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PROCEDIMENTO - Teoria Geral do Processo (TGP)

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*Brenda Alves 
PROCEDIMENTO 
Em um momento histórico anterior a 
autonomia do direito processual, no qual não 
havia distinção entre o direito processual e o 
material, o processo era compreendido como 
sinônimo de procedimento, sendo ambos 
entendidos como uma sequência de atos 
destinados a um fim específico, um rito judicial 
destinado à correta aplicação do direito 
material. 
Dentro de um contexto histórico e 
social, o processo passa a ser entendido como 
mecanismo de legitimação do Poder Estatal, um 
instrumento para a obtenção de uma tutela justa. 
Através dele busca-se a prestação de uma 
solução jurisdicional com maior rapidez, 
aceitação, satisfação e confiança da sociedade. 
Procedimento vem do 
latim procedere que significa ir por diante, 
andar a frente, prosseguir. De sua origem 
visualiza-se seu significado, o modo de agir 
processual, a sucessão ordenada de atos à 
disposição para que se consubstancie a tutela 
jurídica. Procedimento configura-se na 
exteriorização e materialização do processo, 
podendo assumir diversos modos de ser. 
Processo que também tem sua origem 
no latim procedere tem sentido diverso, 
relacionando-se com a relação jurídica 
instrumental que se instaura e se desenvolve 
entre autor, juiz e réu, visando à solução para o 
conflito de interesses. 
O processo pode ser entendido como 
instituto complexo, no qual o procedimento é 
uma de suas vertentes, aliado a relação existente 
entre seus sujeitos, com o objetivo de obter uma 
tutela justa. O procedimento seria a 
sistematização do processo. 
Quando o legislador quis referir-se a 
sequência de atos coordenados em direção à 
tutela jurisdicional efetiva, denominou 
procedimento, como exemplos temos o 
emprego da denominação procedimento 
comum, procedimento ordinário, procedimento 
sumário e procedimentos especiais. 
Diferentemente, o nosso Código utiliza 
corretamente o vocábulo processo ao 
denominar o processo civil, o processo de 
conhecimento, processo de execução e 
processo cautelar. 
O procedimento tem como escopo fins 
específicos relacionados à jurisdição e aos 
direitos postos em conflito. È necessário que o 
procedimento seja refletido desde sua forma em 
abstrato, quando criado pelo legislador, para 
possibilitar tutelar o direito material; até sua 
aplicação no caso concreto, quando o juiz, 
utilizando-se das regras atinentes ao 
procedimento, viabiliza a efetividade do direito. 
A parte tem direito ao procedimento 
adequado a tutela do direito material discutido, 
consentâneo com seus direitos fundamentais e 
com os princípios constitucionais de justiça. 
Nesse sentido, não podem ser instituídos 
procedimentos que restringem as alegações do 
réu, pois violam direitos fundamentais, como o 
direito ao contraditório, assim como dificultam 
o alcance do direito material. Tais restrições 
devem sempre alinhar-se ao direito 
fundamental das partes a efetiva participação 
das mesmas no processo. 
Assim, o processo diferencia-se do 
procedimento, mas a ele se inter-relaciona. O 
processo necessita de um procedimento 
legítimo, que respeite os direitos tutelados, 
assim como o contraditório e a ampla defesa, 
para atingir seu escopo, qual seja, uma tutela 
jurisdicional efetiva, consentânea com os 
valores sociais e políticos defendidos pela 
sociedade. 
O processo é um procedimento que 
legitima a atividade jurisdicional. O 
procedimento para ser legítimo deve estar 
consentâneo com os direitos materiais 
fundamentais. E dentro desse contexto, a 
diferença entre processo e procedimento ganha 
sentido e relevância. 
*Brenda Alves 
TIPOS DE PROCEDIMENTO 
A natureza do conflito de interesse a ser 
solucionado é que define a espécie de 
procedimento. Pode ser comum ou especial. 
Procedimento comum: Deve-se 
entender por procedimento padrão, é aquele que 
deve ser aplicado quando não há um 
procedimento especial previsto em lei para que 
seja solucionado o conflito. Por tanto se vê que 
o procedimento comum é o procedimento 
residual, ao qual se chega por exclusão, 
verificando-se se não é o caso de se enquadrar 
a hipótese em alguns do procedimento especial. 
Ainda existia uma subdivisão: o rito ordinário e 
sumario. Mas com o Novo Código de Processo 
Civil brasileiro recém-sancionado pela 
Presidência da República, deixou de existir a 
divisão dos ritos, ou seja, não existe mais 
distinção entre sumario e ordinário. Só há o 
procedimento comum do art. 318 e os 
procedimentos especiais art.539 
Procedimentos especiais: Os 
procedimentos especiais é um grupo de 
procedimento que o legislador escolheu para ser 
assim denominado. São especiais por conta do 
direito material, ou seja, podemos perceber o 
que direito material exige um caminho 
diferente. Se estiver nos procedimentos 
previsto no CPC: Titulo III, Livro I, da parte 
especial, ou nos procedimentos previstos em 
outras leis exemplo: lei de alimentos, lei de 
locação, lei de mandado de segurança são 
procedimentos especiais. Se não tiver por 
motivo de exclusão é um procedimento 
especial. Os procedimentos especiais no CPC 
são: Ação de consignação de pagamento; Ação 
de exigir contas; Ação de divisão e demarcação 
de terras; Ação de dissolução parcial de 
sociedade; Inventario e partilha; Ações 
possessórias; Embargos de terceiro; Ação de 
oposição; Habilitação; Ação de família; Ação 
monitoria; Homologação de penhor legal; 
Regulação de avaria grossa; Restauração de 
autos; Notificação e interpelação; Alienação 
judicial; Divorcio, separação, dissolução União 
estável, alteração regime de bens; Testamento e 
codicilos; Herança jacente; Bens dos ausentes; 
Coisas Vagas; Interdição; Organização e 
fiscalização das fundações; Ratificação de 
protestos marítimos. 
 
FASES DO PROCEDIMENTO 
O que é necessário para que um 
processo se desenvolva até o fim. Chamamos 
este estudo de estudo das fases processuais. 
Quando um processo não se desenvolve até o 
seu fim, chamamos isso de “julgamento 
conforme o estado do processo.” Esse 
“julgamento conforme o estado do processo” 
pode resolver o mérito do processo ou não. 
Basta sabermos que a extinção sem solução de 
mérito ocorre quando acontece alguma coisa 
não esteja de acordo com as exigências da lei 
processual. Quando um processo tem uma falha 
desse tipo e é encerrado, chamamos isso de 
extinção sem solução de mérito. 
O contrário da extinção sem solução de 
mérito, a extinção com solução de mérito, 
ocorre quando o juiz diz qual das partes tem 
razão. Resolver o mérito da ação, então, é dizer 
quem tem razão, se o autor ou o réu. Aqui 
vamos considerar o que deve acontecer para 
que um processo chegue ao final e o juiz resolva 
o mérito, aprecie o conteúdo do direito material, 
embora seja possível, também, que haja o 
chamado “julgamento antecipado do mérito.” 
Veremos a regra geral. Em outra oportunidade, 
tratamos desta exceção. 
Um processo tem as seguintes fases: 
postulatória, instrutória, decisória, recursal 
e executória, que hoje o pessoal gosta de 
chamar de “fase de cumprimento de sentença.” 
Na fase postulatória, o autor apresenta o seu 
pedido, o que ele faz na petição inicial. 
Após o protocolo da petição inicial pelo 
autor, o réu é citado. Citação é o ato processual 
que dá conhecimento do processo ao réu e o 
chama para apresentar defesa. A citação é um 
*Brenda Alves 
ato processual muito importante, porque está 
diretamente ligada aos direitos fundamentais à 
ampla defesa e ao contraditório. Para poder se 
defender adequadamente, o réu precisa tomar 
conhecimento da ação. 
Hoje, o novo Código de Processo Civil 
prevê, obrigatoriamente, a realização de uma 
audiência de conciliação (artigo 334, nCPC), 
então o réu é citado para comparecer a esta 
audiência de conciliação. Assim, o prazo de 15 
dias que o réu tem para contestar o pedido será 
contado em função da audiência de conciliação.Se ocorrer a audiência, mas não ocorrer 
a conciliação, o prazo de 15 dias para a 
contestação do réu conta da data da audiência. 
Se a audiência não ocorrer porque ambas as 
partes expressaram manifestamente não terem 
interesse na conciliação, então o prazo para 
contestação passa a contar da data em que o réu 
protocolou sua petição dizendo que não tinha 
interesse. 
A apresentação da contestação, pelo réu, 
encerra a fase postulatória. A fase seguinte é a 
de instrução, a fase instrutória, na qual os fatos 
delimitados pelo autor e pelo réu serão objeto 
de prova. 
Se a prova for documental, os 
documentos deverão ser juntados já com a 
petição inicial e com a contestação. Mas outros 
tipos de prova podem ser produzidos: podem 
ser ouvidas as partes e testemunhas (o que 
acontece numa outra audiência, chamada de 
audiência de instrução), pode ser necessária a 
realização de uma perícia, e assim por diante. 
Se os documentos juntados pelas partes 
já forem suficientes para provar os fatos, ou se 
não houver discordância das partes a respeito 
dos fatos, então não será necessário ingressar na 
fase instrutória e será proferida, imediatamente, 
a sentença. O nome disso, segundo o Código de 
Processo Civil, como já mencionou é 
“julgamento antecipado do mérito,” uma das 
modalidades de “julgamento conforme o estado 
do processo.” 
Após a fase instrutória, vem à fase 
decisória. Na fase decisória, o juiz vai proferir 
a sentença, resolvendo o mérito do processo, 
dizendo quem tem razão. Como regra geral, o 
juiz apenas vai resolver o mérito após a 
observância da ampla defesa e do contraditório 
(quer dizer, o réu tem que ter tido a 
possibilidade de se defender e as partes devem 
debater a respeito dos fatos e do direito) e após 
a realização de provas. 
A isso se chama de cognição exauriente. 
Cognição exauriente porque houve toda a 
possibilidade de que as partes discutissem e que 
os fatos fossem provados. 
Mas o processo não termina na fase 
decisória. Após essa, vem a fase recursal. A 
parte prejudicada pode interpor recurso ao 2º 
grau de jurisdição. No processo comum, o 
nome do recurso interposto contra a sentença é 
apelação. No 2º grau, os recursos são 
apreciados por Tribunais e, normalmente, 
sempre por mais de um juiz (nos tribunais de 2º 
grau, os juízes são chamados de 
“Desembargadores”). 
Mas a fase recursal não para por aí, pois 
pode haver recurso para as chamadas Cortes de 
Sobreposição, que no processo comum são o 
Superior Tribunal de Justiça e o Supremo 
Tribunal Federal. 
Apenas após esgotarem-se todas as 
possibilidades de recurso é que ocorre o 
chamado “trânsito em julgado.” Trânsito em 
julgado é sinônimo da impossibilidade de 
interposição de recursos. 
Após o trânsito em julgado da sentença 
segue a fase de execução (ou, se preferirem, o 
“cumprimento de sentença”), onde a realidade 
fática vai ser alterada. É possível, no entanto, 
que seja feita a execução provisória da sentença 
(antes do trânsito em julgado), ou mesmo que a 
realidade fática seja alterada, pelo processo, 
antes da sentença, naquilo que chamamos de 
antecipação de tutela. 
*Brenda Alves 
FONTES: 
1. Processo e Procedimento: As distinções 
necessárias no contexto de um Estado 
Democrático de Direito - Âmbito 
Jurídico (ambitojuridico.com.br) 
2. Direito processual civil - Processo de 
conhecimento (jusbrasil.com.br) 
3. Fases processuais (segundo o novo 
CPC) « Direito Sem Juridiquês 
(direitosemjuridiques.com) 
 
 
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-processual-civil/processo-e-procedimento-as-distincoes-necessarias-no-contexto-de-um-estado-democratico-de-direito/#:~:text=Em%20um%20momento%20hist%C3%B3rico%20anterior,rito%20judicial%20destinado%20%C3%A0%20correta
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-processual-civil/processo-e-procedimento-as-distincoes-necessarias-no-contexto-de-um-estado-democratico-de-direito/#:~:text=Em%20um%20momento%20hist%C3%B3rico%20anterior,rito%20judicial%20destinado%20%C3%A0%20correta
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-processual-civil/processo-e-procedimento-as-distincoes-necessarias-no-contexto-de-um-estado-democratico-de-direito/#:~:text=Em%20um%20momento%20hist%C3%B3rico%20anterior,rito%20judicial%20destinado%20%C3%A0%20correta
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-processual-civil/processo-e-procedimento-as-distincoes-necessarias-no-contexto-de-um-estado-democratico-de-direito/#:~:text=Em%20um%20momento%20hist%C3%B3rico%20anterior,rito%20judicial%20destinado%20%C3%A0%20correta
https://sarahtomazeli.jusbrasil.com.br/artigos/338601431/direito-processual-civil-processo-de-conhecimento
https://sarahtomazeli.jusbrasil.com.br/artigos/338601431/direito-processual-civil-processo-de-conhecimento
https://www.direitosemjuridiques.com/fases-processuais-segundo-o-novo-cpc/#:~:text=Chamamos%20este%20estudo%20de%20estudo,m%C3%A9rito%20do%20processo%20ou%20n%C3%A3o.
https://www.direitosemjuridiques.com/fases-processuais-segundo-o-novo-cpc/#:~:text=Chamamos%20este%20estudo%20de%20estudo,m%C3%A9rito%20do%20processo%20ou%20n%C3%A3o.
https://www.direitosemjuridiques.com/fases-processuais-segundo-o-novo-cpc/#:~:text=Chamamos%20este%20estudo%20de%20estudo,m%C3%A9rito%20do%20processo%20ou%20n%C3%A3o.

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