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Gestão Aplicada à Saúde e Segurança no Trabalho Zilmara Peixoto Nakai Curso Técnico em Segurança do Trabalho Educação a Distância 2016 EXPEDIENTE Professor Autor Zilmara Peixoto Nakai Design Instrucional Deyvid Souza Nascimento Maria de Fátima Duarte Angeiras Renata Marques de Otero Terezinha Mônica Sinício Beltrão Revisão de Língua Portuguesa Eliane Azevedo Diagramação Klébia Carvalho Coordenação Manoel Vanderley dos Santos Neto Coordenação Executiva George Bento Catunda Coordenação Geral Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra Conteúdo produzido para os Cursos Técnicos da Secretaria Executiva de Educação Profissional de Pernambuco, em convênio com o Ministério da Educação (Rede e-Tec Brasil). Setembro, 2016 N163g Nakai, Zilmara Peixoto. Gestão Aplicada à Saúde e Segurança no Trabalho: Curso Técnico em Segurança do Trabalho: Educação a distância / Zilmara Peixoto Nakai. – Recife: Secretaria Executiva de Educação Profissional de Pernambuco, 2016. 49 p.: il. Inclui referências bibliográficas. 1. Educação a distância. 2. Gestão de segurança e saúde no trabalho. 3. Organização da segurança e saúde. I. Nakai, Zilmara Peixoto. II. Título. III. Secretaria Executiva de Educação Profissional de Pernambuco. IV. Rede e-Tec Brasil. CDU – 331:316.776 Catalogação na fonte Bibliotecário Hugo Carlos Cavalcanti, CRB4-2129 Sumário Introdução ........................................................................................................................................ 5 1. Competência 01 | Conhecer as Técnicas para Trabalhar em Equipe de Forma Organizada, Metódica e Sistemática, Mantendo a Ética Profissional e Facilitando as Relações Interpessoais ........ 6 1.1 Gestão de segurança e ergonomia ............................................................................................................ 8 1.2 O ciclo do PDCA ........................................................................................................................................ 9 1.3 Comunicação no trabalho ........................................................................................................................11 2. Competência 02 | Desenvolver o Perfil de Liderança Visando à Produtividade da Equipe Liderada e ao Autodesenvolvimento Profissional ........................................................................................... 15 2.1 Inteligência emocional ............................................................................................................................17 2.2 Autoconsciência ......................................................................................................................................18 2.3 Autocontrole ...........................................................................................................................................20 2.4 Motivação ...............................................................................................................................................22 2.5 Empatia ...................................................................................................................................................23 2.6 Aptidão social ..........................................................................................................................................24 3. Competência 03 | Conhecer as Técnicas para Cálculo de Custos Decorrentes de Acidentes de Trabalho e Óbitos ............................................................................................................................ 27 3.1 Acidente do trabalho ...............................................................................................................................28 3.2 Comunicação de acidente do trabalho .....................................................................................................29 3.3 Causas dos acidentes do trabalho ............................................................................................................31 3.4 Atitude insegura .....................................................................................................................................31 3.5 Condição insegura ...................................................................................................................................34 3.6 Fator pessoal de insegurança ...................................................................................................................35 3.7 Acidente de trajeto ..................................................................................................................................36 3.8 Consequências do acidente .....................................................................................................................37 3.9 Doença ocupacional ................................................................................................................................38 3.10 Incapacidades laborais...........................................................................................................................38 3.11 Cálculos estatísticos ...............................................................................................................................42 Conclusão ........................................................................................................................................ 45 Referências ..................................................................................................................................... 46 Currículo do Professor ..................................................................................................................... 50 5 Introdução Caro estudante, A boa gestão de saúde e segurança do trabalho não depende apenas do conhecimento técnico, mas da ética profissional que deve fazer parte de todos os profissionais de uma empresa ou instituição. Para isso, é necessário sabermos o que vem a ser o trabalho em equipe e a importância da boa comunicação no local de trabalho. Uma boa ferramenta de gestão é o uso do ciclo do aperfeiçoamento continuado, também conhecido como ciclo do PDCA (Ciclo da Melhora Contínua – Plan, Do, Check e Act), muito útil na busca contínua por qualidade no serviço, no produto e no atendimento. Além do uso do PDCA, é necessário que o gestor desenvolva e aperfeiçoe os traços de liderança tão apreciados no mundo do trabalho, fazendo uso da inteligência emocional e buscando cada vez mais conhecimento técnico e metódico. Por fim, o gestor de saúde e segurança do trabalho poderá estudar as causas dos acidentes do trabalho e analisar os custos decorrentes do mesmo a fim de traçar boas medidas preventivas e corretivas através da liderança, da técnica e do conhecimento. Seja bem-vindo e bons estudos! 6 1. Competência 01 | Conhecer as Técnicas para Trabalhar em Equipe de Forma Organizada, Metódica e Sistemática, Mantendo a Ética Profissional e Facilitando as Relações Interpessoais Caro aluno, O trabalho em equipe requer sintonia entre aquele que coordena a equipe e os coordenados, porém, na contemporaneidade,essa visão deixa de se apresentar numa escala autoritária para ser democrática e construtiva. Mas, o que significa o trabalho em equipe? Na definição vista acima, temos que no trabalho em equipe existe esforço coletivo, existe união e respeito. Mas como isso é possível no local de trabalho? Observe que no trabalho em equipe existe um líder e os subordinados, mas quem vai à frente é o líder auxiliando as atividades desenvolvidas pelos subordinados. No antigo modelo de gestão, tínhamos o chefe no lugar do líder, estando esse em lugar de destaque e acima de todos, apenas ordenando e exercendo pressão sob os subordinados sem os auxiliar. Trabalhar em equipe significa criar um esforço coletivo para resolver um problema, são pessoas que se dedicam a realizar uma tarefa visando concluir determinado trabalho, cada um desempenhando uma função específica, mas todos unidos por um só objetivo: alcançar o tão almejado sucesso. (Fonte: http://www.portaleducacao.com.br/administracao/artigos/10105/trabalho- em-equipe-juntos-somos-muito-melhores-do-que-sozinhos Competência 01 7 Figura 01 - Gestão com Chefia Fonte: http://vicentemanera.com/2010/03/) Descrição: nessa imagem você vê um homem mais alto que os demais, apontando os dedos para um outro que está a sua frente. Ao lado desse homem alto existem outros homens, menores e saindo das gavetas da mesa do mesmo, repetindo o gesto de apontar o dedo para esse homenzinho que está de frente de todos com a cabeça baixa. O que você observa na imagem? Existe liderança ou chefia? Qual a melhor posição: alcançar os objetivos à frente de toda equipe de trabalho ou alcançar os objetivos com todos ao mesmo tempo? Será que quem sempre vai à frente nunca vai se cansar dessa posição? Aquele que sempre vai à frente pode se sentir deprimido quando não conseguir ser o primeiro lugar. Então, poderemos ver uma situação de estresse relacionado ao trabalho, que aponta para um risco ambiental: o risco ergonômico tratado na NR 17 – Ergonomia. Quem opta por chefiar no lugar de liderar acaba sofrendo ainda mais, pois muitas vezes os subordinados acabam fazendo apenas o que deve fazer e não colaboram com mais nada. Quem opta por chefiar, também pode ter sua equipe produzindo apenas na sua presença, deixando de cumprir suas obrigações por prazer. Já quem opta por liderar, tem a participação da equipe que colabora com seu líder em todos os aspectos, realizando, muitas vezes, atividades que estão acima de suas atribuições. Competência 01 8 Nesse modelo de gestão, temos os subordinados trabalhando independentemente da presença do seu líder e todos vivem em harmonia, tendo satisfação e motivação no local de trabalho. Nesse modelo, entende-se que o fracasso de um objetivo é o fracasso da equipe e o sucesso de um dos objetivos do grupo é o sucesso da equipe. Figura 02 - Chefe e Líder Fonte: https://hwcorp.wordpress. com category/lideranca/page/2/ Descrição: nessa imagem você tem um chefe sentado em uma cadeira que está sob um suporte de madeira, esse suporte está sendo puxado por três pessoas. Na imagem a baixo tem um chefe a frente de 3 pessoas e todos estão puxando um suporte de madeira. O suporte citado nas duas situações da imagem simboliza os negócios empresariais. Nessa imagem você vê duas situações: Na primeira, o chefe sendo carregado pelos subordinados e, na segunda, o líder à frente de seus subordinados, auxiliando-os. 1.1 Gestão de segurança e ergonomia Mas, qual a importância desse estudo para a saúde e segurança do trabalho? Competência 01 9 Se você voltar a analisar o modelo de gestão onde existe o chefe a frente de seus subordinados, você vê a presença de um risco ambiental que faz parte do estudo da segurança do trabalho, que é o risco ergonômico. Vamos revisar quais são os riscos ergonômicos? Figura 03 - Risco Ergonômico Fonte: http://sobreqsms.blogspot.com.br/2014/06/doencas-ocupacionais.htm Descrição: nessa imagem você tem uma tabela com a relação dos riscos ergonômicos e suas consequências Observando cada item do risco ergonômico, você vê que esses itens estão ligados a um local onde o modelo de gestão se dá por chefia x subordinados. E, como profissionais de saúde e segurança do trabalho, devemos proporcionar um ambiente salutar aos trabalhadores, onde haja harmonia e paz. 1.2 O ciclo do PDCA Agora que você já analisou os modelos de gestão, vamos a uma ferramenta muita utilizada na segurança do trabalho que é o PDCA. Essa ferramenta de gestão busca a melhora contínua dos trabalhos realizados pela equipe, através de um planejamento, de uma boa execução, da análise do trabalho e da ação da equipe. Esse modelo faz parte de normas internacionais ligadas a OHSAS Competência 01 10 18001 (Occupational Health and Safety Assessment Series), que é a norma internacional que serve de referência para o Sistema de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional nas empresas. Como estamos falando de gestão, não poderíamos deixar de lado essa ferramenta que se chama PDCA. Mas, o que significa essa sigla? P = Plan = Planejar o trabalho D = Do = Realizar o trabalho C = Check = Verificar o sucesso do trabalho A = Act = Agir, ou seja, corrigir as falhas e possíveis falhas. Como você viu, o PDCA é uma sigla em inglês que nos mostra o ciclo da melhora contínua nas atividades. Após você planejar, elaborar um projeto e verificar quem irá executar o trabalho, como ele será executado, quando será executado e os recursos necessários, você terá como segundo passo implantar/realizar a atividade. Em seguida, será necessário checar, ou seja, verificar o sucesso do trabalho em equipe e, por fim, agir corretivamente. Após todos esses passos, o ciclo do PDCA continua. Por isso, você deverá retornar ao primeiro passo, referente à letra “P” da sigla, ou seja, será imprescindível realizar um novo planejamento daquela atividade. Competência 01 11 Figura 04 - O Ciclo do PDCA Fonte: http://www.coanconsultoria.com. br/especialistas.asp?id=76 Descrição: nessa imagem você tem o ciclo do PDCA, onde consta: Planejar – definir metas e execução para determinado processo; Desenvolver – treinar operadores e desenvolver o plano; Checar – Analisar os resultados da execução; Agir - atuar sobre o processo; correção ou melhoria. Como aplicar o ciclo do PDCA no SESMT? Vamos a um exemplo simples: se você verifica a necessidade da compra de EPI (Equipamento de Proteção Individual), EPC (Equipamento de Proteção Coletivo) ou ferramentas de trabalho, é necessário um planejamento em equipe a fim de prever o sucesso da ação, ou seja, você pode criar um plano de ação definindo o que deve ser comprado, quem é o pessoal responsável pela compra, quando o equipamento poderá ser comprado e o resultado desse planejamento. Imagine realizar uma atividade tão simples como essa sem união no local de trabalho! 1.3 Comunicação no trabalho E para que o trabalho em equipe permaneça saudável, ou seja, para que haja saúde nas relações de trabalho, se faz necessário respeito e uma boa comunicação. Competência 01 12 Os profissionais de saúde e segurança do trabalho estão constantemente usando a linguagem verbal e não verbal na execução de suas atividades rotineiras, seja por meio das palestras de saúde e segurança do trabalho, seja pormeio de cartazes, entre outras. Diante disso, é necessário ter alguns cuidados na comunicação como, por exemplo: fazer uso da ética, ou seja, nunca expor um trabalhador como exemplo negativo de alguém que não pratica a segurança do trabalho, nunca divulgar fotografias de trabalhadores cometendo atitudes inseguras no trabalho, não falar com tom de voz elevado com os trabalhadores a fim de ser ouvido ou obedecido. A comunicação deve ser direta, clara e objetiva. Se um trabalhador informa que não irá usar o EPI (Equipamento de Proteção Individual), basta informá-lo de que, com base na NR nº 06, o uso do EPI é obrigatório. Em caso de descumprimento, o colaborador deverá ser penalizado com base na CLT, art. 158, que informa que a recusa injustificada quanto ao uso do EPI constitui falta grave. Contudo, o trabalhador precisa ser orientado antes de ser penalizado. O trabalhador também precisa ser ouvido. É preciso ter humildade para ouvir, pois este é um pilar muito importante na gestão de saúde e segurança do trabalho: “quem não sabe ouvir, também não sabe falar”. O “saber falar” é muito importante para que o profissional de segurança do trabalho conquiste sucesso nas atividades planejadas, pois, se você sabe como falar, você consegue pedir tudo o que desejar. Assim, será bem compreendido. Competência 01 13 Figura 05 - Comunicação Visual – Segurança no Trabalho Fonte: http://galeria.reikal.com.br/foto/sinalizacao- de-seguranca-no-trabalho-de-acordo-com-nrs- mtb_2895.html) Descrição: segurança informando o uso obrigatório. Logo abaixo do nome “uso obrigatório” você umas imagens e os nomes das imagens. As imagens vistas são: avental, óculos, protetor facial, protetor auricular e luvas. Essa sinalização mostra que a comunicação deve ser clara e objetiva. Como vimos, o profissional de saúde e segurança do trabalho faz uso da comunicação em todo o momento, como por exemplo: Na resposta dos e-mails; Nas reuniões da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho); Nos treinamentos de segurança do trabalho; Na solicitação de documentos à equipe de trabalho, etc. A troca de mensagem por e-mail é a forma de comunicação mais utilizada nos locais de trabalho, mas não deve substituir a comunicação oral, pois nem sempre conseguimos escrever o que sentimos e a mensagem pode ser mal interpretada. Além disso, um assunto delicado, como um trabalhador que se recusa a seguir normas de segurança, não deve ser, por exemplo, registrado por e-mail, pois esse recurso arquiva documentos e estes podem comprometer toda a equipe. Competência 01 14 A fim de que isso não ocorra, nas reuniões da CIPA, temos a organização em presidente e vice- presidente, como relatado na NR nº 05, a fim de manter um fluxo de informação e evitar tumultos em momento de reunião, ou seja, cada um tem sua hora de falar e manifestar o seu pensamento. Na solicitação de documentos, deve haver um cuidado também no falar a fim de não demonstrar raiva, impaciência exagerada ou intolerância com o colega de trabalho. Caso a solicitação não tenha sido atendida, a melhor atitude é explicar a importância que aquele documento tem para a equipe e envolver os líderes na questão. Encerramos aqui a nossa primeira competência, onde você estudou os modelos de gestão por chefia e por liderança e a importância de um bom planejamento e comunicação ética para o sucesso da empresa. O Diabo Veste Prada (The Devil Wears Prada EUA/2006). A jornalista recém-formada Andrea Sachs (Anne Hathaway) é uma jovem que conseguiu um emprego na Runaway Magazine, a mais importante revista de moda de Nova York. Ela passa a trabalhar como assistente de Miranda Priestly (Meryl Streep), principal executiva da revista. Como assistente, ela tenta lidar com as exigências de sua chefe, entrando em conflito de personalidade, porque não consegue conciliar o trabalho com a família, os amigos e o namorado. Aprendizado: Nesse filme é possível refletir sobre missão, visão e valores, sobre até que ponto o profissional pretende chegar, quais são os seus limites e sobre qualidade de vida. ( Disponível em: http://www.ecaderno.com /profissio nal/mercado-de-trabalho/confira-14-filmes-que-podem-ajudar-na-sua-vida-profissional). Sugestão de Filme Competência 01 15 2. Competência 02 | Desenvolver o Perfil de Liderança Visando à Produtividade da Equipe Liderada e ao Autodesenvolvimento Profissional Agora que você já estudou como deve ser o trabalho em equipe e a importância de uma boa gestão de saúde e segurança do trabalho, vamos estudar como desenvolver o perfil de liderança visando à produtividade de todo a equipe e um ambiente de trabalho salutar. Observe as principais diferenças entre o chefe e o líder: CHEFE LÍDER Toma todas as decisões em todos os níveis; Delega autoridade, mas não abre mão da responsabilidade; Exige assinar todos os faxes, pedidos, solicitações, relatórios etc; Sabe ouvir; Quer saber de tudo e aprovar tudo; Sabe voltar atrás quando erra; Fala, determina e dá ordens; Detesta burocracia; Foi promovido por tempo de casa; Toma decisões rápidas quando necessário; Tem dificuldade de argumentação em reuniões com a equipe; Inova; Não ouve ninguém; Motiva; Gosta dos bajuladores em geral profissionalmente limitados; Aconselha; Competência 02 16 Adora burocracia; Cobra resultados com base em critérios predeterminados; Centraliza decisões; Contrata e promove profissionais que sabem mais do que ele; Divulga resultados como se fossem seus; Não rouba ideia do subordinado: ele a apresenta como obra do seu departamento, mas dá crédito ao idealizador; Gera medo. Gera respeito. Figura 06 - Diferenças entre Chefe e Líder Fonte: elaborado pela autora [Beth Martins] com base no livro "A Arte de gerenciar serviços". http://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/redacao/2012/03/29/seu-chefe-e-um-lider-descubra-as- diferencas-entre-esses-papeis-de-comando.htm Descrição: nessa imagem você uma tabela constando as características do chefe e do líder. Onde você gostaria de trabalhar? Onde existe um chefe ou onde existe um líder? Lembre-se de que você será subordinado e também será líder. Os profissionais de segurança do trabalho que compõem o SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – NR nº 04) trabalham em equipe com seus pares, com seus superiores e com os demais trabalhadores que serão orientados e treinados pelo SESMT. E, nesse momento, é importante está com esse conteúdo bem internalizado para por na prática e manter a saúde nas relações de trabalho. Caro estudante, vamos analisar um pouco mais o perfil do chefe e do líder na vida do profissional de saúde e segurança do trabalho: Se você é chefe, você toma todas as decisões sozinho, o que causa uma sobrecarga muito grande e paralisa todo o andamento do serviço. Ademais, outras questões como doença, viagens e férias podem acarretar impedimentos ao trabalho. O líder não centraliza as decisões em si, mas delega responsabilidades, fica ciente de tudo o que está acontecendo, tem autoridade para interferir diretamente diante de alguma falha no processo e tem consciência de que a responsabilidade do bom andamento da equipe é dele mesmo. Portanto, o líder não discute, não Competência 02 17maltrata, não comete assédio moral, comunica-se muito bem com sua equipe e substitui, tranquilamente, os membros da equipe que não conseguem evoluir em suas atividades. O chefe exige que todos os documentos sejam assinados por ele e não sabe ouvir seus coordenados ou subordinados, nesse caso. Já o líder sabe o que precisa assinar e não se ocupa diante de pilhas de papel simplesmente para fazer seu nome conhecido ou mostrar quem manda. O chefe quer saber tudo, quer aprovar tudo e não reconhece quando comete erros. Já o líder conhece suas limitações, as limitações da equipe e assume quando erra, convocando todos a praticar o ciclo do PDCA, que já revisamos na 1ª competência. O chefe fala o tempo inteiro, determina, dá ordens na maior parte do tempo e adora burocracias. Já o líder sabe a hora certa de falar e se comunica de forma clara, objetiva e direta. O chefe não ouve ninguém, o líder motiva e sabe ouvir a equipe. O chefe divulga resultados como se fossem seus, o líder apresenta os resultados e dá crédito à equipe. O chefe atemoriza, mas o líder é respeitado. O que você sente diante disso, caro estudante? É melhor ser chefe ou ser líder? Você percebe que é preciso ter ética profissional para saber executar bem o seu ofício seja diante do seu superior imediato seja diante do trabalhador que precisa seguir suas orientações de segurança. Praticar a liderança é fundamental para o sucesso da equipe, o sucesso do trabalho e o sucesso individual. Para isso, existem cursos na área de administração de empresas que ensinam como praticar todos os passos de um líder. Vejamos. 2.1 Inteligência emocional O termo “inteligência emocional” foi citado pela primeira vez pelo psicólogo Daniel Goleman que defende a ligação do sucesso e a inteligência emocional dos indivíduos. Competência 02 18 Mas o que é inteligência emocional? Não existe uma definição para inteligência emocional, mas podemos dizer que está relacionada a habilidades tais como motivar-se a si mesmo e persistir face a frustrações; controlar impulsos, canalizando emoções para situações apropriadas; praticar gratificação prorrogada; motivar pessoas, ajudando-as a liberarem seus melhores talentos, e conseguir seu engajamento a objetivos de interesses comuns. (Fonte: http://www.coladaweb.com/administracao/inteligencia-emocional) O líder que possui inteligência emocional consegue: Motivar a si mesmo; Persistir mesmo diante de frustrações; Controlar seus impulsos; Canalizar as emoções para situações apropriadas, ou seja, não gasta energia naquilo que não trará bom resultado; Motivar as pessoas. 2.2 Autoconsciência O primeiro pilar da inteligência emocional é a autoconsciência, descrita como a capacidade que devemos ter de nos autoconhecer, ou seja, de conhecer a fundo nossas emoções, os nossos pontos fortes, os nossos pontos fracos - é o primeiro componente da inteligência emocional. Isso faz com que cada um assuma apenas o que tem competência para resolver. Dessa forma, pede ajuda a outras pessoas para os assuntos que tem mais dificuldade em resolver. Daniel Goleman é autor de Inteligência Emocional (Objetiva, 1996) e co-autor de O Poder da Inteligência Emocional (Campus, 2002). Competência 02 19 Se você como técnico em segurança do trabalho entende que consegue ministrar um ótimo treinamento de segurança do trabalho, mas tem muita dificuldade com estatística de acidentes do trabalho, nada impede de você se aprimorar. Todavia é importante deixar bem claro para a equipe qual o seu ponto forte e qual o seu ponto fraco a fim de que as atividades sejam mais bem direcionadas. Figura 07 - Autoconsciência Fonte: http://www.cristianegiordani.com.br/conhece-te-a-ti-mesmo/ Descrição: nessa imagem você tem uma tirinha onde a Mafalda, personagem dos quadrinhos, ler a frase “conhece-te a ti mesmo”. Ela pensa: Bom conselho e conclui, mas hoje não me apetece fazer turismo dentro de mim. Essa tirinha faz referência ao autoconhecimento. Como disse Platão (filósofo Grego), “conhece-te a ti mesmo”. Isto é, a autoconsciência leva o líder a fazer um “turismo” dentro de si e entender seus comportamentos e os comportamentos dos demais. Como reconhecer a autoconsciência? Antes de tudo, ela se manifesta na sinceridade e na capacidade de efetuar uma autoavaliação realista. O indivíduo autoconsciente também é reconhecido por sua autoconfiança. É alguém que sabe quais suas capacidades e é menos propenso a fracassar, pois evita “dar um passo maior do que a perna pode alcançar”. Sabe, também, quando pedir ajuda. No trabalho, os riscos que assume são calculados. São indivíduos que não aceitam um desafio do qual não poderão dar conta sozinhos. O que os indivíduos autoconscientes fazem é explorar seus pontos fortes e trabalhar com muita energia nesses pontos garantindo o sucesso da ação. Competência 02 20 A pessoa autoconsciente mostra que, mesmo nas situações, difíceis é preciso ter persistência, pois tudo tem seu ciclo de começo, meio e fim. Alem disso, as situações ruins precisam acontecer porque na vida laboral tanto pode haver sucesso como fracasso, mas este precisa ser um orientador daquilo que é preciso melhorar em nós mesmos. Uma pessoa com habilidade de avaliar a si mesma com sinceridade – ou seja, quem é autoconsciente – é a mais adequada para fazer o mesmo pela organização que comanda. Figura 08 - Autoconsciência e Sinceridade Fonte: http://anovaeconomia.com/category/ nova-economia/ Descrição: nessa imagem você vê uma mulher segurando uma máscara que representa o próprio rosto com uma das mãos, enquanto no rosto há outra máscara. Essa imagem faz referência a autoconsciência. A autoconsciência está ligada a autoconfiança e a sinceridade, posturas muito importantes para o líder. 2.3 Autocontrole A autoconsciência deve ser precedida do autocontrole. Imagine uma pessoa autoconsciente, ou seja, autoconfiante e sincera, sem autocontrole? No mínimo, poderá ser arrogante para com os demais. Logo, o autocontrole é fundamental para o líder. Competência 02 21 O autocontrole é o segundo componente da inteligência emocional. Nossas emoções são movidas por impulsos biológicos. Não podemos suprimi-las, mas podemos administrá-las. Por que o autocontrole é tão importante para um líder? Porque quem está em controle dos seus sentimentos e impulsos é sensato e capaz de criar um ambiente de confiança e justiça. Os sinais de autocontrole emocional são fáceis de perceber, a saber: Propensão à reflexão e à ponderação; Aceitação da ambiguidade e da mudança; Integridade como capacidade de dizer não a anseios impulsivos. Figura 09 - Autocontrole Fonte: http://www.vidaplenaebem estar.com.br/consciencia/mudanca/ e-possivel-treinar-o-autocontrole-e- diminuir-a-agressividade Descrição: nessa imagem você vê um homem olhando para a sua sombra que se vira para o mesmo e aponta com o dedo como se estivesse lhe dando uma bronca. Essa imagem retrata o autocontrole. O líder que possui autocontrole é aquele que consegue resistir aos impulsos e sabe ouvir a sua autoconsciência. Competência 02 22 2.4 Motivação A motivação é o terceiro componente da inteligência emocional. A motivação é vista como a paixão pelo trabalho por razões que vão além de dinheiro ou prestígio; propensão a adiar julgamentos, a pensar antes de agir; o motivo para realizar uma determinadaação. Figura 10 - Motivação Fonte: http://www.blog. geninhogoes.com.br/tag/motiv acao Descrição: nessa imagem você vê um gatinho se olhando no espelho e o que vê no lugar da sua imagem é um leão. Essa imagem representa a motivação Caro aluno, você já viu alguém extremamente motivada? A motivação nos faz sentir enormes diante dos desafios, é como mostra na figura: um gato que ao se observar no espelho, está tão autoconfiante que se vê um leão. Esse leão é o seu entusiasmo para a ação, isso é motivação. Pois é, muitas pessoas são motivadas por fatores externos como um bom salário ou o prestígio que acompanha um título pomposo ou um emprego numa empresa renomada. Já quem tem potencial de liderança, é motivado por um desejo profundamente arraigado de “realizar pela realização em si”. É natural supor que um indivíduo determinado a se superar também desejaria um jeito de monitorar o progresso – o próprio, o da equipe e o da empresa. Enquanto funcionários com baixa motivação para realizar são muitas vezes vagos quanto aos resultados. Competência 02 23 A motivação está muito ligada ao primeiro componente da inteligência emocional, que é a autoconsciência que gera a autoconfiança e por sua vez a motivação. O líder motivado consegue despertar a motivação da equipe, pois ele acredita no seu potencial e no potencial de cada individuo. 2.5 Empatia Se você é um líder que se conhece, que é autoconfiante e motivado, logo consegue entender o próximo e abstrair o que você não consegue entender. Ou seja, consegue respeitar o próximo, respeitar as diferenças e aproveitar o que cada um tem de melhor. Isso nos leva ao quarto componente da inteligência emocional: a empatia. A empatia corresponde à habilidade para tratar com os outros de acordo com as reações emocionais deles, ou seja, é a capacidade de entender a constituição emocional dos outros. Logo, a prática da empatia faz com que o líder consiga se colocar no lugar do outro antes de cobrar ou solicitar algo. O líder consegue compreender, por exemplo, por que um trabalhador tão competente não consegue realizar alguma atividade por motivos emocionais e temporários. Veja a figura abaixo: Figura 11 - Empatia Fonte: http://laede-laede.blogspot.com.br/2012/10/ empatia.html Descrição: nessa imagem você vê um homem ajudando um pedinte que segura um espelho na frente do rosto. Ao olhar para o pedinte, o homem vê a sua própria imagem no espelho. Essa imagem representa a empatia. Competência 02 24 A empatia faz o líder trocar de posição com o outro e entender o que o seu subordinado pensa e como interage com o mundo e com os elementos que o cerca. 2.6 Aptidão social A aptidão social é o quinto e último componente da inteligência emocional sendo entendida como a competência para administrar relacionamentos e formar redes, ou seja, a capacidade de encontrar pontos em comum e cultivar afinidades. É com aptidão social que ampliamos nossa network, entendida como rede de contato ou rede de relacionamentos. A network é medida pela quantidade de pessoas influentes que você conhece e que podem ajudá-lo a obter um bom emprego ou a encontrar soluções para alcançar suas metas no trabalho. A aptidão social é alcançada com o bom relacionamento, ou seja, com o relacionamento interpessoal sadio e equilibrado por todo o ambiente laboral de forma que você fique conhecido não apenas pelas habilidades técnicas, mas por ser uma pessoal de boa convivência que respeita seus colegas de trabalho e interage muito bem com outras pessoas mesmo que essas pessoas tenham uma forma de pensar diferente da sua. Pessoas com aptidão social tendem a ter um vasto círculo de conhecidos e possuem o dom de descobrir afinidades com toda sorte de gente – ou seja, o dom de criar entrosamento. Não significa que estejam sempre se socializando. Significa que, no trabalho, partem do pressuposto de que ninguém faz nada importante sozinho e, na hora de agir, essa gente tem uma rede estabelecida. Competência 02 25 Figura 12 - Aptidão Social e Network Fonte: http://lionsage.com/005-who-is- promoting-you-behind-your-back- building-a-network-of-brand- advocates/ Descrição: nessa imagem você vê várias pessoas onde cada uma está sem seu próprio círculo e entre os círculos há linhas pontilhadas de ligação com outros círculos distintos. Essa imagem representa o network ou aptidão social. A aptidão social é o ponto culminante das outras dimensões da inteligência emocional. Uma pessoa tende a ser muito eficaz na gestão de relacionamentos quando consegue entender e controlar suas próprias emoções e demonstrar empatia pelos sentimentos dos outros. Até a motivação contribui para a aptidão social, pois indivíduos compelidos a realizá-la tendem a ser otimistas, pois, mesmo diante de reveses ou fracassos, quando uma pessoa é otimista, o “seu brilho” reluz sobre conversas, outros encontros sociais. Então, é uma pessoa popular e por bons motivos. Quem tem aptidão social, é hábil na gestão de equipes – isso é a empatia dessa pessoa em ação. Da mesma forma, é mestre em persuadir – isto é uma manifestação conjunta de autoconsciência, autocontrole e empatia. Mas, muitas vezes, a aptidão social não é bem vista, como por exemplo, uma pessoa pode manifestar a aptidão social conversando e isso muitas vezes passa a impressão de que essa pessoa não está trabalhando. Parece estar jogando conversa fora ou papeando com os trabalhadores. Muitas pessoas não entendem que os profissionais de saúde e segurança do trabalho conseguem investigar doenças relacionadas ao trabalho por meio de uma boa conversa com trabalhadores. Competência 02 26 Sendo assim, a inteligência emocional, através dos seus cinco componentes, é imprescindível para uma boa gestão e as práticas de liderança nos mais diversos locais de trabalho. Competência 02 27 3. Competência 03 | Conhecer as Técnicas para Cálculo de Custos Decorrentes de Acidentes de Trabalho e Óbitos Caro estudante, iniciamos a nossa terceira competência que é a parte mais técnica dessa disciplina. Nas primeiras competências, você estudou o perfil de gestão por chefia e por liderança e viu as vantagens de ser bom líder. E agora que você já sabe como desenvolver o perfil de liderança com base na inteligência emocional, vamos estudar como pode ser feita a gestão de segurança do trabalho referente à investigação e controle dos acidentes e doenças. Os acidentes do trabalho precisam ser investigados e registrados em planilhas de estatística de acidente do trabalho tendo os seus coeficientes de frequência e de gravidade quantificados para fins de redução dos mesmos. Para realizar esse registro, os profissionais de saúde e segurança do trabalho fazem uso da NBR 14.280 que trata de Cadastro de Acidente do Trabalho – Procedimento e Classificação. O objetivo dessas NBR é fixar critérios para o registro, comunicação, estatística e análise de acidentes do trabalho, suas causas e consequências, aplicando-se a quaisquer atividades laborais. É através desse registro e análise do acidente que os profissionais de saúde e segurança do trabalho buscam identificar, analisar as causas dos acidentes do trabalho e propor medidas corretivas para que eles não voltem a acontecer. É importante entender que o acidente do trabalho não aponta para um culpado, ou seja, não aponta para um ato doloso, em que houve a intenção em proporcionar o acidente ou emsofrer o Leia a NBR 14.280 no site http://www.alternativorg.com.br/wdframe/index.php?&type=arq&id=MTE2Nw Competência 03 28 acidente. Isso é algo que deveria ser mais bem avaliado do ponto de vista do código penal brasileiro. Mas o acidente do trabalho aponta para as causas dos acidentes que precisam ser investigadas e corrigidas para que eles não se repitam. Figura 13 - Acidente do Trabalho Fonte: http://www.gopixpic.com/ Descrição: nessa imagem você vê uma figura de um trabalhador com o pedaço do braço no chão, enquanto seu chefe que está a frente do mesmo, segura um chicote e diz: “Ritmo alucinante?! Imagina! Pegue seu braço e produza! É muito fácil culpar o trabalhador pelo acidente do trabalho quando o mesmo comete uma atitude insegura, mas muitas vezes o trabalhador está cumprindo ordens e trabalhando sob pressão demasiada. O trabalhador está na ponta de um sistema onde tem muitas outras pessoas e processos antes do mesmo. 3.1 Acidente do trabalho Segundo o artigo 19 da Lei nº 8.213/91, acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Então o que caracteriza o infortúnio laboral é a lesão e, quando acontece uma lesão é obrigatória à emissão da CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho. Competência 03 29 3.2 Comunicação de acidente do trabalho Todo acidente do trabalho deve ser comunicado por meio da CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho) até o primeiro dia útil após a ocorrência e, em caso de morte, de imediato. A CAT deve ser impressa em duas vias: uma delas deverá ficar arquivada junto com o dossiê do acidente do trabalho por um período de 20 (vinte) anos e a outra via deverá ser entregue ao trabalhador acidentado. Por isso, a empresa é obrigada a emiti-la para acidente com afastamento e acidente sem afastamento. A omissão do registro da CAT poderá resultar em multa para a empresa, caso o INSS tome ciência do fato. Além disso, a CAT poderá ser emitida por qualquer pessoa já que a maioria das pessoas tem acesso a computador e internet, porém o documento poderá ser questionado quanto à veracidade de suas informações. Logo, é importante que o empregador seja o emitente da CAT. Antes da facilidade da internet, a CAT era emitida em 6 (seis) vias e redigida em máquina datilografia ou feita à mão conforme modelo que segue: O registro da CAT deve ser realizado pela internet através do site: <http://www.mpas.gov.br/conteudoDinamico.php?id=297 Competência 03 30 Figura 14 - Antigo Formulário da CAT Fonte: http://www.informanet.com.br/Prodinfo/boletim/2012/trabalhista/cat_40_2012. html Descrição: nessa imagem você tem um formulário da CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho. Competência 03 31 Atualmente, quando o cadastro da CAT pela internet é finalizado, a empresa tem um formulário para impressão diferente do primeiro formulário da CAT manual. Vamos estudar as causas dos acidentes do trabalho? 3.3 Causas dos acidentes do trabalho Quando ocorre um acidente do trabalho é preciso realizar a investigação do mesmo para identificar as causas e agir corretivamente a fim de evitar outros infortúnios. As causas dos acidentes do trabalho são: 3.4 Atitude insegura Seria a ação do trabalhador que veio a provocar o acidente do trabalho. É importante deixar claro que não existe culpado pelo acidente do trabalho, se a culpa fosse determinada o ato seria doloso, ou seja, com intenção em provocar o dano, mas a intenção não existe, o que existe é a causa do acidente do trabalho. Como exemplos de atitudes inseguras têm: imprudência, negligência e imperícia. Você pode ter acesso ao modelo atual de CAT no site: http://www.previdencia.gov.br/forms/formularios/form001.html Competência 03 32 Figura 15 - Atitude Insegura Fonte: http://seguranca saude.blogspot.com.br/201 2/03/voce-e-uma-pessoa- insegura-na-sua-vida.html Descrição: nessa imagem você vê um trabalhador em cima de três baldes para alcançar uma lâmpada. Essa imagem representa uma atitude insegura por imprudência. A imprudência está muito relacionada à autoconfiança que leva o trabalhador a realizar uma atividade sem EPI ou ter muita pressa vinda a sofrer um acidente do trabalho. Geralmente, os anos de experiência do trabalhador e a idade são inimigos da prudência, pois muitas vezes o trabalhador se confia na experiência para se expuser a alguma situação de risco e acaba sofrendo acidentes do trabalho. Outro exemplo de atitude insegura é a negligência. Mas o que é negligência? Entendemos que negligência é o não cumprimento de um procedimento de segurança de forma rotineira. Como por exemplo: o trabalhador sabe que deve prender o cinto de segurança em linha de vida, mas não faz, ou sabe que deve atravessar na faixa de pedestre, mas confia que o operador de empilhadeira irá visualizá-lo e confia também que a empilhadeira está com os freios bons. Nessa Competência 03 33 circunstancias o acidente do trabalho acontece e a causa é atitude insegura por negligência do trabalhador. Figura 16 - Negligência – Cinto de Segurança Solto Fonte: http://segurancasaude.blog spot.com.br/2012/01/acidente-de- trabalho-e-negligencia-as.html> Descrição: nessa imagem você vê um trabalhador de construção civil em cima de uma escada de madeira que está apoiada em uma viga com formas de madeira. O trabalhador está com cinto de segurança, mas o cinto não está preso em nenhum ponto da estrutura ou linha de vida. Essa imagem representa atitude insegura por negligência. Como último exemplo de atitude insegura, temos a imperícia que está associada à falta de conhecimento, a falta de curso de capacitação ou treinamento. Se um trabalhador não foi treinado para realizar serviço em altura pode vir a cometer alguma falha por não ser perito no assunto, ou seja, por não conhecer os riscos da atividade. Competência 03 34 Figura 17 - Imperícia Fonte: http://www.portalpower.com.br/ humor/fotos-de-gambiarras/ Descrição: nessa imagem você tem um chuveiro amarrado com fios e com a parte elétrica emendada sem enclausuramento adequado. Essa imagem mostra uma atitude insegura por imperícia. 3.5 Condição insegura A condição insegura é quando o local de trabalho oferece um risco de acidente como ausência de guarda-corpo em periferias ou plataformas, óleo no chão, quinas vivas salientes oferecendo risco de corte, fiação exposta, etc. Figura 18 - Condição Insegura Fonte: http://seguranca2013.blogspot.com.br /2013/03/condicoes-inseguras- ou-de-riscos- x.html Descrição: nessa imagem você vê uma tábua servindo de rampa entre uma vala em construção civil. A rampa não possui guarda- corpo nem estabilidade precisa. A imagem representa condição insegura no local de trabalho. Competência 03 35 Na figura, você vê uma tábua servindo de passagem entre uma vala, uma condição insegura que contraria as recomendações da NR nº 18 que trata de Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho naIndústria da Construção. Nessa situação deveria ser construída uma rampa adequadamente fixa com guarda-corpo para evitar queda do trabalhador. 3.6 Fator pessoal de insegurança Essa causa está ligada aos fatores externos que podem influenciar no comportamento do trabalhador havendo assim um infortúnio laboral, ou acidente do trabalho. Os fatores externos pessoais de insegurança são: Fobias, nervosismo, utilização de medicamentos, insônia, depressão, irritabilidade. Se um trabalhador tem fobia de altura e vai realizar uma atividade em altura, existe uma grande probabilidade do mesmo sofrer um acidente ou incidente, haja vista que seu comportamento não é adequado para esse tipo de atividade em específico. Figura 19 - Fobia de Altura Fonte: http://hypescience.com/remedio- contra-medo-de-altura/ Descrição: nessa imagem você vê os pés de um trabalhador no último degrau de uma escada tipo marinheiro em altura, na parte externa de um edifício. Essa imagem mostra o fator pessoal de insegurança por medo de altura. Competência 03 36 3.7 Acidente de trajeto E o acidente de trajeto? É o acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de trabalho ou desta para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado. Para que o acidente de trajeto seja caracterizado, é necessário que o trabalhador esteja realmente no trajeto casa-trabalho e trabalho-casa a serviço da empresa. Esse tipo de acidente precisa ser tratado como acidente do trabalho seguindo todo o fluxo de registro de acidentes. Observe a imagem abaixo: Figura 20 - Acidente de Trajeto Fonte: http://www.protecao.com.br/noticias detalhe/J9jaAQyJ/pagina=5 Descrição: nessa imagem você vê um trabalhador em seu carro particular assustado e freando bruscamente para um caminhão que está logo a sua frente. O acidente de trajeto não é contabilizado nos custos dos acidentes do trabalho da empresa. Esse tipo de acidente é registrado para realização de campanhas de prevenção e acidentes que ocorre geralmente na SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho), sendo esse um evento anual nas empresas. Competência 03 37 3.8 Consequências do acidente O acidente do trabalho provoca desde lesão física, como perda na produtividade da empresa, danos financeiros diretos e indiretos, até danos psicológicos. Como primeira consequência, há a lesão no trabalhador. Em caso de perda de membro, existe a expressão “Dias Debitados”, ou seja, todo acidente do trabalho com perdas de membros resulta em dias debitados que é a indenização referente à perda de parte do corpo. Mas quanto vale cada parte do corpo? Segue a tabela da PORTARIA N° 33, DE 27 DE OUTUBRO DE 1983, (DOU de 31/10/83 – Seção 1 – Págs. 18.338 a 18.349). Figura 21 - Dias Debitados Fonte: https://www.legnet.com.br/sislegnet/integra/cliente-1/pais-1/un2335.htm Descrição: nessa imagem você tem uma tabela com as partes do corpo e os dias debitados para cada parte atingida em caso de acidente do trabalho. Competência 03 38 3.9 Doença ocupacional Temos também a doença do trabalho e a doença profissional que se equiparam a acidente do trabalho, ou seja, precisam seguir o fluxo de registro de acidentes. Qual a diferença entre doença do trabalho e doença profissional? A doença é tida como doença do trabalho quando adquirida, desencadeada ou agravada pelo ritmo ou processo de trabalho, como por exemplo: uma pessoa que trabalha o dia inteiro em pé sem minipausas durante a jornada de trabalho poderá desenvolver uma LER (Lesão por Esforço Repetitivo) ou uma DORT (Doença Osteomuscular Relacionada ao Trabalho). A doença profissional é aquela adquirida em determinadas profissões, como por exemplo, um soldador que executa suas atividades por muitos anos tem grande probabilidade de adquirir alguma doença pulmonar, ou seja, alguma pneumoconiose devido aos fumos metálicos originados na atividade. 3.10 Incapacidades laborais Diante dos acidentes do trabalho, temos as incapacidades laborais, como: Incapacidade Temporária Parcial: é quando o trabalhador sofre um acidente do trabalho sem afastamento. Incapacidade Temporária Total: é quando o trabalhador sofre um acidente do trabalho com afastamento, gerando dias perdidos, ou seja, gerando um coeficiente de gravidade. Incapacidade Permanente Parcial: é quando o trabalhador sofre uma lesão com perda parcial da sua capacidade para o trabalho, ou seja, sofre perda de um membro ou perda da atividade de alguma região do corpo, mas consegue desempenhar alguma atividade. Competência 03 39 Incapacidade Permanente Total: é quando o trabalhador sofre um acidente do trabalho que o deixa incapaz de retornar a sua atividade e a qualquer outra atividade, ou seja, não tem como ser reabilitado em outra função. Essas incapacidades geram um benefício ao trabalhador, como segue: Figura 22 - Auxílio Doença Fonte: arquivo pessoal Descrição: nessa imagem você tem uma tabela onde consta o benefício Auxílio Doença, beneficiários, condições para concessão, data de início, data da cessação e valor do benefício. O auxílio doença também é conhecido como benefício B-91 e o trabalhador que estiver afastado por mais de 15 (quinze) dias de suas atividades laborais devido a um acidente do trabalho receberá o seu salário através da previdência social, sendo esse valor de 91% do salário de benefício. Ao se Benefícios Beneficiários Condições para Concessão Data de Início Data da Cessacão Valor A u xí lio D o en ça A ci d en ta d o d o t ra b al h o Afastamento do trabalho por incapacidade laborativa temporária por acidente do trabalho 15° dia de afastam ento • morte; • concessão de auxílio-acidente ou aposentadoria • cessação da incapacidade; • alta médica; • volta ao trabalho. 91% do salário de benefício Competência 03 40 afastar por mais de 30 (trinta) dias, o acidentado deverá agendar a perícia médica junto ao INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) para que o seu benefício seja garantido. Segue quadro referente à aposentadoria por invalidez: Figura 23 - Aposentadoria por Invalidez Fonte: arquivo pessoal Descrição: nessa imagem você tem uma tabela onde consta o benefício aposentadoria por invalidez, os beneficiários, condições para concessão, data de início, data da cessação e valor do benefício. O trabalhador vítima de acidente do trabalho só será aposentado por invalidez quando não houver mais capacidade para o trabalho, ou seja, quando a reabilitação for inviável ou impossível, dessa forma, a aposentadoria é devida à vítima de acidente com incapacidade permanente total para o trabalho. Outro benefício previdenciário é o auxílio acidente. Observe a tabela que segue: Benefícios Beneficiários Condições para Concessão Data de Inicio Data da Cessacão Valor A p o se n ta d o ri a p o r in va lid ez A ci d en ta d o d o t ra b al h o Afastamento do trabalho por invalidez acidentária No dia em que o auxílio- doença teria início. • morte; • cessação da invalidez; • volta ao trabalho. 100% do saláriode benefício Competência 03 41 Figura 24: Auxílio Acidente Fonte: arquivo pessoal Descrição: nessa imagem você tem uma tabela com o benefício Auxílio Acidente, os beneficiários, condições para concessão, data de início, data da cessação e valor do benefício. O auxilio acidente é devido ao trabalhador vítima de acidente com lesão permanente parcial, ou seja, é um beneficio devido ao trabalhador que sofreu redução permanente parcial da sua capacidade para o trabalho como uma perda de membros ou perda de função orgânica que, mesmo não o habilitando para a função que antes desempenhava, não impede que o acidentado desenvolva outra atividade. Esse trabalhador deverá receber além do seu salário pelo serviço prestado, o adicional de 50% do salário de beneficio referente à sua incapacidade permanente parcial para o trabalho. E, por último temos a pensão por morte que é devida ao cônjuge e aos filhos. Observe a tabela: Benefícios Beneficiários Condições para Concessão Data de Início Data da Cessacão Valor A u xí lio A ci d en te A ci d en ta d o d o t ra b al h o da capacidade laborativa por lesão acidentária. Redução No dia seguinte a cessaçã o do auxílio- doença. • • • Conc essão de aposentador ia; • Óbito . 50% do salário de benefí cio. Competência 03 42 Figura 25 - Pensão por Morte Fonte: arquivo pessoal Descrição: nessa imagem você tem uma tabela com o benefício “pensão”, beneficiários, condições para concessão, data de início, data da cessação e valor do benefício. 3.11 Cálculos estatísticos Caro estudante, Até agora vimos que os acidentes do trabalho podem gerar perda de membros dos trabalhadores, o que resulta em DIAS DEBITADOS, bem como dias perdidos. Isso gera o cálculo de TEMPO COMPUTADO. Para a quantidade de acidentes que ocorre em determinado período, como em um mês qualquer, temos o COEFICIENTE DE FREQUÊNCIA ou TAXA DE FREQUÊNCIA cujo cálculo é feito pela fórmula seguinte: CF = Quantidade de Acidentes do Mês x 1.000.000 / HHT, onde HHT é a quantidade de Homens- Horas-Trabalhadas. Benefícios Beneficiários Condições para Concessão Data de Inicio Data da Cessacão Valor P e n sã o D ep en d en te s D o A ci d en ta d o D o Tr ab al h o Morte Por Acidente Do Trabalho. Na Data Do Óbito; Ou Na Data Da Entrada Do Requerimento, Quando Requerida Após 30 Dias Do Óbito. Morte Do Dependente; Cessação Da Qualidade De Dependente. 50% Do Salário De Benefício Ao Cônjuge E 10% Do Salário De Benefício Para Cada Filho. Competência 03 43 A quantidade de HHT é facilmente coletada no departamento responsável pela folha de pagamento dos trabalhadores, pois o cálculo dos salários é realizado diante da quantidade de pessoas e a quantidade de horas que cada um produziu na empresa. Observe o exemplo: Se em um determinado mês houve 4 acidentes do trabalho e em outro mês houve 2 acidentes do trabalho com uma HHT de 44.000, qual o coeficiente de frequência nesses meses? No primeiro caso, temos: CF = 4 x 1.000.000/44.000 = 90,90 No segundo caso, temos: CF = 2 x 1.000.000/44.000 = 45,45 Logo, a quantidade de acidentes do trabalho reduziu na segunda situação. Temos também o COEFICIENTE DE GRAVIDADE ou TAXA DE GRAVIDADE, que é calculada para todo acidente do trabalho COM AFASTAMENTO. O cálculo deve seguir a seguinte fórmula: Competência 03 44 Figura 26 - Taxa de Gravidade Fonte: http://seguranca-trabalho.webnode.com.br/taxa-de-frequencia-e-gravidade-ceuma/ Descrição: nessa imagem você tem fórmula da Taxa de Gravidade dos Acidentes do Trabalho. Nesse caso, o tempo computado é a soma dos dias perdidos com dias debitados. Observe o exemplo abaixo: Em um determinado mês houve um acidente do trabalho com 90 dias perdidos referente à perda do dedo polegar de um determinado trabalhador. Nesse mês, houve uma HHT de 44.000. Qual o coeficiente de gravidade? CG = (Dias Perdidos+Dias Debitados) x 1.000.000 / HHT CG = (90+600) x 1.000.000 / 44.000 CG = 15.681, 81 Encerramos os conteúdos desta terceira competência. Por isso, gostaria que você, agora, assistisse à videoaula e mantivesse bastante atenção à atividade semanal e à aula-atividade. Vamos continuar estudando! Competência 03 45 Conclusão Caro estudante, iniciamos nosso módulo estudando sobre a importância do trabalho em equipe para a busca da melhoria contínua no local de trabalho, conforme demonstrado no ciclo do PDCA. Em seguida, estudamos sobre os perfis de liderança importantes para uma boa gestão de saúde e segurança do trabalho e, agora, finalizamos com o estudo estatístico dos acidentes do trabalho através do cálculo das taxas de frequência e taxas de gravidade dos acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. Encerramos nosso módulo reiterando que uma boa gestão de saúde e segurança do trabalho requer mais que coeficiente de inteligência e técnica. Ela requer do gestor a melhora contínua do processo e o aprimoramento dos perfis de liderança que devem ser manifestados através da inteligência emocional a fim de que acidentes do trabalho e doenças ocupacionais não aconteçam no ambiente laboral. Bons estudos! 46 Referências ANOVAECONOMIA. 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Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/administracao-e-negocios/estilos-de-lideranca- autocratica-democratica-e-liberal/52800/> Acesso em 10 de Ago de 2013. NBR 14.280 – Disponível em: < http://pt.scribd.com/doc/7840295/Nbr14280-Cadastro-de- Acidentes-Do-Trabalho> Acesso em 10 de Ago de 2013. OLIVEIRA, Robson Aparecido de. Afinal, o que é motivação? Disponível em: <http://www.portaleducacao.com.br/recursos-humanos/artigos/24801/Afinal -o-que-e-motivacao> Acesso em 10 de Ago de 2013. PORTALPOWER. Figura 17 Imperícia. Disponível em: <http://www.portalpower.com.br/humor/fotos-de-gambiarras/> Acesso em 25 de Jan 2015. PREVIDÊNCIA. CAT Eletrônica. Disponível em: <http://www.previdencia.gov.br/forms/formularios/form001.html> Acesso em 25 de Jan 2015. PROTECAO. Figura 20 Acidente de Trajeto. Disponível em: <http://www.protecao.com.br/noticiasdetalhe/J9jaAQyJ/pagina=5> Acesso em 25 de Jan 2015. ROMUALDO, Jenifer Soares. Trabalho em equipe – juntos somos melhores do que sozinhos. Disponível em: < http://www.portaleducacao.com.br/administracao/artigos/10105/trabalho-em- equipe-juntos-somos-muito-melhores-do-que-sozinhos > Acesso em 10 de Ago de 2013. SEGURANÇA-TRABALHO. Figura 26 Taxa de Gravidade. Disponível em: <http://seguranca- trabalho.webnode.com.br/taxa-de-frequencia-e-gravidade-ceuma/> Acesso em 25 de Jan 2015. SEGURANCASAUDE. Figura 15 Atitude Insegura. Disponível em: http://segurancasaude.blogspot.com.br/2012/03/voce-e-uma-pessoa-insegura-na-sua-vida.html Acesso em 25 de Jan 2015. 49 SEGURANCA2013. Figura 18 Condição Insegura. Disponível em: http://seguranca2013.blogspot.com.br/2013/03/condicoes-inseguras-ou-de-riscos-x.html Acesso em 25 de Jan 2015. SEGURANCASAUDE. Figura 16 Negligência. Disponível em: <http://segurancasaude.blogspot.com.br/2012/01/acidente-de-trabalho-e-negligencia-as.html> Acesso em 25 de Jan 2015. SOBREQSMS. Figura 3 Risco Ergonômico. Disponível em: < http://sobreqsms.blogspot.com.br/2014/06/doencas-ocupacionais.html> Acesso em 25 de Jan 2015. VICENTEMANERA. Figura 1 Gestão com Chefia. Disponível em: <http://vicentemanera.com/2010/03/> Acesso em 25 de Jan 2015. VIDAPLENAEBEMESTAR. Figura 9 Autocontrole. Disponível em: <http://www.vidaplenaebemestar.com.br/consciencia/mudanca/e-possivel-treinar-o-autocontrole- e-diminuir-a-agressividade> Acesso em 25 de Jan 2015. 50 Currículo do Professor Olá! Eu sou Zilmara Peixoto Nakai. Sou Especialista em Educação Ambiental, pela Fafire, Licenciada em Biologia pela UFPE e Técnica em Segurança do Trabalho pelo CEFET/PE. Há 15 anos atuo como Técnica em Segurança do Trabalho. Já trabalhei em empresa de montagem industrial, em construção civil, em consultoria de segurança do trabalho, em hospital e hoje trabalho no Grupo Pão de Açúcar. Ao mesmo tempo, tenho desenvolvido atividades de docência em Biologia e nas diversas disciplinas do Curso Técnico de Segurança do Trabalho. Já lecionei no Centro de Ciências do Nordeste (CECINE, da UFPE), na Escola de Enfermagem Irmã Dulce e na Escola Técnica Regional. Hoje leciono no Colégio e Curso Especial, na Escola Almirante Soares Dutra e na Educação à distância. Espero compartilhar com vocês o que tenho estudado e praticado nessa profissão. Um grande abraço!
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