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1 Anais II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 2 APRESENTAÇÃO DO EVENTO O tema do II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica é “A pesquisa como princípio pedagógico e suas refrações na educação básica”. Espera-se que esse tema possa contribuir para aprofundar reflexões sobre a pesquisa como princípio pedagógico através das diversas atividades que o seminário contemplará, favorecendo a troca de saberes e a construção efetiva de conhecimento. O seminário conta com palestras, mesas-redondas, apresentação de pôsteres, relatos de experiência e comunicações orais. Além disso, conta com minicursos e rodas de conversa, enfocando o trabalho com a pesquisa em diferentes áreas do conhecimento, de maneira a contemplar licenciandos e professores já em atuação nas escolas das redes de ensino, envolvendo-os em discussões situadas que contribuam para a reflexão sobre sua prática pedagógica e sobre o espaço da pesquisa na atuação docente e na sala de aula. O Seminário tem como finalidade a constituição de um fórum de troca de saberes entre professores licenciados em atuação nas redes públicas (federal, estadual e municipal), particular de ensino e licenciandos dos cursos de graduação da UFSC, FURB e dos IFs (principalmente IFSC e IFC). Ademais, o evento visa contribuir para a formação continuada de professores da educação básica e promover o aprofundamento de discussões na área da pesquisa como prática pedagógica. II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 3 Comissão organizadora Profa. Dra. Ana Paula Kuczmynda da Silveira (coordenadora do evento) Profa. Ma. Andrea Becker Delwing Profa. Dra. Caroline Reis Vieira Santos Eduarda Werner (aluna curso integrado em vestuário – câmpus Gaspar) Profa. Ma. Fernanda Trentini Guilherme Jubett (Coordenador de Infraestrutura – câmpus Gaspar) Profa. Dra. Gisele Luz Cardoso Profa. Dra. Graciane Regina Pereira Profa. Dra. Juliana da Silva Prof. Esp. Luciano da Silva Profa. Ma. Marília Regina Hartmann Profa. Dra. Patrícia Rosa Profa. Ma. Renata Waleska de Sousa Pimenta Prof. Valdeci Reis II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 4 SUMÁRIO PROGRAMAÇÃO II SP3.......................................................................................................7 PROGRAMAÇÃO COMUNICAÇÕES ORAIS, RELATOS DE EXPERIÊNCIA E PÔSTERES.............................................................................................................................10 RESUMOS COMUNICAÇÃO ORAL.................................................................................14 ANÁLISE SOCIOLÓGICA DAS OPINIÕES DE JOVENS DO ENSINO MÉDIO INTEGRADO DO IFSC – CÂMPUS SÃO JOSÉ SOBRE TEMAS POLÊMICOS: CONSERVADORISMO X PROGRESSISMO........................................................................15 DESCONSTRUINDO DISCURSOS E CONSTRUINDO CONHECIMENTOS A PARTIR DAS REDES SOCIAIS............................................................................................................20 ENSINO DA LÍNGUA ALEMÃ ATRAVÉS DO PRONATEC EM ANITAPOLIS/SC: CONSIDERAÇÕES SOBRE O IDEÁRIO DOS EDUCANDOS...........................................24 ENSINO/APRENDIZAGEM EM CIÊNCIAS:.......................................................................28 UM ESPAÇO PARA A AVALIAÇÃO QUALITATIVA(1)......................................................28 O USO DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO MÓVEIS POR ALUNOS DO ENSINO INTEGRADO DO IFSC - CÂMPUS SÃO JOSÉ............................32 PRÁTICAS DE LETRAMENTO ENVOLVENDO GÊNEROS DA COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL.....................................................................................................................36 SOFTWARES EDUCACIONAIS NO ENSINO DA MATEMÁTICA: UMA PROPOSTA DESENVOLVIDA COM PROFESSORES DE ARAQUARI/SC...........................................41 O TDAH NO CONTEXTO EDUCACIONAL: COM A PALAVRA, O PROFESSOR..........46 TENDÊNCIAS DA ÚLTIMA DÉCADA PARA O ENSINO DE ASTRONOMIA NO BRASIL....................................................................................................................................51 A CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO EM VALORES DOS PROFESSORES DA ESCOLA ESTADUAL CLEMENTE PEREIRA(1).................................................................................56 HISTÓRIA EM SINTONIA: RÁDIO E ENSINO DE HISTÓRIA NO CEM MORAR BEM (SÃO JOSÉ - SC).....................................................................................................................61 ACOMPANHAMENTO DOS ALUNOS MATRICULADOS E EGRESSOS DOS PROJETOS PILOTOS DE INTEGRAÇÃO DOS PROGRAMAS SOCIAIS DO IFSC – CERTIFIC E PROEJA.............................................................................................................64 II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 5 FORMAÇÃO DE TRADUTORES INTÉRPRETES NO CURSO TÉCNICO EM TRADUÇÃO INTERPRETAÇÃO NO INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA - IFSC CAMPUS PALHOÇA BILÍNGUE.................................................................................68 HIDROSTÁTICA ATRAVÉS DE EXPERIMENTOS.............................................................75 UMA PROPOSTA INVESTIGATIVA NO ENSINO DE FÍSICA COM A UTILIZAÇÃO DE EXPERIMENTOS EM UM FORNO MICRO-ONDAS.........................................................78 MAPEAMENTO DAS NECESSIDADES DE FORMAÇÃO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA APRESENTADAS PELOS PROFISSIONAIS DOS CENTROS DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL DE GASPAR/SC...................................................................................................82 RESUMOS RELATOS DE EXPERIÊNCIA.......................................................................87 A ORGANIZAÇÃO DOS PROJETOS INTEGRADORES PARA INICIAÇÃO À PESQUISA NA LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DA NATUREZA COM HABILITAÇÃO EM FÍSICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA....................................................................88 CANTOS TEMÁTICOS E CULTURA AÇORIANA: O RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA ..................................................................................................................................................92 DISCIPLINA PROJETO ARQUITETÔNICO: UMA METODOLOGIA DE ENSINO.........97 O PASSAPORTE DE LEITURA: UM ALIADO NO INCENTIVO À LEITURA E NO LETRAMENTO EM LÍNGUA INGLESA............................................................................102 PRÁTICAS EM LÍNGUA INGLESA: DOS CONTOS DE FADAS À CONSTRUÇÃO DO E-BOOK.................................................................................................................................106 PRÁTICA PEDAGÓGICA EDUCOMUNICATIVA E STOP MOTION: CONSTRUINDO, COMUNICANDO E APRENDENDO COM A PRODUÇÃO DE ANIMAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NOS ANOS INICIAIS..............................................................110 RELATO DA EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA NO DESENVOLVIMENTO DA DISCIPLINA “CONCEITO E TEMA DE COLEÇÃO”........................................................114 UMA PROPOSTA METODOLÓGICA PARA PROMOVER A REFLEXÃO SOBRE GÊNERO NO ENSINO DE FÍSICA.....................................................................................118 II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 6 USO DE INSTRUMENTOS DE MEDIDA NAS AULAS DE MATEMÁTICA: UMA PRÁTICA QUE DEVE SER ESTIMULADA.......................................................................122 PROCESSO DE AMBIENTAÇÃO: EXPERIÊNCIA COM OS DISCENTES INGRESSANTES DO CAMPUS GERALDO WERNINGHAUS DE JARAGUÁ DOSUL 127 FANTASIAR A VIVÊNCIA E VIVENCIAR A FANTASIA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL................................................................................................132 UM FAZ DE CONTA QUE ACONTECE.............................................................................137 UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE A ESCOLA RUMO À NOVAS DESCOBERTAS E APRENDIZAGENS: ESTÁGIO SUPERVISIONADO NOS ANOS INICIAIS...................142 EXPERIÊNCIA DE TUTORIA À DISTÂNCIA EM CURSO DE EXTENSÃO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES/AS DO ENSINO BÁSICO..........................................147 LITERATURA E INTERDISCIPLINARIDADE: UM CAMINHO PARA PRÁTICAS CONTEXTUALIZADAS NAS AULAS DE LÍNGUA INGLESA.......................................151 UMA PROPOSTA INVESTIGATIVA NO ENSINO DE FÍSICA COM A UTILIZAÇÃO DE EXPERIMENTOS EM UM FORNO MICRO-ONDAS.......................................................156 FORMAÇÃO E PRÁTICA DOCENTE: DISCURSOS ACERCA DO CURSO DE FORMAÇÃO PARA PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO..............................................160 METODOLOGIA CIENTÍFICA NO ENSINO FUNDAMENTAL: PROJETO SAÚDE NO PALITO..................................................................................................................................165 CONTRIBUIÇÕES PARA REFLEXÃO ACERCA DOS HÁBITOS ALIMENTARES A PARTIR DE UMA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA INTERATIVA..................................169 ENSINANDO CONCEITOS DE DILATAÇÃO A ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO UTILIZANDO EXPERIMENTOS DE BAIXO CUSTO......................................................173 REDES SOCIAIS VIRTUAIS NA SALA DE AULA...........................................................177 “DIÁLOGOS SOBRE SEXUALIDADE”.............................................................................181 II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 7 O PASSAPORTE DE LEITURA: UM ALIADO NO INCENTIVO À LEITURA E NO LETRAMENTO EM LÍNGUA INGLESA............................................................................187 PÔSTER................................................................................................................................191 GÊNERO E SEXUALIDADE NA PERSPECTIVA INTERCULTURAL: DIÁLOGOS PARA O MÚTUO ENTENDIMENTO.............................................................................................191 A MEDICALIZAÇÃO NO DISCURSO DO ACADÊMICO NO ENSINO SUPERIOR.....195 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: EM DISCUSSÃO A INCLUSÃO DE SURDOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA E SUPERIOR.....................................................199 II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 8 PROGRAMAÇÃO II SP3 14 de maio – Quinta-feira 08 – 09h - Credenciamento 9h – Abertura Intervenção cultural Auditório 10h – 12h – Palestra: A pesquisa como princípio educativo na Educação Básica Profa. Ma. Regiane Müller Freiberger - UniRV Auditório Almoço 13:30 – 15:30 – Mesa-redonda: Educação, singularidades e pluralidade Profa. Dra. Patrícia Rosa – IFSC (mediadora) Prof. Dr. Paulino Cardoso – UDESC Me. Zilma Saibro Silva Auditório 15h30 - Café com cultura Feira Solidária Lançamento de livros 16h – 18h/18:20 – 20:20: Minicurso e rodas de conversa: • Educação e Trabalho – Prof. Me. Ricardo Scopel Velho (IFC – Rio do Sul) Sala 08 • Educação Inclusiva na Prática: (re)construindo habilidades e saberes - Aletea Sanchez e Liliani Felix Masselli Sala 13 • Educação e Infância – Profa. Dra. Julice Dias (UDESC) Sala 14 • Apontamentos sobre a presença de origem africana em Santa Catarina - Karla Leandro Rascke – NEAB-UDESC Sala 15 • Ritmos e musicalidade afro - Lisandra Barbosa Macedo Pinheiro e Hilton Fernando da Silva Pinheiro – NEAB-UDESC Sala 17 II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 9 • Cuidado de si e o trabalho docente – Monique da Silva Sala 18 15 de maio – Sexta-feira 8h – Intervenção cultural 8h – 10h – Palestra: Formação de professores: desafios da articulação entre teoria e prática. Profa. Dra. Marineide de Oliveira Gomes – UNIFESP Auditório Intervalo 10:30 – 12:00 Comunicação oral e relatos de experiências : Almoço 13:30 – 15:30 – Palestra: A prática pedagógica em contexto e a interação entre as instituições de ensino superior e as escolas de Educação Básica Prof. Dr. Umberto de Andrade Pinto (UNIFESP) Auditório 15:30 – 16:15: Comunicação Oral e Relato de experiência 16:15 - Sessão de Pôsteres no hall do auditório/ Café com cultura Feira solidária Troca de livros Grupo de poesia 16h30 - Encerramento II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 10 PROGRAMAÇÃO COMUNICAÇÕES ORAIS, RELATOS DE EXPERIÊNCIA E PÔSTERES DIA 15 de maio de 2015 – Manhã (10h30-12h00) Relatos de Experiência Sala 7 • Débora Maian Serpa - Fantasiar A Vivência E Vivenciar A Fantasia: Estágio Supervisionado Na Educação Infantil • Francielly Raquel Domingues Vianna - Uma Investigação Sobre A Escola: Rumo À Novas Descobertas E Aprendizagens Estágio Supervisionado Nos Anos Iniciais • Jaison Vieira Da Maia - A Organização Dos Projetos Integradores Para Iniciação À Pesquisa Na Licenciatura Em Ciências Da Natureza • Natasha Bramorski - Experiência de tutoria à distância em curso de extensão de formação de professores/as do ensino básico Sala 8 • Hanna Flávia Flores- Literatura E Interdisciplinaridade: Um Caminho Para Práticas Contextualizadas Nas Aulas De Língua Inglesa • Caique Fernando Da Silva Fistarol - O Passaporte De Leitura: Um Aliado No Incentivo À Leitura E No Letramento Em Língua Inglesa • Caroline Bona - Práticas Em Língua Inglesa: Dos Contos De Fadas À Construção Do Ebook Sala 13 • Vicente Naspolini - Disciplina Projeto Arquitetônico: Uma Metodologia De Ensino • Ana Paula Matei - Uma Proposta Metodológica Para Promover A Reflexão Sobre Gênero No Ensino De Física • Karine Karsten - Ensinando Conceito De Dilatação A Estudantes Do Ensino Médio Utilizando Experimentos De Baixo-Custo Para Ensinar Física. II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 11 Sala 14 • Lucas Soares Vieira - Letramento Em Língua Inglesa: Análise Da Sequência Didática The Wizard Of Oz • Káritha Bernardo De Macedo - Relato da experiência pedagógica no desenvolvimento da disciplina “Conceito e Tema de Coleção” • Albio Fabian Melchioretto - Redes Sociais Virtuais E A Sala De Aula • Afonso Vieira - Processo de Ambientação Comunicação Oral Sala 15 • Renata Waleska De Sousa Pimenta - Desconstruindo Discursos E Construindo Conhecimentos A Partir Das Redes Sociais • Sandra Pottmeier - O Tdah No Contexto Educacional: Com A Palavra, O Professor • Dismael Sagás - História Em Sintonia: Rádio E Ensino De História No Cem • Sandra Lopes Guimarães - Acompanhamento dos alunos matriculados e egressos dos projetos pilotos de integração dos programas sociais do IFSC Sala 17 • Bruna Carolina Schappo Engelhardt - Tendências Da Última Década Para O Ensino De Astronomia No Brasil • Adakciel Tiago Martins Braz - Formação De Tradutores Intérpretes No Curso Técnico Em Tradução Interpretação No Instituto Federal De Santa Catarina - Ifsc Campus Palhoça – Bilíngu • Alana Cristina Miranda Nunes - A Contextualização Do Conteúdo De Hidrostática Através De Experimentos • Luiz Carlos Pitzer- Construção de uma bola de futebol Sala 18 • Odirlei Marcelo Alflen x Ensino/Aprendizagem Em Ciências: Um Espaço Para A Avaliação • Karine Karsten - Uma Proposta De Ensino De Física Com A Utilização De II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3,IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 12 Experimentos Em Um Forno Microondas¹ • Evaleia Maria Cezar - O Uso De Tecnologias De Informação E Comunicação Móveis Por Alunos Do Ensino Integrado Do Ifsc -Câmpus São José • José Paulo Monteiro - Ensino Da Língua Alemã Através Do Pronatec Em Anitapolis/Sc: Considerações Sobre O Ideário Dos Educandos DIA 15 de Maio de 2015 – TARDE (15h30-16h15) Relatos de Experiência Sala 7 • Sandra Pottmeier - Formação E Prática Docente: Discursos Acerca Do Curso De Formação Para Professores Do Ensino Médio • Flavia Maia Moreira - Diálogos Sobre Sexualidade • Kelly Cristiane da Silva Pereira - Metodologia Científica no ensino fundamental: Projeto saúde no palito Sala 8 • Josiane Bernz Siqueira - Uso De Instrumentos De Medida Nas Aulas De Matemática: Uma Prática Que Deve Ser Estimulada • Sandra Simone Duqueviz Ludero - Contribuições Para Reflexão Acerca Dos Hábitos Alimentares • Débora Maian Serpa - Um faz de conta que acontece / Sala 13 • Ana Lúcia Machado - Cascaes E Os Gêneros Textuais: Resgates Culturais • Kamila Regina De Souza - Prática Pedagógica Educomunicativa E Stop Motion • Francine De Souza Trajano - Cantos Temáticos E Cultura Açoriana Comunicação Oral II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 13 Sala 14 • Vanessa Neves Höpner - Softwares Educacionais No Ensino Da Matemática: Uma Proposta Desenvolvida Com Professores De Araquari/Sc • Larissa Patricia Theiss - Práticas De Letramento Envolvendo Gênero • Cosmo Rafael Gonzatto - A Concepção De Educação Em Valores Dos Professores Da Escola Estadual De 1º E 2º Graus Clemente Pereira Sala 15 • Andressa Regiane Gesser - Práticas De Letramento Envolvendo Gêneros Da Comunicação Interpessoal • Patrícia Maleski - Análise Sociológica Das Opiniões De Jovens Do Ensino Médio Integrado Do Ifsc – Câmpus São José Sobre Temas Polêmicos: Conservadorismo X Progressismo • Marluci Luzia Lunelli - Mapeamento Das Necessidades De Formação Na Educação Inclusiva Apresentadas Pelos Profissionais Dos Cdis De Gaspar/Sc Sala 17 • Ivana Beatriz Feller - Experiências sensíveis com a arte de agê pinheiro na educação infantil • Ana Lucia Lima da Costa Pimenta Monteiro - Práticas de letramento: o que evocam as acadêmicas do pibid de pedagogia alfabetização da univali - campus Biguaçu • Amanda Lang - Autismo: um estudo de caso II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 14 RESUMOS COMUNICAÇÃO ORAL II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 15 ANÁLISE SOCIOLÓGICA DAS OPINIÕES DE JOVENS DO ENSINO MÉDIO INTEGRADO DO IFSC – CÂMPUS SÃO JOSÉ SOBRE TEMAS POLÊMICOS: CONSERVADORISMO X PROGRESSISMO Kali Turrer Dolabella(1); Patrícia Maleski (2); Karine Pereira Goss(3);Fernando Gonçalves Bittencourt(4) Resumo Expandido (1)Estudante do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza com Habilitação em Química; Instituto Federal de Santa Catarina – Campus São José; kali.td@aluno.ifsc.edu.br; (2)Estudante do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza com Habilitação em Química; Instituto Federal de Santa Catarina – Campus São José; pattymaleski@hotmail.com; (3)Professora de Sociologia do Instituto Federal de Santa Catarina – Campus São José; karinep@ifsc.edu.br; (4)Professor de Educação Física do Instituto Federal de Santa Catarina – Câmpus São José, ferbit@ifsc.edu.br. RESUMO: O projeto de pesquisa, que é continuação de outro que está em desenvolvimento no Câmpus IFSC de São José, investiga as opiniões dos estudantes dos cursos médios integrados do Câmpus de São José a respeito de temas polêmicos que têm dividido a opinião pública brasileira em momentos recentes, tais como: união homoafetiva, legalização do aborto, redução da maioridade penal, entre outros. Além de conhecer a opinião dos estudantes sobre esses temas, tem-se como objetivo mapear os fatores que influenciam na manifestação dessas opiniões, tais como: religião, escolaridade e profissão dos pais, renda familiar mensal, região de moradia, sexo, posição política dos estudantes e dos pais, entre outros. Uma das hipóteses da pesquisa é a de que estudantes oriundos de famílias católicas e evangélicas (praticantes) tendem a manifestar posições conservadoras sobre determinados temas, enquanto aqueles que não possuem esse vínculo religioso demonstram maior tolerância a respeito de comportamentos e/ou práticas sociais que fogem ao padrão estabelecido socialmente. Numa primeira etapa da pesquisa foi formulado e aplicado um questionário aos estudantes, através do qual procurou-se verificar suas opiniões a respeito dos temas acima citados, bem como levantou-se dados referentes à sua religião, escolaridade, renda dos pais etc. Numa segunda etapa, serão selecionados estudantes para a realização de entrevistas em grupos de discussão, a fim de que possam ser observadas suas posições entre os grupos de pares. Palavras Chave: opiniões de jovens, conservadores, progressistas. INTRODUÇÃO Em pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha e divulgada em abril de 2013, foi apontada a tendência ao conservadorismo presente na população brasileira. Apesar dessa ser uma pesquisa de opinião e não ser realizada por uma instituição II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 16 acadêmica, é um indicativo que demonstra a preponderância desse tipo de ideologia numa parcela significativa da população. A tendência a uma posição conservadora em relação a temas que não abarcam somente o espectro político, mas que se relacionam a formas de comportamento, inspira esse estudo. Em matéria publicada na Revista Língua (ano, 8, nº 86, fev. 2013) Pereira Junior adverte sobre o fato de as escolas e universidades receberem alunos preconceituosos, machistas, homofóbicos, fundamentalistas, entre outras características. Essa constatação estimula o interesse em verificar empiricamente se os estudantes do IFSC Câmpus São José compartilham dessas ideias e quais fatores colaboram para que elas se desenvolvam. Por meio dessa pesquisa, além do levantamento de dados sobre a opinião dos estudantes, pretende-se propor projetos que intervenham nessa realidade e possam auxiliar em uma convivência escolar mais inclusiva. METODOLOGIA O projeto é desenvolvido em três etapas. Na primeira etapa foi realizado um levantamento das pesquisas já desenvolvidas sobre o tema em bases de dados nacionais e internacionais, além disso, houve a realização de um extenso levantamento bibliográfico. Na segunda etapa, foi elaborado um questionário piloto o qual foi aplicado com uma turma do ensino médio integrado, a fim de testar o instrumento de coleta de dados. Depois do teste, foi aplicada a versão final do questionário. Foram aplicados no total 300 questionários com as turmas dos cursos Médios Integrados de Telecomunicações e de Refrigeração e Climatização do IFSC- Câmpus São José. O questionário aplicado contém 12 questões de identificação (curso, idade, sexo, renda familiar entre outros) e 25 questões de caráter opinativo, com uma escala de respostas que vai desde “concordo totalmente” até “discordo totalmente”. O conjunto de questões foi formulado a partir de um extenso levantamento em diferentes pesquisas que propunham questões referentes aos temas anteriormente citados. O questionário foi disponibilizado aos estudantes por meio do “google drive”. Após a tabulação das respostas, procederemos à terceira etapa da pesquisa, em que haveráa escolha de grupos de discussão com o objetivo de verificar a opinião dos estudantes dentro do seu grupo. Nesse momento se procurará analisar o discurso dos estudantes em um ambiente mais livre de interferências e com a possibilidade de construção de um discurso mais autônomo, não guiado pelas perguntas de um questionário. É preciso ressaltar que grupos de discussão não são iguais a grupos focais, visto que nos primeiros há uma identidade a priori que aproxima os entrevistados. No caso do Câmpus São José, além dos jovens estudarem no mesmo estabelecimento de ensino, são em geral, provenientes das mesmas regiões, cidades e/ou bairros e possuem uma condição social semelhante. RESULTADOS E DISCUSSÃO O levantamento bibliográfico realizado mostrou que um dos mais importantes estudos sobre o desenvolvimento do discurso conservador foi realizado por Hirschman (1992). O autor examinou como os argumentos caracterizados como reacionários foram elaborados de forma muito semelhante em diferentes períodos II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 17 históricos e em relação a três momentos em que ocorreram avanços avaliados como progressistas. A primeira reação conservadora foi o movimento que se opôs à Revolução Francesa. A segunda resposta reacionária viria com a oposição ao sufrágio universal. E, por fim, na sequência indicada por Hirschman, encontra-se a crítica reacionária ao Welfare State. O objetivo do seu estudo foi delinear os tipos de argumentos utilizados por aqueles que de alguma forma desejavam se opor e, inclusive, derrubar políticas e/ou medidas de caráter progressista, reformista ou revolucionário. É possível afirmar que no Brasil há um movimento progressista pela deliberação de direitos para grupos até então marginalizados na sociedade, como gays, lésbicas, negros, indígenas, mulheres (especialmente em relação à legalização do aborto), entre outros. Conforme as definições acima descritas, a cada momento que as sociedades se mobilizam por reformas há, em contrapartida, uma reação conservadora a essa mobilização. Nesse sentido, configura-se importante o desenvolvimento de estudos sobre quais fatores levam adolescentes a adotar posturas conservadoras ou progressistas a respeito de determinados temas. Ideias preconceituosas e conservadoras podem provocar atitudes de intolerância e violência no ambiente escolar. É importante ressaltar que a pesquisa não está finalizada, mas foi possível verificar alguns resultados reveladores relacionados aos dados obtidos até esse momento. Do total de estudantes que responderam o questionário 66% são do sexo masculino; 77% estão na faixa etária entre 15 e 17 anos e 86% se identificam como brancos. Em relação à renda familiar 29% dos alunos declararam receber até 3 salários mínimos; 36% recebem de 3 à 5; 20% recebem de 5 à 7; 5% de 7 à 10 e 10% declararam receber mais de 10 salários mínimos por mês. Em uma primeira análise foi possível perceber que existe uma ideia geral de igualdade de direitos e deveres, mas ao comparar as respostas de perguntas relacionadas entre si, algumas observações significativas podem ser feitas. Na afirmação “Em uma sociedade civilizada a estrutura deve ser hierárquica, onde alguns devem comandar e outros obedecer” há uma divisão de opiniões, onde verifica-se que 33% são parcialmente favoráveis à essa questão, 31% são parcialmente contra, 16% são totalmente contra, 14% não se manifestaram quanto à essa questão e 6% são totalmente favoráveis. Em relação à afirmação “É correto professores (as) “furarem fila” na cantina do IFSC, devido ao cargo que ocupam nesta instituição” 78% dos alunos mostraram-se totalmente contra, 15% parcialmente contra, 3% são totalmente favoráveis à essa questão, 2% mantiveram-se neutros e 2% são parcialmente favoráveis. Na afirmação “As cotas raciais ajudam a universidade a representar proporcionalmente seu povo, pois grande parte da população brasileira é negra, embora essa realidade não se aplique nas universidades” também verificou-se uma divisão de opiniões onde 31% dos alunos são totalmente ou parcialmente a favor; 35% dos alunos são totalmente ou parcialmente contra e 34% dos alunos marcaram a opção “neutro – não sei”. Uma das hipóteses levantadas sobre a neutralidade declarada seria o pouco conhecimento da realidade nacional, onde os alunos estariam limitados a circular somente em meios sociais excludentes, nos quais quase não se encontram negros (bairros, ambientes de lazer e o próprio Instituto Federal onde a pesquisa foi realizada). Posteriormente pretende-se cruzar esses dados com a faixa econômica dos alunos, bem como escolaridade dos pais e bairro onde residem. II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 18 Ainda no tema de cotas, na afirmação “Os cotistas raciais levam vantagens enormes na relação candidato/vaga, indo contra a ideia de que todos somos iguais independente da “raça”.” 63% dos alunos escolheram entre as opções totalmente ou parcialmente a favor, enquanto somente 16% marcaram a opção “neutro – não sei”, o que aponta para um possível desconhecimento dos alunos acerca dos fatores históricos que colocaram os afrodescendentes em nossa sociedade em desvantagem em relação ao restante da população. Talvez exista, entre os alunos, uma dificuldade em relacionar a situação dos afrodescendentes em nosso país com o contexto histórico, pois ao serem indagados sobre a manutenção das cotas raciais, 57% dos alunos se mostraram totalmente ou parcialmente contra a afirmação “A política de cotas raciais deve ser mantida dadas às desigualdades raciais do Brasil”, mas 64% se declararam totalmente ou parcialmente a favor da afirmação “A política de cotas sociais deve ser mantida dadas às desigualdades sociais do Brasil”, o que indica o reconhecimento de que existe desigualdade social, mas que a mesma não estaria atrelada ao conceito de raça e/ou cor. Sobre a redução da maioridade penal (vale ressaltar que a coleta de dados foi realizada no ano de 2014, ou seja, antes da discussão na Comissão da Câmara dos Deputados acerca da redução da maioridade penal) houve uma contradição de opiniões, pois na afirmação “O Estatuto da Criança e do Adolescente protege em demasia o adolescente e estimula, na mesma medida, a prática de crimes e a impunidade” 56% dos alunos marcaram as opções totalmente ou parcialmente a favor e 20% dos alunos responderam “neutro – não sei”. Em contrapartida na afirmação “A redução da maioridade penal seria ineficiente, pois a medida trata apenas dos efeitos, sem atacar as reais causas da participação do adolescente nos crimes, como a falta de acesso à educação, o desemprego e a desagregação familiar” as opiniões ficaram mais divididas, onde 45% se mostraram totalmente ou parcialmente a favor, e 41% se declararam totalmente ou parcialmente contra. Quando indagados sobre a pena de morte a maior parte dos alunos se declarou favorável. Na afirmação “A pena de morte não deve ser aplicada em nenhum caso” 69% dos entrevistados concordaram totalmente ou parcialmente. Sobre a aplicação da pena de morte havia a seguinte afirmação “A pena de morte deveria ser aplicada apenas para crimes hediondos (o delito hediondo é aquele considerado repugnante, bárbaro ou asqueroso)”, onde 60% dos alunos se mostraram totalmente ou parcialmente favoráveis. A explicação para essa preferência ficou explícita na afirmação “A pena de morte faria com que as pessoas respeitassem as leis”, onde 61% dos alunos marcaram entre as opções totalmente ou parcialmente favoráveis. CONCLUSÕESAtravés das análises realizadas até o presente momento, percebe-se que a maioria dos alunos pesquisados possuem opiniões formadas acerca dos mais variados temas, como sexualidade, cotas universitárias, pena de morte e redução da maioridade penal. Como a pesquisa está em fase de interpretação de dados, seríamos precipitados em atribuir conclusões acerca dos dados obtidos até o presente momento. No entanto, alguns resultados chamam a atenção. Por exemplo, II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 19 apesar dos estudantes demonstrarem uma nítida preferência pela igualdade, seja entre os gêneros ou mesmo entre pessoas com posições hierárquicas diferenciadas, mostram aceitação em viverem em uma sociedade em que alguns mandam e outros devem obedecer. Um outro aspecto relevante que precisa ser analisado, se refere ao fato da ampla porcentagem de estudantes que aceita a pena de morte como forma de punição para crimes hediondos e para que as leis sejam cumpridas com maior rigor. Isso é significativo, visto que a pena de morte não é uma medida colocada como possível de ser adotada, assim como ocorre em relação à redução da maioridade penal. Finalmente, como corolário destas observações, destaca-se a ambiguidade das perspectivas acerca do conservadorismo/progressismo, uma vez que não há, em diversos aspectos, coerência nos argumentos quando os dados são cruzados quanto aos temas abordados no questionário. Por certo, tal aspecto exigirá o aprofundamento das interpretações, para que se elucidem os sentidos do conjunto dos dados. REFERÊNCIAS BAUER, Martin W.; JOVLOVITCH Sandra. Entrevista narrativa. In: BAUER, Martin, W.; GASKELL, George (org.). Pesquisa qualitativa com texto e imagem: um manual prático. Petrópolis, Vozes, 2002. BONAZZI, Tiziano. Conservadorismo. In: BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de política. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2ª edição, 1986. CROWTHER, Ian. Conservadorismo. In: OUTWAITE, William; BOTTOMORE, Tom (orgs.). Dicionário do pensamento social do século XX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1996. HIRSCHMAN, Albert. O. A retórica da intransigência: perversidade, futilidade, ameaça. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. _____. Duzentos anos de retórica reacionária: o caso do efeito perverso, Novos Estudos CEBRAP, n. 23, p. 102-119, mar. 1989, MANNHEIM, Karl. Ensayos sobre Sociología e Psicología Social. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 1963. PEREIRA JUNIOR, Luis Costa. Educar é argumentar. Língua, ano, 8, nº 86, fev. 2013. Schütze, Fritz. Para a identificabilidade intuitiva das atividades de representação valorativa e teórica. In: ____. Die Technik des narrativen Interviews in interactiosfeldstudien. Unpublished manuscript. University of Bielefeld, Department of Sociology, 1987, p. 145-186 [Tradução: Denílson Luis Werle]. Schütze, Fritz. Pesquisa biográfica e entrevista narrativa. In: WELLER, Wivian; PFAFF, Nicolle (Orgs). Metodologias Qualitativas na Educação: Teoria e Prática. 2009. II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 20 DESCONSTRUINDO DISCURSOS E CONSTRUINDO CONHECIMENTOS A PARTIR DAS REDES SOCIAIS Renata Waleska de Sousa Pimenta(1); Ana Karla Maronezi(2), Julia Gonçalves(3), Lucas Machado de Oliveira(4), Maria Júlia Pedroso(5), Mariana Schwammle da Trindade(6). Resumo Expandido (1) Mestre em História, professora do Instituto Federal de Santa Catarina - Gaspar e coordenadora do Projeto de Pesquisa PIBIC-EM “A atuação das mídias sociais na constituição do sujeito: uma proposta voltada para a produção do conhecimento”; Gaspar, Santa Catarina; renata.waleska@ifsc.edu.br; (2)Estudante do Curso Técnico Integrado em Química e bolsista PIBIC-EM; Instituto Federal de Santa Catarina – Gaspar; (3)Estudante do Curso Técnico Integrado em Química e bolsista PIBIC-EM; Instituto Federal de Santa Catarina – Gaspar; (4) Estudante do Curso Técnico Integrado em Química e bolsista PIBIC-EM; Instituto Federal de Santa Catarina – Gaspar; (5) Estudante do Curso Técnico Integrado em Química e bolsista PIBIC-EM; Instituto Federal de Santa Catarina – Gaspar; (6) Estudante do Curso Técnico Integrado em Química e bolsista PIBIC-EM; Instituto Federal de Santa Catarina – Gaspar. RESUMO: A produção e circulação do conhecimento na contemporaneidade têm assumido novas facetas em virtude da revolução tecnológica digital e, nesse contexto, novos desafios se impõem à escola. Baseado nesse cenário, o presente trabalho tem como objetivo refletir sobre o processo de construção do conhecimento acerca de um dos temas transversais expostos pelos PCN’s: a pluralidade cultural. A partir dos discursos expostos virtualmente no facebook por jovens, se busca perceber como os mesmos se posicionam e constroem argumentos a respeito do referido tema. Os sujeitos produtores desses discursos (enunciados) se constituem pela experiência, nos interstícios do discurso, e pelas relações de subjetividade e identidade com o outro, dessa maneira, a pesquisa se utiliza da análise de discurso enquanto ferramenta teórico-metodológica. A presente reflexão demonstrou que, apesar das informações virtuais chegarem a um número expressivo de pessoas, muitas vezes não estão comprometidas com questões como a veracidade e compreensão histórica e conceitual dos assuntos. Assim, os discursos produzidos refletem um padrão carente de criticidade, o que denota a superficialidade do conhecimento circulado. Essa constatação lança a problemática de como pensar esses espaços com fins pedagógicos e combater a construção do conhecimento calcada no senso comum. Uma vez que os ambientes virtuais fazem parte do universo dos jovens e negá-los seria um erro. Palavra Chave: Análise discursiva; Ambientes virtuais; Ferramenta pedagógica. INTRODUÇÃO Com o desenvolvimento das TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação) se observa mudanças na forma de produzir e fazer circular o conhecimento. Essas mudanças dizem respeito ao acesso, ao tempo e também à forma como as informações circulam e (des) favorecem o processo de construção do conhecimento. Os espaços virtuais surgem enquanto novas possibilidades de se fazer circular discursos nos quais os sujeitos socializam em novas condições de produção do conhecimento e de sentido. Sendo assim, o entorno escolar muitas vezes é confrontado com os saberes divulgados na rede e cabe aos docentes desenvolver técnicas e métodos para, a partir dessas informações, oportunizar o diálogo e contribuir nesse processo de construção do conhecimento. Os alunos da atualidade fazem parte dessa geração conectada aos ambientes virtuais e, dessa maneira, são sujeitos que participam como interlocutores nesses II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 21 espaços e, comumente, trazem essas discussões virtuais para os espaços formais da escola. Mas, de que maneira esses conhecimentos podem ser considerados como válidos para a constituição desses sujeitos enquanto cidadãos críticos? O simples acesso às informações alteram, necessariamente, as relações de poder e sentido dos discursos produzidos nas redes sociais? O objetivo do presente trabalho é refletir sobre esse processo de construção do conhecimento através de ambientes virtuais (facebook) e tem se como foco um dos temas transversais expostos pelos PCNs: a pluralidade cultural. O conceito de pluralidade cultural é entendido na perspectiva dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) para qual a compreensão das múltiplas características étnicas e culturais da sociedade brasileiracontribuem para a formação de sujeitos cientes da sua própria história. Este tema propõe uma concepção que busca explicitar a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, compreender suas relações, marcadas por desigualdades socioeconômicas e apontar transformações necessárias, oferecendo elementos para a compreensão de que valorizar as diferenças étnicas e culturais não significa aderir aos valores do outro, mas respeitá-los como expressão da diversidade, respeito que é, em si, devido a todo ser humano, por sua dignidade intrínseca, sem qualquer discriminação. A afirmação da diversidade é traço fundamental na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanentemente, tendo a Ética como elemento definidor das relações sociais e interpessoais. (PCNs, 1997, pág. 121) A proposta do projeto em questão vai ao encontro das transformações da sociedade atual no que tange a produção e circulação de informações e, automaticamente, a construção de novos sentidos discursivos. Por ser uma realidade nova, carece de análise e reflexões críticas a fim de buscar um processo de construção do conhecimento comprometido com a qualidade e distantes, assim, do senso comum, concepções estereotipadas dos grupos étnico-raciais e do conhecimento superficial do passado brasileiro. É importante ressaltar que somos frutos dessa nova realidade e afetados por ela, direta ou indiretamente, por essa razão, entender os processos de resignificação do processo de ensino aprendizado é essencial. METODOLOGIA Para a realização dessa pesquisa parte-se da Análise de Discurso (AD) de vertente francesa enquanto aporte teórico-metodológico. Dessa maneira, busca-se analisar os discursos produzidos nas redes sociais (facebook) a partir não da linguagem empregada simplesmente, mas de sua relação com os elementos externos envolvidos com a enunciação, como por exemplo, o sujeito, a história e a ideologia. Dessa maneira, os sujeitos produtores dos discursos (enunciados) se constituem pela experiência, nos interstícios do discurso, e pelas relações de subjetividade e identidade com o outro. As pesquisas de análise de discurso utilizam -se da metodologia qualitativo- interpretativista a fim de compreender os efeitos de sentido produzidos pelos discursos. Dessa maneira, o corpus documental terá como metodologia de análise não uma leitura horizontal e sim verticalizada (ORLANDI, 2009, p. 62). Os pontos críticos e os possíveis riscos do projeto estão na fragilidade da análise de discurso. A linha que separa a análise discursiva de uma análise de conteúdo é muito tênue e, por essa razão, é necessária uma discussão constante sobre os pilares das AD. RESULTADOS E DISCUSSÃO II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 22 A proposta do projeto em questão vai ao encontro às transformações da sociedade atual no que tange à produção e circulação de informações. Por ser uma realidade nova, carece de análise e reflexões críticas que capacitem a atuação desses sujeitos (jovens discentes) nesses espaços a fim de se buscar uma produção do conhecimento comprometida com a qualidade e validade. Somos frutos dessa nova realidade e afetados por ela, direta ou indiretamente, por essa razão, entender os processos de resignificação do processo de ensino aprendizado é essencial. Sendo o discurso composto pela ideia de sentido que se dá às coisas, ele traz em si significações e sentidos relacionados ao avanço tecnológico, inclusão e “aceitação virtual”. Cabe ressaltar que a proposta da pesquisa se estabelece numa compreensão de processo dialético, onde se busca uma interlocução entre os sujeitos participantes do processo. A pesquisa ainda se encontra em andamento, todavia uma das primeiras impressões da equipe é que o desenvolvimento das TIC possibilitou um maior acesso às informações para as mais variadas camadas sociais. Compreender, ter informações sobre qualquer assunto pressupõe consultas à livros, enciclopédias e materiais específicos dos quais o acesso, em um passado não muito distante, ficava restrito à bibliotecas, museus e arquivos. Hoje com um “clic” é possível ter à frente uma gama quase infinita de possibilidades para pesquisa. De fato isso é uma revolução! Entretanto, esse novo mundo digital é uma “terra sem lei” no que tange à veracidade das informações, eis o perigo. Os discursos produzidos nos ambientes virtuais refletem um padrão carente de criticidade, superficial nas suas abordagens e análises. Para a realização da pesquisa a equipe optou por coletar postagens do facebook relativas ao que se entende por pluralidade cultural. Ficou constatado que os temas mais circulantes no facebook foram: 1. Questões étnico-raciais, sobretudo negro; 2. Questões de gênero, sobretudo LGBTs. O grupo transformou cada um desses temas em “dimensões” discursivas. Dividiu-as em subtemas que variam de acordo com as abordagens das postagens. Por exemplo, a dimensão “negro” pode ser analisada discursivamente através do subtema racismo, ou então antirracismo, como também pode ser percebida através de assuntos pertinentes ás políticas públicas. A constatação de que as redes sociais são importantes espaços de disseminação de conteúdos vagos, superficiais e discriminatórios nos faz acreditar que o presente projeto pode contribuir para uma melhor compreensão desse processo de produção e circulação de conhecimento, com todos os seus pontos positivos e negativos e, assim, promover condições de melhor utilizar esses espaços virtuais no intuito de produzir e divulgar saberes construídos a partir de um raciocínio crítico e livre de generalizações típicas do senso comum e de discursos manipulados. CONCLUSÕES As tecnologias de informação e comunicação (TICs) são elementos reais e estruturantes de uma nova prática pedagógica e de convívio social. Conhecer esses espaços e como os jovens se articulam no mesmo é uma forma de se inteirar dessa realidade digital e integrar esses novos saberes tecnológicos à prática educacional. Se o mundo virtual é uma realidade da qual não podemos rejeitar e que, II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 23 infelizmente, propicia a veiculação de discursos imediatistas e baseados em argumentos inválidos, então cabe às instituições educacionais a função de conhecer, orientar e assim tornar tais espaços um excelente espaço de construção do conhecimento. ESSES AMBIENTES VIRTUAIS SÃO, EM PARTE, LIVRES DE REGRAS, PADRONIZAÇÕES E HIERARQUIZAÇÕES, O QUE QUALIFICA TODO E QUALQUER USUÁRIO COMO UM PRODUTOR DE CONTEÚDO. LOGO, SÃO MAIS PESSOAS PRODUZINDO E MAIS ESPAÇOS PRA DISCUSSÃO. OS NOSSOS JOVENS ALUNOS FAZEM PARTE DESSA GERAÇÃO CONECTADA A ESSES AMBIENTES E, DESSA MANEIRA, SUJEITOS QUE PARTICIPAM COMO INTERLOCUTORES NESSES ESPAÇOS E QUE, COMUMENTE, TRAZEM ESSAS DISCUSSÕES VIRTUAIS PARA OS ESPAÇOS FORMAIS DA ESCOLA. REFERÊNCIAS a. Livro: HENRY, P. A ferramenta imperfeita: língua, sujeito e discurso. Campinas: Editora da Unicamp, 1992. ORLANDI, Eni. Análise de discurso: princípios e procedimentos. Campinas: Pontes, 2009. ____________. Discurso e texto: formulação e circulação dos sentidos. Campinas: Pontes, 2001. PÊCHEUX, M. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas: Editora da Unicamp, 1995. ____________. O discurso: estrutura ou acontecimento. Campinas: Pontes, 2008. PISANI, F.; PIOTET, D. Como a web transforma o mundo: a alquimia das multidões. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2010. b. Internet: BRASIL. MINISTÈRIO DA EDUCAÇÃO/ SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros curriculares nacionais: pluralidadecultural. MEC/ SEF: Brasília (DF), 1997 v.10.2. GÜERE, H. N. Tecnologia para recriar os sentidos. Entrevista concedida ao caderno Informátic@ do jornal Estado de Minas. 2010. Disponível em: <http://etcedigital.wordpress.com/2010/09/02/tecnologia-para-recriar-ossentidos/>. Acesso em: 23 mar. 2014. II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 24 ENSINO DA LÍNGUA ALEMÃ ATRAVÉS DO PRONATEC EM ANITAPOLIS/SC: CONSIDERAÇÕES SOBRE O IDEÁRIO DOS EDUCANDOS José Paulo Monteiro(1); Ana Lúcia Lima da Costa Pimenta Monteiro(2) Resumo Expandido (1) Coordenador-adjunto do PRONATEC; Instituto Federal de Santa Catarina - Campus São José; São José, SC; jose.paulo@ifsc.edu.br; (2) Pedagoga na rede municipal de Biguaçu/SC. Mestranda em Linguística Aplicada; Universidade Federal de Santa Catarina; Florianópolis, SC; anamonteiro1970@hotmail.com RESUMO: O presente artigo relata a experiência vivenciada pelos alunos do Curso de Alemão Básico AI, do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – PRONATEC, em parceria entre o Campus São José do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, Prefeitura Municipal de Anitápolis/SC, através da Secretaria de Educação do Município de Anitápolis. O objetivo principal deste estudo é conhecer o público-alvo do programa de ampliação da oferta de vagas na educação profissional para a colaboração ao cumprimento das políticas públicas e a busca pela qualidade educacional. Trata de uma pesquisa qualitativa, quantitativa, a partir da coleta de dados realizada com alunos concluintes do curso, através de questionário semi-estruturado. Esta justifica-se pois, além de atender as políticas públicas, há a busca de excelência no atendimento ao público alvo. Conclui-se que o PRONATEC pode dar condições à inovação no ensino, inclusive metodológicas e, em algumas frentes, sinaliza à rede federal sobre mudanças urgentes e necessárias, especialmente na oferta de cursos às comunidades que não possuem oportunidades educacionais por estarem distantes de conhecidos centros de ensino. Palavras-chave: Oportunidades Educacionais, Políticas Públicas, Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – PRONATEC. INTRODUÇÃO Por meio da Lei 11.513/2011, o governo federal criou o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – PRONATEC, apresentando como um de seus objetivos expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos técnicos de nível médio e de cursos de formação inicial e continuada ou qualificação profissional presencial e a distância. Busca ainda ampliar as oportunidades educacionais e de formação profissional qualificada aos jovens, trabalhadores e beneficiários de programas de transferência de renda. Traçando-se um paralelo entre a legislação, observa-se que tais diretrizes já estavam descritas na Lei 11.982/2008, que criou a rede Institutos Federais de Educação Profissional, Científica e Tecnológica no País. Em seu artigo 7º, a lei descreve como objetivo dos IFS “estimular e apoiar processos educativos que levem à geração de trabalho e renda e à emancipação do cidadão na perspectiva do desenvolvimento socioeconômico local e regional” (BRASIL, 2008). Assim sendo, a parceria entre o PRONATEC e os Institutos Federais atende a finalidade de ampliação da oferta de educação profissional e tecnológica, por meio de programas, projetos e ações de assistência técnica e financeira. Sob esta ótica, o presente artigo visa apresentar as primeiras considerações acerca do perfil dos alunos do Curso de Alemão Básico AI do Programa II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 25 PRONATEC, realizado na cidade de Anitápolis/SC, através de Parceria realizada entre o Campus São José do Instituto Federal de Santa Catarina e a Prefeitura Municipal de Anitápolis/SC, através da Secretaria de Educação do Município. Anitápolis é um município localizado na Grande Florianópolis, a 85 km da capital do Estado de Santa Catarina. Possui, segundo o Censo do IBGE de 2010, 3.214 habitantes, sendo 1.315, habitantes da área urbana. Observando-se a história do município, constata-se que sua população descende, em grande parte, de colonos de origem alemã. O curso iniciou em 11/06/2015 e finalizou em 29/10/2014, sendo matriculados 19 alunos. Finalizaram o curso 17 alunos, sendo a amostra de 14 sujeitos, correspondendo a 82,35% dos alunos concluintes. É fundamental, neste movimento de parcerias, compreender o perfil do educando que vivenciou a realização do curso de Alemão Básico AI, catalogado como curso de Formação inicial e continuada – FIC, do Eixo Tecnológico: Desenvolvimento Educacional e Social pelo Ministério da Educação, no Guia PRONATEC de cursos FIC; seus anseios e considerações, para o aprimoramento de ações efetivas por parte do Instituto Federal de Educação de Santa Catarina. METODOLOGIA A presente pesquisa é qualitativa descritiva cunhada por bibliografias acerca das políticas públicas, articulada a um questionário semiestruturado e termo de consentimento para a utilização dos dados, realizado com uma amostra de quatorze alunos que finalizaram o curso de Alemão Básico I, na primeira quinzena de janeiro de 2015. Os alunos responderam às questões e encaminharam on line ao endereço de email aos pesquisadores. Os nomes dos alunos mencionados são fictícios, resguardando assim, a identidade dos alunos. Assim, entende-se a pesquisa de abordagem qualitativa aquela que trabalha, “com o universo de significados, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis” (MINAYO, 1993, p. 21-22). A partir das entrevistas realizadas, foram buscados indicadores, onde a referência dos temas surgiu através da aplicação do questionário. O indicador correspondeu a frequência observada acerca do tema em questão, quanto mais citado, maior é a importância para o corpus. Por sua vez, a categorização, ponto desafiante desta pesquisa, não estava definida. Emergiram do discurso do corpus. À medida em que os registros foram coletados, se refinou o foco investigativo e se compreende a pertinência com o objeto de pesquisa, neste caso, conhecer o público-alvo do PRONATEC para o cumprimento das políticas públicas, buscando ainda a excelência de atendimento educacional. RESULTADOS E DISCUSSÃO Apresentamos, então, o que nos dizem os dados referentes a amostra de quatorze alunos que finalizaram o Curso de Alemão Básico I: Há a predominância do sexo feminino, com 10 alunas, sendo 71,42% da amostra. São apenas 04 alunos. Em relação às idades, distribuem-se entre 20 e 63 anos. A amostra é composta de 85,71% de trabalhadores (12 sujeitos), sendo que quatro deles são responsáveis pelos gastos familiares; e 71,42% recebem entre 01 e 03 salários mínimos. Em relação a sua formação inicial, 11 alunos, ou seja, 78,57% relataram ter curso superior completo. Dois apresentam ensino médio e apenas um ensino II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 26 fundamental completo. Apresentaram as mais diferentes formações: quatro professores, dois enfermeiros, seguindo-se de apenas um profissional de cada uma das áreas: Psicologia, Processos Gerenciais, Turismo e Hotelaria, Administração de Empresas, Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Através destes dados podem ser observadas a formação heterogênea da turma, o que apenas contribui parao processo de construção do conhecimento, que não é resultado de simples transmissão de informações (WERNECK, 2006). Na medida em que os sujeitos passam a confrontar suas hipóteses, trocar informações, mais perto eles podem chegar da solução de problemas vividos diariamente em contextos diversos (escola, casa, igreja). Esta reflexão vai de encontro ao questionamento aberto “Por que você se inscreveu e concluiu este curso?” que obteve considerações como a do aluno João: “Sou descendente de alemães, nasci e me criei em uma comunidade exclusivamente alemã e quando criança falava razoavelmente o dialeto Hunsrükisch. Como a prática era considerada feia, os praticantes serviam de chacota para colegas e até professores, aos poucos fui esquecendo. Mas sempre tive interesse em voltar a falar e principalmente, escrever e ler no idioma de meus antepassados. O interesse de resgate histórico da comunidade ecoa em 92,85% da amostra. A descendência alemã é predominante, sendo citado por 13 alunos a formação da comunidade e a perda do acesso a língua alemã de seus antepassados. Sobre isso Marta ressalta: “Sempre tive o interesse sobre essa língua porque minha família quase toda fala menos eu”, e Joana reflete: “Sempre tive vontade de aprender o idioma Alemão. Meus antepassados vieram da Alemanha, mas o hábito de falar o idioma pátrio se perdeu em algum ponto da história da família. Queria reavivar tal costume.” Em relação a continuidade do curso, 13 alunos (92,85%) relatam que darão seguimento ao mesmo. A aluna que não continuará, informou pela desistência unicamente por necessitar mudar-se de cidade. Em relação ao questionamento “O que você pensa sobre iniciativas como o PRONATEC?”, 100% da amostra considerou que tais iniciativas são válidas, tecendo suas considerações: João pondera: “O PRONATEC é uma iniciativa bastante interessante. Oferece cursos de curta duração, mas que vão direto ao ponto de interesse dos candidatos. São cursos deste tipo que o mercado de trabalho precisa.” Júlia reflete: “Excelente, acho que o Brasil precisa disso, de mais como o PRONATEC, pra mim é ótimo levar cursos assim a lugares como a minha cidade que não tem nenhum recurso educacional depois do ensino médio, e ainda não cobrar por isso.”. A reflexão de falta de acesso aos cursos pós ensino médio é citado por 06 alunos (42,86%), ressaltando a aluna Flávia, sobre iniciativas como o PRONATEC: “São ótimas, proporciona oportunidades as pessoas que trabalham ou moram longe dos grandes centros e das universidades”. Questionados sobre críticas ou sugestões para um melhor atendimento, há a solicitação de liberação de mais cursos no mesmo modelo e metodologia para o município por 50% dos alunos. A totalidade da amostra, como ponto positivo relatou a metodologia da professora, que mediou de forma lúdica, através de atividades inovadoras a cada encontro, a realização do curso. Já como ponto negativo, 14,28% da amostra destacaram a dificuldade de comunicação entre alunos e instituição municipal, levando a reflexão da necessidade de uma maior proximidade com os alunos. CONCLUSÕES Esta investigação a partir da análise dos dados sinaliza que a formação docente contribuiu com iniciativas que motivaram os alunos, tornando a II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 27 aprendizagem mais fácil e prazerosa. O professor potencializou seus estudantes, utilizando todas as formas para cativá-los. Com criatividade e recursos simples foi possível garantir uma aula interessante com condições de participação de todos os alunos. Ao diversificar suas aulas e propor atividades que despertaram a atenção dos alunos, o professor motivou a turma, pois tenha definido seus objetivos de forma clara ao planejar suas aulas, fazendo a união entre o ensino dos conteúdos considerando ainda as particularidades e especificidades de seus alunos. Tal reflexão faz-se necessária tendo em vista o percentual de alunos que declararam o intuito de continuar no curso. Conclui-se também, que o objetivo do PRONATEC, o de expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos nos diversos níveis, atende a expectativa da totalidade da amostra, e ainda a reflexão de (42,86%) da falta de oportunidade de escolarização/capacitação em seu município de cursos pós-ensino médio. A presença do IFSC é propícia ao cumprimento das políticas públicas, atendendo a demanda em nível local nos municípios, desde que seja conhecida a realidade da comunidade envolvida. O PRONATEC possibilita ao IFSC a promoção do diálogo com os demandantes, potencializando ainda a expansão institucional. REFERÊNCIAS BRASIL. Lei Nº 12.513, de 26 de Outubro de 2011. Institui o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec); e dá outras providências. Brasília, 2011. Disponível em: <http://pronatec.mec.gov.br/images/stories/pdf/lei_12513.pdf>. Acesso em: 12 jan. 2015. ______. Lei nº 11.892, de29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências. Brasília, 2008. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11892.htm>. Acesso em: 12 jan. 2015. IBGE. Censo 2010. Disponível em: <http://www.censo2010.ibge.gov.br/>. Acesso em: 13 jan. 2015. MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 4. ed. São Paulo: Hucitec, 1993. WERNECK, V. Sobre o processo de construção do conhecimento: O papel do ensino e da pesquisa. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 14, n. 51, p. 173-196, abr./jun., 2006. II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 28 ENSINO/APRENDIZAGEM EM CIÊNCIAS: UM ESPAÇO PARA A AVALIAÇÃO QUALITATIVA(1) Odirlei Marcelo Alflen(2) Resumo Expandido (1) Artigo elaborado no Estágio de Regência I, da Licenciatura em Ciências da Natureza com Habilitação em Física. (2) Licenciado em Ciências da Natureza com Habilitação em Física; Instituto Federal de Santa Catarina; Jaraguá do Sul, Santa Catarina; oalflen@hotmail.com. RESUMO: Este artigo apresenta o resultado de um estudo sobre a avaliação. Os documentos oficiais sobre a avaliação do ensino/aprendizagem de Ciências, no Ensino Fundamental (EF), explicitam diferentes formas de avaliação que auxiliam na aprendizagem significativa dos alunos. A utilização dessas diferentes formas ou instrumentos de avaliação como mapas conceituais, problemas geradores de discussão e observação constante dos alunos em vários aspectos, assinalam possibilidades de promoção de uma avaliação qualitativa no ensino de Ciências. A intervenção didática contou como sujeitos da pesquisa, 63 alunos de três turmas do EF da disciplina de Ciências de uma escola pública estadual, situada no município de Jaraguá do Sul -SC. Desde que a avaliação seja considerada como processo, a presente pesquisa aponta a mesma como um importante instrumento para a melhoria do ensino/aprendizagem, servindo tanto para o aluno melhorar sua atuação, quanto para o professor aperfeiçoar seus métodos. Palavras chave: Ensino Fundamental. Avaliação Qualitativa. Aprendizagem Significativa. INTRODUÇÃO A avaliação, tema do presente trabalho, é discutida em seu modo qualitativo no âmbito escolar como um componente do processo educativo, que tem como finalidades ser orientadora do ensino e facilitadora da aprendizagem na disciplina de Ciências. Assim sendo, a delimitação do tema definido é a avaliação qualitativa no ensino/aprendizagem em Ciências.Conforme aponta Vasconcelos (2010), nos últimos anos houve uma evolução na legislação educacional nacional, inclusive sobre a avaliação. É visível, também, que ambas estão pautadas nas propostas metodológicas do construtivismo (BRASIL, 1998; SANTA CATARINA, 1998). Nos documentos legais é perceptível o apelo de uma avaliação de desempenho do aluno que tenha caráter processual, formativo, participativo, e que seja contínua, cumulativa e diagnóstica (BRASIL, 1996; BRASIL, 2013; SANTA CATARINA, 2005), existindo prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos (BRASIL, 1996; BRASIL, 2013). Assim, o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem do estudante teria como objetivo, a aquisição de conhecimentos e habilidades, e a formação de atitudes, valores e emoções (BRASIL, 1996; BRASIL, 2013; BRASIL, 1998). Isso corrobora com vários autores contemporâneos que tratam sobre o tema avaliação, aqui citados: Vasconcelos (2010) e Haydt (2006). Esses autores ainda reforçam, em geral, que uma avaliação para ser válida, deveria ser realizada em função de objetivos conceituais, atitudinais e procedimentais previamente definidos, isso consistiria no II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 29 referencial funcional para avaliar e acompanhar os avanços dos alunos. De acordo com a legislação de ensino, são de diferentes formas as possibilidades de avaliação que ajudam o professor a constatar a aprendizagem dos alunos. Essa avaliação pode ser feita pela observação durante as aulas sobre as perguntas feitas pelos estudantes, as respostas dadas e o registro de debates, de entrevistas, de pesquisas, de filmes, de experimentos, dos desenhos de observação dos alunos, relatórios de leitura, de experimentos, trabalhos individuais, organizados ou não em portfólios, trabalhos coletivos, exercícios em classe, e provas dissertativas ou de múltipla escolha, enfim, visando poder acompanhar todo o percurso ou processo de aprendizagem (BRASIL, 2013; SANTA CATARINA, 1998). Nesse sentido, Moreira (1997a; 1997b; 2006) apresenta os mapas conceituais como uma possibilidade de avaliação qualitativa, formativa, da aprendizagem. O autor também destaca que essa ferramenta, além de auxiliar na determinação do conhecimento prévio do aluno, ajuda a investigar mudanças em sua estrutura cognitiva durante o seu aprendizado. Partindo desse levantamento bibliográfico e documental, aliado com a observação e práticas avaliativas na intervenção pedagógica, tem-se o objetivo principal da pesquisa que é: “demonstrar possibilidades de promoção da avaliação qualitativa no ensino/aprendizagem de Ciências”. Como objetivos específicos, apresentam-se: “explicitar diferentes formas de avaliação que auxiliem na aprendizagem significativa dos alunos”; e “reconhecer a avaliação como importante instrumento para a melhoria do ensino”. METODOLOGIA Os sujeitos participantes da pesquisa foram 63 alunos da disciplina de Ciências, dos 5°, 6° e 7° anos, da Escola de Ensino Básico Valdete Inês Piazera Zindars, escola da rede pública estadual de Ensino Fundamental, pertencente à Gerência Regional de Educação de Jaraguá do Sul – Santa Catarina. Para atender aos objetivos propostos no presente trabalho foram utilizadas a pesquisa exploratória e a pesquisa-ação (GIL, 2008). A pesquisa exploratória é vista no diálogo do levantamento bibliográfico de autores contemporâneos, com o levantamento documental da legislação, buscando explicitar diferentes instrumentos de avaliação que podem ser utilizadas como possibilidades para uma avaliação qualitativa. Já a pesquisa-ação é observada na aplicação das sequências didáticas do Estágio de Regência I com as turmas já citadas. Essas sequências didáticas para cada conteúdo, foram pautadas em objetivos de aprendizagem claramente definidos, tanto conceituais, como procedimentais e atitudinais. Portanto, a organização das aulas, deu-se em conformidade com a legislação de ensino vigente. O enfoque utilizado foi o expositivo-dialogado, que aliado à pesquisa, à atividade lúdica, à problematização geradora de discussão, serviu para que os alunos pudessem refletir, analisar, discutir e avaliar os temas, participando ativamente da construção de conhecimentos científicos, que são compartilhados pela comunidade científica. Na aplicação das aulas, independente das especificidades de cada ano, buscou-se inicialmente identificar os conhecimentos prévios dos alunos. Para tal, utilizou-se como estratégia os mapas mentais, que buscaram levantar palavras relacionadas aos diferentes temas das sequências didáticas. Após, os estudantes foram orientados sobre a construção de mapas conceituais, tendo como ponto de partida os mapas mentais, com o objetivo de organizar os conteúdos conceituais. Ao pensar na avaliação enquanto processo, a análise das diferentes formas de avaliação executadas pelos alunos teve como finalidade, constatar o alcance de objetivos de aprendizagem previamente definidos pelo professor, que são conceituais, procedimentais e atitudinais. Esses objetivos de aprendizagem, foram elaborados almejando uma aprendizagem significativa. Como instrumentos de avaliação, nessa intervenção didática, utilizaram-se mapas conceituais, problemas geradores de discussão, e também a observação constante do II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 30 professor em relação ao emprego do raciocínio, tanto individual como na participação dos trabalhos em grupo, além da capacidade de levantar hipóteses e questionamentos por meio da participação, do interesse manifestado, da argumentação, da prática do exercício e da criatividade para resolver os problemas propostos. RESULTADOS E DISCUSSÃO Moreira (1997b) destaca que os mapas conceituais buscam informações sobre os significados e relações significativas entre conceitos-chave da matéria de ensino segundo o ponto de vista do aluno. Nas três turmas da intervenção didática, partindo do princípio que o aluno é dotado de conhecimentos prévios (MOREIRA, 1997a), buscou-se através de construção conjunta de mapas mentais esse conhecimento. Após o levantamento de palavras relacionadas aos diferentes temas das sequências didáticas, os alunos foram orientados a elaborar mapas conceituais, com o objetivo de organizar os conteúdos conceituais. Outro ponto de extrema importância, na questão da avaliação por mapas conceituais, foi a recursividade. Em outras palavras, a possibilidade de refazer o mapa conceitual, buscando uma melhor inclusão, organização e estruturação dos conceitos. Pois como aponta Vasconcelos (2010), uma nova oportunidade de expressão do conhecimento do aluno, pode ajudar o professor saber se as dificuldades foram superadas. No caso da intervenção pedagógica além do momento de construção, foram dadas pelo menos mais duas oportunidades para que os alunos pudessem rever os conceitos, bem como, as relações entre eles. Também destaca-se a grande aceitação desse instrumento, considerando os 63 alunos envolvidos nas atividades de intervenção pedagógica, cerca de 96% elaboram mapas conceituais. Os mesmos foram indagados sobre o que foi bom e/ou interessante nas aulas, dentre as respostas, algumas dizem respeito aos mapas conceituais: “Os mapas conceituais, que poderiam ser mais utilizados em outras matérias”; “O mapa conceitual foi muito bom”; “O método de trabalhar com mapas foi muito bom”; “O professor ensina várias coisas legais e interessantes, como os mapas conceituais”. Outro instrumento de avaliação bem utilizado foi a resolução de problemas geradores de discussão. Em geral, quandopensa-se nesses problemas, é sempre importante ter a clareza de como construir a questão, tomando por base objetivos claros de ensino/aprendizagem. Como destaca Vasconcelos (2010), se porventura o professor percebe que esses objetivos não foram atingidos pelos alunos, imediatamente devem ser retomados e retrabalhados, e paralelo a isso, o professor faz autoanálise para saber se há necessidade de rever sua forma de ensinar aquele conteúdo. Com o objetivo de, “ser consciente quanto a produção e destinação do lixo”, um dos problemas elaborados para o 6° ano foi: “Imagine que a prefeitura de sua cidade determine construir um aterro sanitário perto de sua casa. Você concorda com essa decisão da prefeitura? Que problemas esse aterro poderia trazer para você e sua família? No caso de não concordar, em que local você sugere que ele seja construído?”. Relativo a essa questão, todos os dezoito alunos, apresentam a não concordância com a possível decisão da prefeitura, apontando proliferação de insetos e ratos, aliado ao mal cheiro como problemas. Quinze sugerem que o aterro seja construído longe de casas ou da zona urbana. Cinco desses alunos apontam reciclagem como auxilio para a diminuição do volume do lixo. Refletindo sobre a observação dos alunos, Haydt (2006) destaca como sendo a melhor técnica para conhecer os alunos, pois é no contexto da observação direta, nas atividades cotidianas de sala de aula, ondes eles agem espontaneamente, sem pressão externa que altere sua conduta, que propicia ao professor colher e registrar muitas informações úteis sobre o aproveitamento escolar, ao contrário de uma situação de prova. Na intervenção didática, utilizou-se da prática de analisar a produção feita pelos alunos, como trabalhos, relatórios, exercícios e pesquisas, para conhecê-los. II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 31 CONCLUSÕES Como instrumentos avaliativos, são colocadas várias possibilidades. Para a presente pesquisa, destacaram-se os mapas conceituais, muito úteis, tanto na organização conceitual para os alunos, auxiliando na aprendizagem significativa, como para o uso do professor, como avaliação contínua e processual do progresso dos seus alunos. A observação como forma de avaliação é outro ponto que merece destaque, pois é no dia-a-dia, em sua forma espontânea e sem nenhuma pressão que o aluno demonstra suas habilidades e competências, podendo ser constantemente avaliado. E por fim, os problemas construídos a partir dos objetivos de aprendizagem, devidamente contextualizados, auxiliadores no desenvolvimento de novos desafios para a aprendizagem dos estudantes. Deste modo, é possível reconhecer a avaliação como importante instrumento para a melhoria do ensino/aprendizagem, servindo tanto para o aluno melhorar sua atuação, quanto para o professor aperfeiçoar seus métodos, desde que essa avaliação, seja posta em prol do aluno e do seu desenvolvimento. REFERÊNCIAS BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC/SEB/DICEI, 2013. BRASIL. Lei nº 9496, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9 394.htm>. Acesso em: 03 maio 2015. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais. Brasília: MEC/SEF, 1998. GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008. HAYDT, Regina Célia Cazaux. Curso de didática geral. São Paulo: Ática, 2006. MOREIRA, Marco Antônio. A teoria da aprendizagem significativa e sua implementação em sala de aula. Brasília, Editora Universidade de Brasília, 2006. MOREIRA, Marco Antônio. Aprendizagem significativa: Um conceito subjacente. 1997a. Disponível em: <http://www.if.ufrgs.br/~moreira/apsigsubport.pdf >. Acesso em: 03 maio 2015. MOREIRA, Marco Antônio. Mapas conceituais e aprendizagem significativa. 1997b. Disponível em: <http://www.if.ufrgs.br/~moreira/mapasport.pdf>. Acesso em: 03 maio 2015. SANTA CATARINA. Proposta Curricular de Santa Catarina: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio: Temas Multidisciplinares. Florianópolis: COGEN, 1998. SANTA CATARINA. Proposta Curricular de Santa Catarina: Estudos Temáticos. Florianópolis: IOESC, 2005. VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação da aprendizagem: Práticas de Mudança por uma práxis transformadora. São Paulo: Libertad, 2010. II Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica – SP3, IFSC – Câmpus Gaspar, 14 e 15 de maio de 2015. 32 O USO DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO MÓVEIS POR ALUNOS DO ENSINO INTEGRADO DO IFSC - CÂMPUS SÃO JOSÉ Evaleia Cezar(1); Sabrina Farias Schütz(2); Fernando Gonçalves Bitencourt(3). Resumo Expandido (1) Estudante de Licenciatura em Ciências da Natureza – Habilitação em Química; Instituto Federal de Santa Catarina – Câmpus São José; São José; Santa Catarina; evaleiacezar@hotmail.com; (2) Estudante de Licenciatura em Ciências da Natureza – Habilitação em Química; Instituto Federal de Santa Catarina – Câmpus São José; São José; Santa Catarina; sabrinaschutz1@hotmail.com; (3) Professor Dr.; Instituto Federal de Santa Catarina – Câmpus São José; São José; Santa Catarina; ferbit@ifsc.edu.br. RESUMO: Reconhecida a premissa de que vivemos em uma sociedade cujos processos comunicacionais por meio digital se ampliam, invadindo o ambiente escolar como em nenhum outro momento, este estudo objetiva investigar o uso das tecnologias móveis de comunicação pelos alunos do curso integrados IFSC/Câmpus São José. Intencionamos, ainda, descrever as principais modalidades de usos destes dispositivos móveis de comunicação, relacionando-os com as demandas escolares e a educação. O projeto está sendo desenvolvido em três etapas. Primeiramente foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica. A segunda etapa do projeto está sendo de caráter empírico, uma vez que, estamos utilizando o método etnográfico (GERTZ, 1989) para o levantamento de dados da pesquisa, partindo de observações participantes, entrevistas semiestruturadas e conversas informais com os alunos. O material coletado está sendo registrado em um diário de campo e em equipamentos digitais. Finalmente a terceira etapa da pesquisa tratará da interpretação dos dados e a escrita de um relatório seguindo o modelo hermenêutico proposto por Thompson (1990), no qual pretendemos compreender os significados dos discursos e as práticas dos alunos sobre o uso das TIC no ambiente escolar. Palavra Chave: Educação, Mídia-Educação, Cultura, Escola. INTRODUÇÃO As consolidações dos sistemas digitais de comunicação como aparatos estruturantes das relações sociais contemporâneas têm obrigado estudiosos a refletir sobre as implicações dos mesmos nos diversos espaços da sociedade. A passagem dos dispositivos tecnológicos fixos para os móveis, nos quais destacam- se laptops, tablets e telefones celulares, repercute no modo como tratamos dos diversos aspectos de nossa vida alterando a relação espaço, tempo e comunicação de modo singular. Entre “apocalípticos e integrados” (ECO,2001) a interpretação do fenômeno comunicacional, em especial após o surgimento/invenção das massas, tem variado entre extremos que vão de total desintegração das relações sociais em virtude das perdas da sensibilidade à adesão apressada aos benefícios do virtual. Entre tais extremos a vida cotidiana se espreme, tateando entre as forças estruturantes de tais tecnologias e a manutenção de algum sentido para o contemporâneo. Tais aspectos nos levam a questões elementares sobre a vida cotidiana no ambiente escolar. O processo
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