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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - MENEZES CÔRTES 
DIREITO CIVIL II – 4º PERÍODO – TURNO: manhã 
SEMANA 06
Caso Concreto 01:
a) Bernardo deve 1.000 reais a Antônio – art. 314 CC. 
b) Se a obrigação fosse indivisível, ou seja, se os devedores tivessem de entregar um carro aos credores, no valor de 4.000 reais, considerando as remissões mencionadas na letra a teríamos que aplicar o art. 262 do CC. Este dispositivo esclarece que, numa obrigação indivisível, quando um dos credores perdoa a dívida, a presunção é de que esse perdão só alcançou a sua própria cota, o que significa que o credor, o qual, no ato do recebimento, terá que entregar a coisa ao outro credor, o qual, no ato do recebimento, terá que indenizar o devedor pelo valor da cota perdoada.
Considerando a regra, se Antônio perdoou Erasmo, presume-se que esse perdão só alcançou a cota devida por Erasmo, no equivalente a 1.000 reais, mas Erasmo continua devedor do carro a Francisco, podendo exigir deste sujeito, no ato da entrega, o valor perdoado. Da mesma forma, se Francisco perdoou César e David, presume-se que esse perdão alcançou o equivalente a 1.000 reais devidos pelo César e 1.000 devidos pelo David, mas estes dois devedores continuam vinculados ao credor Antonio, podendo, contudo, exigir do Antonio uma indenização de 2.000 (1.000 para cada), no ato de entrega do carro. Isso quer dizer que as remissões concedidas não eximiram os devedores da entrega do automóvel, mas neste momento os devedores remitidos podem exigir dos credores o equivalente a 3.000 reais (1.000 para cada), com exceção de Bernardo que não foi perdoado. 
Ou seja, se os 4 devedores devessem o carro, no equivalente a 4 mil reais aos 2 credores, considerando as remissões feitas, Erasmo remitido por Antônio, ainda teria que entregar o carro a Francisco, podendo exigir dele, entretanto, a sua cota perdoada. Da mesma forma, César e David remitidos por Francisco ainda deveriam entregar o carro a Antonio, podendo exigir dele, entretanto, o valor equivalente a 2 cotas perdoadas. Isso implica concluir que as remissões feitas não eximem os devedores da responsabilidade pela entrega do veículo, mas no ato do cumprimento da obrigação os devedores podem exigir o equivalente a 3 mil reais.
c) Se a obrigação fosse indivisível, com os devedores obrigados pela entrega do carro, e esse bem tivesse perecido por culpa de todos, a obrigação se resolveria em perdas e danos, e passaria a ser divisível, de maneira que cada devedor só se responsabilizaria por uma cota (uma cota do valor do carro e uma cota das perdas e danos) art 263 do CC, parágrafo 1º.
Ou seja, ainda considerando a obrigação como indivisível, se o bem vem a perecer por culpa de todos, aplica-se o art. 263, caput e §1º CC, de forma que, a obrigação deixa de ser indivisível e se transformando numa obrigação divisível e cada devedor só pode ser cobrado por uma cota igual a dos demais (1 cota equivalente a coisa e mais perdas e danos) no valor de R$1.500,00 (= 4.000 + 2.000 = 6.000 / 4).
Caso Concreto 02:
a) Sim, obrigação indivisível e de restituir.
b) A obrigação era indivisível, se transformará em divisível, de maneira que cada devedor se responsabilizará por 65.000 e mais a metade das perdas e danos arbitrados, pois a culpa foi dos dois (263, parágrafo 1º).
Ou seja, a obrigação era indivisível, se transforma em uma obrigação divisível e considerando que a culpa foi de ambos, cada um deve 65 mil pelo equivalente ao cavalo e mais uma cota de perdas e danos (art. 263 caput e §1º CC). OBS.: caso Vanderlei não consiga pagar, o credor assume. 
c) Nesse caso aplica-se a regra “res perit dominus”, ou seja, a coisa perece para o dono, o que significa que o credor não poderia exigir nada dos devedores (art. 238 CC).
d) Se o cavalo tivesse dois donos, considerando o perecimento do bem por culpa recíproca, um dos devedores pagaria a sua cota devida a apenas 1 dos credores, e o outro devedor agiria da mesma forma.
Ou seja, havendo mais de um dono, um dos devedores pagaria a sua cota na dívida para um dos credores, e o outro agiria da mesma forma.
Questão Objetiva 01: Letra ( D. art. 252 do CC.
Questão Objetiva 02: Letra ( D
Questão Objetiva 03: Letras ( E (tem que haver unanimidade – art. 252 CC), C (disjuntiva é separada, alternativas, para alguns autores. OBS.: cumulativa é conjuntiva, todas) e C ( concentração de débito, prestação deixa de ser composta e passa a ser simples , coisa certa).

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