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DIREITO DAS OBRIGAÇÕES - RESUMO CONTEÚDO II parte

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CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGACÕES QUANTO À MULTIPLICIDADE DE SUJEITOS
+ de um credor e + de um devedor
São ditas complexas, em contraposição com as singelas, com um só credor e devedor. Essa pluralidade de sujeitos ativo ou passivo pode levar a divisibilidade (indivisibilidade) ou solidariedade. O que é divisível ou indivisível é a prestação. Algo é divisível se as partes separadas conservam as mesmas propriedades do todo. Já a indivisibilidade decorre da natureza do objeto, por motivo de ordem econômica, da própria essência da obrigação, ou pode ser jurídica (da lei).
OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS
Quando a prestação for suscetível de cumprimento fracionado, sem comprometimento da sua essência de valor. A divisão se dá conforme a multiplicidade de sujeitos.
Art. 257, CC: havendo mais de um credor ou mais de um devedor, a obrigação divide-se em tantos quantos sejam os sujeitos ativos e passivos (proporcionalmente).
Ex:	Devedores: A – B – C 
	Devem: R$300,00
	Credor: D
	Divisão de débito: A – R$100,00; B – R$100,00; C – R$100,00
OBRIGAÇÕES INDIVISÍVEIS
São aquelas em que a prestação não pode ser cumprida de maneira fracionada. A indivisão se dá pela natureza do objeto, por motivo de ordem econômica, ou dada razão determinante do negócio jurídico (essência da obrigação), ou ainda, da lei. A dificuldade se dá quando a coisa é indivisível e há pluralidade das partes.
Na perda do objeto: cobra-se perdas e danos de cada um dos devedores, dividindo o valor.
Efeitos da indivisibilidade:
Art. 259, CC: é a hipótese de multiplicidade de devedores. Cada um responde por toda a obrigação, mas aquele que paga sub-roga-se nos direitos do credor, ou seja, poderá cobrar dos demais devedores a sua quota, apenas. Assim, na prestação subsequente impera a divisibilidade.
A parte de cada devedor pode não ser igual, dependendo do negócio jurídico celebrado.
Art. 260, CC: é a hipótese de multiplicidade de credores. Cada um deles pode exigir a dívida toda, mas o devedor só se desobrigará pagando a todos conjuntamente, ou, a um, desde que preste caução (fidejussória ou real) de ratificação dos outros credores. 
Art. 261, CC: regula o direito dos demais credores receberem a sua parte auferida pelo outro credor. A parcela de cada uma dependera do negócio jurídico. 
Art. 262, CC: remissão é perdão. Assim, para os demais credores receberem a totalidade da dívida, terão que descontar a parte do credor remitente, e, se a obrigação for indivisível, terão que devolver a parte dele ao devedor, ainda que em dinheiro. Um projeto de lei acrescentaria a expressão “reembolsando o devedor pela quota do credor remitente” ao final do artigo.
Art. 263, CC: o artigo trata da hipótese em que a prestação era indivisível e se perdeu. Logo como a indenização será em dinheiro, o que era indivisível torna-se divisível. Contudo:
 – se foram culpados todos os devedores, responderão eles por partes iguais, tanto em relação ao principal como pelas perdas e danos.
– se somente um devedor for culpado, todos responderão igualmente em relação ao principal, mas pelas perdas e danos só responde o culpado.
A prescrição da obrigação em relação a um devedor, a todos aproveita.
A nulidade da obrigação em relação a um devedor, a todos aproveita.
A insolvência (quebra civil) de um dos devedores não prejudica o credor, pois este pode exigir a obrigação de forma integral aos demais.
OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS (ATIVA E PASSIVA)
Obrigação solidaria é quando a totalidade do objeto da obrigação pode ser exigido por qualquer dos credores (ativa), ou deve ser cumprida por qualquer dos devedores (passiva). Não se presume, resulta da lei ou do contrato (vontade das partes). Na obrigação solidaria o objeto pode até ser naturalmente divisível, mas a prestação só se cumpre com a totalidade.
	ATIVA
Cada credor solidário pode exigir a prestação inteira, como se fosse única. 
	PASSIVA
Cada devedor solidário obriga-se pela dívida toda, como se fosse o único. 
Pode haver solidária ativa e passiva ao mesmo tempo.
	Na morte de um dos devedores, os herdeiros ficam sujeitos a pagar apenas a quota parte correspondente ao ex devedor e não o todo.
	Na perda do objeto: cobra-se perdas e danos de todos os devedores, o que pagar se resolve com os outros.
OBRIGAÇÕES IN SOLIDUM
Nesta, o liame que liga os devedores ao credor são totalmente independentes, mas ligados pelo mesmo fato. Decorre do fato jurídico e da lei Nestas obrigações, as prescrições são independentes em relação a cada devedor, bem como a constituição em mora de um não aproveita ao outro, e a remissão (perdão) da dívida em favor de um não aproveita aos outros. Mas um devedor pode não ser obrigado na mesma extensão que o outro.
 Ex.: motorista de uma empresa que bate o carro e é culpado pelo acidente – responde ele e a empresa perante o proprietário do bem avariado. O motorista pela sua culpa, o proprietário em decorrência da propriedade. Ambos são obrigados pela dívida toda.
CARACTERÍSTICAS E FUNDAMENTOS DA SOLIDARIEDADE
	CARACTERÍSTICAS
	Unidade de prestação: 
Qualquer que seja o número de credores e devedores, o débito é sempre único. 
	Pluralidade e independência do vínculo: mesmo havendo vários credores e devedores, o vínculo que os une pode ser distinto e independente (cada devedor detém certas características em relação à dívida diferentes das dos demais)
	CONSEQUENCIAS 
	Pluralidade de credores ou devedores.
	Corresponsabilidade entre os interessados: porém, aquele que paga a dívida pode reaver a quota-parte de cada um dos demais; ao passo que se um dos credores recebe, extingue-se a dívida para com os demais, mas aquele deve entregar a quota-parte de cada um.
FONTES DA SOLIDARIEDADE: lei ou vontade das partes (contrato). Não se presume. Se decorrer de contrato, quem a alega deve prova-la. 
SOLIDARIEDADE ATIVA: decorre da existência de mais de um credor, podendo cada qual exigir a dívida toda. Em vez de todos os credores se reunirem para cobrar a dívida, há um mandato tácito (procuração) a favor de qualquer um. Não há lei que trate desta solidariedade, portanto decorre das partes. Porem a lei regula os efeitos e consequências dela. 
	CARACTERÍSTICAS DA SOLIDARIEDADE ATIVA
	Qualquer credor pode exigir a totalidade da dívida, sem depender da concordância ou aquiescência dos demais.
	Cada devedor libera-se da obrigação pagando a prestação a qualquer dos credores.
	EFEITOS DA SOLIDARIEDADE ATIVA
	Qualquer credor pode exigir a totalidade da dívida, logo, o devedor não pode pagar parte para um credor, parte para outro.
	Qualquer espécie de pagamento (compensação, novação, remissão de dívida) recebido pelo credor em relação a um dos devedores extingue a obrigação por inteiro, mas os demais credores não são prejudicados, podendo cobrar a sua parte do credor que recebeu.
	O credor que exigir a dívida por primeiro em juízo, tem que receber. É a prevenção judicial.
	A constituição em mora (notificar o atraso) por um dos credores favorece todos.
	A interrupção da prescrição por um dos credores favorece a todos, mas o mesmo não se diz da suspensão da prescrição, a qual só valerá para todos se o objeto for indivisível; a renúncia da prescrição em face de um dos credores aproveita a todos.
	Qualquer credor pode ingressar judicialmente para cobrar a dívida, e os outros credores poderão lhe auxiliar, como assistentes. 
	A incapacidade de um credor não retira a solidariedade da obrigação. 
	A constituição em mora do credor solidário, pela oferta de pagamento do devedor comum, prejudica a todos os demais, que responderão pelos juros, riscos e deteriorações.
	Com a morte de um dos credores a solidariedade se extingue para os herdeiros, que só poderão cobrar os seus quinhões, salvo se a obrigação for indivisível, mas os demais credores continuam solidários. Contudo, se todos os herdeiros atuarem conjuntamente serão considerados um credor, logo, permanece a solidariedade
	Se a obrigação se converter em perdas e danos a solidariedade permanece,inclusive quanto a mora.
	A relação interna do credito entre os credores não interessa aos devedores, pois aquele que receber tem o dever de pagar o quinhão dos demais.
	As exceções pessoais relativas a um credor não podem ser oponíveis aos outros. As exceções pessoais (ou meios de defesa) são próprias só a um dos credores, dizem respeito a sua pessoa.
	O julgamento contrário a um dos credores não aproveita aos demais, salvo se for favorável, e neste caso desde que não fundado em exceções pessoais.
	EXTINÇÃO DA SOLIDARIEDADE ATIVA
	A solidariedade ativa não termina apenas com o pagamento, mas também pela novação, compensação, remissão (perdão), consignação em pagamento, confusão e transação. 
SOLIDARIEDADE PASSIVA: Aquela que obriga todos os devedores ao pagamento da totalidade da dívida. É um meio eficiente de garantia, reforço de vinculo, facilitando o adimplemento. Era, o credor pode exigir a dívida de qualquer devedor. O vínculo interno entre cada devedor não interessa ao credor.
	EFEITOS DA SOLIDARIEDADE PASSIVA
	Direito individual de persecução: cada credor pode reclamar toda a dívida de qualquer um dos devedores, não implicando renúncia da solidariedade a demanda apenas contra um dos devedores.
	O pagamento parcial e a remissão por um dos devedores aproveitam aos demais na medida do que o foram, ou melhor, a solidariedade permanece apenas quanto ao saldo remanescente.
	A morte de um dos devedores solidários não extingue a solidariedade para os demais devedores, porem os herdeiros do morto só respondem pela quota-parte de seu quinhão, salvo indivisibilidade da coisa. Reunidos todos os herdeiros do devedor falecido, eles serão considerados solidários perante os demais devedores.
	Ninguém se obriga por mais do que desejou, assim, qualquer aditivo à obrigação por parte de um dos devedores aos outros não prejudica, salvo se concordarem.
	Se a obrigação solidária se extinguir sem culpa dos devedores, para todos se extingue a dívida, porem se apenas um for o culpado, os demais ficam obrigados solidariamente pelo equivalente, mas apenas o culpado responde pelas perdas e danos. Idêntica a orientação aplica-se ao devedor que já estava em mora, mas apenas o culpado responde pelos riscos.
	As exceções pessoais e as gerais somente podem ser opostas pelo devedor a quem aproveitem em relação ao credor, não se podem alegar as exceções pessoais de outro devedor em relação ao credor. Exceções são meios de defesa, as gerais (ou comuns ou reais) dizem respeito a própria obrigação (inexistência, quitação, prescrição, etc) ao passo que as pessoais são próprias só a um dos devedores, dizem respeito a sua pessoa.
	Se um devedor solidário é acionado, os demais podem intervir no processo como assistentes.
	A renúncia da solidariedade em favor de um dos devedores não aproveita aos demais.
	O devedor que paga a dívida toda pode exigir as quotas-partes dos demais, dividindo-se entre todos as do insolvente. E, pela do insolvente respondem, ainda, os que foram exonerados da dívida pelo credor.
DIFERENÇAS ENTRE A SOLIDARIEDADE E A INDIVISIBILIDADE
	SOLIDARIEDADE
	INDIVISIBILIDADE
	A causa reside no próprio título, no vinculo jurídico da obrigação
	Resulta da natureza da prestação
	O credor pode exigir de qualquer devedor solidário a totalidade da obrigação, pois qualquer deles é devedor da dívida toda
	O credor pode exigir a totalidade da obrigação a qualquer dos devedores, porque a natureza da prestação não permite o cumprimento fracionado, mas não em razão de qualquer um ser devedor da totalidade
	O devedor paga a totalidade em razão de dever tudo
	O devedor paga tudo por não poder cumprir a obrigação de forma fracionada
	É subjetiva
	É objetiva (pois decorre da natureza da prestação)
	É um artificio usado para reforçar o vínculo e facilitar o cumprimento da obrigação para o credor (origem técnica)
	Não se tem como cumprir a obrigação fracionada (origem material)
	Seus efeitos permanecem mesmo quando a obrigação se converter em perdas e danos
	Seus efeitos se extinguem com a conversão em perdas e danos
Uma obrigação pode ser ao mesmo tempo indivisível e solidária.
OBRIGAÇÕES PRINCIPAIS E ACESSÓRIAS
	PRINCIPAIS: nasce e existe por si mesma.
Evicção: responsável pela possibilidade de surgir um direito melhor que aquele que comprou sobre a coisa
	ACESSÓRIAS: surgem para se agregar a outra obrigação. 
Só existe junto de uma obrigação principal ou posterior a ela. 
Decorre da vontade das partes. 
Comum em direitos de garantia (fiança, penhora, hipoteca).
Irretratabilidade: não pode voltar atrás. Ex: Compra e venda
Cláusula acessória/clausula penal moratória: multa 10%, CM: JGP-M, UM: 1% a.m.
OBRIGAÇÕES LIQUIDAS E ILIQUIDAS
	Líquidas: quantum debeatur” Certas quanto à sua existência e determinada quanto ao seu objeto (qualidade, quantidade e natureza). Se dá pelas partes ou sentença do juiz.
	Ilíquidas: dependem da verificação quanto ao objeto. Tende a se tornar líquida para facilitar o cumprimento.
Espécies de liquidação de sentença:
	POR CÁLCULO: cálculo aritmético realizado pelo credor.
	POR ARTIGOS: quando para apurar o valor da condenação precisa-se provar fato novo.
	POR ARBITRAMENTO: quando for necessário conhecimento técnico, nomeando perito.
Diferença entre a mora: nas líquidas a mora é ex re – o não pagamento constitui o devedor em mora de pleno direito produzindo os efeitos daí advindos. Já nas ilíquidas, os efeitos da mora são contados desde a citação inicial.
OBRIGAÇÕES CONDICIONAIS
É a clausula que suspende a aquisição e o exercício de um direito mediante a ocorrência de um elemento futuro e incerto. Depende da vontade das partes. Há negócios unilaterais, como o testamento e promessa de recompensa.
Classificação das condições:
	CONDIÇÃO RESOLUTIVA: os efeitos se produzem até a verificação do evento futuro e incerto, cessando com a verificação. Ex: te sustento enquanto estudar, ou até se formar.
	CONDIÇÃO SUSPENSIVA: o nascimento do direito fica suspenso. Não há obrigação até a verificação da condição. Ex: te darei um carro quando se formar.
Implemento das condições: Devem ser objetivas, por isso devem acontecer naturalmente, como também podem não se verificar. Se impedida ou forçada em proveito próprio, a lei pune, em caso de dolo e não apenas culpa (mas pode pedir perdas e danos). A parte prejudicada deve provar a conduta. 
OBRIGAÇÕES A TERMO
Suspende o exercício de um direito, quando o direito já está adquirido. Evento futuro e certo. Pode ser incerto, sabe-se que ocorrerá mas não quando. Deriva da vontade das partes, da lei ou decisão judicial.
Não admitem termo se os atos forem incompatíveis com a natureza do negócio (de família ou personalíssimos) ou nos casos expressos em lei. Ex: não se adota filho por termo.
Prazo: tempo entre termo inicial e final.
OBRIGAÇÕES MODAIS OU COM ENCARGO (modo)
É um ônus, uma restrição imposta ao beneficiário da liberdade. Só pode ser colocado em negócio gratuitos, inter vivou ou causa mortis. Decorre da declaração da vontade. Não pode ter característica de contra prestação. Ninguém é obrigado a aceitar, mas se aceito, deve cumprir. É coercitivo pois impõe obrigação ao beneficiário. 
TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES – Cessão de crédito e assunção de dívida. Tratam da substituição das obrigações pela vontade das partes.
	CESSÃO DE CRÉDITO: é a substituição, por ato entre vivos, do credor.
	ASSUNÇÃO DE DÍVIDA: substituição, por ato entre vivos, do devedor.
CESSÃO DE CRÉDITO
O credito é transferido hígido, integro, como contraído, mantendo o objeto da obrigação. Há possibilidade de cessão parcial de crédito (com ciência do devedor, sem consentir).
	NOMENCLATURA
	Cedente
Quem aliena o crédito
	Cessionário
Quem adquire o crédito
	Cedido 
O devedor, quem deve cumprir a obrigação.
O acessório segue o principal, salvo se as partes estabeleceram diferente.
Factoring: factorização, (deságio/juro), regulamentadapara comprar títulos.
A POSIÇÃO DO DEVEDOR: Deve ter ciência do credor para poder pagar, tendo validade a partir da notificação, sob pena de ser válido o pagamento ao credor primitivo. A ciência pode ser feita pelo credor primitivo ou o cessionário, sendo provada por escrito público ou particular. O devedor não precisa consentir.
	Havendo múltiplas cessões, o devedor não precisa descobrir qual o ultimo cessionário. Havendo duvidas, deve-se recorrer a consignação em pagamento. Porém, se o credito cedido decorre de escritura pública, prevalece a prioridade da notificação.
	Se o devedor podia alegar erro ou dolo contra o cedente, poderá fazer contra o cessionário. O devedor deve alertar o cessionário sobre as exceções que tem a opor, sob pena de perder o direito.
NATUREZA JURÍDICA DA CESSÃO: É um contrato consensual, podendo se dar por instrumento público ou particular. 
Requisitos e/ou objeto, capacidade e legitimação
	REQUISITOS: não se pode ceder créditos ao qual se opõe a natureza (direito de família e personalíssimo) da obrigação ou a convenção com o devedor. Por lei, direitos previdenciários. E não se pode transferir mais direitos do que possui, ou que, o acessório segue o principal, como juros, taxa e correção monetária, clausula penal, etc.
	CAPACIDADE: o cedente deve ser capaz, ou se representado, o outorgado deve ter poder especifico.
	LEGITIMAÇÃO: determinadas pessoas não pode adquirir certos créditos, pois a lei impede subjetivamente, como por ex: tutor adquirir bens do pupilo.
Responsabilidades na cessão de crédito
	CEDIDO (devedor): pagar a dívida
	CEDENTE (credor originário): nas cessões onerosas não responde pela solvência do credito, nem pelo pagamento. Nas cessões gratuitas responde pela existência do credito se tiver agido de má fé.
Espécies de cessão
	Pró soluto: Se não pagar, não se responsabiliza. Com a transferência do credito, o cedente (credor originário) deixa de ter qualquer responsabilidade pelo credito, respondendo apenas pela existência material da dívida. O cessionário da plena quitação ao cedente do credito recebido.
	Pro solvendo: Se não pagar, se responsabiliza. Com a transferência do credito, o cedente continua responsável pelo pagamento do credito, ou seja, se o devedor não pagar ele responde.
Nas cessões judiciais/quando a lei determina, o cedente não tem qualquer responsabilidade.
ASSUNÇÃO DE DÍVIDA (cessão de débito/substituição do devedor)
Substituição da parte passiva da obrigação, o devedor, fato menos comum. Natureza contratual e negócio bilateral. Não gera efeitos se não tiver a concordância do credor (o silencio é recusa), pois se ele não tem garantias o crédito é meramente quirografário e a garantia será todo o patrimônio do devedor. O contrato pode proibir a assunção. Não pode prejudicar terceiros, porem se anulada, restaura-se as garantias, menos as prestadas a terceiros, exceto se conhecia o vício que inquinava a obrigação.
O novo devedor é chamado de ASSUNTOR.
Espécie de assunção de dívida: Pode ocorrer entre o terceiro e o credor, ou entre devedor e terceiro.
	A expromissão: por ela um terceiro (expromitente) contrai junto ao credor a obrigação de liquidar o débito. Pode se dar com a liberação do devedor, ou se mantendo o devedor também responsável pela obrigação. Não há necessidade de concordância do credor, muito menos do devedor. Expulsa o devedor.
Imperfeita: credor não concorda com a liberação do devedor primitivo. Não expulsa o devedor. Terá de pagar se o credor não receber.
	A delegação: é o contrato entre um terceiro e o devedor, pelo qual este transfere a dívida aquele pela qual era obrigado, mas com concordância do credor. Sem a concordância do credor pode haver no máximo uma garantia, um reforço do negócio. 
Efeitos da assunção de dívida: O grande efeito é a substituição do devedor na mesma relação, porem ele pode ou não se liberar. As exceções (defesas) oponíveis pelo devedor primitivo, transferem-se ao novo devedor (assuntor), menos as pessoais.
EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
Toda obrigação nasce com a finalidade de se extinguir (pelo pagamento/entrega de dinheiro – chamado de solutio, solução, solvimento, adimplemento) da forma como foi tratada (dar, fazer, não fazer), sendo essencialmente efêmera (transitória). O pagamento pode ser vista como uma coisa una, sendo um fato jurídico latu sensu.
	REQUISITOS DO PAGAMENTO
	Vínculo obrigacional: pagamento indevido/realizado por erro, direito a repetição do debito
	Cumprimento da prestação: realizada da forma estipulada ou dação em pagamento
	Intenção de pagar: importante para extinguir a obrigação
	Quem paga: chamado de “solvens” – devedor 
	Quem recebe: chamado de “accipiens” – credor 
SUJEITOS DA OBRIGAÇÃO
SOLVENS – devedor, quem tem a obrigação de pagar e o direito de se liberar da obrigação para não se submeter as consequências da mora (correção monetária, juros, multa, etc).
Art. 304 CC, qualquer interessado pode pagar e forçar o recebimento em juízo, através de uma ação consignatória. – somente se em nome do devedor. Quem paga em nome próprio não tem direito a consignar e não se sub-roga (adquire) nos direitos do credor, apenas reembolsa o que pagou. Sub-rogação é numerus clausus.
	PESSOAS INTERESSADAS NO PAGAMENTO
	O devedor
(pode atuar mediante representante)
	Terceiros interessados
Quem sofre consequência negativa se a dívida não for paga (avalista, fiador, devedor solidário, herdeiro). Assume posição em nome do devedor, consigna em pgto. Sub-roga direito do credor.
	Terceiros não interessados
*Em nome e à conta do devedor ou em sem próprio nome. Se sub-roga e pode consignar.
*Cumpre em nome próprio. Não se sub-roga e não pode consignar. Mas tem direito ao reembolso (após o vencimento da dívida). 
Interesse altruístico, moral, familiar. Ex: cônjuge, pai...
Só pode transferir o domínio quem é dono, pois ninguém pode transferir mais direitos do que tem, sob pena da alienação se dar a non domino.
ACCIPIENS – credor, a quem se deve pagar (exceto se houver representante ou estipularem terceiro a receber).
São credores: o credor propriamente dito, o cessionário (cessão de crédito), o legatário (herda algo por liberalidade), o herdeiro (sucessor) e o sub-rogado.
	Representantes do credor
	Representante judicial: o inventariante, administrador legal, etc
	Representante legal: os que a lei designa, ex: pais, tutores, curadores
	Representante convencional: mandatários, advogados (procuradores), com poderes para receber e quitar.
PAGAMENTO FEITO A TERCEIRO NÃO CREDOR COM VALIDADE:
	Situações em que o devedor paga a terceiro e se exonera da obrigação
	Ratificação pelo credor do pagamento recebido
	Se o pagamento reverter em benefício do credor, o ônus da prova será do solvens. Ex: pagar a esposa do credor.
	Credor putativo: aparenta ser credor mas na verdade não é. Ex: caixa.
PAGAMENTO FEITO A QUEM É CREDOR, MAS NÃO PODIA RECEBER
Caso do incapaz – a lei requer que o devedor tenha a ciência da incapacidade. Se dela não sabia o pagamento será válido e o devedor deverá provar o pagamento.

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