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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA DISCIPLINA VOLEIBOL I PROFESSOR RENATO S. ROCHEFORT CURSO: LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA MANCHETE Como um dos fundamentos mais recentes, a manchete é considerada, sem dúvida, uma ação de extrema importância no jogo moderno, seja em situações de recepção de saque, seja em situações de defesa do ataque adversário. Esta técnica segundo FERRARESE (1976), provém do modo de jogar da equipe nacional da Checoslováquia, a partir de 1958. Era praticada por jogadores inseguros no momento de receber os saques mais fortes. No campeonato mundial de 1962 na Rússia, todas as equipes já utilizavam a machete. Ela chegou a ser identificada como o símbolo do voleibol moderno, a partir dos Jogos Olímpicos de Tóquio em 1964, o que para alguns foi uma interpretação errônea. Segundo MacGREGOR (1977), a manchete é a inversão do toque por cima da cabeça, utilizando-se as duas mãos por baixo, e é segundo o autor, um dos gestos técnicos mais utilizados. DURRWACHTER (1984) ainda completa, afirmando que o domínio da manchete está diretamente relacionado com o nível do jogo. O que o autor pretendeu mostrar com a sua afirmação, pode ser verificado no dito popular do voleibol “uma má manchete, um mau jogo”. Para BAACKE (1979) a manchete está na categoria das destrezas decisivas do jogo. Sem uma correta execução, não será possível armar um bom ataque ou contra-ataque. Ela exige uma grande capacidade de atenção e concentração. Como MacGREGOR (1977), os autores PITTERA & VIOLLETA (1980), dizem que a manchete, deve ser entendida como uma técnica que, mesmo utilizando os membros superiores de forma distinta, ela respeita os princípios adquiridos com o toque por cima da cabeça. A manchete é executada estando o aluno com o plano frontal colocado perpendicularmente a direção da trajetória da resposta. Também a posição dos membros inferiores em relação aos deslocamentos e a trajetória, respeita o aprendido no passe por cima da cabeça. Os membros inferiores deverão estar ligeiramente flexionados e separados em apoio assimétrico (um pé mais a frente), com o tronco voltado e um pouco inclinado para frente. Os antebraços colocados paralelamente e supinados, com a parte interna voltada para frente e para cima. As mãos unidas e flexionadas para baixo, aumentarão a base de contato com a bola, bem como a tensão dos braços. Outro ponto importante neste movimento é a projeção dos ombros à frente. Antes do impacto com a bola, todo o corpo, membros inferiores e superiores, começam a estender-se para frente e para cima. Ao impacto com a parte plana (interna) dos antebraços, a bola não deve “rebotar”, mas sim ser “dirigida” na direção escolhida com uma ligeira projeção à frente, seguida também de projeção do quadril, trazendo o pé mais atrasado à frente. No momento do impacto, a bola deve encontrar-se, preferencialmente a frente do corpo. A aprendizagem da manchete, segundo PITTERA & VIOLLETA (1980), pode dar-se, utilizando-se o professor da mesma seqüência pedagógica apresentada para o toque. Outro detalhe técnico interessante é que deve-se buscar sempre a “manchete frontal”, e é portanto necessário, sobretudo quando do ensinamento deste fundamento, atentar para os vícios da postura que possam vir a acontecer, como por exemplo, a rotação do tronco para a esquerda ou para a direita, executando assim a manchete numa postura lateral. Recomendações para a execução correta da manchete, segundo FROHNER (1983): movimentar-se descontraidamente no local; conservar os braços levemente flexionados à frente do corpo, observando a trajetória da bola. Colocar o corpo na posição e direção que se deseja enviar a bola com extensão das pernas e do tronco por meio dos quadris para a frente; não fazer um movimento muito ativo com os braços; os braços; os braços devem tão somente guiar a bola para o ponto desejado; Estender-se atrás da bola até ficar quase na ponta dos pés (provocado pela projeção do quadril), ficando pronto e apto para uma nova ação. ERROS COMUNS DA MANCHETE Aluno precipita-se ou retarda a saída para contato com a bola. Alunos que executam movimentos excessivos, principalmente com os braços, instantes antes do contato com a bola. Ao invés de movimentarem os braços de baixo para cima, em uma única ação, o fazem com duas ações distintas, o que prejudica a execução do gesto técnico. os alunos flexionam os braços, levando as mãos ao peito numa primeira ação, para em seguida estender os braços e fazer o contato com a bola numa segunda ação.
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