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Tipos de argumentos

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Argumentação
A argumentação é um recurso que tem como propósito convencer alguém, para que esse tenha a opinião ou o comportamento alterado.Sempre que argumentamos,temos o intuito de convencer alguém a pensar como nós.No momento da construção textual,os argumentos são essenciais,esses serão as provas que apresentaremos,com o propósito de defender nossa ideia e convencer o leitor de que essa é a correta.Fundamentar em lógica,convencer o julgador a respeito da sua tese.Muitas vezes,a argumentação propriamente dita é demarcada pelo subtítulo “Do direito”Toda argumentação é parcial.Quem formula argumentos procura convencer a respeito de uma tese e,então,se esta disposto a comprová-la,já tem seu posicionamento firmado.(Enunciar a tese,defender a tese com argumentos(defende-la/desenvolve-la),reafirmar a tese(concluir).
Argumento de prova
É aquele que explora a prova testemunhal,e é tão mais persuasivo quanto maior for a credibilidade e isenção de interesses do testemunho prestado.OBSERVAÇÃO: A prova técnica, quando aceita como verdadeira, transforma-se em prova concreta,indiscutível,em geral,ela não consegue resolver todos vítima,ninguém viu o acusado pulando o muro da sua casa,tampouco ouviu-se o grito da menina, comprovando a improcedência da acusação do réu.Argumento de prova é o argumento que versa sobre os elementos de fato,buscando realçar algum aspecto da prova já colhida no processo. Pode referir-se à prova testemunhal,à prova técnica ou à prova documental.
EXEMPLO: Tudo que tiver anexado aos autos: depoimentos das partes e das testemunhas,os laudos,fotografias,gravações,atas,cheques,recibos,declarações públicas,carteiras profissionais,cartas,sentenças,acórdãos e etc.
Argumento ab autoritatem (de autoridade)
Foca-se no prestigio da pessoa ou no grupo invocado (associação ou grupo de pessoas respeitadas na sociedade e cuja opnião é respeitada por toda sociedade).Geralmente para fortalecer o argumento,você cita a opnião da pessoa ou grupo autoridade no assunto,é aquele que invoca lição de pessoa conhecida e reconhecida em determinada disciplina para avaliar um posicionamento defendido na peça jurídica. Apesar de muito persuasivo,o argumento de autoridade deve ser exposto de maneira a que se comprove seu percurso lógico e não vale apenas porque é proveniente de uma pessoa conhecida. As citações de doutrina são os exemplos mais claros do argumento de autoridade.
OBSERVAÇÃO: Não faça de sua argumentação um amontoado de citações. Use-as apropriadamente.
EXEMPLO: Como esclareceu o Douto Procurador, Paulo Cezar Pinheiro Carneiro, “é preciso deixar claro que, na separação consensual, a sociedade conjugal é dissolvida”.
Argumento “assimili” ou por analogia
É o argumento que pressupõe que a Justiça deve tratar de maneira igual,situações iguais. As citações de jurisprudência são os exemplos mais claros do argumento por analogia,que é bastante útil porque o juiz será, de algum modo, influenciado a decidir de acordo com o que já se decidiu, em situações anteriores.
EXEMPLO 1: O Henrique e o Heitor usam meias e sapatos.
 O Heitor é rico.
 Logo, Henrique também é rico.
EXEMPLO 2: X é como Y
 Y é como A.
 Logo, X é A.
EXEMPLO 3: Este doente tem diarréia,dores abdominais,náuseas,vômitos e anúria.
 As pessoas com esses sintomas geralmente tem cólera.
 Logo este doente tem cólera.
Argumento “contrario sensu” (sentido contrário)
É um tipo de argumento muito comum no discurso jurídico. Significa argumento de interpretação inversa, ou seja, consiste em concluir uma proposição admissível,pela proposição que lhe é oposta.Tem como principal fundamento o princípio da legalidade, assim enunciado: “Ninguém está obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.Logo, tudo que a lei não proíbe,é permitido. Em termos singelos,afirma que,se a presença da hipótese X leva à conseqüência Y,então a ausência da hipótese X impede a conseqüência Y.
EXEMPLO: se o voto é obrigatório para adultos entre 18 e 70 anos, conclui-se que não são obrigados a votar nem os menores de 18 e nem os maiores de 70.Mas para os menores de 16 anos ainda não é permitido.
Argumento “a fortiori” (com maior razão)
Fundamenta-se na asserção de que se alei proíbe ou permite determinada conduta, com maior razão proíbe ou permite uma conduta maior ou menor, respectivamente. “quem pode o mais, pode o menos”.
EXEMPLO: Se é proibida a entrada de cães,também será a entrada de ursos, que é muito mais relevante.Se é permitido dividir um pagamento em três parcelas,também será permitido em duas, em sendo mais simples que o previsto.
Argumento “a completudine”
É o argumento que parte do pressuposto de que o ordenamento jurídico é completo, ou seja, que a lei não contém lacunas, não deve ser omissa e que o juiz não pode deixar, ainda que no silêncio da lei,de apreciar e dar solução a qualquer demanda que diga respeito a lesão ou a ameaça de lesão a direito (artigo 5º, XXXV, da Constituição: “a lei não afastará da apreciação do Pode Judiciário lesão ou ameaça a direito”). Se fundamenta na idéia de que todo sistema jurídico é completo e, portanto, deve conter uma regra concernente a todos os casos que não são regulamentados por disposições particulares.
EXEMPLO: utilizar termo inicial da contagem prescricional civil, para questões de Direito Penal, onde não houver a prescrição específica. Leis,jurisprudência,ordenamento jurídico,legislação.
Argumento “a coherentia” (de coerência)
É aquele que usa da asserção de que dois preceitos normativos não podem regular a mesma situação física.“Não pode regulamentar uma mesma situação de duas maneiras incompatíveis, supõe a existência de uma regra que permite descartar uma das duas disposições que provocam a antinomia”.
EXEMPLO 1: Não é coerente qualificar um único homicídio de doloso e culposo ao mesmo tempo.
EXEMPLO 2: Propaganda enganosa; não provoca prejuízo ao consumidor pena X
 Propaganda enganosa; que provoque prejuízo ao consumidor pena y
Argumento psicológico
É o argumento que procura investigar a vontade do legislador no momento da edição da norma. Tais investigações permitem precisar a razão da lei, reconstruindo a intenção do legislador, pensando nos problemas concretos que ele deveria resolver e em suas intenções.
Argumento “Ad Absurdum” (ao absurdo)
É o argumento que procura demonstrar a falsidade de uma proposição, levando-a ao extremo e chegando a conclusão inaceitável ao senso comum. Pegar a lógica do argumento do outro e ampliá-la até ela ficar absurda.Exagero.Não precisa ser verdade
EXEMPLO 1: "Comer sorvete vai lhe fazer engordar. Aos poucos, vai ficar enorme. Logo chegará a 150 kg e morrerá do coração. Logo, é melhor não comer sorvete para não morrer." 
EXEMPLO 2: A outra preliminar,atinente à ilegitimidade passiva, apreciou-a o ilustre Julgador. Decidiu, contudo, que o Banco XIS S/A e a XIS Promotora de Negócios Ltda. são do mesmo grupo econômico e que há relação de “causa e efeito” entre um e outro.Ora, não é porque compõem o mesmo grupo econômico que as duas empresas – uma companhia, outra limitada; uma sujeita ao controle do Banco Central, outra não; uma com diretoria e conselho de administração, outra com gerência, etc. – são a mesma coisa.O raciocínio da sentença, se levado ao extremo, conduziria a absurdos deste jaez: a Petrobrás S/A e o Banco do Brasil S/A, que têm o mesmo controle, federal, são pessoas jurídicas do mesmo grupo – logo tanto faz ajuizar a demanda contra um, ou contra outro...”
Argumento de senso comum
É o argumento que traz uma afirmação que representa consenso geral, incontestável. São raríssimos, em Direito, porque semprehá possibilidade de interpretação divergente. Existem em casos mais genéricos,um argumento que é massificado; ninguém irá apelar contra, pois é conhecido universalmente.
EXEMPLO: o juiz deve ser imparcial
Argumento de competência linguística
É o uso da variante padrão (culta) da língua, para criar a imagem de um falante com maior conhecimento de causa e dar credibilidade às informações veiculadas.Falar e escrever corretamente e adequadamente.
EXEMPLO: Quando você lê um jornal,a linguagem dele é mais perto da padrão,para parecer mais inteligente.
Argumento de fuga
É aquele que se desvia das questões principais que devem ser defendidas para buscar sensibilização por meio de temas mais subjetivos. Seu uso deve ser comedido, pois se tem forte tendência a confundir o relatório. se vale o advogado para escapar à discussão central, onde seus argumentos não prevalecerão. Apela-se, em regra, para a subjetividade – é o argumento, por exemplo, que enaltece o caráter do acusado, lembrando tratar-se de pai de família, de pessoa responsável, de réu primário, quando há acusação de lesões corporais (ou homicídio culposo) na direção de veículo.
EXEMPLO: O advogado habilidoso, que não tem como negar o crime do réu, enfatiza que ele é bom filho, bom marido, trabalhador,e etc.

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