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Fichamento Períodos da Filosofia

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O período pré-socrático ou cosmológico
Os pré-socráticos buscavam, além de falar sobre a origem das coisas, mostrar que a physis (naturezas) passava por constantes mudanças e que essas eram provocadas por alguma coisa que tentavam conhecer. Por causa das viagens marítimas, da invenção do calendário, da invenção da moeda, do surgimento das polis, da invenção da escrita e da política os gregos passaram a perceber que nada ocorria por acaso e que não existia a interferência de deuses relatados no período mitológico.
A cosmologia surgiu como a parte da filosofia que estuda a estrutura, a evolução e composição do universo, sendo a primeira expressão filosófica apresentada no Período pré-socrático ou cosmológico. Suas principais características são: a substituição da explicação da origem e transformação da natureza através de mitos e divindades por explicações racionais que identificam as causas de tais alterações, defende a criação do mundo a partir de um princípio natural e que a natureza cria seres mortais a partir de sua imortalidade.
No período em que a cosmologia prevaleceu, as pessoas acreditavam que a natureza somente poderia ser conhecida através do pensamento, ou seja, existia a necessidade de pensar para se chegar ao princípio de todas as coisas que forma, a partir de sua imutabilidade, seres sensíveis a transformações, regenerações, mutações capazes de realizar modificações quanto à qualidade e quantidade. Tal mudança – Kínesis – significava tais modificações, além de significar movimentação e locomoção
 (Tales de Mileto,Anaximandro,Anaxímenes.)
Período socrático ou antropológico
Quando a Filosofia investiga as questões humanas, isto é, a ética, a política e as técnicas (em grego, ântropos quer dizer homem; por isso o período recebeu o nome de antropológico).Também conhecido como período clássico. Houve um grande desenvolvimento cultural e científico na Grécia antiga neste período. O esplendor de cidades como Atenas, e seu sistema político democrático, proporcionou o terreno adequado para o desenvolvimento do pensamento. É a época dos sofistas e do grande pensador Sócrates.
Foi neste momento que surgiu na Grécia os seus maiores pensadores, suas sínteses sobre o saber eram de domínio central contra o ceticismo generalizado, vindicavam o direito da razão sobre a simples atitude de descrença. Apesar de ser voltado para as questões da moral, esse período teve um marco fundamental e característico da feição da metafísica.
*desenvolvimento das cidades, do comércio e das artes. Nessa época as pessoas conseguiram sua figura política e o direito de votar.
*democracia/igualdade a todos na polis
(Platão, Sócrates e Aristóteles)
Período sistemático
Quando a Filosofia busca reunir e sistematizar tudo quanto foi pensado sobre a cosmologia e a antropologia, interessando-se sobretudo em mostrar que tudo pode ser objeto do conhecimento filosófico, desde que as leis do pensamento e de suas demonstrações estejam firmemente estabelecidas para oferecer os critérios da verdade e da ciência.
(*Aristóteles se destacou)
Período helenístico ou greco-romano
Nesse longo período, que já alcança Roma e o pensamento dos primeiros Padres da Igreja, a Filosofia se ocupa sobretudo com as questões da ética, do conhecimento humano e das relações entre o homem e a Natureza e de ambos com Deus.
Esse período não considerava as fronteiras que a sociedade impunha, pois achavam que o pensamento filosófico tinha que expandir e que além dessas fronteiras todas as pessoas eram uma única nação, mesmo que não estivessem juntas em um único lugar.
Nesse período ficaram conhecidos quatro sistemas que influenciaram o pensamento cristão: o estoicismo, o epicurismo, o ceticismo e neoplatonismo.
A migração entre a cultura ocidental e oriental fez com que a filosofia ficasse com aspectos místicos e religiosos.
*fusão dos saberes entre oriente e ocidente , relações entre homem e natureza , e de ambos com Deus .
Os principais filósofos pré-socráticos foram:
1 - Escola Jônica (Ásia Menor), cujos principais representantes são Tales de Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso.
2 - Escola Pitagórica ou Itálica (Magna Grécia), cujos principais representantes são Pitágoras de Samos, Filolau de Cretona e Árquilas de Tarento.
3 - Escola Eleata (Magna Grécia), os principais representantes são Xenófanes de Colofão, Parmênides de Eléia, Zenão de Eléia e Melissos de Samos.
4 - Escola Atomista/Pluralidade (Trácia), cujos principais representantes são Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera.
Os principais períodos da filosofia.
Filosofia Antiga: Trata-se do início da Filosofia (φ), da identificação de seus primeiros problemas. A φ Antiga abrange um período que vai do final do séc. VI a.C até o séc.VII d.C. Tendo como espaços iniciais as cidades-estados da Grécia, chamadas polis, seu desenvolvimento atingiu várias cidades do Império Romano, inclusiva no norte da África.
Os escritos da época foram produzidos, e geral, em grego e latim, mas os espaços culturais onde φ Antiga se desenvolveu eram bastante heterogêneos. Muitos textos desses pensadores acabaram se perdendo, restando-nos apenas alguns livros e fragmentos.
Filosofia Medieval: A φ Medieval se desenvolveu no período que vai do século VIII ao séc. XIV. Seus espaços foram, principalmente, os mosteiros e ordens religiosas européias, onde a Igreja Católica tinha hegemonia.
Entretanto, houve manifestações filosóficas fora do mundo cristão, em especial no mundo árabe e judeu. A φ Medieval foi uma das responsáveis pela criação das universidades. Sua principal discussão: a relação entre a fé e razão, ou seja, a tentativa de separar o que pertenceria a Deus (teologia) e que pertenceria aos homens (filosofia).
Filosofia Moderna: Iniciada no séc. XIV, φ Moderna se estende ate o final do séc. XVIII, no continente europeu. Nessa época, a Europa foi palco do desenvolvimento do capitalismo, da formação dos Estados Nacionais, das grandes navegações e dos processos de colonização e formação dos impérios.
A Igreja Católica dividiu a hegemonia com o protestantismo e com as ideias que incentivavam a liberdade do homem frente à religião. Sua s pela criação das universidades. Sua principal discussão: a relação entre a fé e razão, ou seja, a tentativa de separar o que pertenceria a Deus (teologia) e que pertenceria aos homens (filosofia).
Filosofia Contemporânea: A φ Contemporânea se estende do final do séc. XVIII até os nossos dias. É possível dizer que seus problemas inspiram-se na Revolução Francesa e na revolução Industrial, com a crescente desumanização do processo social de produção.
Seu espaço central ainda é a Europa, mas cada vez mais atinge outros espaços, como por exemplo, os Estados Unidos.
PATRÍSTICA
 Por Patrística entende-se o período do pensamento cristão que se seguiu à época do novo testamento e chega até ao começo da Escolástica, isto é, os séculos II – VIII da era vulgar. Este período da cultura cristã é designado com o nome de Patrística, e representa o pensamento dos Padres da Igreja, que são os construtores da Teologia Católica, guias e mestres da doutrina cristã.
A Patrística é contemporânea do último período do pensamento grego, o período religioso, com o qual tem fecundo, entretanto dele diferenciando-se profundamente, sobretudo como o teísmo se diferencia do panteísmo. E também contemporâneo do império romano, com o qual também polemiza, e que terminará por se cristianizar depois de Constantino.
     A partir desse período, não aconteceu mais filosofia sem se pensar na religião e na fé do povo, o porquê as pessoas acreditavam em algo superior e a esse algo, prestavam culto. 
ESCOLÁSTICA
 A Escolástica representa o último período da história do pensamento cristão, que vai do início do séc. IX até ao fim do séc. XV. Este período do pensamento cristão é denominado ESCOLÁSTICO, porque era a filosofia ensinada nas escolas da época por mestres chamados escolásticos. Diversamente da patrística, cujo interesse é acima de tudo religiosoe cuja glória é a elaboração da teologia dogmática católica, o interesse da escolástica é, acima de tudo, especulativo, e a sua glória é a elaboração da filosofia cristã. Tal elaboração será plenamente racional, consciente e crítica, apenas Tomás de Aquino, que levou a escolástica ao seu apogeu. Neste período, aconteceram grandes avanços na área filosófica, devido ao pensamento gnosiológico, místico, dialético, metafísico e moral.
Aspectos da Filosofia contemporânea
Esse período por ser o mais próximo de nós, parece ser o mais complexo e o mais difícil de definir, pois as diferenças entre as várias filosofias ou posiçõesfilosóficas nos parecem muito grandes.
História e Progresso
O século XIX é, na filosofia, o grande século da descoberta da história ou da historicidade do homem, da sociedade, das ciências e das artes.
A visão progressista da humanidade foi também desenvolvida pelo filósofo Auguste Comte, que atribuía o progresso ao desenvolvimento das ciências.
“saber para prever, prever para prover”
No séc. XX a ideia de progresso passou a ser questionada, pois servia de desculpa para legitimar colonialismos e imperialismos.
 O MAIS adiantados – dominando os menos adiantados (atrasados).
 “Passa-se também a criticar também a ideia de progresso das ciências e das técnicas, mostrando-se que, em cada época histórica e para cada sociedade, os conhecimentos e as práticas possuem sentido e valor próprios, levando em conta cada sociedade e sua historicidade”.
As Ciências e as Técnicas
No século XX, a filosofia passou a desconfiar do otimismo científico-tecnológico.
As ciências e as técnicas foram incorporadas a grandes complexos industriais e militares, que financiam pesquisas e definem o que deve ser pesquisado e como serão utilizados os resultados.
Exemplo: Complexo industrial-militar das grandes potências mundiais.
Razão Instrumental e Razão Crítica
A razão instrumental é a razão técnico-científica, que faz das ciências e das técnicas não um meio de liberação dos seres humanos, mas um meio de intimidação, medo, terror e desespero.
A razão crítica é aquela que analisa e interpreta os limites e os perigos do pensamento instrumental e afirma que as mudanças sociais, políticas e culturais só se realizarão verdadeiramente se tiverem como finalidade a emancipação do gênero humano.
Os ideais políticos revolucionários
A filosofia do séc. XX, passou também a desconfiar do otimismo revolucionário (anarquismo, socialismo, comunismo) e das utopias e a indagar se os seres humanos, os explorados e dominados serão capazes de criar e manter uma nova sociedade, justa e feliz.
A Cultura
 Século XIX – a Filosofia descobre a cultura como um modo próprio e específico da existência dos seres humanos - estes são seres culturais – a cultura é o exercício da liberdade e também criação coletiva de ideias, símbolos e valores pelos quais uma sociedade faz seus julgamentos éticos. A cultura se manifesta como vida social, como criação das obras de pensamento e de arte, como vida religiosa e vida política. Século XX - A Filosofia afirma que a História é descontínua e que não há a Cultura, mas culturas diferentes – preconiza a pluralidade cultural. 
O Fim da filosofia
 Século XIX – diante do otimismo científico e técnico a Filosofia supôs que as ciências conheceriam tudo e seriam capaz de explicar e controlar todas as coisas. A Filosofia poderia desaparecer. Século XX – a Filosofia duvida e começa a mostrar que as ciências não possuem princípios totalmente certos, seguros e rigorosos para as investigações, que os resultados podem ser duvidosos e precários, e que, frequentemente, uma ciência desconhece até onde pode ir e quando está entrando no campo de investigação de outra ciência. A Filosofia volta a afirmar seu papel de compreensão e interpretação crítica das ciências, discutindo a validade de seus princípios, etc..
A maioridade da razão
 Século XIX - O otimismo filosófico triunfava e a Filosofia afirmava que os seres humanos haviam suplantado a superstição, as explicações mágicas e fantásticas da realidade e alcançado a maioridade racional. A razão havia se desenvolvido plenamente e com isso conheceria integralmente a realidade a as ações humanas. A Punhalada veio com Freud (que descobriu a força do Inconsciente) e com Marx (que trabalhou a questão da Ideologia). A Filosofia se viu obrigada a reabrir a discussão sobre o que é e o que pode a razão, sobre o que é e o que pode a consciência reflexiva ou o sujeito do conhecimento, sobre o que são e o que podem as aparências e as ilusões. Também a Filosofia reabriu discussões em torno das questões éticas e morais.
Infinito e infinito
 Século XIX – herdeiro da tradição cristã – o mais importante sempre foi a ideia de infinito. Prevalecia a ideia de todo ou de totalidade, da qual os humanos fazem parte e participam. Século XX – A Filosofia dá mais importância ao finito – ao que surge e desaparece, ao que tem fronteiras e limites. O Existencialismo define o homem como um ser para a morte – um ser que sabe que é temporal e que termina e que precisa encontrar em si mesmo o sentido de sua existência. O homem enfrenta sua finitude por meio das artes e da ação revolucionária (isso para dar sentido à brevidade e finitude de sua vida. Também valoriza a Filosofia da Diferença.

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