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Fatores que determinam a escolha do método de lavra
Forma do corpo, comprimento, largura e espessura do corpo de minério determinam a dimensão máxima da abertura do alargamento;
Mergulho do depósito – determina o uso da gravidade nas operações;
Profundidade da operação – em grandes profundidades, os fraturamentos e as fraturas são mais pronunciados ficando as aberturas muitas vezes frágeis, sendo necessário, às vezes, recorrer a outros princípios;
Fator Tempo – a razão tensão X deformação em rochas expostas modificam-se com o tempo, com a alteração e oxidação das rochas, tornando-as menos resistentes;
Teor dos depósitos – depósitos de baixo teor requerem, por razões econômicas, métodos de produção não seletivos que freqüentemente limitam a porcentagem de recuperação possível. Minérios de alto teor justificam métodos que determinam maior recuperação e menor seleção;
Tensões e características físicas do minério, das rochas encaixantes e do capeamento, isto é, poderão influenciar na competência, subsidência, facilidade de perfuração, características de fragmentação, meios adequados de remoção do desmontado, necessidade de ventilação e bombeamento.
- Comprimento, largura e espessura do minério determinam as dimensões possíveis das aberturas necessárias à recuperação da RESERVA LAVRAVEL e as características geomecânicas do maciço, minério e encaixantes, definem o quanto desta reserva poderá ser lavrado com o método escolhido (RESERVA RECUPERÁVEL).
- Mergulho do depósito, determina o maior ou menor aproveitamento da força da gravidade na operação.
- Mergulho do corpo de minério, determina o uso da gravidade nas operações.
- Profundidade de operação, permite notar que geralmente o fraturamento se acentua com a profundidade e as aberturas via de regra se tornam mais frágeis e tendem a ser necessário o emprego de enchimento ou abatimento.
- Fator tempo e alterabilidade permitem verificar que a tensão / deformação, ou melhor, a resistência das rochas, tende a diminuir com o tempo e com a alteração das rochas (oxidação, etc...).
- Teor de minério: minérios de baixo teor, baixo valor, exigem métodos menos seletivos, portanto, menores recuperações, enquanto o contrário ocorre para minérios de alto teor e alto valor.
- Disponibilidade de capital: os investimentos iniciais na mina são altos, embora os custos de produção sejam baixos. Se o minerador não tem capital suficiente para escolher um método de maior lucro total, mas que exija maior capital inicial, escolhe um método de menor lucro final porém, que lhe dê retorno mais rápido. Isto é, que inicie a produção mais cedo.
- Proximidade de outros corpos de minério: se as aberturas forem próximas a outros corpos de minério, pode haver concentração de tensões e desenvolvimento de grandes esforços próximo aos serviços, o que exigirá construção de fortes pilares, uso de enchimento ou outras obras de sustentação e que podem onerar bastante os custos.
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-.Tensões e características geomecânicas do minério e das encaixantes podem influenciar na competência, subsidência, facilidade de furação, características de fragmentação, meios adequados de remoção do desmontado, sistema de ventilação e de bombeamento para esgotamento da mina. As características geomecânicas incluem:
Tipo de rocha;
Tipo e extensão das alterações geológicas;
Superfícies de menor resistência, tais como planos de aleitamento, estratificação, xistosidade, clivagem mineral consistente, falhas, foliação, juntas, cavidades, espaçamentos e configuração presente da estrutura da rocha, tensões tectônicas;
Fragilidade das paredes do depósito e das próprias formações nas escavações;
Tendência do material valioso para produzir finos e lamas (ouro);
Tendência à oxidação esquentando o minério (chama sulfídrica –SO2).
Tendência a formação de massas compactas ou se aglomerar após o desmonte;
Presença de inchamento no chão de mina;
Abrasão, friabilidade, possibilidade de estouro de rochas nas aberturas com grandes tensões;
Ocorrência de água: porosidade e permeabilidade do minério e das encaixantes, etc...
As principais etapas para se executar a lavra a céu aberto são:
Desmatamento – retirado de espécies vegetais de pequeno porte para posterior armazenamento;
Destocamento – retirado de árvores de grande porte para diversas utilizações. Ex. móveis construção de casas, replantio, celulose, etc.
Decapeamento – retirada da camada fértil de solo rica em húmus para armazenamento posterior junto com as etapas anteriores, para reutilização futura na recomposição do sítio minerado;
Extração do mineral por meio dos métodos citados anteriormente; 
Recuperação Ambiental da área minerada de acordo com um plano pré-determinado.
	Métodos
	Lavra em tiras horizontais
	Lavra em cava
	Lavra em encostas
	Aplicações
	Corpo mineral horizontal ou pouco inclinado
	Corpo mineral com grandes inclinações em superfície plana
	Corpo mineral com grandes inclinações em morros
	Lavra
	Frontal com pequenas profundidades
	Bancadas descendentes atingindo grandes profundidades
	Bancadas ascendentes
	Impactos Ambientais
	Paisagem/relevo, solo, ar, água, fauna, flora, etc.
	Paisagem/relevo, solo, ar, água, fauna, flora, etc.
	Paisagem/relevo, solo, ar, água, fauna, flora, etc.
Fatores que determinam a escolha do método de lavra:
Espessura relativa do capeamento e do minério;
Tamanho do corpo mineral;
Custo relativo entre lavra subterrânea e céu aberto;
Custos de desenvolvimento;
Condições climáticas;
Topografia;
Disponibilidade de mão-de-obra especializada;
Capital disponível.
CONCEITUAÇÃO – Método de lavra é a coordenação do conjunto do trabalho, para a retirada mais completa, mais econômica, mais segura e mais rápida do minério ou massa mineral. Obviamente o método mais eficaz para certa situação será aquele que minimize os problemas atendendo aos requisitos acima citados.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA LAVRA SUBTERRÂNEA
ABANDONO DE PILARES (com freqüente necessidade de perda parcial de minério).
ENCHIMENTO COM ESTÉRIL DAS ABERTURAS EXECUTADAS (propiciando suporte permanente das encaixantes e prosseguimento do desmonte).
ABATIMENTO CONTROLADO DO CÉU DE MINA (fechando, desta forma as aberturas desnecessárias e possibilitando a extensão da lavra).
	1) - Alargamentos Mantidos ou Suportados, 
(com ou sem pilares)
	2) - Alargamentos Abatidos
(ou não mantidos)
	Abertos com sustentação natural
(com ou sem abatimento subseqüente)
	Abertos com sustentação artificial
(com ou sem abatimento subseqüente)
	Abatimento
do Céu
	Abatimento
por sub-nível
	Abatimento
em blocos
	Descendente
	Ascendente
	Frontal
	Emadeirados
	Enchidos
	
	
	
	
	
	Esteiado
	Estrutura retangular
	Corte e Enchimento
	
	
	
Sub-nível
	Recalque
Frente
 horizontal
	Recalque
Frente corrida
	
	
	Descendente
	Ascendente
	
	
	
	
	
	
	Frente Corrida
	Tiras Horizontais
(Frente estagiada)
	
	
	Alargamentos Abertos
	Alargamentos Enchidos
	Alargamentos Abatidos
	Métodos
	Salões e Pilares
Subnível
*Recalque
	*Recalque
Corte Enchimento
	Abatimento em Bloco
Abatimento por Subnível
	Aplicações
	Minério e rochas encaixantes fortes
	Minério e rochas encaixantes frágeis
	Utilizado em ambos os casos
	Lavra
	Frontal ou ascendente
	Ascendente ou descendente
	Ascendente
	Impactos Ambientais
	Pouco impacto cuidado com a resistência dos pilares.
	Muito pouco impacto, o estéril ou rejeito é colocado no subsolo para servir de suporte.
	Causa subsidência (abatimento da superfície) depende da profundidade
*A céu aberto: método de bancos em cava ou encostas dependente das condições topográficas do terreno, onde a profundidade máxima da cava dependerá diretamente do teor e da relação estéril/minério, como também, as dimensões das plataformasde trabalho dependerão da produção e da conveniência dos equipamentos;
*Subterrânea: lavra desenvolvida no subsolo em função de dois condicionantes, um é a geometria do corpo (inclinação e espessura) e o outro são as características de resistência e estabilidade dos maciços que constituem o minério e suas encaixantes. As variações do método ocorrem sob a forma de abertura de poços, túneis e galerias nos maciços das encaixantes ou aplicação de métodos ou técnicas mais sofisticadas como realce auto-portantes (câmaras e pilares, subníveis e VCR – Vertical Crater Retreat); suporte das encaixantes; e abatimento em minas de grande porte;
a) Realce auto-portantes: método que costuma exigir elevada continuidade e homogeneidade da qualidade do minério possuindo alta produtividade face á simplicidade das operações conjugadas empregadas;
Câmaras e pilares: método que se presta bem á mecanização, desde que a espessura da camada permita a operação de equipamentos em seu interior;
Subníveis: o método permite grande variação em sua aplicação, as perfurações podem ser
descendentes, ascendentes ou radial, no Brasil é bastante empregado em vários locais;
VCR – Vertical Crater Retreat (Recuo por Crateras Verticais): método de grande importância na
mineração por ter permitido, pela primeira vez, a recuperação de pilares aumentando as recuperações na lavra. A perfuração nesse método é sempre feita no sentido descendente.
b) Suporte das encaixantes: os mais comuns são o recalque (shirinkage) e o corte e enchimento (corte e aterro). Método de menor produtividade quando comparado com aberturas auto-portantes em condições similares. A menor produtividade se justifica em função dos desmonte menores, de um maior número de operações conjugadas e da dificuldade própria de manuseio do minério em recalque ou enchimento.
Recalque: método que não se presta bem á mecanização, pois existe uma relação entre as
dimensões dos equipamentos de perfuração e a espessura e inclinação da camada para que essa permita a operação dos equipamentos no seu interior.
Corte e enchimento: método que permite lidar com variações quanto á continuidade e
homogeneidade da qualidade do minério, provendo diluição e recuperação aceitáveis. Quando o material de enchimento é o próprio estéril, configura-se o enchimento dito mecânico, que pode ser feito com ou sem adição de cimento; quando o material do enchimento é o rejeito do beneficiamento (backfill), cimentado ou não, configura-se o rejeito hidráulico.
c) Abatimento: os mais comuns são o abatimento em subníveis (sublevel caving), por blocos (block caving) e longwall. No Brasil pratica-se o abatimento em subníveis.
Subníveis (sublevel caving): método de perfuração ascendente no qual o teto vai sendo abatido de acordo com o encerramento das atividades de extração das galerias;
ALARGAMENTOS MANTIDOS ABERTOS
CONCEITUAÇÃO - Alargamento mantido aberto é aquele em que uma parede ou teto (céu de mina) não é suportada senão, para controlar localmente algum terreno frágil e instável. Assim pressupõe-se que os métodos, de modo geral, não lançam mão de suportes artificiais. A sustentação do terreno é feita com o abandono de pilares, sistemática ou, assistematicamente. Cavilhamento associado à colocação de telas de aço pode ser usado para controlar a fragilidade local no terreno.
Os métodos expostos a seguir, na realidade, não chegam a se constituir métodos de lavra mas, técnicas especiais de progresso das frentes de desmonte que, funcionam como métodos auxiliares, permitindo lavrar regiões em que se torne adequada a sua aplicação.
APLICAÇÕES – O alargamento mantido aberto, de um modo geral, requer céu e minério fortes. O corpo de minério pode ter qualquer mergulho e qualquer potência mas, as tiras são limitadas ao comprimento econômico devido ao transporte ou à imposição de colocação de esteios, cavilhas, abandono de pilares, (caso de potências grandes onde não é fácil a sustentação). No caso de lavra descendente, o minério pode ser fraco contanto que o céu de mina seja forte.
São amplamente indicados para várias e diferentes condições de mergulho e extensão da jazida, características do material e teor do minério.
Pressupõe usualmente, minério e encaixantes fortes.
Desde que pilares sejam utilizados para suporte de minério ou como teto, esta parte da reserva não é recuperada se o valor do minério for baixo. Porém, se o valor for alto deverá ser incorporado ao sistema de lavra, algum método de recuperar os pilares, usualmente realizado após completada a abertura de uma área.
Possibilidade de mineração seletiva variável com o mergulho: mergulho suave e alto grau de seletividade são possíveis.
A classificação subterrânea do minério é possível em depósitos tabulares estreitos mas limitada à extensão em mergulho.
3.4.1.1) LAVRA DESCENDENTE
	
CONCEITUAÇÃO: (a face de desmonte está abaixo do perfurador). Conecta-se o nível de cima com o de baixo por uma descida iniciando-se a lavra em degraus, do nível de cima para o de baixo. O minério desmontado é arremessado pelos degraus (bancos) formados (figura 4) sucessivamente, até atingirem a decida e, posteriormente, o nível inferior, com mínimo de transporte mecânico e utilização da gravidade (Figura 3).
APLICAÇÃO: É mais aplicado a jazidas com 40ª a 60o. A espessura ideal é de 3 m .è muito usado como método auxiliar do desmonte para áreas de mina em que as condições sejam bastante favoráveis.
VANTAGENS:	- alto rendimento na perfuração;
			- pequeno consumo de material para suporte;
			- uso da gravidade para transporte de material;
			- furação para baixo;
			-menor perda com finos.
DESVANTAGENS:	 - seleção no alargamento é difícil, principalmente para mergulhos mais acentuados;
				 - alguns perigos para os homens que trabalham nos bancos inferiores com dificuldade de acesso;
				 - pequena possibilidade de separar estéril do minério desmontado;
				 - todo minério desmontado converge para o chute inferior o que limita a extração e pode interferir no manuseio econômico.
3.4.1.2) LAVRA ASCENDENTE
CONCEITUAÇÃO: (a face de desmonte está acima do furador). É um método de lavra limitado a minérios auto-suportáveis na frente de desmonte, isto é, fortes,com mergulho maior que 60o sendo aplicáveis também ao caso de mergulhos entre 30e 60o , requerendo nestes casos suporte para os furadores. O ataque é ascendeste a furação de baixo para cima e se lavra em tiras. Conecta-se o nível inferior com o superior, passando-se sucessivamente para as tiras superiores. Na primeira tira, na abertura do alargamento, fazem-se chutes e paliçadas de 5 em 5m e entrada lateral para o pessoal. Lavra-se a primeira reta enchendo-se os carros com o desmontado nos chutes que terminam na central de transporte ou em galerias a ela conectadas. O chute é protegido por pilar ou lastro de madeira. Nas demais tiras é necessário construir suporte para a furação (plataformas) estivadas que também suportam as paredes (mergulho de 40 a 60o). A altura vertical das estivas é de 2,5 a 3m e são colocadas à distância de 1,6 a 2m. É possível usar-se platô com 7,6m. Estas técnicas são usadas em mergulhos fortes. (Figura 4).
APLICAÇÃO: as mesmas da lavra descendente.
VANTAGENS:	- Permite lavra partes altas e com altos intervalos de nível.
			- É possível a seleção sistemática do minério.
			- É possível alguma seleção sistemática do desmontado: o alargamento permite isto.
			- O trabalho é seguro e as condições de aplicação mais elásticas.
			- O deslocamento do minério para o nível inferior se dá por gravidade. Existem vários chutes e o escoamento não se estrangula como na lavra descendente.
DESVANTAGENS: O rendimento de perfuração é reduzido.
				 Em mergulhos superiores a 45o necessita uso de plataformas para furação.
				 Uso de muito material de suporte.
				 Grandes perdas com finos.
3.4.1.3) LAVRA FRONTAL
CONCEITUAÇAO:- Este é um método de desmonte do terreno em qualquer sistema de abertura. O avanço próximo à horizontal mantém uma face vertical ou FRONTAL no minério com, usualmente 3 a 3,6m de altura, ou menos, tendo sido desmontado do topo até o chão. Neste caso è um método aplicado a corpos com até cerca de 6m de potência. Usualmente o teto é suportado por pilares permanentes ou, semi-permanentes. Os pilares são às vezes reforçados. A percentagem de minério abandonado nos pilares depende de:
- As características do teto que determinarão o vão máximo tolerável sem escoramento, isto é, a distância entre pilares.
O caráter do chão, quando friável implica em pilares de grandes áreas, bastante próximos e sua resistência não pode ser ultrapassada.
Minérios fortes determinarão a reação mínima dos pilares para resistirá à pressão das rochas sobrepostas.
A profundidade onde se encontra o alargamento é que determinará o peso total a ser suportado pelos pilares.
		Em jazidas tabulares com menos de 3,6 a 4,5 metros de espessura. O método assemelha-se a passagem de grandes galerias cortadas entre minérios, com intervalos deixados como pilares. (Figura 5).
SALÕES E PILARES: - é alargamento típico de lavra frontal mais sistemática do que no caso anterior. Os salões e os pilares são geralmente retangulares e planejados com certa regularidade matemática. Os pilares podem ser deixados como suportes permanentes ou recuperados posteriormente (normalmente no retorno). O tamanho dos salões depende de vários fatores entre os quais , a resistência á deformação dos materiais do teto, a profundidade dos trabalhos, a largura necessária para operação do maquinário, vida do salão, espessura do corpo de minério, etc. A Figura 6 apresenta a visualização de um exemplo de alargamento por salões e pilares. Um outro exemplo refere-se á mina de urânio do Distrito do Lago Eliot, Canadá, cujo plano geral do alargamento é apresentado a seguir. Neste caso, as áreas de lavra são divididas em salões retangulares, com espaçamento regular em corpo de minério inclinado, separados por pilares. Os salões são iniciados com a introdução de uma subida piloto acompanhando o mergulho do corpo, de onde partem cortes cruzados, como mostra a Figura 7. Como a lavra avança com a perfuração, detonação e remoção do minério desmontado, cada salão guarda aproximadamente as dimensões de 20m de largura, 76 m de comprimento por 48m de altura, com inclinação de 19o. O teto do salão é reforçado com cavilhas espaçadas regularmente em uma rede padronizada. Os pilares tem de 4,o a 6,0 m de largura e se estendem por todo o comprimento do salão. A extração do minério em DENILSON era aproximadamente de 68% na primeira vez e atingia 80% com as outras etapas de lavra, com a recuperação dos pilares à época (década de 1970).
APLICAÇÕES: - O método é aplicado em:
Corpos de minério pouco valiosos que permitem consideráveis perdas do minério em pilares.
Depósitos com espessura que não excedam 60 metros. Depósitos espessos podem ser lavrados, mas as perdas em pilares e os danos no teto devido ao fraturamento podem ser grandes. A segurança não é boa.
Corpos horizontais e de mergulho moderado, não excedendo 40o.
Minério, capa e lavra firmes para minimizar o uso de pilares.
Não é usado para minas de grande declive.
VANTAGENS:
Baixo custo.
Possibilidade de seleção do minério no alargamento, abandonando-se desmontado estéril que foi classificado np salão.
Possibilidade de completa mecanização na perfuração, carregamento e uso de equipamentos com esteira.
A lavra é iniciada rapidamente.
DESVATAGENS:
Grandes perdas de minério com pilares.
Perigo e possibilidade de abatimento das paredes. Se as paredes são fissuradas e apresentam juntas paralelas e fendas, há possibilidade de se desprenderem em grandes pedaços.
MÉTODO DE SUBNÍVEL (Alargamento aberto – “sublevel open stopes”)
CONCEITUAÇÃO: - É também um método de lavra ascendente de alargamento aberto. O minério é lavrado a partir de sub-níveis, estes previamente abertos e sistematicamente dispostos sustentados por pilares. As dimensões do alargamento são determinadas pelas características do minério. O método comporta inúmeras variantes. É de baixo custo por tonelada extraída.
APLICABILIBILIDADE: - Na situação ideal, o método requer:
Céu e chão fortes, corpos potentes e minério firme.
Minério de teor baixo e uniforme: o método não é seletivo.
Indicado para corpos homogêneos, de contatos regulares de grande mergulho.
VANTAGENS:
O método é seguro, trabalha-se com céu e chão firmes e com fácil acesso.
Pouco ou nenhum consumo de escoramento.
Pode dar grande produção em muitas frentes de desmonte trabalhando simultaneamente.
A força de gravidade auxilia a fraturar e quebrar o material na queda, diminuindo o consumo de explosivos.
O método é bastante flexível.
DESVANTAGENS:
O método não oferece seletividade e por isto requer minério homogêneo.
Requer grande investimento inicial com desenvolvimento, antes que possa produzir.
Requer maior ventilação (maior volume de ar por tonelada produzida).
Deixa grandes áreas abertas e não abatidas.
Há perdas e diluição do minério. Se o minério tem tendência a se fraturar em grandes blocos tem-se que fazer fogo secundário em nível de grelhas cima das subidas-travessas, exigindo um desenvolvimento desses níveis.
MÉTODO DE RECALQUE
CONCEITUAÇÃO: - E um método de lavra ascendente intermediário entre os de alargamentos mantidos abertos e os de alargamentos enchidos embora, após a retirada do desmontado, confirme-se a condição de alargamentos abertos. O minério desmontado fica parcialmente retido no alargamento servindo de suporte aos operários na perfuração, já que o método é ascendente. Há sempre uma produção aproximadamente constante que é função do empolamento do minério (cerca de 35% do desmontado) durante a fase da lavra em que se procede a furação nas frentes. Com o término dos serviços no alargamento, o minério lavravel sendo todo desmontado, o alargamento é esvaziado a uma taxa de retirada bem maior, retirando-se o desmontado que servia de suporte aos trabalhos dentro do alargamento, esvaziando-se. O alargamento pode ser enchido após a conclusão da extração.
APLICABILIDADE:
Minério e encaixantes fortes evitando escoras.
Corpos fortemente mergulhantes e/ou com potencia até 15m.
Minérios que não suportam aberturas largas.
Corpos bastante regulares em teor, forma e com paredes que não apresentem esfoliação na operação para evitar perdas e contaminações.
Mergulho superior a 60o permitindo a descida natural do desmontado.
Características físicas e mineralógicas do minério devem permitir e prevenir o recalque: isto é, não deve empastar formando massas compactas e nem ser sulfetado para evitar a combustão espontânea (liberação de SO2 e formação de H2SO4).
Os limites do depósito devem ser bem regulares
Em veios estreitos a extração é praticamente completa
VANTAGENS:
Baixo custo no desenvolvimento e boa recuperação.
Pequena despesa com madeiramento.
Ventilação de baixo custo.
Trabalho simples e fácil, dispensa a movimentação de desmontado junto as frentes de desmonte (paleamento e outros).
Desenvolvimento simples e rápido. Rapidez no inicio de produção.
Permite lavrar com menor investimento que no outros métodos.
Grandes blocos podem ser rebentados no alargamento prevenindo o entupimento dos chutes.
Grande número de homens pode trabalhar com segurança no alargamento.
DESVANTAGENS:
Ocorre sempre esfoliação do estéril e conseqüente diluição do minério.
Não se pode selecionar minérios diferentes no alargamento: iniciado o alargamento tem que ser continuado e são rígidas as suas condições de aplicação.
Difícil de lavrar zonas ricas e o desmonte deve ser relativamente fino para não entupir os chutes.
Requer armazenamento temporário do minério desmontado acarretando ônus (juros e desvalorização).
Nãose aplica a minérios sulfetados.
Há possibilidade de perda de minério junto às paredes,áreas não exploradas.
Às vezes é necessário encher o alargamento prevenindo abatimento.
COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DE SUBNÍVEL E O MÉTODO DE RECALQUE.
– Vantagens do Método de Sub-nível sobre o Método de Recalque
Há menor risco de fogo para minérios sulfetados.
Menos consumo de explosivos.
É mais flexível.
O acesso às frentes é mais fácil.
Usa poucos homens na perfuração que pode ser mecanizada. A furação longa é mais eficiente.
– Vantagens do Método de Recalque sobre o Método de Sub-nível
Requer menor e mais rápido desenvolvimento.
As paredes do alargamento são suportadas pelo minério, diminuindo a contaminação.
O minério pode ser fragmentado mais fino no alargamento.
O método pode ser usado em rochas mais frágeis.
Requer menor investimento inicial para colocar os alargamentos em produção.
ALARGAMENTOS SUPORTADOS
CONCEITUAÇÃO: - São aqueles utilizados quando as paredes de rocha ou, de minério são fracas ou, os alargamentos auto-suportáveis falharem tornando-se necessário algum escoramento para a sustentação da mina. Nestes locais, para evitar a queda de rochas para dentro das escavações ou o estreitamento e até obstrução das passagens de minério, ou quando o dimensionamento de pilares de segurança no minério confiscarem grande parte da reserva lavravel a ponto de comprometer a rentabilidade do sistema, a sustentação passa a ser reforçada ou totalmente substituída por sistemas de escoramento artificial. Durante muitos anos a madeira e foi o único material empregado para este fim em corpos estreitos que não se adequassem ao método de recalque, mas com o encarecimento e mesmo, por razões ambientais, outros materiais e, até o próprio material saído de pedreiras internas desenvolvidas na mina para este fim (alvenarias de pedra), passaram a substituir a madeira e hoje ela é pouco empregada. Com o aprofundamento da mina e o aumento do custo de escoramento, surgiram métodos alternativos de escoramentos.
	Nos últimos 45 anos passados a tendência pelo emprego de madeira foi mudada para o emprego de métodos de corte e enchimento que evoluíram bastante pelos seguintes fatos:
A referida escassez de madeira e o aumento de seu custo.
O aumento de custo da mão de obra e a carência de profissionais de carpintaria habilitados a este serviço.
O desenvolvimento de métodos de escoramento do céu de mina,tais como cavilhamento, protegendo as escavações de queda de materiais do céu e paredes da mina.
O desenvolvimento da tecnologia de enchimento hidráulico que permite fácil transporte e deposição do material de enchimento para as áreas de grades esforços, permitindo equilibrar tensões e estabilizar o terreno. Estes enchimentos podem se preparados para o rígido suporte das paredes e vazios e o provimento de pisos regulares e adequados aos trabalhos regulares e tráfego intenso.
ALARGAMENTOS EMADEIRADOS
ALARGAMENTOS ESTEIADOS:
CONCEITUAÇÃO: - Método de lavra ascendente que depende de pilares artificiais (alvenarias) de rocha estéril onde esteios de madeira (hoje em parte substituídos por suporte de aço) são adaptados através do alargamento para a sustentação das paredes (Figura 16). Os esteios são instalados segundo uma disposição geométrica regular em forma e espaçamento para permitir a formação de piso com tablados para os trabalhos necessários ao desmonte de tiras ascendentes, chutes, passagens e suportes locais, muito do que se perde durante o desenvolvimento. (Figura 17). O suporte é temporário e normalmente associado a enchimento
VANTAGENS:
	1) - Alta extração
	2) – confiável: é digno de confiança para lavrar qualquer espécie de terreno.
	3) – Boa facilidade para suportar os trabalhadores com segurança nas frentes de lavra.
	4) – Ventilação fácil.
	5) – Relativa segurança para incêndios em lavra de minérios sulfetados pois não exige permanência do desmontado no alargamento como no método de recalque.
DESVANTAGENS:
1) – Custos mais altos alem de exigir trabalho de grande elaboração.
2) – Não se presta sozinho à boa mecanização.
3) – Há alto perigo de fogo na madeira, vindo de fontes externas.
4) – A extração é relativamente baixa.
3.4.2.1.2) – ALARGAMENTO COM ESTRUTURA RETANGULAR
CONCEITUAÇÃO: - Neste método as áreas trabalhadas são sistematicamente suportadas por emadeiramento a partir de uma célula unitária constituída de três peças básicas e que se repete com a ampliação da área. Figura 18.
APLICABILIDADE: - No passado este método foi muito usado mas, com o crescimento do custo do trabalho e da madeira e, com a introdução dos métodos de abatimento e os de corte e enchimento, teve seu campo reduzido. As melhores condições para sua aplicação são:
 - Jazidas de minério muito valioso onde é exigida a completa extração, o que é mais importante do que o custo de lavra desde que se garanta o lucro nas operações.
Depósitos com, no mínimo três metros de espessura.
Depósitos de materiais frágeis que demandam suporte sistemático em áreas de trabalho com e madeirados.
 - Jazidas que mudam de condições estruturais com a estruturação, com estruturações diversas e bolsões de formas não definidas.
Jazidas de sulfetos susceptíveis de oxidação. Depois, sendo usado na lavra de terrenos frágeis, porque não se abatem. As estruturas retangulares estão também sendo usadas na recuperação de pilares de mina, entre alargamentos.
DESVANTAGENS:
- Precisa de muita madeira para suporte.
As paredes do alargamento podem se fraturar mais tarde quando as madeiras, se apodrecerem e ficam mais fracas. Isto causará subsidência.
Um trabalho muito intenso e hábil com a madeira, necessário, e pode até ser difícil de se conseguir (falta de mão de obra especializada disponível no mercado).
				
3.4.2.2)	ALARGAMENTOS ENCHIDOS
CONCEITUAÇÃO: - Os métodos se aplicam às condições já colocadas para alargamentos suportados: terreno pouco competente, frágil e que não suporta aberturas amplas.
3.4.2.2.1) CORTE E ENCHIMENTO ASCENDENTE
CONCEITUAÇÃO: - O método emprega uma seqüência em que o minério é retirado em uma séria de tiras paralelas e,como cada fatia é retirada, uma quantidade de enchimento estéril é colocada no alargamento,deixando espaço suficiente para a perfuração nas frentes. O desenvolvimento é feito na maioria das vezes semelhante aos métodos de sub-nível e o de recalque. A lavra é ascendente, do nível de transporte (central) por condução de chutes e passagens de homens (Figura 19). O enchimento é usado como piso �
Os alargamentos podem ser horizontais ou inclinados. A retaguarda é mais facilmente escorada nos alargamentos horizontais do que nos inclinados. Também o uso de furos horizontais no desmonte pode deixar a retaguarda em melhores condições após as detonações do que no caso de furação inclinada ou vertical. Se a fragmentação é pior, a retaguarda é fonte de danos aos mineiros. A retaguarda inclinada tem a vantagem de permitir a retirada do minério da frente com o emprego da gravidade.
	O material empregado como enchimento é rocha estéril de desenvolvimento e exploração na mina que é transportado em vagonetas e descarregado nas descidas de enchimento para os alargamentos que vão ser enchidos. Rejeitos de engenhos são um dos melhores tipos de enchimento. Quando parte das lamas é retirada e os rejeito são espessados a 70% de sólidos, eles podem ser transportados a longa distâncias por tubulações para serem descarregados no alargamento. O cimento pode ser adicionado para aumentar a resistência final do enchimento no seu papel de elemento de escoramento e estabilização do terreno.
APLICAÇÕES:
	Os métodos de corte e enchimento, pode-se dizer que, derivam da aplicação dos métodos de sub-nível e de recalque que, quando aplicados em grandes profundidades, padeciam de recursos para enfrentar o crescimento da diluição e o fraturamento. No cortee enchimento, o material colocado nas escavações tende a estabilizar o terreno e oferecem uma solução para esta questão. Exige, contudo, que o minério seja forte o suficiente para permitir o trabalho seguro por baixo das frentes de desmonte, no caso da lavra ascendente. As paredes podem ser frágeis desde que sejam suportadas ao menos logo em seguida, pelo enchimento. Este método pode ser usado para recuperar pilares de alto teor. Quando o mergulho do corpo de minério for maior que 65o, tem-se diluição.
VANTAGENS:
– Os métodos de enchimento permitem maior grau de seletividade do que o de recalque e o de sub-nível.
.-.Os alargamentos têm ventilação fácil.
 - A diluição pode ser mantida a um mínimo.
 - As paredes divisórias entre dois alargamentos adjacentes podem ser mais estreitas do que seria necessário em outros métodos.
 - O alargamento é flexível para a lavra de depósitos estreitos de alto teor, como pode ser o caso do ouro.
.- As paredes frágeis são sustentadas e a estabilidade geral da mina é mantida pelo enchimento.
DESVANTAGENS:
– O uso de enchimento hidráulico necessita de uma planta para a preparação, bombeamento e condução do enchimento ao alargamento e isto é relativamente caro.
2) – Maior quantidade de homens é necessário para a execução das tarefas relacionadas ao enchimento.
3) – Muita água é adicionada à mina com o enchimento hidráulico e deve ser drenada e rebombeada para fora da mina.
4) – O método é mais caro que o de recalque e que o de sub-nível.
5) – Cimento e areia fina são levados pela água drenada dos enchimentos e pode entupir as bombas de drenagem.
6) – A produção do alargamento é limitada ou é irregular, devido a intermitência no desmonte do minério.
3.4.2.2.2) CORTE DESCENDENTE E ENCHIMENTO:
CONCEITUAÇÃO: - O corte descendente e enchimento é um método de lavra de um bloco de minério por sucessivas camadas ou cortes trabalhando-se do alto para baixo. Depois que uma tira é completamente lavrada, constroem-se paliçadas com vigas longitudinais, por toda a extensão do corte e coloca-se um tablado com vigas transversais arredondadas por cima e o alargamento é totalmente enchido com enchimento hidráulico. A operação é então repetida nas camadas abaixo, Figura 21. Costuma-se adicionar cimento ao enchimento para que se consolide e forme uma laje que vai servir de teto para a próxima camada a ser lavrada.
APLICAÇÕES:
	O método de corte descendente e enchimento foi desenvolvido pela Interntional Nickel,, por volta da década de 50, em suas operações em SUDBURY. Outros métodos inclusive estruturas retangulares não foram capazes de sustentar o terreno ares de Frood que andou sendo mal lavrada durante a segunda guerra mundial.
VANTAGENS:
	Existem poucas. É o último recurso em método de lavra seguro para recuperar minério de alto valor pelo princípio de alargamentos mantidos com enchimento.
	
DESVANTAGENS:
Caro.
Baixa eficiência.
Uso de muito material
3.4.3) - 	ALARGAMENTOS ABATIDOS
CONCEITUAÇÃO: - A lavra por abatimento faz uso do peso do minério ou da pressão que as rochas sobrepostas, ou ainda, ambas para ajudar à fragmentação do minério. Assim, a lavra é mais barata e os suportes de escavações, minimizados. São cortadas seções por baixo do minério, interligadas à central de transporte e depois se provoca o abatimento do minério para dentro destes vazios, retirando-o em recuo. Na queda é possível prever a granulometria final do desmontado que sofre também fragmentação durante a movimentação de descida. Para que o método funcione é preciso que as rochas capeantes acompanhem o abatido e a extração só para quando o estéril começar a chegar nos pontos de extração. Não se pode praticar este método em terrenos que não possam sofrer subsidência (cidades, rios, lagos, mares, etc). As rochas capeantes vão ocupar o lugar onde estava o minério que foi desmontado e retirado. Quanto maior a tendência do minério a se abater sem deixar vazios nesta área desmoronada e, mais cedo as rochas capeantes atinjam os pontos de extração, maior o sucesso do método. É preciso que as galerias que serão mantidas para a retirada do desmontado sejam dimensionadas para suportar as tensões que se desenvolvem na região.
APLICABILIDADE: - Minério e rochas capeantes relativamente fracas que se prestem ao abatimento. A superfície não pode oferecer restrições à subsidência do terreno. O minério pode ser relativamente barato ou pobre pois os métodos são de baixo custo de produção.
3.4.3.1) – ABATIMENTO POR SUB-NÍVEL
CONCEITUAÇÃO: - Este método deriva dos antigos métodos de abatimento do céu ,por tiras e está se tornando muito popular, por permitir melhor mecanização. A prática nas minas de Craigmont, em British Columbia, é um bom exemplo deste método. Lá o método foi introduzido por volta de 1967 para substituir a mineração a céu aberto, quando se notou que os terrenos estavam bastante incompetentes para a utilização de furos longos em aberturas subterrâneas. Percebeu-se também que o abatimento por sub-níveis seria mais econômico que a lavra por corte e enchimento nos terrenos fracos de Graigmont.
APLICABILIDADE – Além das características gerais já comentadas para os métodos de abatimento adicione-se o seguinte: O minério deve ser relativamente homogêneo, regulares e competentes em teor e valor mínimo pois, não oferece qualquer seletividade, onde não se consegue aplicar o método de alargamentos mantidos lavrados por sub-níveis ou se ter desmoronamento compatível com o abatimento em blocos. O método pode ser usado em corpos maciços, corpos de mergulho forte ou outra situação qualquer. É necessário adequar a altura entre os sub-níveis para cada sistema, de acordo com as características do terreno. Com o entendimento do método é possível que ele possa substituir os métodos de corte e enchimento. É também um bom método para lavrar em profundidade, por não depender da competência das paredes das encaixantes. As experiências continuam visando melhorar o controle de extração e reduzir a diluição.
VANTAGENS:
Totalmente mecanizado.
Não há pilares deixados a recuperar.
É alta a tonelagem de operação.
A maior parte do desenvolvimento é desenvolvimento produtivo.
Há oportunidade de ser seletivo em corpos de teor variável mas, ainda é difícil estabelecer esta condição.
É o mais econômico e seguro método para rochas incompetentes ou frágeis.
Tira vantagens da tendência ao abatimento das paredes da rocha.
O método não requer contínua retenção das aberturas de desenvolvimento. Uma vez retirado o minério do nível, não há mais necessidade dos acessos.
3.4.3.2)	ABATIMENTO EM BLOCOS
CONCEITUAÇÃO: - O método de abatimento em blocos envolve o corte por baixo de largos blocos de minério. Isto permite que o bloco deslize e se abata para dentro da escavação realizada.
APLICABILIDADE: - É indicado para veios amplos, leitos espessos, ou depósitos maciços de material homogêneo, capeado por terrenos que tenham habilitação ao pronto abatimento. O terreno deve poder suportar por algum tempo os cortes por baixo dos blocos, realizados na preparação das galerias de extração e aberturas para descalçar o minério a abater que será fragmentado e abatido logo após. As condições mais propícias referem-se aos depósitos de cobre porfirítico quando o capeamento e o minério são frágeis. Os terrenos devem ser relativamente secos. Havendo água capaz de transformar os finos da operação em lama, perde-se a confiança no controle da extração. O método não é seletivo e assim exige a necessidade de uma distribuição uniforme de valores no corpo de minério.
VANTAGENS:
O custo de lavra é baixo.
Permite grande extração.
Requer pouco trabalho.
Consome pouca madeira, logo, há pouco perigo de fogo.
A produção é centralizada e permite boa supervisão.
A ventilação é natural e boa, comparada com os outros métodos.
DESVANTAGENS:
As despesas de capital são relativamentealtas e o tempo entre o desmonte e a extração também é grande.
Há alguma diluição de minério por estéril.
Minério de baixo teor na capa e em blocos podem ser perdidos.
O método é inflexível. Uma vez iniciado, a mudança para um outro método é difícil.
Haverá perturbações caso o minério não se abata, conforme esperado.
DIMENSIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS
Esta compatibilização deve, inicialmente, basear-se em restrições físicas, como, por exemplo: 
- a altura da bancada, condicionando o porte do equipamento de carregamento: 
- pá carregadeira: H = 5 a 15 m 
- escavadeira hidráulica: H = 4 + 0,45cc (m) 
- escavadeira a cabo: H = 10 + 0,57(cc – 6) (m) 
Sendo cc = capacidade da caçamba em m3. 
- o alcance da descarga do equipamento de carregamento, condicionando o porte do equipamento de transporte. 
Observadas estas restrições, a compatibilização dos equipamentos em operação conjugada deve, então, atender a outros fatores que irão afetar diretamente a eficiência da operação, tais como: 
- o número de passes do equipamento de carregamento para encher o equipamento de transporte. Considera-se que de 3 a 5 passes (caçambadas) representam um bom equilíbrio. Um número menor seria preferível, contando que: 
- o tamanho da caçamba da unidade de transporte não seja muito pequeno em comparação com o tamanho da caçamba da unidade de carregamento, resultando em impactos sobre a suspensão e a estrutura do veículo e derramamento excessivo da carga; 
- o tempo de carregamento não seja tão curto que ocasione a demora da chegada da unidade de transporte seguinte, ocasionando um tempo excessivo de espera por parte da unidade de carregamento. 
- o número de unidades de transporte para cada unidade de carregamento. Se este número for muito pequeno poderá ocorrer ociosidade da unidade de carregamento; se o contrário, é provável que ocorram filas dos equipamentos de transporte. 
- o número excessivo de unidades da frota, ocasionando dificuldades de tráfego, manutenção etc. 
As principais considerações na seleção primária dos equipamentos são: 
a) a geologia do depósito; 
b) a necessidade de produção; 
c) a vida útil do projeto; 
d) disponibilidade de capital; 
e) custo de operação; 
f)parâmetros geotécnicos
g)recuperação dos recursos
h)interferências com o meio ambiente
PERFURAÇÃO E DESMONTE
Perfuração por percussão: 
Também conhecido por perfuração por martelo, é o método mais comum de perfuração para a maioria das rochas, os martelos podem ser acionados a ar comprimido ou hidráulicos. 
A perfuração rotopercussiva é o sistema mais clássico de perfuração e o seu aparecimento coincide com o desenvolvimento industrial do século XIX.
As perfuratrizes rotopercussivas geralmente exercem um papel menor quando comparadas com as máquinas rotativas nas operações mineiras a céu aberto. Sua aplicação é limitada à produção das pequenas minas, perfuração secundária, trabalhos de desenvolvimento e desmonte controlado.
Estas perfuratrizes possuem dois sistemas de acionamento básicos, rotação 
e percussão. 
Os equipamentos roto-percussivos se classificam em dois grandes grupos, segundo a posição do martelo: 
 martelo de superfície (Top-Hammer); 
 martelo de fundo de furo (Down The Hole). 
 
Por muitos anos estes equipamentos foram operados, exclusivamente, usando martelos pneumáticos. Nos últimos 15 anos máquinas hidráulicas têm sido introduzidas no mercado. O alto custo de capital das perfuratrizes hidráulicas é compensado por um menor custo operacional e maior produtividade quando comparadas com máquinas pneumáticas.
A perfuração rotopercussiva se baseia na combinação das seguintes ações: 
 Percussão: os impactos produzidos pelas batidas do pistão do martelo originam ondas de choque que se transmitem à rocha. 
 Rotação: com este movimento se faz girar a broca para que se produzam impactos sobre a rocha em diferentes posições. 
 Pressão de avanço: para se manter em contato a ferramenta de perfuração e a rocha é exercida um pressão de avanço sobre a broca de perfuração. 
 Fluido de limpeza: o fluido de limpeza permite extrair os detritos do fundo do furo. 
Em resumo, na perfuração percussiva o pistão transmite energia sobre a rocha através da barra de percussão, das uniões, da haste de perfuração e da broca. O motor de rotação ao encontrar rocha nova, rompe os cortes em pedaços ainda menores. O ar comprimido efetua a limpeza dos furos e a refrigeração das brocas.
Perfuratrizes Pneumáticas 
Um martelo acionado por ar comprimido consta de: 
 um cilindro fechado com uma tampa dianteira que dispõe de uma abertura axial onde é fixado o punho e as hastes de perfuração; 
 um pistão que com o seu movimento alternativo golpeia o punho de perfuração, o qual transmite a onda de choque à haste; 
 uma válvula que regula a passagem de ar comprimido em volume fixado e de forma alternada para a parte anterior e posterior do pistão; 
 um mecanismo de rotação para girar a haste de perfuração; 
 um sistema de limpeza do furo que permite a passagem de ar pelo interior da haste de perfuração e retirada dos detritos da rocha entre as paredes do furo e a parte externa da haste. 
Perfuratrizes hidráulicas 
Uma perfuratriz hidráulica consta basicamente dos mesmos elementos construtivos de uma pneumática. A diferença mais importante entre ambas é que no lugar de se utilizar ar comprimido, gerado por um compressor acionado por um motor diesel ou elétrico, para o acionamento do motor de rotação e para produzir o movimento alternativo do pistão do martelo, utiliza-se um grupo de bombas que acionam estes componentes. 
As razões pela qual as perfuratrizes hidráulicas possuem uma melhor tecnologia sobre as pneumáticas são as seguintes:
 menor consumo de energia: as perfuratrizes hidráulicas consumem apenas 1/3 da energia, por metro perfurado, em comparação com os equipamentos pneumáticos; 
 menor desgaste da broca de perfuração; 
 maior velocidade de penetração: a energia liberada em cada impacto do martelo é superior a do martelo pneumático, resultando em maiores taxas de penetração; 
 melhores condições ambientais: a ausência de exaustão de ar resulta em menores níveis de ruído quando comparadas com perfuratrizes pneumáticas; 
 maior flexibilidade na operação: é possível variar a pressão de acionamento do sistema, a energia por impacto e a freqüência de percussão do martelo; 
 maior facilidade para a automação: os equipamentos são muito mais aptos para a automação das operações, tais como a troca de haste e mecanismos antitravamento da coluna de perfuração. 
Rotação/Trituração 
Foi inicialmente usada na perfuração de petróleo, porém, atualmente, é também usada em furos para detonação, perfuração de chaminés verticais de ventilação e abertura de túneis. Esse método é recomendado em rochas com resistência à compressão de até 500 MPa. 
Quando perfuramos por este método, usando brocas tricônicas, a energia é transmitida para a broca por um tubo, que gira e pressiona o bit contra a rocha. Os botões de metal duro são pressionados na rocha, causando o fraturamento desta, de acordo basicamente com o mesmo princípio da perfuração por percussão. A velocidade normal de rotação é de 50 a 90 rev/min.
1.3.1 Combustão, Deflagração e Detonação. 
Qualquer matéria ao ser excitada por calor, impacto ou onda de choque, pode apresentar as seguintes reações: 
- Combustão: processo lento de liberação de energia (calor), normalmente, a velocidade de reação é de alguns mm/s. 
- Deflagração: Decomposição química por transferência térmica. A reação atinge velocidades de detonação variando de 100 a 1500 m/s, podendo atingir uma pressão de detonação de 50 MPa e temperaturas na faixa de 1270 a 2270 ºC. 
- Detonação: Decomposição química produzida por uma onda de choque. A reação atinge velocidades de detonação variando de 2 a8 km/s, podendo atingir pressões de detonação de 5 a 15 GPa e temperaturas na faixa de 2230 a 4500 ºC.
2.2 AGENTES EXPLOSIVOS SECOS 
2.2.1 ANFO 
Entre os explosivos secos ou granulados, há um universalmente conhecido, formado pela mistura pura e simples de nitrato de amônio (94,5%) e óleo diesel (5,5%) denominado ANFO, sigla esta resultante dos vocábulos ingleses Ammonium Nitrate e Fuel Oil.
As maiores vantagens do ANFO são: ocupar inteiramente o volume do furo, grande insensibilidade aos choques, poucos gases tóxicos e redução do preço global do explosivo (US$ 0,40/kg). As maiores desvantagens: falta de resistência à água, baixa densidade (0,85 g/cm3) e necessidade de um iniciador especial.
2.2.2 Principais parâmetros que afetam o desempenho do AN/FO 
Os explosivos granulados, tipo ANFO, tem o desempenho comprometido pelos seguintes parâmetros: 14 
- presença de água nos furos (os explosivos granulados não tem resistência a 
água); 
- forma de iniciação quanto menor for a massa do iniciador (cartucho ou 
Booster) menor será a velocidade de detonação; 
- diâmetro da perfuração (quanto menor o diâmetro, menor será a VOD); 
- forma da mistura (quanto menos homogênea, menor será o desempenho).
2.3 AGENTES EXPLOSIVOS ÚMIDOS 
2.3.1 Emulsões 
O interesse em explosivos em emulsão deu-se no início da década de 60. Explosivos em emulsão são do tipo “água-em-óleo” (water-in-oil). Eles consistem de microgotículas de solução oxidante supersaturada dentro de uma matriz de óleo. Para maximizar o rendimento energético, enquanto minimiza custos de produção e preço de venda, o oxidante dentro das microgotículas consiste principalmente de nitrato de amônio.
Energia de um explosivo 
A finalidade da aplicação de um explosivo em um desmonte é gerar trabalho útil. A energia liberada pelo explosivo em um furo é utilizada da seguinte forma: pulverização da rocha nas paredes do furo, rompimento da rocha, produção de calor e luz, movimento da rocha, vibração do terreno e sobrepressão atmosférica.
2.5. Seleção dos explosivos 
Na seleção de explosivos, os seguintes itens devem ser observados: 
a) Presença de água nos furos. 
b) Custo unitário. 
c) Tonelagem a ser consumida. 
d) Possibilidade de fabricação na própria mina. 
e) Resistência da rocha e tipos litológicos. 
f) Presença de fendas e cavernas no maciço rochoso. 
g) Diâmetro da perfuração. 
h) Interferências com o meio ambiente. 
3. ACESSÓRIOS DE INICIAÇÃO MAIS COMUNS 
3.1 Estopim e espoleta comum
O estopim de segurança, ou estopim, conduz chama com velocidade uniforme a um tempo de queima constante de 140 s (+/- 10 s) por metro, para ignição direta de uma carga de pólvora ou detonação de uma espoleta simples.
Espoleta simples 
A espoleta simples consta de um tubo, de alumínio ou cobre, com uma extremidade aberta e outra fechada, contendo em seu interior uma carga detonante constituída por uma carga chama primária, ou de ignição, cujo explosivo é a azida de chumbo Pb (N3)2, e uma carga básica de PETN - Tetranitrato de pentaeritritol (C2H4N2O6). A razão destas duas cargas é devido ao fato de que a azida de chumbo é um explosivo fulminante que pode ser iniciado à custa de uma fagulha.
3.2 Cordel detonante 
O cordel detonante é um acessório de detonação consistindo, essencialmente, de um tubo de plástico com um núcleo de explosivo de alta velocidade - nitropenta (C5H8N4O12) - e de materiais diversos que lhe dão confinamento e resistência mecânica.
Vantagens do cordel detonante em relação às espoletas elétricas: 
a) As correntes elétricas não o afetam. 
b) Permite o carregamento das minas em regime descontínuo, com o uso de espaçadores. 
c) É muito seguro, pois, não detona por atrito, calor, choques naturais ou faíscas. 
d) Detona todos os cartuchos, ao longo dos quais está em contato. 
A iniciação do cordel se faz com espoletas simples ou instantâneas, firmemente fixadas ao lado do cordel detonante com fita adesiva, e com sua parte ativa, isto é, o fundo, voltado para a direção de detonação.
Retardo Bidirecional não elétrico para Cordel Detonante 
O retardo de cordel é um tubo metálico, revestido de plástico, iniciado em um dos extremos pelo cordel, ao passar pelo dispositivo, sofre uma queda de velocidade, enquanto queima o misto de retardo. Terminada esta queima, ele detona o cordel na sua extremidade. Os retardos de cordel, denominados “osso de cachorro”
3.3 Tubo de choque – tipo nonel
Consiste basicamente de uma espoleta comum, não elétrica, conectada a um tubo de plástico transparente, altamente resistente, com diâmetro externo e interno de 3 mm e 1,5 mm, respectivamente. O tubo plástico contém, em média, uma película de PETN pulverizada de 20 mg/m de tubo ou 20 g/km, que, ao ser iniciada, gera uma onda de choque, causada pelo calor e expansão dos gases dentro do tubo, que se propaga com uma velocidade, aproximadamente, de 2000 m/s. Essa reduzida carga explosiva, geradora da onda de choque, que se desloca através do tubo, não chega a afetar o lado externo do mesmo, porém, inicia a espoleta instantânea ou de retardo. O sistema oferece inúmeras vantagens quando comparado a outros acessórios. Entre elas, baixo ruído, é insensível à corrente elétricas e parasitas, não destrói parte da coluna de explosivo dentro do furo, diferentemente do cordel, seu tubo não detona nenhum tipo de explosivo comercial, permite a iniciação pontual, contribuindo para diminuir a carga por espera.
Booster (Reforçador) 
Carga explosiva destinada a iniciar explosivos bombeados de baixa sensibilidade (Granulados, Emulsões e ANFO Pesado) ou furos contendo explosivos encartuchados com diâmetro superior a 3”.
Detonador Eletrônico
consiste de uma espoleta de retardo eletrônico, fácil de usar, programável, para todo tipo de desmonte em 32 
mineração e na construção civil, podendo ser usado tanto em obras a céu aberto como subterrâneas.
Carregamento Transporte 
- menor enchimento das caçambas - atraso na pilha de deposição 
- presença de blocos e lajes - pisos irregulares 
- pilha baixa e compacta - ângulos acentuados das 
- aumento nos custos da vias de acesso 
manutenção - aumento nos custos de 
- aumento do ciclo dos caminhões, manutenção 
escavadeiras e/ou pá carregadeira - desgastes dos pneus e/ou das 
- aumento do desmonte secundário correias transportadoras
CONCEITUAÇÃO: - O método emprega uma seqüência em que o minério é retirado em uma série de tiras paralelas e, com cada fatia é retirada, uma quantidade de enchimento estéril é colocada no alargamento deixando espaço suficiente para a perfuração nas frentes. O desenvolvimento é feito, na maioria das vezes, semelhante aos métodos de sub-nível e ode recalque. A lavra é ascendente, do nível de transporte (central) por condução de chutes e passagens de homens (Figura 19). O enchimento é usado como piso de trabalho sendo o minério desmontado e retirado. O chute de madeira e a passagem de homens são instalados ou aumentados para cima e o enchimento adicionado ao novo espaço vazio deixado (Figura 20).