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33 Elementos de Cálculo I Professor Wallace Nascimento Pinto Jr Capítulo 4 – Funções – parte 3 Transformações de Funções DESLOCAMENTOS VERTICAIS E HORIZONTAIS (Translações) Suponha que 0>c . Para obter o gráfico de ( )= +y f x c , deslocamos o gráfico de ( )=y f x em c unidades para cima ( )= −y f x c , deslocamos o gráfico de ( )=y f x em c unidades para baixo ( )= −y f x c , deslocamos o gráfico de ( )=y f x em c unidades para a direita ( )= +y f x c , deslocamos o gráfico de ( )=y f x em c unidades para a esquerda REFLEXÕES E EXPANSÕES HORIZONTAIS E VERTICAIS Suponha que 1>c . Para obter o gráfico de ( )=y cf x , expandimos o gráfico de ( )=y f x verticalmente por um fator de c ( )1=y f x c , comprimimos o gráfico de ( )=y f x verticalmente por um fator de c ( )=y f cx , comprimimos o gráfico de ( )=y f x horizontalmente por um fator de c = xy f c , expandimos o gráfico de ( )=y f x horizontalmente por um fator de c ( )= −y f x , refletimos o gráfico de ( )=y f x em torno do eixo x ( )= −y f x , refletimos o gráfico de ( )=y f x em torno do eixo y 34 � Exemplo 1: Dado o gráfico de =y x , use transformações pra obter os gráficos de 2= −y x , 2= −y x , = −y x , 2=y x , = −y x . 35 � Exemplo 2: Dado o gráfico de ( ) 2=f x x , use transformações para esboçar o gráfico de ( ) 2 6 10= + +g x x x . Combinações de Funções Duas funções podem ser combinadas para formar novas funções. Sejam f e g duas funções, sendo ( ) =D f A e ( ) =D g B . Se ∩ ≠ ∅A B , podemos definir: • Função Soma de f e g: ( )( ) ( ) ( )+ = +f g x f x g x , sendo ( )+ = ∩D f g A B . • Função Diferença de f e g: ( )( ) ( ) ( )− = −f g x f x g x , sendo ( )− = ∩D f g A B . • Função Produto de f e g: ( )( ) ( ) ( )⋅ = ⋅f g x f x g x , sendo ( . ) = ∩D f g A B . • Função Quociente de f por g: ( )( ) ( ) = f f x x g g x , sendo { }| ( ) 0 = ∈ ∩ ≠ ≠ ∅ fD x A B g x g . Observações 1) Por que o domínio das funções soma, diferença e produto é a interseção dos domínios das funções f e g? 2) Por que o domínio da função quociente é distinto dos domínios das funções acima? 36 � Exemplo 3: Sejam as funções ( ) 4= −f x x e 2( ) 1= −g x x . Encontre as funções soma, diferença, produto e quociente de f e g e seus respectivos domínios. Existe outra maneira de combinar duas funções para obter uma nova função. Por exemplo, suponha que ( )= =y f u u e ( ) 2 1= = +u g x x . Como y é uma função de u e u, por sua vez, é uma função de x, segue que, afinal de contas, y é uma função de x. Calculamos isto pela substituição: ( ) ( )( ) ( )2 21 1= = = + = +y f u f g x f x x Este procedimento é chamado composição e a nova função é chamada função composta das duas funções dadas. FUNÇÃO COMPOSTA Dadas duas funções f e g, a função composta �f g (lê-se “f bola g”) é definida por ( )( ) ( )( )=�f g x f g x A figura abaixo mostra como visualizar �f g em termos de diagramas de flechas. 37 Considerando a figura, perceba que, para encontrar ( )( )f g x , ( )g x deve estar no domínio de f . Assim, o domínio de �f g é o conjunto de todos os x no domínio de g tais que ( )g x está no domínio de f . � Exemplo 4: Se 2( ) =f x x e ( ) 3= −g x x , encontre as funções compostas �f g e �g f . Observações Você pode ver no exemplo anterior que, em geral, ≠� �f g g f . Lembre-se de que na notação �f g significa que a função g é aplicada primeiro, e depois f é aplicada. � Exemplo 5: Se ( ) =f x x e ( ) 2= −g x x , encontre cada uma das funções e seus domínios. a) �f g b) �g f c) �f f d) �g g 38 � Exemplo 6: Encontre duas funções tais que sua composição seja a função : →ℝ ℝh definida por ( )102( ) 1= −h x x . Dizemos que uma função é injetora quando ela nunca assume o mesmo valor duas vezes, ou seja, para quaisquer ( )1 2, ∈x x D f , com 1 2≠x x , tem-se. Geralmente, para mostrarmos que uma função é injetora, é mais útil seguirmos o seguinte caminho alternativo: se ( ) ( )1 2=f x f x então 1 2=x x . � Exemplo 7: A função : →ℝ ℝf definida por ( ) 3=f x x é injetora? � Exemplo 8: A função : →ℝ ℝg definida por ( ) 4=g x x é injetora? Se uma reta horizontal intercepta o gráfico de f em mais de um ponto, então vemos na figura abaixo que existem números 1 2 e x x tais que ( ) ( )1 2=f x f x . Isso significa que f não é uma função injetora. Funções Injetoras, Sobrejetoras e Bijetoras 39 Portanto, temos o seguinte método gráfico para determinar se a função é injetora. TESTE DA RETA HORIZONTAL Uma função é injetora se nenhuma reta horizontal intercepta seu gráfico em mais um ponto. Dizemos que uma função é sobrejetora quando seu conjunto imagem é igual ao contradomínio, ou seja, para todo ( )∈y CD f , existe ( )∈x D f tal que ( )=y f x . � Exemplo 9: A função : →ℝ ℝf definida por ( ) 2=f x x é sobrejetora? � Exemplo 10: A função : + +→ℝ ℝg definida por ( ) =g x x é sobrejetora? Dizemos que uma função é bijetora quando é injetora e sobrejetora. As funções bijetoras são importantes, pois são precisamente as que possuem funções inversas. Função Inversa Seja : →f A B uma função bijetora. Então sua função inversa 1−f tem domínio B e imagem A , sendo definida por 1( ) ( )− = ⇔ =f y x f x y para todo y em B . Essa definição afirma que se f transforma x em y , então 1−f transforma y de volta em x . O diagrama de flechas da figura abaixo mostra que 1−f reverte o efeito de f . 40 Observações Não confunda 1− de 1−f com um expoente. Assim, 1−f não significa 1f . � Exemplo 11: Se ( )1 5=f , ( )3 7=f e ( )8 10= −f , encontre ( )1 10− −f , ( )1 5−f e ( )1 7−f . � Exemplo 12: Seja : →ℝ ℝf , dada por ( ) 3 2= +f x x . Encontre a função inversa, se existir. Caso contrário, modifique o domínio ou o contradomínio de f , criando uma nova função que possua inversa. � Exemplo 13: Seja : →ℝ ℝf , dada por ( ) 2=f x x . Encontre a função inversa, se existir. Caso contrário, modifique o domínio ou o contradomínio de f , criando uma nova função que possua inversa. 41 Conhecendo o gráfico de f , como obter o gráfico de 1−f ? O gráfico de 1−f é obtido refletindo-se o gráfico de f em torno da reta =y x , como nas figura abaixo. � Exemplo 14: Esboce os gráficos de ( ) 3 1= +f x x e de sua função inversa usando o mesmo sistema cartesiano. Referências utilizadas neste capítulo: � FLEMMING, Diva M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A. Pearson Prentice Hall, 2007. � STEWART, James. Cálculo I, volume 1. Cengage Learning, 2011.
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