINAÇÃO DO PROCEDIMENTO 
A determinação do procedimento, ou seja, do rito, do caminho a ser trilhado pelos 
litigantes e pelo juiz, no desenrolar da relação processual, é feita por exclusão. 
Apresentados os fatos, deve-se verificar de qual tipo de providência jurisdicional 
necessita o cliente. Pode ser que tenha um crédito insatisfeito e, então, deve ser proposta uma 
ação executiva, para cujo processo a lei prevê procedimento próprio. 
Tratando-se de direito contestado, controvertido, a tutela necessária é de 
conhecimento. Nesse caso, deve-se verificar se o Código ou as leis esparsas preveem algum 
tipo de procedimento especial. O mandado de segurança e a ação de desapropriação, por 
exemplo, seguem ritos próprios, aliás, “procedimentos especiais de jurisdição contenciosa”, 
previstos na Lei nº 12.016/2009 e no Decreto-lei nº 3.365/1941. As ações possessórias, o 
inventário e a monitória, dentre outras providências, também seguem ritos especiais 
estabelecidos no Código. 
Tratando-se de direito controvertido, mas não prevendo a lei rito especial, a 
conclusão a que se chega é que o procedimento adequado para a resolução do litígio é o 
comum, cujas regras são aplicáveis a todas as demandas que devam ser dirimidas a partir da 
atividade cognitiva do juiz (art. 318). 
3. VISÃO GERAL DO PROCEDIMENTO COMUM 
Para efeito didático, divide-se o procedimento comum em cinco fases: postulatória, 
saneadora, probatória ou instrutória, decisória e recursal. A rigor, as fases não são estanques, 
mas há interpenetração de uma fase em outra. Mormente no que tange às fases probatória e 
saneadora, não há um momento determinador rígido. Permite-se a produção de prova desde a 
propositura da ação até a fase recursal. Com relação ao saneamento, a atividade do juiz é 
permanente. De qualquer forma, para efeitos didáticos, vamos esquematizar o procedimento 
comum. 
A fase postulatória inicia-se com o ajuizamento da ação, o que se dá pela petição 
inicial, que é a forma legal de provocar a jurisdição (art. 319). Estando a petição inicial 
devidamente instruída e não sendo o caso de improcedência liminar do pedido ou de 
conversão da demanda individual em coletiva, abre-se espaço para a audiência de conciliação, 
a qual se dará antes mesmo da apresentação de defesa pelo réu. 
A fase saneadora corresponde à fase posterior à postulação das partes. Inclui as 
providências preliminares aludidas nos arts. 347 a 353 e o saneamento propriamente dito. 
Caracteriza-se pela preparação do processo para a instrução e julgamento. Nessa fase, deve o 
juiz verificar todas as nulidades que tenham escapado de sua permanente fiscalização e cuidar 
para que o contraditório seja exercido em sua plenitude, a fim de que não se perca tempo 
instruindo processo que não poderá receber julgamento válido. Evidente que, em certas 
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hipóteses, o processo nem passa pela fase instrutória, uma vez que certos acontecimentos 
podem levar à sua extinção prematura. 
A fase probatória ou instrutória vem logo após o saneamento do processo. Nessa 
fase, faculta-se às partes provar suas alegações por um dos meios de prova admitidos ou por 
aqueles moralmente legítimos, ainda que não previstos na lei processual, a exemplo da prova 
emprestada (art. 372). 
A fase decisória segue à de instrução do feito, caracterizando-se pela prolação da 
sentença, que pode ser em audiência (art. 366). Quando a prova não exigir a realização de 
audiência, como a perícia e a inspeção judicial, por exemplo, a sentença é proferida após a 
manifestação das partes sobre a prova colhida, independentemente de audiência. 
Apreendida a visão geral do procedimento comum, vamos, nos itens seguintes, 
desdobrar cada uma das fases, detalhando os atos processuais que as caracterizam. 
QUADRO ESQUEMÁTICO 
 - Petição Inicial 
 - Audiência de Conciliação 
 - Postulatória 
 - Resposta do réu - Contestação 
Fases do - Reconvenção 
Procedimento 
 
Ordinário - Saneadora - Providências preliminares 
 - Saneamento 
 - Instrutória 
 - Decisória 
 - Liquidação 
 - Cumprimento de sentença

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