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2016.1 Gestão Aplicada à Saúde e Segurança do Trabalho

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Prévia do material em texto

Gestão Aplicada à Saúde e 
Segurança no Trabalho 
Zilmara Peixoto Nakai 
 
Curso Técnico em Segurança do Trabalho 
Educação a Distância 
2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXPEDIENTE 
 
 
Professor Autor 
Zilmara Peixoto Nakai 
 
Design Instrucional 
Deyvid Souza Nascimento 
Maria de Fátima Duarte Angeiras 
Renata Marques de Otero 
Terezinha Mônica Sinício Beltrão 
 
Revisão de Língua Portuguesa 
Eliane Azevedo 
 
Diagramação 
Klébia Carvalho 
 
Coordenação 
Manoel Vanderley dos Santos Neto 
 
Coordenação Executiva 
George Bento Catunda 
 
Coordenação Geral 
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra 
 
 
 
Conteúdo produzido para os Cursos Técnicos da Secretaria Executiva de Educação 
Profissional de Pernambuco, em convênio com o Ministério da Educação 
(Rede e-Tec Brasil). 
Setembro, 2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
N163g 
 Nakai, Zilmara Peixoto. 
Gestão Aplicada à Saúde e Segurança no Trabalho: Curso 
Técnico em Segurança do Trabalho: Educação a distância / 
Zilmara Peixoto Nakai. – Recife: Secretaria Executiva de 
Educação Profissional de Pernambuco, 2016. 
49 p.: il. 
 
Inclui referências bibliográficas. 
 
1. Educação a distância. 2. Gestão de segurança e saúde 
no trabalho. 3. Organização da segurança e saúde. I. Nakai, 
Zilmara Peixoto. II. Título. III. Secretaria Executiva de 
Educação Profissional de Pernambuco. IV. Rede e-Tec Brasil. 
 
CDU – 331:316.776 
 
Catalogação na fonte 
Bibliotecário Hugo Carlos Cavalcanti, CRB4-2129 
 
 
 
 
Sumário 
Introdução ........................................................................................................................................ 5 
1. Competência 01 | Conhecer as Técnicas para Trabalhar em Equipe de Forma Organizada, 
Metódica e Sistemática, Mantendo a Ética Profissional e Facilitando as Relações Interpessoais ........ 6 
1.1 Gestão de segurança e ergonomia ............................................................................................................ 8 
1.2 O ciclo do PDCA ........................................................................................................................................ 9 
1.3 Comunicação no trabalho ........................................................................................................................11 
2. Competência 02 | Desenvolver o Perfil de Liderança Visando à Produtividade da Equipe Liderada 
e ao Autodesenvolvimento Profissional ........................................................................................... 15 
2.1 Inteligência emocional ............................................................................................................................17 
2.2 Autoconsciência ......................................................................................................................................18 
2.3 Autocontrole ...........................................................................................................................................20 
2.4 Motivação ...............................................................................................................................................22 
2.5 Empatia ...................................................................................................................................................23 
2.6 Aptidão social ..........................................................................................................................................24 
3. Competência 03 | Conhecer as Técnicas para Cálculo de Custos Decorrentes de Acidentes de 
Trabalho e Óbitos ............................................................................................................................ 27 
3.1 Acidente do trabalho ...............................................................................................................................28 
3.2 Comunicação de acidente do trabalho .....................................................................................................29 
3.3 Causas dos acidentes do trabalho ............................................................................................................31 
3.4 Atitude insegura .....................................................................................................................................31 
3.5 Condição insegura ...................................................................................................................................34 
3.6 Fator pessoal de insegurança ...................................................................................................................35 
3.7 Acidente de trajeto ..................................................................................................................................36 
3.8 Consequências do acidente .....................................................................................................................37 
3.9 Doença ocupacional ................................................................................................................................38 
3.10 Incapacidades laborais...........................................................................................................................38 
 
 
 
 
3.11 Cálculos estatísticos ...............................................................................................................................42 
Conclusão ........................................................................................................................................ 45 
Referências ..................................................................................................................................... 46 
Currículo do Professor ..................................................................................................................... 50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
Introdução 
Caro estudante, 
A boa gestão de saúde e segurança do trabalho não depende apenas do conhecimento técnico, mas 
da ética profissional que deve fazer parte de todos os profissionais de uma empresa ou instituição. 
Para isso, é necessário sabermos o que vem a ser o trabalho em equipe e a importância da boa 
comunicação no local de trabalho. 
Uma boa ferramenta de gestão é o uso do ciclo do aperfeiçoamento continuado, também 
conhecido como ciclo do PDCA (Ciclo da Melhora Contínua – Plan, Do, Check e Act), muito útil na 
busca contínua por qualidade no serviço, no produto e no atendimento. 
Além do uso do PDCA, é necessário que o gestor desenvolva e aperfeiçoe os traços de liderança tão 
apreciados no mundo do trabalho, fazendo uso da inteligência emocional e buscando cada vez mais 
conhecimento técnico e metódico. 
Por fim, o gestor de saúde e segurança do trabalho poderá estudar as causas dos acidentes do 
trabalho e analisar os custos decorrentes do mesmo a fim de traçar boas medidas preventivas e 
corretivas através da liderança, da técnica e do conhecimento. 
Seja bem-vindo e bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
1. Competência 01 | Conhecer as Técnicas para Trabalhar em Equipe de 
Forma Organizada, Metódica e Sistemática, Mantendo a Ética 
Profissional e Facilitando as Relações Interpessoais 
Caro aluno, 
O trabalho em equipe requer sintonia entre aquele que coordena a equipe e os coordenados, 
porém, na contemporaneidade,essa visão deixa de se apresentar numa escala autoritária para ser 
democrática e construtiva. Mas, o que significa o trabalho em equipe? 
 
 
 
 
 
Na definição vista acima, temos que no trabalho em equipe existe esforço coletivo, existe união e 
respeito. Mas como isso é possível no local de trabalho? 
Observe que no trabalho em equipe existe um líder e os subordinados, mas quem vai à frente é o 
líder auxiliando as atividades desenvolvidas pelos subordinados. No antigo modelo de gestão, 
tínhamos o chefe no lugar do líder, estando esse em lugar de destaque e acima de todos, apenas 
ordenando e exercendo pressão sob os subordinados sem os auxiliar. 
 
 
Trabalhar em equipe significa criar um esforço coletivo para resolver um 
problema, são pessoas que se dedicam a realizar uma tarefa visando concluir 
determinado trabalho, cada um desempenhando uma função específica, mas 
todos unidos por um só objetivo: alcançar o tão almejado sucesso. (Fonte: 
http://www.portaleducacao.com.br/administracao/artigos/10105/trabalho-
em-equipe-juntos-somos-muito-melhores-do-que-sozinhos 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
 
 
 
 
Figura 01 - Gestão com Chefia 
Fonte: http://vicentemanera.com/2010/03/) 
Descrição: nessa imagem você vê um homem 
mais alto que os demais, apontando os dedos 
para um outro que está a sua frente. Ao lado 
desse homem alto existem outros homens, 
menores e saindo das gavetas da mesa do 
mesmo, repetindo o gesto de apontar o dedo 
para esse homenzinho que está de frente de 
todos com a cabeça baixa. 
O que você observa na imagem? Existe liderança ou chefia? 
Qual a melhor posição: alcançar os objetivos à frente de toda equipe de trabalho ou alcançar os 
objetivos com todos ao mesmo tempo? Será que quem sempre vai à frente nunca vai se cansar 
dessa posição? Aquele que sempre vai à frente pode se sentir deprimido quando não conseguir ser 
o primeiro lugar. Então, poderemos ver uma situação de estresse relacionado ao trabalho, que 
aponta para um risco ambiental: o risco ergonômico tratado na NR 17 – Ergonomia. 
Quem opta por chefiar no lugar de liderar acaba sofrendo ainda mais, pois muitas vezes os 
subordinados acabam fazendo apenas o que deve fazer e não colaboram com mais nada. 
Quem opta por chefiar, também pode ter sua equipe produzindo apenas na sua presença, deixando 
de cumprir suas obrigações por prazer. 
Já quem opta por liderar, tem a participação da equipe que colabora com seu líder em todos os 
aspectos, realizando, muitas vezes, atividades que estão acima de suas atribuições. 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
Nesse modelo de gestão, temos os subordinados trabalhando independentemente da presença do 
seu líder e todos vivem em harmonia, tendo satisfação e motivação no local de trabalho. Nesse 
modelo, entende-se que o fracasso de um objetivo é o fracasso da equipe e o sucesso de um dos 
objetivos do grupo é o sucesso da equipe. 
 
 
 
 
 
Figura 02 - Chefe e Líder 
Fonte: https://hwcorp.wordpress. 
com category/lideranca/page/2/ 
Descrição: nessa imagem você tem 
um chefe sentado em uma cadeira 
que está sob um suporte de madeira, 
esse suporte está sendo puxado por 
três pessoas. Na imagem a baixo tem 
um chefe a frente de 3 pessoas e 
todos estão puxando um suporte de 
madeira. O suporte citado nas duas 
situações da imagem simboliza os 
negócios empresariais. 
Nessa imagem você vê duas situações: 
Na primeira, o chefe sendo carregado pelos subordinados e, na segunda, o líder à frente de seus 
subordinados, auxiliando-os. 
1.1 Gestão de segurança e ergonomia 
Mas, qual a importância desse estudo para a saúde e segurança do trabalho? 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
Se você voltar a analisar o modelo de gestão onde existe o chefe a frente de seus subordinados, 
você vê a presença de um risco ambiental que faz parte do estudo da segurança do trabalho, que é 
o risco ergonômico. 
Vamos revisar quais são os riscos ergonômicos? 
 
 
 
Figura 03 - Risco Ergonômico 
Fonte: http://sobreqsms.blogspot.com.br/2014/06/doencas-ocupacionais.htm 
Descrição: nessa imagem você tem uma tabela com a relação dos riscos ergonômicos e suas 
consequências 
 
Observando cada item do risco ergonômico, você vê que esses itens estão ligados a um local onde o 
modelo de gestão se dá por chefia x subordinados. 
E, como profissionais de saúde e segurança do trabalho, devemos proporcionar um ambiente 
salutar aos trabalhadores, onde haja harmonia e paz. 
1.2 O ciclo do PDCA 
Agora que você já analisou os modelos de gestão, vamos a uma ferramenta muita utilizada na 
segurança do trabalho que é o PDCA. Essa ferramenta de gestão busca a melhora contínua dos 
trabalhos realizados pela equipe, através de um planejamento, de uma boa execução, da análise do 
trabalho e da ação da equipe. Esse modelo faz parte de normas internacionais ligadas a OHSAS 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
18001 (Occupational Health and Safety Assessment Series), que é a norma internacional que serve 
de referência para o Sistema de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional nas empresas. 
Como estamos falando de gestão, não poderíamos deixar de lado essa ferramenta que se chama 
PDCA. 
Mas, o que significa essa sigla? 
 P = Plan = Planejar o trabalho 
 D = Do = Realizar o trabalho 
 C = Check = Verificar o sucesso do trabalho 
 A = Act = Agir, ou seja, corrigir as falhas e possíveis falhas. 
Como você viu, o PDCA é uma sigla em inglês que nos mostra o ciclo da melhora contínua nas 
atividades. 
Após você planejar, elaborar um projeto e verificar quem irá executar o trabalho, como ele será 
executado, quando será executado e os recursos necessários, você terá como segundo passo 
implantar/realizar a atividade. Em seguida, será necessário checar, ou seja, verificar o sucesso do 
trabalho em equipe e, por fim, agir corretivamente. 
Após todos esses passos, o ciclo do PDCA continua. Por isso, você deverá retornar ao primeiro 
passo, referente à letra “P” da sigla, ou seja, será imprescindível realizar um novo planejamento 
daquela atividade. 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
 
 
 
 
 
Figura 04 - O Ciclo do PDCA 
Fonte: http://www.coanconsultoria.com. 
br/especialistas.asp?id=76 
Descrição: nessa imagem você tem o 
ciclo do PDCA, onde consta: Planejar – 
definir metas e execução para 
determinado processo; Desenvolver – 
treinar operadores e desenvolver o 
plano; Checar – Analisar os resultados da 
execução; Agir - atuar sobre o processo; 
correção ou melhoria. 
Como aplicar o ciclo do PDCA no SESMT? 
Vamos a um exemplo simples: se você verifica a necessidade da compra de EPI (Equipamento de 
Proteção Individual), EPC (Equipamento de Proteção Coletivo) ou ferramentas de trabalho, é 
necessário um planejamento em equipe a fim de prever o sucesso da ação, ou seja, você pode criar 
um plano de ação definindo o que deve ser comprado, quem é o pessoal responsável pela compra, 
quando o equipamento poderá ser comprado e o resultado desse planejamento. 
Imagine realizar uma atividade tão simples como essa sem união no local de trabalho! 
1.3 Comunicação no trabalho 
E para que o trabalho em equipe permaneça saudável, ou seja, para que haja saúde nas relações de 
trabalho, se faz necessário respeito e uma boa comunicação. 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
Os profissionais de saúde e segurança do trabalho estão constantemente usando a linguagem 
verbal e não verbal na execução de suas atividades rotineiras, seja por meio das palestras de saúde 
e segurança do trabalho, seja pormeio de cartazes, entre outras. Diante disso, é necessário ter 
alguns cuidados na comunicação como, por exemplo: fazer uso da ética, ou seja, nunca expor um 
trabalhador como exemplo negativo de alguém que não pratica a segurança do trabalho, nunca 
divulgar fotografias de trabalhadores cometendo atitudes inseguras no trabalho, não falar com tom 
de voz elevado com os trabalhadores a fim de ser ouvido ou obedecido. 
A comunicação deve ser direta, clara e objetiva. Se um trabalhador informa que não irá usar o EPI 
(Equipamento de Proteção Individual), basta informá-lo de que, com base na NR nº 06, o uso do EPI 
é obrigatório. Em caso de descumprimento, o colaborador deverá ser penalizado com base na CLT, 
art. 158, que informa que a recusa injustificada quanto ao uso do EPI constitui falta grave. Contudo, 
o trabalhador precisa ser orientado antes de ser penalizado. 
O trabalhador também precisa ser ouvido. É preciso ter humildade para ouvir, pois este é um pilar 
muito importante na gestão de saúde e segurança do trabalho: “quem não sabe ouvir, também não 
sabe falar”. 
O “saber falar” é muito importante para que o profissional de segurança do trabalho conquiste 
sucesso nas atividades planejadas, pois, se você sabe como falar, você consegue pedir tudo o que 
desejar. Assim, será bem compreendido. 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
 
 
 
 
Figura 05 - Comunicação Visual – Segurança no 
Trabalho 
Fonte: http://galeria.reikal.com.br/foto/sinalizacao-
de-seguranca-no-trabalho-de-acordo-com-nrs-
mtb_2895.html) 
Descrição: segurança informando o uso obrigatório. 
Logo abaixo do nome “uso obrigatório” você umas 
imagens e os nomes das imagens. As imagens vistas 
são: avental, óculos, protetor facial, protetor 
auricular e luvas. Essa sinalização mostra que a 
comunicação deve ser clara e objetiva. 
Como vimos, o profissional de saúde e segurança do trabalho faz uso da comunicação em todo o 
momento, como por exemplo: 
 Na resposta dos e-mails; 
 Nas reuniões da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho); 
 Nos treinamentos de segurança do trabalho; 
 Na solicitação de documentos à equipe de trabalho, etc. 
A troca de mensagem por e-mail é a forma de comunicação mais utilizada nos locais de trabalho, 
mas não deve substituir a comunicação oral, pois nem sempre conseguimos escrever o que 
sentimos e a mensagem pode ser mal interpretada. Além disso, um assunto delicado, como um 
trabalhador que se recusa a seguir normas de segurança, não deve ser, por exemplo, registrado por 
e-mail, pois esse recurso arquiva documentos e estes podem comprometer toda a equipe. 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 14 
A fim de que isso não ocorra, nas reuniões da CIPA, temos a organização em presidente e vice-
presidente, como relatado na NR nº 05, a fim de manter um fluxo de informação e evitar tumultos 
em momento de reunião, ou seja, cada um tem sua hora de falar e manifestar o seu pensamento. 
Na solicitação de documentos, deve haver um cuidado também no falar a fim de não demonstrar 
raiva, impaciência exagerada ou intolerância com o colega de trabalho. Caso a solicitação não tenha 
sido atendida, a melhor atitude é explicar a importância que aquele documento tem para a equipe e 
envolver os líderes na questão. 
Encerramos aqui a nossa primeira competência, onde você estudou os modelos de gestão por 
chefia e por liderança e a importância de um bom planejamento e comunicação ética para o 
sucesso da empresa. 
 
 
 
O Diabo Veste Prada (The Devil Wears Prada 
EUA/2006). A jornalista recém-formada Andrea 
Sachs (Anne Hathaway) é uma jovem que conseguiu um emprego 
na Runaway Magazine, a mais importante revista de moda de 
Nova York. Ela passa a trabalhar como assistente de Miranda 
Priestly (Meryl Streep), principal executiva da revista. Como 
assistente, ela tenta lidar com as exigências de sua chefe, 
entrando em conflito de personalidade, porque não consegue 
conciliar o trabalho com a família, os amigos e o namorado. 
Aprendizado: Nesse filme é possível refletir sobre missão, visão 
e valores, sobre até que ponto o profissional pretende 
chegar, quais são os seus limites e sobre qualidade de 
vida. ( Disponível em: http://www.ecaderno.com /profissio 
nal/mercado-de-trabalho/confira-14-filmes-que-podem-ajudar-na-sua-vida-profissional). 
 
 
Sugestão de Filme 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
2. Competência 02 | Desenvolver o Perfil de Liderança Visando à 
Produtividade da Equipe Liderada e ao Autodesenvolvimento Profissional 
Agora que você já estudou como deve ser o trabalho em equipe e a importância de uma boa gestão 
de saúde e segurança do trabalho, vamos estudar como desenvolver o perfil de liderança visando à 
produtividade de todo a equipe e um ambiente de trabalho salutar. 
Observe as principais diferenças entre o chefe e o líder: 
CHEFE LÍDER 
Toma todas as decisões em todos os 
níveis; 
Delega autoridade, mas não abre mão da 
responsabilidade; 
Exige assinar todos os faxes, pedidos, 
solicitações, relatórios etc; 
 
Sabe ouvir; 
 
Quer saber de tudo e aprovar tudo; 
 
Sabe voltar atrás quando erra; 
Fala, determina e dá ordens; 
Detesta burocracia; 
 
Foi promovido por tempo de casa; 
 
Toma decisões rápidas quando necessário; 
Tem dificuldade de argumentação em 
reuniões com 
a equipe; 
 
Inova; 
Não ouve ninguém; 
Motiva; 
 
Gosta dos bajuladores em 
geral profissionalmente limitados; 
Aconselha; 
 
 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
 
Adora burocracia; 
Cobra resultados com base em critérios predeterminados; 
 
Centraliza decisões; 
Contrata e promove profissionais que sabem mais do que 
ele; 
 
Divulga resultados como se fossem 
seus; 
Não rouba ideia do subordinado: ele a apresenta como 
obra do seu departamento, mas dá crédito ao idealizador; 
 
Gera medo. Gera respeito. 
 
Figura 06 - Diferenças entre Chefe e Líder 
Fonte: elaborado pela autora [Beth Martins] com base no livro "A Arte de gerenciar serviços". 
http://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/redacao/2012/03/29/seu-chefe-e-um-lider-descubra-as-
diferencas-entre-esses-papeis-de-comando.htm 
Descrição: nessa imagem você uma tabela constando as características do chefe e do líder. 
Onde você gostaria de trabalhar? Onde existe um chefe ou onde existe um líder? 
Lembre-se de que você será subordinado e também será líder. 
Os profissionais de segurança do trabalho que compõem o SESMT (Serviço Especializado em 
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – NR nº 04) trabalham em equipe com seus pares, 
com seus superiores e com os demais trabalhadores que serão orientados e treinados pelo SESMT. 
E, nesse momento, é importante está com esse conteúdo bem internalizado para por na prática e 
manter a saúde nas relações de trabalho. 
Caro estudante, vamos analisar um pouco mais o perfil do chefe e do líder na vida do profissional de 
saúde e segurança do trabalho: 
 Se você é chefe, você toma todas as decisões sozinho, o que causa uma sobrecarga muito 
grande e paralisa todo o andamento do serviço. Ademais, outras questões como doença, viagens e 
férias podem acarretar impedimentos ao trabalho. O líder não centraliza as decisões em si, mas 
delega responsabilidades, fica ciente de tudo o que está acontecendo, tem autoridade para 
interferir diretamente diante de alguma falha no processo e tem consciência de que a 
responsabilidade do bom andamento da equipe é dele mesmo. Portanto, o líder não discute, não 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17maltrata, não comete assédio moral, comunica-se muito bem com sua equipe e substitui, 
tranquilamente, os membros da equipe que não conseguem evoluir em suas atividades. 
 O chefe exige que todos os documentos sejam assinados por ele e não sabe ouvir seus 
coordenados ou subordinados, nesse caso. Já o líder sabe o que precisa assinar e não se ocupa 
diante de pilhas de papel simplesmente para fazer seu nome conhecido ou mostrar quem manda. 
 O chefe quer saber tudo, quer aprovar tudo e não reconhece quando comete erros. Já o 
líder conhece suas limitações, as limitações da equipe e assume quando erra, convocando todos a 
praticar o ciclo do PDCA, que já revisamos na 1ª competência. 
 O chefe fala o tempo inteiro, determina, dá ordens na maior parte do tempo e adora 
burocracias. Já o líder sabe a hora certa de falar e se comunica de forma clara, objetiva e direta. 
 O chefe não ouve ninguém, o líder motiva e sabe ouvir a equipe. 
 O chefe divulga resultados como se fossem seus, o líder apresenta os resultados e dá crédito 
à equipe. 
 O chefe atemoriza, mas o líder é respeitado. 
O que você sente diante disso, caro estudante? É melhor ser chefe ou ser líder? 
Você percebe que é preciso ter ética profissional para saber executar bem o seu ofício seja diante 
do seu superior imediato seja diante do trabalhador que precisa seguir suas orientações de 
segurança. 
Praticar a liderança é fundamental para o sucesso da equipe, o sucesso do trabalho e o sucesso 
individual. Para isso, existem cursos na área de administração de empresas que ensinam como 
praticar todos os passos de um líder. Vejamos. 
2.1 Inteligência emocional 
O termo “inteligência emocional” foi citado pela primeira vez pelo psicólogo Daniel Goleman que 
defende a ligação do sucesso e a inteligência emocional dos indivíduos. 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
 
 
 
Mas o que é inteligência emocional? 
Não existe uma definição para inteligência emocional, mas podemos dizer que está 
relacionada a habilidades tais como motivar-se a si mesmo e persistir face a frustrações; 
controlar impulsos, canalizando emoções para situações apropriadas; praticar gratificação 
prorrogada; motivar pessoas, ajudando-as a liberarem seus melhores talentos, e conseguir 
seu engajamento a objetivos de interesses comuns. (Fonte: 
http://www.coladaweb.com/administracao/inteligencia-emocional) 
O líder que possui inteligência emocional consegue: 
 Motivar a si mesmo; 
 Persistir mesmo diante de frustrações; 
 Controlar seus impulsos; 
 Canalizar as emoções para situações apropriadas, ou seja, não gasta energia naquilo que não 
trará bom resultado; 
 Motivar as pessoas. 
2.2 Autoconsciência 
O primeiro pilar da inteligência emocional é a autoconsciência, descrita como a capacidade que 
devemos ter de nos autoconhecer, ou seja, de conhecer a fundo nossas emoções, os nossos pontos 
fortes, os nossos pontos fracos - é o primeiro componente da inteligência emocional. Isso faz com 
que cada um assuma apenas o que tem competência para resolver. Dessa forma, pede ajuda a 
outras pessoas para os assuntos que tem mais dificuldade em resolver. 
 
 
 
Daniel Goleman é autor de Inteligência Emocional (Objetiva, 1996) 
 e co-autor de 
O Poder da Inteligência Emocional (Campus, 2002). 
 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 19 
Se você como técnico em segurança do trabalho entende que consegue ministrar um ótimo 
treinamento de segurança do trabalho, mas tem muita dificuldade com estatística de acidentes 
do trabalho, nada impede de você se aprimorar. Todavia é importante deixar bem claro para a 
equipe qual o seu ponto forte e qual o seu ponto fraco a fim de que as atividades sejam mais bem 
direcionadas. 
 
 
 
 
 
Figura 07 - Autoconsciência 
Fonte: http://www.cristianegiordani.com.br/conhece-te-a-ti-mesmo/ 
Descrição: nessa imagem você tem uma tirinha onde a Mafalda, personagem dos quadrinhos, ler a frase 
“conhece-te a ti mesmo”. Ela pensa: Bom conselho e conclui, mas hoje não me apetece fazer turismo 
dentro de mim. Essa tirinha faz referência ao autoconhecimento. 
Como disse Platão (filósofo Grego), “conhece-te a ti mesmo”. Isto é, a autoconsciência leva o líder a 
fazer um “turismo” dentro de si e entender seus comportamentos e os comportamentos dos 
demais. 
Como reconhecer a autoconsciência? 
Antes de tudo, ela se manifesta na sinceridade e na capacidade de efetuar uma autoavaliação 
realista. O indivíduo autoconsciente também é reconhecido por sua autoconfiança. É alguém que 
sabe quais suas capacidades e é menos propenso a fracassar, pois evita “dar um passo maior do que 
a perna pode alcançar”. Sabe, também, quando pedir ajuda. No trabalho, os riscos que assume são 
calculados. São indivíduos que não aceitam um desafio do qual não poderão dar conta sozinhos. O 
que os indivíduos autoconscientes fazem é explorar seus pontos fortes e trabalhar com muita 
energia nesses pontos garantindo o sucesso da ação. 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
A pessoa autoconsciente mostra que, mesmo nas situações, difíceis é preciso ter persistência, pois 
tudo tem seu ciclo de começo, meio e fim. Alem disso, as situações ruins precisam acontecer 
porque na vida laboral tanto pode haver sucesso como fracasso, mas este precisa ser um orientador 
daquilo que é preciso melhorar em nós mesmos. 
Uma pessoa com habilidade de avaliar a si mesma com sinceridade – ou seja, quem é 
autoconsciente – é a mais adequada para fazer o mesmo pela organização que comanda. 
 
 
 
 
Figura 08 - Autoconsciência e Sinceridade 
Fonte: http://anovaeconomia.com/category/ 
nova-economia/ 
Descrição: nessa imagem você vê uma mulher 
segurando uma máscara que representa o 
próprio rosto com uma das mãos, enquanto no 
rosto há outra máscara. Essa imagem faz 
referência a autoconsciência. 
A autoconsciência está ligada a autoconfiança e a sinceridade, posturas muito importantes para o 
líder. 
2.3 Autocontrole 
A autoconsciência deve ser precedida do autocontrole. Imagine uma pessoa autoconsciente, ou 
seja, autoconfiante e sincera, sem autocontrole? 
No mínimo, poderá ser arrogante para com os demais. Logo, o autocontrole é fundamental para o 
líder. 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 21 
O autocontrole é o segundo componente da inteligência emocional. Nossas emoções são movidas 
por impulsos biológicos. Não podemos suprimi-las, mas podemos administrá-las. 
 Por que o autocontrole é tão importante para um líder? 
 Porque quem está em controle dos seus sentimentos e impulsos é sensato e capaz de criar 
um ambiente de confiança e justiça. 
 Os sinais de autocontrole emocional são fáceis de perceber, a saber: 
 Propensão à reflexão e à ponderação; 
 Aceitação da ambiguidade e da mudança; 
 Integridade como capacidade de dizer não a anseios impulsivos. 
 
 
 
 
Figura 09 - Autocontrole 
Fonte: http://www.vidaplenaebem 
estar.com.br/consciencia/mudanca/
e-possivel-treinar-o-autocontrole-e-
diminuir-a-agressividade 
Descrição: nessa imagem você vê 
um homem olhando para a sua 
sombra que se vira para o mesmo e 
aponta com o dedo como se 
estivesse lhe dando uma bronca. 
Essa imagem retrata o autocontrole. 
O líder que possui autocontrole é aquele que consegue resistir aos impulsos e sabe ouvir a sua 
autoconsciência. 
 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 22 
2.4 Motivação 
A motivação é o terceiro componente da inteligência emocional. A motivação é vista como a paixão 
pelo trabalho por razões que vão além de dinheiro ou prestígio; propensão a adiar julgamentos, a 
pensar antes de agir; o motivo para realizar uma determinadaação. 
 
 
 
 
Figura 10 - Motivação 
Fonte: http://www.blog. 
geninhogoes.com.br/tag/motiv
acao 
Descrição: nessa imagem você 
vê um gatinho se olhando no 
espelho e o que vê no lugar da 
sua imagem é um leão. Essa 
imagem representa a 
motivação 
Caro aluno, você já viu alguém extremamente motivada? A motivação nos faz sentir enormes diante 
dos desafios, é como mostra na figura: um gato que ao se observar no espelho, está tão 
autoconfiante que se vê um leão. Esse leão é o seu entusiasmo para a ação, isso é motivação. 
Pois é, muitas pessoas são motivadas por fatores externos como um bom salário ou o prestígio que 
acompanha um título pomposo ou um emprego numa empresa renomada. Já quem tem potencial 
de liderança, é motivado por um desejo profundamente arraigado de “realizar pela realização em 
si”. É natural supor que um indivíduo determinado a se superar também desejaria um jeito de 
monitorar o progresso – o próprio, o da equipe e o da empresa. Enquanto funcionários com baixa 
motivação para realizar são muitas vezes vagos quanto aos resultados. 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 23 
A motivação está muito ligada ao primeiro componente da inteligência emocional, que é a 
autoconsciência que gera a autoconfiança e por sua vez a motivação. O líder motivado consegue 
despertar a motivação da equipe, pois ele acredita no seu potencial e no potencial de cada 
individuo. 
2.5 Empatia 
Se você é um líder que se conhece, que é autoconfiante e motivado, logo consegue entender o 
próximo e abstrair o que você não consegue entender. Ou seja, consegue respeitar o próximo, 
respeitar as diferenças e aproveitar o que cada um tem de melhor. Isso nos leva ao quarto 
componente da inteligência emocional: a empatia. 
A empatia corresponde à habilidade para tratar com os outros de acordo com as reações 
emocionais deles, ou seja, é a capacidade de entender a constituição emocional dos outros. Logo, a 
prática da empatia faz com que o líder consiga se colocar no lugar do outro antes de cobrar ou 
solicitar algo. O líder consegue compreender, por exemplo, por que um trabalhador tão competente 
não consegue realizar alguma atividade por motivos emocionais e temporários. Veja a figura abaixo: 
 
 
 
 
Figura 11 - Empatia 
Fonte: http://laede-laede.blogspot.com.br/2012/10/ 
empatia.html 
Descrição: nessa imagem você vê um homem ajudando 
um pedinte que segura um espelho na frente do rosto. 
Ao olhar para o pedinte, o homem vê a sua própria 
imagem no espelho. Essa imagem representa a empatia. 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 24 
A empatia faz o líder trocar de posição com o outro e entender o que o seu subordinado pensa e 
como interage com o mundo e com os elementos que o cerca. 
2.6 Aptidão social 
A aptidão social é o quinto e último componente da inteligência emocional sendo entendida como 
a competência para administrar relacionamentos e formar redes, ou seja, a capacidade de 
encontrar pontos em comum e cultivar afinidades. É com aptidão social que ampliamos nossa 
network, entendida como rede de contato ou rede de relacionamentos. A network é medida pela 
quantidade de pessoas influentes que você conhece e que podem ajudá-lo a obter um bom 
emprego ou a encontrar soluções para alcançar suas metas no trabalho. 
A aptidão social é alcançada com o bom relacionamento, ou seja, com o relacionamento 
interpessoal sadio e equilibrado por todo o ambiente laboral de forma que você fique conhecido 
não apenas pelas habilidades técnicas, mas por ser uma pessoal de boa convivência que respeita 
seus colegas de trabalho e interage muito bem com outras pessoas mesmo que essas pessoas 
tenham uma forma de pensar diferente da sua. 
Pessoas com aptidão social tendem a ter um vasto círculo de conhecidos e possuem o dom de 
descobrir afinidades com toda sorte de gente – ou seja, o dom de criar entrosamento. Não significa 
que estejam sempre se socializando. Significa que, no trabalho, partem do pressuposto de que 
ninguém faz nada importante sozinho e, na hora de agir, essa gente tem uma rede estabelecida. 
 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 25 
 
 
 
 
Figura 12 - Aptidão Social e Network 
Fonte: http://lionsage.com/005-who-is-
promoting-you-behind-your-back-
building-a-network-of-brand-
advocates/ 
Descrição: nessa imagem você vê várias 
pessoas onde cada uma está sem seu 
próprio círculo e entre os círculos há 
linhas pontilhadas de ligação com 
outros círculos distintos. Essa imagem 
representa o network ou aptidão social. 
A aptidão social é o ponto culminante das outras dimensões da inteligência emocional. Uma pessoa 
tende a ser muito eficaz na gestão de relacionamentos quando consegue entender e controlar suas 
próprias emoções e demonstrar empatia pelos sentimentos dos outros. Até a motivação contribui 
para a aptidão social, pois indivíduos compelidos a realizá-la tendem a ser otimistas, pois, mesmo 
diante de reveses ou fracassos, quando uma pessoa é otimista, o “seu brilho” reluz sobre conversas, 
outros encontros sociais. Então, é uma pessoa popular e por bons motivos. 
Quem tem aptidão social, é hábil na gestão de equipes – isso é a empatia dessa pessoa em ação. Da 
mesma forma, é mestre em persuadir – isto é uma manifestação conjunta de autoconsciência, 
autocontrole e empatia. 
Mas, muitas vezes, a aptidão social não é bem vista, como por exemplo, uma pessoa pode 
manifestar a aptidão social conversando e isso muitas vezes passa a impressão de que essa pessoa 
não está trabalhando. Parece estar jogando conversa fora ou papeando com os trabalhadores. 
Muitas pessoas não entendem que os profissionais de saúde e segurança do trabalho conseguem 
investigar doenças relacionadas ao trabalho por meio de uma boa conversa com trabalhadores. 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 26 
Sendo assim, a inteligência emocional, através dos seus cinco componentes, é imprescindível para 
uma boa gestão e as práticas de liderança nos mais diversos locais de trabalho. 
 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 27 
3. Competência 03 | Conhecer as Técnicas para Cálculo de Custos 
Decorrentes de Acidentes de Trabalho e Óbitos 
Caro estudante, iniciamos a nossa terceira competência que é a parte mais técnica dessa disciplina. 
Nas primeiras competências, você estudou o perfil de gestão por chefia e por liderança e viu as 
vantagens de ser bom líder. E agora que você já sabe como desenvolver o perfil de liderança com 
base na inteligência emocional, vamos estudar como pode ser feita a gestão de segurança do 
trabalho referente à investigação e controle dos acidentes e doenças. 
Os acidentes do trabalho precisam ser investigados e registrados em planilhas de estatística de 
acidente do trabalho tendo os seus coeficientes de frequência e de gravidade quantificados para 
fins de redução dos mesmos. 
Para realizar esse registro, os profissionais de saúde e segurança do trabalho fazem uso da NBR 
14.280 que trata de Cadastro de Acidente do Trabalho – Procedimento e Classificação. O objetivo 
dessas NBR é fixar critérios para o registro, comunicação, estatística e análise de acidentes do 
trabalho, suas causas e consequências, aplicando-se a quaisquer atividades laborais. 
 
 
 
 
É através desse registro e análise do acidente que os profissionais de saúde e segurança do trabalho 
buscam identificar, analisar as causas dos acidentes do trabalho e propor medidas corretivas para 
que eles não voltem a acontecer. 
É importante entender que o acidente do trabalho não aponta para um culpado, ou seja, não 
aponta para um ato doloso, em que houve a intenção em proporcionar o acidente ou emsofrer o 
 
 
Leia a NBR 14.280 no site 
http://www.alternativorg.com.br/wdframe/index.php?&type=arq&id=MTE2Nw 
 
 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 28 
acidente. Isso é algo que deveria ser mais bem avaliado do ponto de vista do código penal 
brasileiro. Mas o acidente do trabalho aponta para as causas dos acidentes que precisam ser 
investigadas e corrigidas para que eles não se repitam. 
 
 
 
 
Figura 13 - Acidente do Trabalho 
Fonte: http://www.gopixpic.com/ 
Descrição: nessa imagem você vê uma figura 
de um trabalhador com o pedaço do braço 
no chão, enquanto seu chefe que está a 
frente do mesmo, segura um chicote e diz: 
“Ritmo alucinante?! Imagina! Pegue seu 
braço e produza! 
É muito fácil culpar o trabalhador pelo acidente do trabalho quando o mesmo comete uma atitude 
insegura, mas muitas vezes o trabalhador está cumprindo ordens e trabalhando sob pressão 
demasiada. O trabalhador está na ponta de um sistema onde tem muitas outras pessoas e 
processos antes do mesmo. 
3.1 Acidente do trabalho 
Segundo o artigo 19 da Lei nº 8.213/91, acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do 
trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a 
morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. 
Então o que caracteriza o infortúnio laboral é a lesão e, quando acontece uma lesão é obrigatória à 
emissão da CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho. 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 29 
3.2 Comunicação de acidente do trabalho 
Todo acidente do trabalho deve ser comunicado por meio da CAT (Comunicação de Acidente do 
Trabalho) até o primeiro dia útil após a ocorrência e, em caso de morte, de imediato. 
 
 
 
A CAT deve ser impressa em duas vias: uma delas deverá ficar arquivada junto com o dossiê do 
acidente do trabalho por um período de 20 (vinte) anos e a outra via deverá ser entregue ao 
trabalhador acidentado. Por isso, a empresa é obrigada a emiti-la para acidente com afastamento e 
acidente sem afastamento. 
A omissão do registro da CAT poderá resultar em multa para a empresa, caso o INSS tome ciência 
do fato. Além disso, a CAT poderá ser emitida por qualquer pessoa já que a maioria das pessoas tem 
acesso a computador e internet, porém o documento poderá ser questionado quanto à veracidade 
de suas informações. Logo, é importante que o empregador seja o emitente da CAT. 
Antes da facilidade da internet, a CAT era emitida em 6 (seis) vias e redigida em máquina 
datilografia ou feita à mão conforme modelo que segue: 
 
 
 
O registro da CAT deve ser realizado pela internet através do site: 
<http://www.mpas.gov.br/conteudoDinamico.php?id=297 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 14 - Antigo Formulário da CAT 
Fonte: http://www.informanet.com.br/Prodinfo/boletim/2012/trabalhista/cat_40_2012. 
html 
Descrição: nessa imagem você tem um formulário da CAT – Comunicação de Acidente do 
Trabalho. 
 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 31 
 
 
 
Atualmente, quando o cadastro da CAT pela internet é finalizado, a empresa tem um formulário 
para impressão diferente do primeiro formulário da CAT manual. 
Vamos estudar as causas dos acidentes do trabalho? 
3.3 Causas dos acidentes do trabalho 
Quando ocorre um acidente do trabalho é preciso realizar a investigação do mesmo para identificar 
as causas e agir corretivamente a fim de evitar outros infortúnios. 
As causas dos acidentes do trabalho são: 
3.4 Atitude insegura 
Seria a ação do trabalhador que veio a provocar o acidente do trabalho. É importante deixar claro 
que não existe culpado pelo acidente do trabalho, se a culpa fosse determinada o ato seria doloso, 
ou seja, com intenção em provocar o dano, mas a intenção não existe, o que existe é a causa do 
acidente do trabalho. 
Como exemplos de atitudes inseguras têm: imprudência, negligência e imperícia. 
 
 
 
Você pode ter acesso ao modelo atual de CAT no site: 
http://www.previdencia.gov.br/forms/formularios/form001.html 
 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 32 
 
 
 
 
Figura 15 - Atitude 
Insegura 
Fonte: http://seguranca 
saude.blogspot.com.br/201
2/03/voce-e-uma-pessoa-
insegura-na-sua-vida.html 
Descrição: nessa imagem 
você vê um trabalhador em 
cima de três baldes para 
alcançar uma lâmpada. 
Essa imagem representa 
uma atitude insegura por 
imprudência. 
A imprudência está muito relacionada à autoconfiança que leva o trabalhador a realizar uma 
atividade sem EPI ou ter muita pressa vinda a sofrer um acidente do trabalho. 
Geralmente, os anos de experiência do trabalhador e a idade são inimigos da prudência, pois muitas 
vezes o trabalhador se confia na experiência para se expuser a alguma situação de risco e acaba 
sofrendo acidentes do trabalho. 
Outro exemplo de atitude insegura é a negligência. 
Mas o que é negligência? 
Entendemos que negligência é o não cumprimento de um procedimento de segurança de forma 
rotineira. Como por exemplo: o trabalhador sabe que deve prender o cinto de segurança em linha 
de vida, mas não faz, ou sabe que deve atravessar na faixa de pedestre, mas confia que o operador 
de empilhadeira irá visualizá-lo e confia também que a empilhadeira está com os freios bons. Nessa 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33 
circunstancias o acidente do trabalho acontece e a causa é atitude insegura por negligência do 
trabalhador. 
 
 
 
 
 
Figura 16 - Negligência – Cinto de 
Segurança Solto 
Fonte: http://segurancasaude.blog 
spot.com.br/2012/01/acidente-de- 
trabalho-e-negligencia-as.html> 
Descrição: nessa imagem você vê 
um trabalhador de construção civil 
em cima de uma escada de madeira 
que está apoiada em uma viga com 
formas de madeira. O trabalhador 
está com cinto de segurança, mas o 
cinto não está preso em nenhum 
ponto da estrutura ou linha de vida. 
Essa imagem representa atitude 
insegura por negligência. 
Como último exemplo de atitude insegura, temos a imperícia que está associada à falta de 
conhecimento, a falta de curso de capacitação ou treinamento. Se um trabalhador não foi treinado 
para realizar serviço em altura pode vir a cometer alguma falha por não ser perito no assunto, ou 
seja, por não conhecer os riscos da atividade. 
 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 34 
 
 
 
 
 
 
Figura 17 - Imperícia 
Fonte: http://www.portalpower.com.br/ 
humor/fotos-de-gambiarras/ 
Descrição: nessa imagem você tem um 
chuveiro amarrado com fios e com a parte 
elétrica emendada sem enclausuramento 
adequado. Essa imagem mostra uma atitude 
insegura por imperícia. 
3.5 Condição insegura 
A condição insegura é quando o local de trabalho oferece um risco de acidente como ausência de 
guarda-corpo em periferias ou plataformas, óleo no chão, quinas vivas salientes oferecendo risco de 
corte, fiação exposta, etc. 
 
 
 
 
Figura 18 - Condição Insegura 
Fonte: http://seguranca2013.blogspot.com.br 
/2013/03/condicoes-inseguras- ou-de-riscos-
x.html 
Descrição: nessa imagem você vê uma tábua 
servindo de rampa entre uma vala em 
construção civil. A rampa não possui guarda-
corpo nem estabilidade precisa. A imagem 
representa condição insegura no local de 
trabalho. 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 35 
Na figura, você vê uma tábua servindo de passagem entre uma vala, uma condição insegura que 
contraria as recomendações da NR nº 18 que trata de Programa de Condições e Meio Ambiente de 
Trabalho naIndústria da Construção. Nessa situação deveria ser construída uma rampa 
adequadamente fixa com guarda-corpo para evitar queda do trabalhador. 
3.6 Fator pessoal de insegurança 
Essa causa está ligada aos fatores externos que podem influenciar no comportamento do 
trabalhador havendo assim um infortúnio laboral, ou acidente do trabalho. 
Os fatores externos pessoais de insegurança são: 
Fobias, nervosismo, utilização de medicamentos, insônia, depressão, irritabilidade. 
Se um trabalhador tem fobia de altura e vai realizar uma atividade em altura, existe uma grande 
probabilidade do mesmo sofrer um acidente ou incidente, haja vista que seu comportamento não é 
adequado para esse tipo de atividade em específico. 
 
 
 
 
 
Figura 19 - Fobia de Altura 
Fonte: http://hypescience.com/remedio-
contra-medo-de-altura/ 
Descrição: nessa imagem você vê os pés de 
um trabalhador no último degrau de uma 
escada tipo marinheiro em altura, na parte 
externa de um edifício. Essa imagem mostra o 
fator pessoal de insegurança por medo de 
altura. 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 36 
3.7 Acidente de trajeto 
E o acidente de trajeto? 
É o acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de trabalho ou desta 
para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do 
empregado. 
Para que o acidente de trajeto seja caracterizado, é necessário que o trabalhador esteja realmente 
no trajeto casa-trabalho e trabalho-casa a serviço da empresa. 
Esse tipo de acidente precisa ser tratado como acidente do trabalho seguindo todo o fluxo de 
registro de acidentes. Observe a imagem abaixo: 
 
 
 
 
Figura 20 - Acidente de Trajeto 
Fonte: http://www.protecao.com.br/noticias 
detalhe/J9jaAQyJ/pagina=5 
Descrição: nessa imagem você vê um trabalhador 
em seu carro particular assustado e freando 
bruscamente para um caminhão que está logo a 
sua frente. 
O acidente de trajeto não é contabilizado nos custos dos acidentes do trabalho da empresa. Esse 
tipo de acidente é registrado para realização de campanhas de prevenção e acidentes que ocorre 
geralmente na SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho), sendo esse um 
evento anual nas empresas. 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 37 
3.8 Consequências do acidente 
O acidente do trabalho provoca desde lesão física, como perda na produtividade da empresa, danos 
financeiros diretos e indiretos, até danos psicológicos. 
Como primeira consequência, há a lesão no trabalhador. Em caso de perda de membro, existe a 
expressão “Dias Debitados”, ou seja, todo acidente do trabalho com perdas de membros resulta em 
dias debitados que é a indenização referente à perda de parte do corpo. Mas quanto vale cada 
parte do corpo? 
Segue a tabela da PORTARIA N° 33, DE 27 DE OUTUBRO DE 1983, (DOU de 31/10/83 – Seção 1 – 
Págs. 18.338 a 18.349). 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 21 - Dias Debitados 
Fonte: https://www.legnet.com.br/sislegnet/integra/cliente-1/pais-1/un2335.htm 
Descrição: nessa imagem você tem uma tabela com as partes do corpo e os dias debitados para cada 
parte atingida em caso de acidente do trabalho. 
 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 38 
3.9 Doença ocupacional 
Temos também a doença do trabalho e a doença profissional que se equiparam a acidente do 
trabalho, ou seja, precisam seguir o fluxo de registro de acidentes. 
Qual a diferença entre doença do trabalho e doença profissional? 
A doença é tida como doença do trabalho quando adquirida, desencadeada ou agravada pelo ritmo 
ou processo de trabalho, como por exemplo: uma pessoa que trabalha o dia inteiro em pé sem 
minipausas durante a jornada de trabalho poderá desenvolver uma LER (Lesão por Esforço 
Repetitivo) ou uma DORT (Doença Osteomuscular Relacionada ao Trabalho). 
A doença profissional é aquela adquirida em determinadas profissões, como por exemplo, um 
soldador que executa suas atividades por muitos anos tem grande probabilidade de adquirir alguma 
doença pulmonar, ou seja, alguma pneumoconiose devido aos fumos metálicos originados na 
atividade. 
3.10 Incapacidades laborais 
Diante dos acidentes do trabalho, temos as incapacidades laborais, como: 
Incapacidade Temporária Parcial: é quando o trabalhador sofre um acidente do trabalho sem 
afastamento. 
Incapacidade Temporária Total: é quando o trabalhador sofre um acidente do trabalho com 
afastamento, gerando dias perdidos, ou seja, gerando um coeficiente de gravidade. 
Incapacidade Permanente Parcial: é quando o trabalhador sofre uma lesão com perda parcial da sua 
capacidade para o trabalho, ou seja, sofre perda de um membro ou perda da atividade de alguma 
região do corpo, mas consegue desempenhar alguma atividade. 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 39 
Incapacidade Permanente Total: é quando o trabalhador sofre um acidente do trabalho que o deixa 
incapaz de retornar a sua atividade e a qualquer outra atividade, ou seja, não tem como ser 
reabilitado em outra função. 
Essas incapacidades geram um benefício ao trabalhador, como segue: 
Figura 22 - Auxílio Doença 
Fonte: arquivo pessoal 
Descrição: nessa imagem você tem uma tabela onde consta o benefício Auxílio Doença, beneficiários, 
condições para concessão, data de início, data da cessação e valor do benefício. 
O auxílio doença também é conhecido como benefício B-91 e o trabalhador que estiver afastado 
por mais de 15 (quinze) dias de suas atividades laborais devido a um acidente do trabalho receberá 
o seu salário através da previdência social, sendo esse valor de 91% do salário de benefício. Ao se 
Benefícios Beneficiários 
Condições 
para 
Concessão 
Data de 
Início 
Data da 
Cessacão 
Valor 
A
u
xí
lio
 D
o
en
ça
 
A
ci
d
en
ta
d
o
 d
o
 t
ra
b
al
h
o
 
Afastamento 
do trabalho 
por 
incapacidade 
laborativa 
temporária por 
acidente do 
trabalho 
15° dia 
de 
afastam
ento 
• morte; 
• concessão de 
auxílio-acidente 
ou 
aposentadoria 
• cessação da 
incapacidade; 
• alta médica; 
• volta ao 
trabalho. 
91% do 
salário de 
benefício 
 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 40 
afastar por mais de 30 (trinta) dias, o acidentado deverá agendar a perícia médica junto ao INSS 
(Instituto Nacional de Seguridade Social) para que o seu benefício seja garantido. 
Segue quadro referente à aposentadoria por invalidez: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 23 - Aposentadoria por Invalidez 
Fonte: arquivo pessoal 
Descrição: nessa imagem você tem uma tabela onde consta o benefício aposentadoria por invalidez, os 
beneficiários, condições para concessão, data de início, data da cessação e valor do benefício. 
O trabalhador vítima de acidente do trabalho só será aposentado por invalidez quando não houver 
mais capacidade para o trabalho, ou seja, quando a reabilitação for inviável ou impossível, dessa 
forma, a aposentadoria é devida à vítima de acidente com incapacidade permanente total para o 
trabalho. 
Outro benefício previdenciário é o auxílio acidente. Observe a tabela que segue: 
 
Benefícios Beneficiários Condições 
para 
Concessão 
Data 
de 
Inicio 
Data da 
Cessacão 
Valor 
A
p
o
se
n
ta
d
o
ri
a 
p
o
r 
in
va
lid
ez
 
A
ci
d
en
ta
d
o
 d
o
 t
ra
b
al
h
o
 
Afastamento 
do trabalho 
por invalidez 
acidentária 
No dia 
em que 
o 
auxílio-
doença 
teria 
início. 
• morte; 
• cessação 
da invalidez; 
• volta ao 
trabalho. 
100% do 
saláriode 
benefício 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 41 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 24: Auxílio Acidente 
Fonte: arquivo pessoal 
Descrição: nessa imagem você tem uma tabela com o benefício Auxílio Acidente, os beneficiários, 
condições para concessão, data de início, data da cessação e valor do benefício. 
O auxilio acidente é devido ao trabalhador vítima de acidente com lesão permanente parcial, ou 
seja, é um beneficio devido ao trabalhador que sofreu redução permanente parcial da sua 
capacidade para o trabalho como uma perda de membros ou perda de função orgânica que, mesmo 
não o habilitando para a função que antes desempenhava, não impede que o acidentado 
desenvolva outra atividade. Esse trabalhador deverá receber além do seu salário pelo serviço 
prestado, o adicional de 50% do salário de beneficio referente à sua incapacidade permanente 
parcial para o trabalho. 
E, por último temos a pensão por morte que é devida ao cônjuge e aos filhos. Observe a tabela: 
 
Benefícios Beneficiários 
Condições para 
Concessão 
Data de 
Início 
Data da 
Cessacão 
Valor 
A
u
xí
lio
 A
ci
d
en
te
 
A
ci
d
en
ta
d
o
 d
o
 t
ra
b
al
h
o
 
 
da capacidade 
laborativa por 
lesão 
acidentária. 
Redução 
 
No dia 
seguinte 
a 
cessaçã
o do 
auxílio-
doença. 
• 
• 
• Conc
essão de 
aposentador
ia; 
• Óbito
. 
 
50% 
do 
salário 
de 
benefí
cio. 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 42 
Figura 25 - Pensão por Morte 
Fonte: arquivo pessoal 
Descrição: nessa imagem você tem uma tabela com o benefício “pensão”, beneficiários, condições para 
concessão, data de início, data da cessação e valor do benefício. 
3.11 Cálculos estatísticos 
Caro estudante, 
Até agora vimos que os acidentes do trabalho podem gerar perda de membros dos trabalhadores, o 
que resulta em DIAS DEBITADOS, bem como dias perdidos. Isso gera o cálculo de TEMPO 
COMPUTADO. Para a quantidade de acidentes que ocorre em determinado período, como em um 
mês qualquer, temos o COEFICIENTE DE FREQUÊNCIA ou TAXA DE FREQUÊNCIA cujo cálculo é feito 
pela fórmula seguinte: 
CF = Quantidade de Acidentes do Mês x 1.000.000 / HHT, onde HHT é a quantidade de Homens-
Horas-Trabalhadas. 
 
Benefícios Beneficiários Condições 
para 
Concessão 
Data de Inicio Data da 
Cessacão 
Valor 
P
e
n
sã
o
 
D
ep
en
d
en
te
s 
D
o
 
A
ci
d
en
ta
d
o
 
D
o
 
Tr
ab
al
h
o
 
Morte Por 
Acidente Do 
Trabalho. 
Na Data Do 
Óbito; 
Ou Na Data Da 
Entrada Do 
Requerimento, 
Quando 
Requerida 
Após 30 Dias 
Do Óbito. 
Morte Do 
Dependente; 
Cessação Da 
Qualidade De 
Dependente. 
50% Do 
Salário 
De 
Benefício 
Ao 
Cônjuge 
E 10% Do 
Salário 
De 
Benefício 
Para 
Cada 
Filho. 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 43 
A quantidade de HHT é facilmente coletada no departamento responsável pela folha de pagamento 
dos trabalhadores, pois o cálculo dos salários é realizado diante da quantidade de pessoas e a 
quantidade de horas que cada um produziu na empresa. 
Observe o exemplo: 
Se em um determinado mês houve 4 acidentes do trabalho e em outro mês houve 2 acidentes do 
trabalho com uma HHT de 44.000, qual o coeficiente de frequência nesses meses? 
No primeiro caso, temos: 
CF = 4 x 1.000.000/44.000 = 90,90 
No segundo caso, temos: 
CF = 2 x 1.000.000/44.000 = 45,45 
Logo, a quantidade de acidentes do trabalho reduziu na segunda situação. 
Temos também o COEFICIENTE DE GRAVIDADE ou TAXA DE GRAVIDADE, que é calculada para todo 
acidente do trabalho COM AFASTAMENTO. 
O cálculo deve seguir a seguinte fórmula: 
 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 44 
 
 
 
 
Figura 26 - Taxa de Gravidade 
Fonte: http://seguranca-trabalho.webnode.com.br/taxa-de-frequencia-e-gravidade-ceuma/ 
Descrição: nessa imagem você tem fórmula da Taxa de Gravidade dos Acidentes do Trabalho. 
Nesse caso, o tempo computado é a soma dos dias perdidos com dias debitados. 
Observe o exemplo abaixo: 
Em um determinado mês houve um acidente do trabalho com 90 dias perdidos referente à perda 
do dedo polegar de um determinado trabalhador. Nesse mês, houve uma HHT de 44.000. Qual o 
coeficiente de gravidade? 
CG = (Dias Perdidos+Dias Debitados) x 1.000.000 / HHT 
CG = (90+600) x 1.000.000 / 44.000 
CG = 15.681, 81 
Encerramos os conteúdos desta terceira competência. Por isso, gostaria que você, agora, assistisse 
à videoaula e mantivesse bastante atenção à atividade semanal e à aula-atividade. Vamos continuar 
estudando! 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 45 
Conclusão 
Caro estudante, iniciamos nosso módulo estudando sobre a importância do trabalho em equipe 
para a busca da melhoria contínua no local de trabalho, conforme demonstrado no ciclo do PDCA. 
Em seguida, estudamos sobre os perfis de liderança importantes para uma boa gestão de saúde e 
segurança do trabalho e, agora, finalizamos com o estudo estatístico dos acidentes do trabalho 
através do cálculo das taxas de frequência e taxas de gravidade dos acidentes do trabalho e doenças 
ocupacionais. 
Encerramos nosso módulo reiterando que uma boa gestão de saúde e segurança do trabalho requer 
mais que coeficiente de inteligência e técnica. Ela requer do gestor a melhora contínua do processo 
e o aprimoramento dos perfis de liderança que devem ser manifestados através da inteligência 
emocional a fim de que acidentes do trabalho e doenças ocupacionais não aconteçam no ambiente 
laboral. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 46 
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http://anovaeconomia.com/category/nova-economia/> Acesso em 25 de Jan 2015. 
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Acesso em 25 de Jan 2015. 
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FUNDACENTRO. Manuais de Legislação de Segurança e Medicina do Trabalho. Ed. 69ª Atlas, 2012. 
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<http://galeria.reikal.com.br/foto/sinalizacao-de-seguranca-no-trabalho-de-acordo-com-nrs-
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– 1. Ed. – Rio de Janeiro: Objetiva, 2014. 
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https://hwcorp.wordpress.com/category/lideranca/page/2/> Acesso em 25 de Jan 2015. 
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Acesso em 25 de Jan 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 49 
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http://seguranca2013.blogspot.com.br/2013/03/condicoes-inseguras-ou-de-riscos-x.html Acesso 
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e-diminuir-a-agressividade> Acesso em 25 de Jan 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 50 
Currículo do Professor 
Olá! Eu sou Zilmara Peixoto Nakai. Sou Especialista em Educação Ambiental, pela Fafire, Licenciada 
em Biologia pela UFPE e Técnica em Segurança do Trabalho pelo CEFET/PE. Há 15 anos atuo como 
Técnica em Segurança do Trabalho. Já trabalhei em empresa de montagem industrial, em 
construção civil, em consultoria de segurança do trabalho, em hospital e hoje trabalho no Grupo 
Pão de Açúcar. Ao mesmo tempo, tenho desenvolvido atividades de docência em Biologia e nas 
diversas disciplinas do Curso Técnico de Segurança do Trabalho. Já lecionei no Centro de Ciências do 
Nordeste (CECINE, da UFPE), na Escola de Enfermagem Irmã Dulce e na Escola Técnica Regional. 
Hoje leciono no Colégio e Curso Especial, na Escola Almirante Soares Dutra e na Educação à 
distância. Espero compartilhar com vocês o que tenho estudado e praticado nessa profissão. 
Um grande abraço!

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