Buscar

Obrigações de Dar e Restituir

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Obrigação de dar
● Obrigação de dar são obrigações positivas pois exigem uma atividade do devedor para que a
obrigação seja cumprida
● A obrigação de dar pode ser
1. Entregar: transferir a posse/domínio
2. restituir: é aquele que tem em sua posse, um bem alheio, de um terceiro
3. pagar: obrigação de pagar um valor (juros multa, perdas e danos…)
Obrigaçã� d� da� cois� ce�t�
● Coisa certa: objeto determinado, está definido pela quantidade, espécie e qualidade
● Ex: João assumiu a obrigação de entregar (dar) para Maria 1.000 (quantidade) de camisas
(espécie) algodão branco, manga longa marca delta, ref. 77 (qualidade)
● Princípio da identidade (313 C.C): o devedor/credor não pode obrigar o credor/devedor a
aceitar/entregar coisa diversa da devida ainda que de maior ou menor valor
Tradiçã�
● Tradição como transferência da propriedade: no Brasil o contrato tem natureza pessoal (só
cria direitos e obrigações; NÃO transfere a propriedade). Aqui no Brasil a propriedade é
transferida com a tradição (entrega para bens móveis e registro para bens imóveis)
● Até a tradição a coisa pertence ao devedor, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos
quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não quiser, poderá o devedor resolver a
obrigação (237 CC) ex:se antes da tradição algumas vacas deram a luz a bezerros, o devedor pode
pedir um preço maior por causa do aumento no número de animais e se o credor recusar ou ele
extingue o contrato ou…
Benfeitoria� � acessóri��
● Princípio da gravitação jurídica: a obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela
embora não mencionados (ex: a obrigação de entregar o carro se estende para o rádio embutido)
art. 233
● Na obrigação de restituir se houver melhoramento ou acréscimo à coisa, sem despesa ou
trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de indenização.
● Com despesa do devedor: se para o melhoramento, ou aumento, empregou o devedor trabalho ou
dispêndio, o possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis que
fez e de retenção do bem principal, não sendo obrigado a devolvê-lo até que seu crédito, referente
a tais benfeitorias, seja satisfeito. Já ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as
benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de
levantar as voluptuárias (Art. 241, 242, 1.219 e 1.220)
Pereciment� � deterioraçã� na� obri�. d� entrega�
● Perecimento (perda total das qualidades essenciais) e deterioração (perda parcial):
★ res perit domino: a coisa perece para o dono
★ sem culpa: não tem indenização por perdas e danos
★ com culpa: tem indenização por perdas e danos
● Perecimento antes da tradição sem culpa do devedor (234, 1ª parte, C.C): se, no caso da coisa
se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva (negócio
jurídico está submetido a um evento futuro e incerto), fica resolvida a obrigação para ambas as
partes
● Perecimento antes da tradição com culpa do devedor (234, 2ª parte, C.C): se a perda resultar
de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos (ressarcir e indenizar)
★ ex: joão ao dirigir embriagado (culpa) bateu o carro tendo PT antes de entregar o carro para
Maria, nesse caso João será obrigado a dar o valor do veículo para Maria e, se for caso, mais
perdas e danos sofridos por maria
● Deterioração antes da tradição sem culpa do devedor (235, C.C) o credor pode não aceitar a
coisa com qualidade diversa ou aceitar com abatimento proporcional no preço. A escolha é do credor
● Deterioração antes da tradição com culpa do devedor (236, C.C): o credor pode não aceitar a
coisa e receber o equivalente + perdas e danos ou pode aceitar a coisa deteriorada +valor da
depreciação + perdas e danos
Pereciment� � deterioraçã� na� obri�. d� restitui�
● perecimento antes da restituição sem culpa do devedor (238, C.C): credor sofrerá a perda e
resolve- se a obrigação, não tendo mais o devedor a obrigação de devolver esse bem, mas o credor
tem ressalvados os seus direitos até o dia da perda
★ ex: em um contrato de aluguel de carro o carro perece sem culpa do devedor, este não terá
ogrigação de restituir o carro, mas o Credor terá seus direitos assegurados até o dia da
perda do carro, ou seja, tem direito de receber o aluguel pelos dias que o devedor utilizou o
carro até ele perecer
● Perecimento antes da restituição c/ culpa do devedor (239,C.C): o credor terá direito de
receber o valor equivalente do bem+ perdas e danos
● Deterioração antes da restituição s/ culpa do devedor (240, 1ª parte, C.C): o credor deverá
receber a coisa no estado em que se encontra e não terá direito a indenização (perdas e danos)
● deterioração antes da restituição c/ culpa do devedor (240, 2ª parte, C.C): credor pode
escolher entre receber o equivalente em dinheiro + perdas e danos ou receber a coisa no estado em
que se encontra + perdas e danos
Obrigaçã� d� da� cois� ince�t�
● Coisa incerta: objeto determinável, está definido só pela quantidade e gênero
★ ex: João assumiu a obrigação de dar 1.000 (quantidade) canetas (espécie), mas não está
definida a qualidade: azul? marca? ponta fina?
● Coisa incerta (relativamente indeterminada: espécie e quantidade) x coisa futura (é aquele coisa
certa ou incerta que não existe no momento da celebração do contrato)
● O estado de indeterminação é provisório, pq alguém vai ter que escolher a qualidade da coisa.
● Escolha (244,C.C): é o ato de indicar a qualidade da coisa
➔ de regra, quem escolhe é o devedor; para a escolha ser do credor ou de um terceiro tem
que ter previsão expressa no contrato ou acabado o prazo de escolha do credor
➔ critério da escolha: é a qualidade intermediária, não sendo obrigado a aceitar coisa pior
ou obrigado a entregar coisa melhor
● Concentração (245, C.C): é o ato da escolha da coisa a ser entregue ao credor a partir da
comunicação da escolha para a parte contrária; a coisa passa a ser CERTA.
● Gênero Ilimitado (246, C.C): o devedor não pode alegar perda ou deterioração da coisa incerta
antes da escolha (concentração) pq não se sabe o que vai ser entregue ao Credor, não podendo
alegar deterioração ou perda de uma coisa genérica
★ ex: A empresa C pagou para João a quantia de 4.000kg de gado bovino vivo ou abatido
(gênero), João não pode alegar perecimento da coisa para se eximir de entregar esta, pq não
foi estipulado uma qualidade então ele pode encontrar esses 4.000kg em outros lugares
● Gênero Limitado: quando a qualidade é escolhida e a coisa se acha em determinado local ou
construída em uma determinada época. O perecimento extingue a obrigação.
★ ex: joão se comprometeu a entregar o gado de uma determinada fazenda, mas a fazenda pegou fogo e
todo o gado morreu
Obrigação de Fazer
● Do Ar. 247 a 251 do CC
● Definição de fazer: abrangem o serviço humano em geral, seja material ou imaterial (intelectual).
As prestações consistem em atos ou serviços determinados pela quantidade, gênero, tempo e os
atos a serem realizados pelo devedor com o resultado em favor do credor.
● Prestação de coisa (obrig de dar) x prestação de fato (obrig de fazer)
● Diferença da obrigação de dar para obrigação de fazer: se o devedor antes de entregar a
coisa precisar previamente confeccioná-la a obrigação é de fazer, pois a entrega é uma
consequência lógica do fazer, do contrário, a obrigação é de dar.
● Modalidades:
1. Obrigaçã� d� faze� infungíve� (pe�sonalíssim�):
➞ Interesse do credor recai nas qualidades pessoais do devedor; o devedor não pode ser
substituído por um terceiros. A infungibilidade pode ser expressa ou tácita (resulta das qualidades
pessoais do devedor)
➞ Art. 247, C.C. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a
prestação a ele só imposta, ou só por ele exequível.
➞ Inadimplemento das obrigações infungíveis
★ sem culpa do devedor: não podemos chamar de inadimplemento e sim de impossibilidade de
cumprir a prestação; resolve-see extingue a obrigação sem perdas e danos.
★ Com culpa do devedor: inadimplemento. As perdas e danos são a última opção, uma vez que o
credor pode exigir judicialmente que o devedor execute a prestação sob pena de multa
diária. Se o devedor mesmo com fixação de multa diária não cumpre a prestação, só resta ao
credor exigir perdas e danos.
2. Obrigaçã� d� faze� fungíve� (materia�/impessoa�):
➞ Interesse do credor recai no resultado; o devedor pode ser substituído por um terceiro pq as
qualidades pessoais do devedor não são relevantes
➞ Inadimplemento das obrig de fazer fungíveis (o devedor pode ser substituído)
★ Sem urgência: o terceiro que irá realizar o serviço no lugar do devedor deverá ser
autorizado judicialmente.
★ Com urgência: o credor poderá, independentemente de autorização judicial, executar ou
mandar executar o ato para depois ser ressarcido. (249, parágrafo único, CPC). Trata-se do
caso de autotutela, auto-executoriedade.
Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor,
havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível.
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou
mandar executar o fato, sendo depois ressarcido.
Obrigação de Não Fazer
● Obrigação negativa pois o Devedor tem a obrigação de se abster, tolerar ou permitir algo (ex:
obrigação de um funcionário de não revelar os segredos da empresa)
● São consideradas ilícitas as convenções de não fazer que atentam contra os direitos
fundamentais do devedor, bem como aquelas que exigem sacrifício excessivo da liberdade do
devedor e são absolutas (ex: não casar, não trabalhar, não namorar, não sair à rua). Já
aquelas prestações que limitam a liberdade do devedor em caráter relativo são lícitas.
● Espécies da obrigação de não fazer:
1. Instantâneas: são aquelas que descumpridas uma única vez é impossível o seu desfazimento,
ou seja, reconduzir as partes ao estado originário (ex: divulgação de um segredo industrial)
2. Permanentes: são aquelas que uma vez descumpridas, admitem a restituição das partes ao
estado originário (ex: obrigação de não jogar lixo em determinado terreno)
● Inadimplemento
★ Sem urgência: o terceiro que irá desfazer o ato precisa de uma ordem judicial.
★ Com urgência: o terceiro que irá desfazer o ato não precisa de uma ordem judicial prévia.
Autotutela.
Art. 251, C.C. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigará, o credor pode exigir dele que o desfaça,
sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos.
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de
autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido.
● Quando essa Obrigação se torna impossível:
★ Sem culpa: Extingue-se a obrigação de não fazer se lhe torne impossível abster-se do ato, que
se obrigou a não praticar (Art. 250)
OBRIGAÇÃO CUMULATIVA OU CONJUNTIVA
● Obrigação composta com 2 ou + objetos (da, fazer, não
fazer) ligados pela partícula “E”
● Adimplemento: todas as obrigações/prestações devem
ser cumpridas para que se extinga a obrigação.
● É necessário que o título (instrumento contratual) seja o
mesmo, e que fato jurídico seja único.
● O interesse do credor está no conjunto
OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA OU DISJUNTIVA
● Obrigação composta com 2 ou + objetos ligados pela conjunção “OU”, podendo ser de natureza de
dar, fazer ou não fazer
● Concentração: é a comunicação da escolha para a outra parte e o momento em que a obrigação
alternativa se torna simples (com um único objeto)
● No início é relativamente indeterminada, mas se determina antes ou simultaneamente a execução
do vínculo obrigacional
● Há apenas um vínculo obrigacional e pluralidade de prestações previstas
● Adimplemento: o devedor libera-se da obrigação assumida cumprindo quaisquer uma das
obrigações previstas
● Obrig. de dar coisa incerta X Obrig. alternativa: ambas possuem um estado de
indeterminação só que a incerteza na coisa incerta é na qualidade e na alternativa recai nos objetos
● Obrig. alternativa X Obrig. facultativa: enquanto na alternativa há pluralidade de prestações
que posteriormente são concentradas, nas facultativas, há apenas uma prestação (obrigação
simples) com a convenção de que o devedor libera-se do vínculo, executando ato diverso
Escolh�
★ De regra, se o contrato for omisso, quem escolhe é o devedor, para a escolha ser de
outra pessoa deve ter uma disposição externa nesse sentido (art. 252 CC)
★ Uma vez efetuada a escolha, a obrigação concentra-se. A escolha é definitiva e
irrevogável, exceto se as partes houverem convencionado a possibilidade de retratação
★ Indivisibilidade do pagamento: Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em
uma prestação e parte em outra, limite da escolha, uma prestação exclui a outra
➞ Ex: Uma seguradora não pode obrigar o segurado a receber um veículo mais simples do que o
acordado na apólice completando a diferença em dinheiro ou ele entrega o veículo ou o equivalente
em dinheiro. A escolha pode ser deixada para o momento da execução da obrigação.
➞ Ex2: Se João obrigou-se a entregar 100 kg de feijão ou 100kg de milho, ele não pode entregar
50kg de cada
★ Prestações periódicas: se tratando de prestações periódicas, a escolha poderá ser exercida
em cada período (durante 12 meses 100 sacas de café A ou 100 sacas de milho B)
➞ João obrigou-se a entregar semanalmente frutas ou sanduíches a uma creche, como a entrega é
semanal toda semana João poderá escolher se irá entregar frutas ou sanduíches
★ No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz,
findo o prazo por este assinado para a deliberação.
★ Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao
juiz a escolha se não houver acordo entre as partes
➞ Três agricultores compraram uma fazenda de Rafael. Constava no contrato que os 3 agricultores
deveriam pagar a quantia de R$300.000 em espécie ou o equivalente em madeira. Se os agricultores
não entrarem em um acordo unânime será o Juiz que decidirá o que deverá ser entregue a Rafael
para que a obrigação seja cumprida = R$ 300.000 ou o equivalente em madeira
Imp�ssibilidad� d� prestaçã�: inexequíve�
● originária: é aquela que já nasce com a obrigação. Se são 2 prestações e uma delas é
originariamente impossível, na verdade a obrigação sempre foi simples, pois para que uma obrigação
seja alternativa é necessário que em algum momento após o nascimento da obrigação tenha existido
a opção de exercer a escolha.
● superveniente: é aquela que acontece após a criação da obrigação.
● material: é aquela que resulta das leis físicas (perecimento e deterioração)
● jurídica: é aquela que resulta de uma vedação legal. Se uma prestação for juridicamente
impossível, toda a obrigação será nula.
Imp�ssibilidad� materia� � supervenient� d� prestaçã�
● Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexeqüível,
subsistirá o débito quanto à outra.(253, C,C)
● Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a
obrigação.(256, C.C)
● Se uma das duas prestações se torna inexequível com culpa do devedor (255, C.C)
★ Escolha do credor: Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se
impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o
valor da outra, com perdas e danos;
★ Escolha do devedor: como a escolha é do devedor não haverá perdas e danos
● Se todas as prestações se tornarem inexequíveis com culpa do devedor (255 e 254 C.C)
★ Escolha do credor: ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá o credor
reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos
➞ ex: Sendo a escolha de Rafael (credor) ele poderá exigir o valor de qualquer um dos três bois
★ Escolha do devedor: ficará obrigado a pagar ovalor da que por último se impossibilitou, mais
as perdas e danos.
➞ ex:João obrigou a entregar para Rafael qualquer um dos seus três bois que venceram os últimos
rodeios. João em virtude do divorcio e não querer dividir sua fortuna com a esposa sacrificou todos
os seus bois. Dessa forma João deverá pagar o valor equivalente a último boi que foi sacrificado +
perdas e danos sofridos por Rafael (se houver)
Obrigação facultativa
● Só uma prestação é devida logo sua inexequibilidade, sem ato imputável ao devedor, extingue a
obrigação
● Se houver culpa ou dolo do devedor não poderá este se beneficiar de sua própria torpeza, de
maneira que, neste caso, o credor poderá tanto exigir o equivalente à prestação principal acumulada
com perdas e danos como também o cumprimento da prestação facultativa. A inexequibilidade da
prestação facultativa não traz qualquer alteração à prestação principal. Neste caso, há tão somente
a perda do devedor da opção de solver a obrigação por meio da prestação facultativa
● A faculdade substituição é exclusiva do devedor
● Faculdade do devedor de substituir a prestação devida (principal) por uma prestação diversa da
devida e predeterminada na lei ou no contrato.
Ex: Art. 1.233. Quem quer que ache coisa alheia perdida há de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor.
Parágrafo único. Não o conhecendo, o descobridor fará por encontrá-lo, e, se não o encontrar, entregará a
coisa achada à autoridade competente.
Art. 1.234. Aquele que restituir a coisa achada, nos termos do artigo antecedente, terá direito a uma
recompensa não inferior a cinco por cento do seu valor, e à indenização pelas despesas que houver feito com a
conservação e transporte da coisa, se o dono não preferir abandoná-la.
● Prestação devida X Prestação facultativa
★ Pelas lentes do devedor: o devedor pode se exonerar da obrigação cumprindo a prestação
devida ou a facultativa. Para o devedor esta obrigação é alternativa
★ Pelas lentes do credor: a única prestação que o credor pode exigir do devedor é a devida,
juridicamente não existe a prestação facultativa para o credor. Para o credor esta obrigação
é simples
● Impossibilidade da prestação devida
★ Originária: a obrigação será nula
★ Superveniente: sem culpa do devedor a obrigação se extingue sem perdas e danos e com
culpa do devedor, este deve cumprir a obrigação com a execução da prestação facultativa,
sem perdas e danos porque a escolha é do devedor
● Ex 2: Pegar um livro na biblioteca trata-se de uma obrigação facultativa. Isso porque, o
devedor pode entregar o livro ou pagar um valor prefixado, extinguindo a obrigação em
ambos os casos
obrigação divisível e indivisível
● Obrigação composta por multiplicidade de sujeitos
● Há interesse jurídico se o ben é indivisível ou divisível quando há multiplicidade de sujeitos
● Bens divisíveis: a prestação pode se cumpida de forma parcial pq podemos dividir esse bem, sem
perda de valor, utilidade e substância (ex: uma pessoa me deve 10.000 reais, ai vai me pagar em 10
parcelas de 1.000 reais; dividir 1kg de feijão em dois potes)
● Bens indivisíveis: bens que não podem ser divididos pq a divisão acarreta alteração na
substância, diminuição do valor ou prejuízo da utilidade (ex: se eu cortar um celular ao meio ele vai
perder a sua utilidade, substância e seu valor)
★ A indivisibilidade pode ser determinada por convenção expressa das partes ou mesmo,
tacitamente, quando as circunstância indicarem que essa tenha sido a intenção das partes
★ Origens: da lei (aquela que naturalmente seria divisível, mas a lei determinou que não é, ex:
dívida alimentícia); da natureza (carro); da vontade das partes (a prestação por vontade das
partes terá de ser cumprida de forma integral, transforma um bem naturalmente divisível
em indivivisível); judicial (indivisibilidade decorrente de decisão judicial)
● Consequências jurídica da divisibilidade (257, CC)
★ Cada devedor só deve a sua cota parte e cada credor só tem direito a exigir a sua
cota parte, e em regra a obrigação é distinta e dividida em partes iguais
➞ Ex com 2 credores e devedores: Em um contrato consta que joão e pedro (devedores) devem R$
20.000 para Maria e Ana (credores) Como é uma obrigação divisível, segundo o artigo 257 do CC
devemos dividir a obrigação em partes iguais. Como são dois devedores cada um deve pagar a
quantia de r$ 10.000 e como são dois credores cada um deve receber a quantia de r$ 10.000
➞ Se Maria resolver cobrar a dívida apenas de João, Maria somente poderá cobrar R $5000 pois
como as obrigações são distintas os outros 5.000 que João deve cabem a Ana. Se João resolver
pagar os r$ 10000 para Maria e a Ana, João terá quitado a sua dívida mesmo que Pedro não pague a
parte dele pois as obrigações de João Pedro São distintas
★ A insolvência de um dos devedores não onera os demais devedores: na hipótese de
insolvência de um dos codevedores é o credor quem arca com a perda decorrente do mau
estado financeiro daquele, dado que não poderá exigir a integralidade da dívida de qualquer
um dos demais devedores
★ O pagamento da dívida integral a um dos credores não isenta o devedor de pagar a
cota parte dos demais credores, o credor que recebeu tudo ou paga a parte do outro
credor ou devolve a diferença que recebeu da sua obrigação, se não configura
enriquecimento ilícito
★ Suspensão e interrupção da prescrição é PESSOAL, não se comunica aos demais devedores
ou credores
➞ Ex: Maria deve R$ 30.000 para João Pedro e Rafael Se João perdoar dívida de Maria ele só
estará perdoando a sua parte da prestação (r$ 10.000)
★ Na perda ou deterioração do objeto de obrigação divisível, por culpa de todos os devedores
todos responderam pro rata pelos prejuízos causados ao credor
★ Mas havendo culpa de apenas um dos devedores, este responderá integralmente pelas perdas
e danos causados ao credor independente de se tratar de obrigação divisível ou não
● Consequências jurídicas da Indivisibilidade
★ A interrupção contra um dos sujeitos passivos atinge a todos os demais
★ Perda da indivisibilidade: quem torna a obrigação indivisível é o objeto da prestação, logo se
a obrigação for convertida em perdas e danos ($$$$) deixa de ser indivisível. Quando a
obrigação perde a qualidade de indivisível, os devedores serão responsáveis pelo pagamento
da sua quota parte na obrigação + Perdas e Danos se houver (culpa de todos os devedores)
★ Se a culpa na deterioração ou perecimento for de um único devedor só este pagará perdas e
danos ao credor e os que não tiveram culpa só serão responsáveis pelo pagamento da sua
quota parte na obrigação
★ Na perda ou deterioração do objeto de obrigação indivisível, o credor poderá exigir
integralmente o prejuízo de apenas um dos codevedores e este deverá buscar
ressarcimento dos demais.
★ Pluralidade de devedores: (art. 259 C.C)
a) Dívida inteira/totalidade: se a prestação não for divisível, cada devedor será obrigado pela dívida toda
➞ ex: João e Pedro por força de um contrato são obrigados a dar um carro no valor de r$ 50.000
para Maria, Como um carro é indivisível tanto João quanto Pedro são 100% responsáveis por dar o
carro para Maria
b) Sub-rogação: o devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos
outros devedores
★ Pluralidade de credores: (art. 260, 261, 262 C.C)
a) Dívida inteira/totalidade: cada credor pode exigir a dívida inteira (Se dois credores têm direito
a receber um carro cara credor poderá exigir o carro por inteiro já que este é indivisível)
b) Pagamento: Cada credor poderá exigir a dívida inteira, mas o devedor somente se desobrigará
se pagar a todos os credores conjuntamente ou pagar a um dos credores desde que este credor dê
uma caução de ratificação dos demais credores
➞ Ex: Maria obrigou-se a entregar um carro, se Maria entregar o carro para João e Pedro
conjuntamente Maria cumpriu com a sua obrigação pois pagou conjuntamente todos os credores.
Caução de ratificação é um documento assinado pelos demaiscredores autorizando que um (ou mais
de um) credor receba a obrigação sozinho em nome dos demais credores
c) Rateio do pagamento: Se um só dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos
outros assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total.
➞ Se João receber o carro sozinho (dando caução de ratificação de Pedro) Pedro poderá exigir de
João em dinheiro os r$ 25000 que era sua parte na prestação
d) Remissão da dívida: perdão é bilateral, pq exige a concordância do devedor. Pode um credor
remitir (perdoar) a dívida referente a sua parte, mas se isso acontecer a obrigação persistirá
quanto aos demais credores. No entanto esses credores que não perdoaram a dívida somente
poderão exigir, do devedor, o cumprimento da obrigação caso descontem a parte do credor que
perdoou a dívida
➞ Ex: Maria obrigou-se a entregar um carro no valor de R$ 30.000 para João Pedro e Rafael. Se
João perdoar dívida de Maria, Pedro e Rafael somente poderão exigir que Maria entregue o carro
caso eles pagarem para Maria o valor de R$10.000 que é a parte de João do carro que ele perdoou
➞ Obs: Esse desconto somente ocorrerá caso tenha havido vantagem financeira por parte do
devedor, se não houver não há o que restituir. Por exemplo: se a obrigação que Maria sumiu era de
permitir passagem para o seu terreno, caso João perdoe a obrigação de Maria ela continuará
obrigada a dar passagem para Pedro e Rafael sem nada receber em troca, pois o perdão de João não
trouxe vantagem financeira para Maria
Obrigação Solidária
● É uma ficção legal, pelo qual cada um dos devedores será responsável pela dívida toda, como se
fosse o único devedor e cada credor terá direito à totalidade da prestação como se fosse o único
credor, independentemente do objeto da prestação ser divisível ou indivisível.
● Indivisibilidade X Solidariedade: a indiv. → objeto; solidariedade → sujeito (é
personalíssima, não se transmite aos herdeiros); enquanto a solidária decorre do título ou da lei, a
indivisibilidade tem fundamento na própria natureza da prestação que não pode ser fracionada. A
solidariedade cessa com a morte de um dos devedores e a indivisibilidade não; a indivisibilidade
cessa quando há a subrogação em perdas e danos, mas tal efeito não sucede com a solidariedade
● Principais características:
➞ Pluralidade de sujeitos: Nas relações internas (entre os credores e entre os devedores) a
obrigação é divisível; a solidariedade só existe nas relações externas (C – D).
➞ Unidade objetiva: O pagamento integral realizado por qualquer devedor ou o recebimento
integral por qualquer dos credores, extingue a obrigação, impedindo que o pagamento ocorra mais
de uma vez;
➞ Co-responsabilidade entre os devedores: cada devedor é garantidor dos demais devedores.
Cada devedor responde pela insolvência dos demais.
● Princípios comuns à solidariedade
➞ Princípio da não presunção da solidariedade: decorre da lei ou da vontade das partes
➞ Princípio da variabilidade: a obrig. pode ser exigível em momentos distintos, pode ser pura e
simples para um dos co-credores ou co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar
diferente, para o outro
● Solidariedade ativa (pluralidade de credores, onde cada um é considerado credor do todo)
➞ Direito do credor: Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o
cumprimento da prestação por inteiro.
➞ Prevenção judicial: Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a
qualquer daqueles poderá este pagar.
➞ Pagamento: O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do
que foi pago.
➞ Falecimento de um dos credores: a solidariedade é pessoal e não se transmite ao herdeiros.
Estes serão credores de uma obrig divisível ou indivisível, mas não solidária, e cada um destes só
terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário
➞ Conversão em perdas e danos: a solidariedade recai nos sujeitos, pouco importa o objeto (se a
prestação converter em perdas e ganhos): permanece solidária.
➞ Remissão da dívida: remissão = perdão. Se o credor pode cobrar o todo, pode também perdoar
o todo
➞ Exceções pessoais: meios de defesa, tudo que o devedor pode alegar contra o credor para não
pagar, sendo que a um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais
oponíveis aos outros.
➞ Extensão do julgamento: O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os
demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor
tenha direito de invocar em relação a qualquer deles
● Solidariedade passiva (pluralidade de devedores, cada um é considerado devedor do todo)
➞ Direito do credor: o credor pode escolher como e de quem cobrar
➞ Falecimento de um dos devedores: a solidariedade é pessoal, não se transmite aos herdeiros.
Obs: quando a questão se referir ao espólio (complexo de direitos e obrigações do falecido), o
espólio como representa o falecido é considerado SOLIDÁRIO. Se a questão mencionar herdeiros,
estes não são solidários
➞ Cláusula ou obrigação adicional: como o contrato, de regra, produz efeitos entre as partes
aquele que não participou os efeitos não irão recair sobre ele.
➞ Renúncia da solidariedade: o credor exonera o devedor da solidariedade, mas o devedor
continua devedor, não mas solidário; é um ato unilateral, pois não depende da concordância do
devedor x remissão da dívida é o perdão que acarreta a extinção da dívida; é um ato bilateral
OBRIGAÇÃO DE MEIO, RESULTADO E GARANTIA
● Quant� a� fi� � qu� s� destin�:
1. Obrigação de Meio:
➞ Prestação assumida pelo devedor: é aquela na qual o devedor se compromete a empregar de
forma correta e adequada todos os seus meios, técnicas e conhecimentos para alcançar um
determinado resultado, sem, no entanto, se responsabilizar por ele. Se o devedor utilizou
corretamente todos os meios e não alcançou o resultado desejado pelo credor, terá direito aos
honorários (pagamento).
➞ Inadimplência: quando não utiliza todos os meios ou ao utilizar o faz de maneira incorreta,
inadequada, imprudente e imperita. Quem tem o ônus de provar? O credor.
2. Obrigação de Resultado
➞ Prestação assumida pelo devedor: o devedor se compromete a alcançar o fim pretendido pelo
credor.
➞ Inadimplência: Caso não alcance o resultado desejado é considerado inadimplente. Como o
devedor se exime da responsabilidade pelo não alcance do resultado? Provando a culpa exclusiva da
vítima, caso fortuito ou força maior.
3. Obrigação de Garantia
➞ Prestação assumida pelo devedor: é aquela que visa eliminar um risco que pesa sobre o credor
ou as suas conseqüências. Ainda que as consequências do risco não ocorram, o simples fato de o
devedor assumir o risco e os seus efeitos já caracteriza o adimplemento.
● Quant� a� moment� d� execuçã�:
1. Obrigação de execução instantânea: é aquela que se extingue com um único ato,
imediatamente após a criação da obrigação. Ex: compra e venda à vista.
2. Obrigação de execução diferida: é aquela que se extingue com um único ato, mas em
momento posterior a criação da obrigação. Ex: compra e venda a prazo: 90 dias.
3. Obrigação de execução sucessiva: é aquela que extingue com vários atos, periodicamente.
Ex: contrato de aluguel
OBRIGAÇÕES CIVIS E NATURAIS
Obrigação Civil ou Perfeita
● É a regra, aquela cujo cumprimento pode ser exigido judicialmente; seu vínculo é composto de
débito + responsabilidade.
● É dotada de coercibilidade.
Obrigação Natural ou Imperfeita
● É aquela cujo cumprimento NÃO pode ser exigido judicialmente; seu vínculo é composto de débito
SEM responsabilidade.
● Não pode compelir que pague, é desprovida de coercibilidade, não dá para forçar a cumprir a
prestação
● Não é uma obrigação moral nem nula, é uma relação jurídica obrigacional, mas sem a característica
de responsabilidade
● Efeitos:
1. Irrepetibilidade do pagamento: o pagamento espontaneamente realizado pelo devedoré
válido, logo o devedor não poderá exigir a repetição, devolução do pagamento, salvo se
decorreu de dolo, ou se o devedor for incapaz
2. Inadmissibilidade de garantias: como garantias pressupõe coercebilidade, não cabe
garantias (fiança, hipoteca e penhor) nas obrigações naturais.
3. Execução parcial: o pagamento parcial de uma obrigação natural não torna juridicamente
exigível o restante.
Jogo e aposta
Art. 814. As dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a pagamento; mas não se pode recobrar a quantia, que
voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo (doutrina também reconhece coação), ou se o perdente é
menor ou interdito.
§ 1º Estende-se esta disposição a qualquer contrato que encubra ou envolva reconhecimento, novação ou fiança
de dívida de jogo; mas a nulidade resultante não pode ser oposta ao terceiro de boa-fé.(terceiro de boa fé é
aquele que não estava presente)
§ 2º O preceito contido neste artigo tem aplicação, ainda que se trate de jogo não proibido, só se excetuando os
jogos e apostas legalmente permitidos.
§ 3º Excetuam-se, igualmente, os prêmios oferecidos ou prometidos para o vencedor em competição de natureza
esportiva, intelectual ou artística, desde que os interessados se submetam às prescrições legais e regulamentares.
Art. 815. Não se pode exigir reembolso do que se emprestou para jogo ou aposta, no ato de apostar ou jogar.
PERMITIDAS: obrigação civil, regulamentadas por lei (loteria, mega sena)
➞ a única modalidade que o ganhador pode exigir judicialmente que o devedor pague
TOLERADAS: obrigação natural, socialmente aceitos (apostar/jogar no baralho, dominó)
PROIBIDAS: obrigação natural, violam a lei (jogo do bicho)
OBRIGAÇÕES MISTAS OU HÍBRIDAS
★ Direit� pessoa� Direit� rea�
Conceit� envolve obrigação, contrato ou
família
direito sobre alguma coisa
Direçã� (par� ond� va� esse�
direit��)
valem inter partes, só obriga
os sujeitos envolvidos
erga omnes: em face de todos,
você pode defender sua
propriedade contra qualquer
pessoa
Víncul� une pessoas (credor e
devedor)
ligação entre pessoa e coisa
Objet� sobr� � qu� reca� � direit� sobre prestação (dar, fazer
ou não fazer)
coisa, não é comportamento
(ex: sobre um imóvel ou
caminhão)
Exercíci� (form� d� te� �
resultad� d� direit�)
precisa de colaboração do
devedor
não precisa de colaboração
Descumpriment� corre em perdas e danos gera sequela, se uma pessoa
tem a propriedade atacada é
quando ele “pega” o direito real
(o objeto segue o dono)
Orige� (ond� nasc�) ou vem da vontade ou da lei só na lei
● tanto direito das obrigações quanto de direito reais
● direitos das obrigações recaem sobre as pessoas e é personalíssima
● direitos reais são os que caem sobre “coisas” materiais, tem direito de reaver a coisa de quem
justa ou injustamente a possua (eficácia erga omnes ‘contra todos")
➞ É aquela que recai sobre uma pessoa, por força de ser titular de um determinado direito real
sobre a coisa. O dever de prestar sempre vincula o titular de um direito real sobre a coisa.
Enquanto que o direito real é um direito sobre a coisa, a obrigação propter rem é uma obrigação por
causa da coisa.
OBRIGAÇÃO PROPTER REM
➞ Propter rem: por causa da coisa, própria da coisa
➞ não importa quem seja o dono naquele momento, se a dívida tem como fato gerador a própria
coisa, aquele dono do momento será cobrado ainda que não seja ele o causador da dívida
★ ex:uma pessoa compra um imóvel com 2 anos de IPTU atrasados, não importa que não foi ele
o proprietário em anos anteriores, vai ter que pagar todo IPTU atrasado. Mas depois que
pagou pode cobrar em regresso ao dono anterior
➞ A aquisição e a transferência das obrigações propter rem é automática, ou seja, com a aquisição
do direito real sobre a coisa
DIREITO COM EFICÁCIA REAL
➞ São aquelas oponíveis a terceiros que venha a adquirir determinado direito real sobre a coisa. Ao
invés do credor exigir uma prestação apenas do sujeito passivo identificado no contrato, poderá
exigir de qualquer um que venha a adquirir um determinado direito real sobre a coisa.
★ ex: José é inquilino de imóvel, se o dono vender o imóvel o novo dono não tem que respeitar o
contrato anterior (só por alguns dias), mas se José tiver assinado um contrato de 5 anos.
Para ele ter direito de permanecer no imóvel durante esse tempo sem ninguém expulsar ele,
ele precisa pegar o contrato de locação e averbar na matrícula do imóvel. Aí o direito que
ele tinha só conta o locador ele tem contra qualquer pessoa. Qualquer pessoa que comprar o
imóvel terá que esperar 5 anos e não pode alegar que não sabia, pois tinha publicidade,
estava no cartório. Isso é um direito com eficácia real

Continue navegando