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aula leucograma e interpretacao

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Avalia as contagens total e diferencial (valores relativo e absoluto) dos leucócitos, bem como a morfologia dos neutrófilos, linfócitos e monócitos, principalmente.
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Os Neutrófilos são os granulócitos mais comuns no sangue. (55-70% de todos os Leucócitos são Neutrófilos). 
Eles tem núcleo segmentado, tipicamente com 2 a 5 lobos conectados entre si através de finas fitas de cromatina as quais podem ser difíceis de se ver.
Função: importante célula de defesa contra processos infecciosos bacterianos.
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Os Eosinófilos correrspondem a 2-5% do total de leucócitos, e são distinguíveis pelos seus grânulos acidofílicos (vermelho/laranja) proeminente contendo um componente conhecido como Proteína Básica Principal, a qual é tóxica para muitas larvas de parasitas. 
O núcleo tem usualmente apenas 2 a 3 lobos. 
As funções desse tipo de granulócito estão associadas com respostas alérgicas e defesa contra parasitas.
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Os basófilos compreendem menos de 1% do total de leucócitos e são distinguidos pelos grânulos azul escuro específicos proeminentes que contém histamina, heparina e outros componentes.
O núcleo está usualmente obscurecido pelo densidade dos grânulos.
Os basófilos estão associados com a resposta imune inata a antígenos externos, assim como na ocorrência de asma e anafilaxias. 
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O linfócito é uma célula arredondada ou ovalada com um núcleo oval ou em forma de rim que ocupa a maior parte da célula.
O nucléolo pode estar presente mas a cromatina densa impede a distinção.
Normalmente são menores que os monócitos. 
Os linfócitos desempenham inúmeros papéis na resposta imune adquirida.
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Os Monócitos são as maiores células vistas no esfregaço sangüíneo e constitue5 a 8% dos leucócitos. 
Seu núcleo não é multilobular como os granulócitos, mas pode ser em forma de “U” com cromatina aparentemente reticular. 
O citoplasma dos monócitos contém numerosos grânulos lisossomais os quais dão a ele uma aparência acinzentada de vidro fosco. 
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Os Monócitos saem eventualmente da corrente sangüínea e se tornam macrófagos tissulares, os quais são responsáveis pela remoção de ‘debris’, assim como pela defesa contra certos tipos de invasores.
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		Leucograma: Limites de referência (ambos os sexos)
		
		Idade
		
		cordão
		10 dias
		2 anos
		
		%
		por l
		%
		por l
		%
		por l
		Leucócitos
		
		6000 a 24000
		
		6000 a 16000
		
		5000 a 14000
		Neutrófilos
		40 a 70
		4000 a 14000
		20 a 50
		2000 a 6000
		20 a 40
		1000 a 4000
		Linfócitos
		20 a 40
		3000 a 6000
		40 a 70
		3000 a 10000
		50 a 80
		3000 a 10000
		Monócitos
		2 a 8
		400 a 1500
		2 a 8
		200 a 1200
		2 a 10
		100 a 1000
		Eosinófilos
		1 a 6
		100 a 1200
		0 a 7
		0 a 800
		0 a 7
		0 a 700
		Basófilos
		0 a 2
		0 a 400
		0 a 3
		0 a 300
		0 a 3
		0 a 300
		
		Idade
		
		5 anos
		10 anos
		Adultos caucasóides
		
		%
		por l
		%
		por l
		%
		por l
		Leucócitos
		
		4000 a 14000
		
		4000 a 12000
		
		3600 a 11000
		Neutrófilos
		20 a 60
		1000 a 6000
		30 a 60
		1400 a 6000
		45 a 70
		1500 a 7000
		Linfócitos
		40 a 70
		2000 a 8000
		30 a 60
		1600 a 6000
		20 a 50
		1000 a 4500
		Monócitos
		2 a 10
		100 a 1000
		2 a 10
		100 a 1000
		2 a 10
		100 a 1000
		Eosinófilos
		0 a 7
		0 a 700
		0 a 7
		0 a 700
		0 a 7
		0 a 700
		Basófilos
		0 a 3
		0 a 300
		0 a 3
		0 a 300
		0 a 3
		0 a 200
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ALTERAÇÕES QUALITATIVAS DOS LEUCÓCITOS
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ALTERAÇÕES DOS LEUCÓCITOS
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ALTERAÇÕES NUCLEARES E CITOPLASMÁTICAS DOS LEUCÓCITOS
NUCLEARES
CITOPLASMÁTICAS
Linfócitos atípicos	Linfócitos atípicos
Vacuolizações		Vacuolizações
Células L.E.		Granulações Tóxicas
Pelger Huet		Corpos de Dohle
Hipersegmentação	Bastonete de Auer
 			 Anomalia de Alder-Reilly
			Síndrome de Chediak Higashi
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Anomalia de Pelger-Hüet 
Alteração nuclear em que a maioria dos neutrófilos apresenta núcleos bastonados ou bilobulados, cromatina mais condensada. 
Alteração rara do tipo autossômica recessiva, com formação anormal do núcleo dos neutrófilos segmentados, tornando-os bi-lobulados ou não-segmentados. 
Ocorre também associado a doenças mieloproliferativas.
ALTERAÇÕES NUCLEARES 
PELGER-HUET
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ALTERAÇÕES NUCLEARES 
PELGER-HUET
Anomalia de Pelger-Huet nos neutrófilos
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ALTERAÇÕES NUCLEARES E CITOPLASMÁTICA
Linfócitos atípicos (linfócitos reativos)
linfócitos que se ativaram devido a um estímulo imunológico. 
Os estágios intermediários são denominados linfócitos plasmocitóides ou células de Türk. 
Tanto os linfócitos T como os B podem transformar-se em imunoblastos (células grandes com nucléolo central proeminente e citoplasma basófilo abundante). 
Esses linfócitos ativados têm: tamanho celular aumentado, imaturidade do núcleo (falta de condensação da cromatina e presença de nucléolo) contorno nuclear irregular, vacuolização citoplasmática, citoplasma amplo e basófilo e contorno celular irregular.
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LINFÓCITOS ATÍPICOS
Linfócitos atípicos na Doença de Hodgkin
Infecções virais: sarampo, rubéola, mononucleose, HIV, HTLV-1, hepatite A
Infecções bacterianas: brucelose, tuberculose, sífilis
Infecções protozoárias: toxoplasmose, malária.
Imunização
L.E.S. (Lupus eritematoso sistêmico)
Doença de Hodgkin
Hipersensibilidade a drogas: dapsona, tiazinas, salicílicos
Linfócitos atípicos na Mononucleose infecciosa
ALTERAÇÕES E CITOPLASMÁTICA
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ALTERAÇÕES NUCLEARES 
HIPERSEGMENTAÇÃO
Neutrófilos hipersegmentados na anemia macrocítica.
CAUSAS:
Anemia megaloblástica
Gestação (Def.de folatos )
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VACUOLIZAÇÃO
OCORRÊNCIA: Neutrófilos e Monócitos 
Vacúolos em monócito na intoxicação por benzeno
Os vacúolos fagocíticos contém bactérias ou resíduos químicos que não se coram com corantes da rotina hematológica. 
Em infecções bacterianas graves, queimaduras e intoxicações por benzeno é comum a presença de neutrófilos e monócitos com vacúolos.
ALTERAÇÕES CITOPLASMÁTICAS
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VACUOLIZAÇÃO
OCORRÊNCIA: Linfócitos 
A presença de vacúolos em linfócitos é muito rara.
Em situações específicas como em leucemias (LLA tipo 3) e linfoma de Burkit a vacuolização se deve à presença de proteinas citoplasmáticas anormais.
Vacúolos anormais, nos linfoblastos da Leucemia Linfoblástica Aguda - LLA 3
Vacúolos em neutrófilos por intoxicação de benzeno.
ALTERAÇÕES CITOPLASMÁTICAS
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Aumento de granulações azurófilas (grânulos primários) nos neutrófilos segmentados. 
Embora a granulação grosseira seja comum na infecção, ela é inespecífica, sendo vista, da mesma forma, na presença de vários tipos de dano tecidual.
Ocorre como resposta à terapia com citocinas (G-CSF e GM-CSF), mesmo na ausência de infecção.
ALTERAÇÕES CITOPLASMÁTICAS
GRANULAÇÕES TÓXICAS
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ALTERAÇÕES CITOPLASMÁTICAS
GRANULAÇÕES TÓXICAS
OCORRÊNCIA: Neutrófilos segmentados e bastonetes
Granulações tóxicas em neutrófilos bastonetes
-
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ALTERAÇÕES CITOPLASMÁTICAS
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MAY - HEGGLIN
É uma doença autossômica dominante.
Condensações anormais de RNA, como inclusões levemente basófilas (granulações grandes, em geral única), no citoplasma do neutrófilo.
A maioria dos pacientes também tem trombocitopenia e plaquetas gigantes.
Neutrófilo com alteração de May-Hegglin
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Anomalia citoplasmática associada com grânulos neutrofílicos gigantes. 
É observada nos neutrófilos, eosinófilos, monócitos e linfócitos. 
As crianças afetadas têm em geral uma neutropenia e trombocitopenia associada e sofrem de infecções graves recidivantes. 
O exame clínico revela freqüentemente albinismo parcial e acentuada
hepatoesplenomegalia. 
A maioria morre na infância por infecção ou hemorragia.
ALTERAÇÕES CITOPLASMÁTICAS
CHEDIACK HIGASHI
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ALTERAÇÕES CITOPLASMÁTICAS
CHEDIACK HIGASHI
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Neutrófilos com Chediack- Higashi
Neutrófilos com grânulos de Chediack-Higashi corados com peroxidase.
Características Associadas
Anemia, Neutropenia, Trombocitopenia, Icterícia, Infecções e Sangramentos.
Pancitopenia – diminuição dos 3 elementos celulares: plaquetas, leucócitos e hemácias)
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São pequenas inclusões citoplasmáticas azul-pálidas, isoladas ou múltiplas, geralmente encontradas próxima à periferia da célula.
Em nível ultra-estrutural são compostos de pilhas de retículo endoplasmático e grânulos de glicogênio. 
Os corpos de Döhle estão associados à gravidez, aos estados infecciosos e inflamatórios, às queimaduras e à administração de citoquinas como a G-CSF e GM-CSF. 
Podem ser vistos nas síndromes mielodisplásicas (LMC e policitemia vera) e na LMA, e têm sido descritos na anemia perniciosa, anemia hemolítica, e após uso de agentes quimioterápicos. 
ALTERAÇÕES CITOPLASMÁTICAS
CORPOS DE DOHLE
Dois neutrófilos com corpos de Dohle
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ALTERAÇÕES CITOPLASMÁTICAS
BASTÃO DE AUER
-
OCORRÊNCIA: Leucemia mielóide aguda
Bastão de Auer em Mieloblasto
CAUSAS:
Fusão de grânulos dos lisossomos primários
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Os neutrófilos anormais apresentam grânulos azurófilos de cor violeta-púrpura, podendo ocupar citoplasma e núcleo. 
Na variante completa atinge todos os leucócitos. 
Na forma incompleta os grânulos são de menor tamanho e atinge uma só parte dos granulócitos, acometendo todos os basófilos e respeitando os eosinófilos. 
Linfócito com Alder - Reilly
ALTERAÇÕES CITOPLASMÁTICAS
ALDER - REILLY
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ALTERAÇÕES CITOPLASMÁTICAS
ALDER - REILLY
-
Neutrófilo com Alder-Reilly
Presença de enzima peroxidase anormal associada a mucopolissacaridoses
Paciente pode apresentar deformidades ósseas
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ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS DOS LEUCÓCITOS
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Contagem global
Número total de leucócitos
Contagem diferencial
Contar 100 células 
Diferenciação da população leucocitária com base nas características morfológicas
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 Contar 200 leucócitos se houver:
Leucocitose acentuada
Linfocitose no adulto
Plasmocitose, basofilia
Ausência de eosinófilos ou monócitos
Presença de mielócitos
Correção da contagem de leucócitos
(presença de eritroblastos circulantes  5 )
Leucometria obtida x 100
no eritroblastos + 100
 Leucometria real =
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Leucocitose
Elevação do número total de leucócitos acima de 9.000/mm3 
Maior importância clínica devem-se ao aumento de neutrófilos, linfócitos e eosinófilos
Leucopenia
Redução do número de leucócito abaixo de 4.000/mm3
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Neutrofilia
Acima de 70% ou 6.000/mm3
Neutropenia
Abaixo de 45% ou 3.000/mm3
Eosinofilia
Eosinófilos acima de 4% ou 400/mm3
Eosinopenia
Abaixo de 60/mm3
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Linfocitose
Linfócitos acima de 35% ou 3.500/mm3
Linfopenia
Abaixo de 1.200/mm3 no adulto
Monocitose
Monócitos acima de 8% ou 650/mm3
Monocitopenia
Abaixo de 4% ou 150/mm3
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ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS DOS LEUCÓCITOS
LEUCOCITOSES:
> 11.000 a 15.000/mm3	  	Discreta
15.000 a 20.000/mm3	 	Moderada
20.000 a 30.000/mm3	 	Acentuada
30.000 a 45.000/mm3	 	Reação Leucemóide
> 45.000		 	Maioria dos processos leucêmicos
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LEUCOCITOSES
DECORRÊNCIAS
			
 POR NEUTROFILIA
 POR LINFOCITOSE
 POR EOSINOFILIA
 POR MONOCITOSE
Fisiológicas
Reacionais
Leucemias
Reacionais
Leucemias
Reacionais
Familiar
Leucemias
Reacionais
Leucemias
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É uma reação a várias infecções, processos inflamatórios e, em certas circunstâncias, a processos fisiológicos (p.ex.: estresse extremo).
Esta reação é mediada por várias moléculas liberadas em resposta a eventos estimuladores, tais como fator estimulador de colônias de granulócitos, fator estimulador de colônias de macrófagos; interleucinas 1, 2 e 3; e fator de necrose tumoral, entre outros 
A leucocitose constitui na resposta de fase aguda do organismo a muitas doenças, incluindo-se infecções: bactérias, vírus, fungos protozoários e espiroquetas.
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LEUCOCITOSE POR NEUTROFILIA
Infecção bacteriana. Neutrofilia com desvio à esquerda
Laudo: relatar desvio à esquerda até (mielócito, metamielócitos, bastonente, etc)
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LEUCOCITOSE POR LINFOCITOSE
Linfocitose na Leucemia Linfocítica Crônica
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LEUCOCITOSE POR EOSINOFILIA
Síndrome Hipereosinofílica
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LEUCOCITOSE POR MONOCITOSE
Monocitose na Leucemia Monocítica
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Está associada a uma ampla variedade de infecções virais e bacterianas. 
Quando causada por uma doença viral (p. ex., vírus do Epstein-Barr, hepatite A e B, vírus sincicial respiratório e rubéola), geralmente, as alterações agudas são notadas dentro de 1 a 2 dias de infecção e muitas vezes podem persistir durante várias semanas. 
Considerar a presença de infecção por salmonela, estafilococos e micobactérias. 
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São elevações dos números de leucócitos acima de 50.000/mm 3 levando às vezes à confusão com leucemia. 
Existem muitos casos de reações leucemóides que podem ser mielóide ou linfóide.
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Neutrófilos: Podem circular (população flutuante = metade) ou permanecer marginados ao endotélio dos vasos sangüíneos (população marginal)
Neutrofilia: Aumento dos neutrófilos acima dos valores de referência
Certos estímulos mobilizam a população marginal, produzindo neutrofilia, sem necessariamente envolver liberação pela medula óssea
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A resposta inicial da medula óssea frente ao processo infeccioso é a liberação da população de neutrófilos de reserva. 
A presença de mais de 500 bastões/mm 3 constitui indicação de infecção.
Processo infeccioso: pode ocorrer a presença de desvio à esquerda
Ocorrerá aceleração do processo de maturação e liberação das células levando como resultado o desvio à esquerda: que é a presença de maior quantidade de bastonetes e (ou) de células mais jovens da série granulocítica (metamielócitos, mielócitos, promielócitos e mieloblastos). 
Desvio à esquerda pode ser: regenerativo ou degenerativo.
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Leucocitose e neutrofilia, mas há manutenção da distribuição piramidal dos neutrófilos, isto é, os mais jovens em número inferior aos mais maduros. 
É considerado pequeno quando são vistos apenas neutrófilos bastonetes, moderado quando são observados metamielócitos e bastonetes e ainda, acentuado quando são vistos mielócitos, metamielócitos e bastonetes. 
Representa prognóstico bom, pois indica funcionamento normal do processo inflamatório.
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O número total de neutrófilos é normal ou há até mesmo neutropenia (associada à leucopenia), mas há aumento do número de formas jovens. 
Há duas explicações para o desvio à esquerda degenerativo. 
1- o número de neutrófilos deveria estar aumentado, mas a destruição dessas células processa-se a uma velocidade maior que a sua reposição. 
2- há uma interferência no processo de maturação das células, causada por agressões em nível medular. 
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Neste tipo de alteração o número total de leucócitos é variável, mas há elevação no número de neutrófilos muito maduros ou seja, hipersegmentados. 
As formas jovens estarão ausentes ou em números muito reduzidos. 
É observado em doenças crônicas ou em situações de deficiência de vitamina B12.
A elevação nos níveis de corticoides na circulação, sejam endógenos ou exógenos, faz com que os neutrófilos permaneçam mais tempo no compartimento marginal, amadurecendo mais, ficando assim com o núcleo hipersegmentado.
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Patológicas  INFECÇÕES
INFECÇÕES AGUDAS, LOCAIS E GERAIS: 
	Cocos, outras bactérias. Fungos, protozoários
INFECÇÕES E DESTRUIÇÃO TISSULAR:
	Queimados, necroses
NEOPLASIAS
INTOXICAÇÕES E ENVENENAMENTOS
PATOLOGIAS REACIONAIS METABÓLICAS
	Diabetes, uremias
HEMÓLISES AGUDAS
USO DE CORTICÓIDES
DOENÇAS PROLIFERATIVAS 
	Leucemias, policitemia vera
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FISIOLÓGICAS  	MOBILIZAÇÃO DO 					COMPARTIMENTO MARGINAL
RECÉM NASCIDOS (3º e 4º dia)
EXERCÍCIOS EXAUSTIVOS
GRAVIDEZ E PARTO
EMOÇÕES FORTES
“STRESS ”  Coleta
FEBRE OU FRIO
CALOR
ANESTESIA
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Leucocitose por neutrofilia (aumento dos neutrófilos) ; 
Desvio à esquerda escalonado dos neutrófilos:
corresponde à presença de neutrófilos jovens, as formas não segmentadas (bastonetes, metamielócitos, mielócitos e pró-mielócitos), no sangue periférico. 
O desvio é dito escalonado quando existe predomínio dos neutrófilos mais maduros. 
Quase sempre acompanham o desvio à esquerda:
alterações tóxico-degenerativas nos neutrófilos: caracterizadas pela presença de granulações tóxicas, corpúsculos de Döle e vacúolos no citoplasma dos neutrófilos 
Eosinopenia 
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NEUTROFILIA NAS INFECÇÕES BACTERIANAS AGUDAS
DESVIO À ESQUERDA COM GRANULAÇÕES TÓXICAS
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NEUTROFILIA NA INFECÇÃO BACTERIANA GRAVE
DESVIO À ESQUERDA COM FORMAS JOVENS
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NEUTROFILIA NA LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA
FORMAS JOVENS E DESVIO À ESQUERDA NÃO ESCALONADO
Blastos		2
Promielócitos		1
Mielócitos		4
Metamielócitos	2
Bastonetes		3
Segmentados		7
Número de jovens > que nº de células maduras
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EXEMPLO NA LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA
 
LEUCÓCITOS:		385.000/mm3
PRÓ-MIELÓCITOS:	10%
MIELÓCITOS:		22%
METAMIELÓCITOS:	14%
BASTONETES:		19%
SEGMENTADOS:	25%
EOSINÓFILOS:		2%
BASÓFILOS:		2%
LINFÓCITOS:		4%
MONÓCITOS:		2%
Desvio à esquerda não - escalonado
*
EXEMPLO NA LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA
LEUCÓCITOS:		49.000/mm3
MONOBLASTOS:	22%
PRÓ-MIELÓCITOS:	34%
MIELÓCITOS:		21%
METAMIELÓCITOS:	0%
BASTONETES:		0%
SEGMENTADOS:	16%
EOSINÓFILOS:		1%
BASÓFILOS:		2%
LINFÓCITOS:		4%
MONÓCITOS:		0%
Hiato Leucêmico
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A neutropenia ocorre basicamente por dois mecanismos:
1- quando há diminuição da produção de neutrófilos por uma hipoplasia granulocítica da medula óssea.
2- excesso de consumo dos neutrófilos, em processos infecciosos graves e demorados.
*
Na medula óssea	  Produção medular
Nos tecidos		  Mobilização (exaustão das reservas)
No baço		Hiperesplenismo
NEUTROPENIA VERDADEIRA 	 1.800 neutrófilos/mm3
1 - NEUTROPENIA CENTRAL
Neutropenia pura  Auto-imune, tóxica, constitucional
Infiltração medular  leucemias e outras
Insuficiência medular global  Aplasia
	
*
2 - DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
Malária, calazar
Febre tifóide, brucelose
Hepatite viral
3 - NEUTROPENIA PERIFÉRICA
Hiperesplenismo
Auto-imune (Lúpus)
Idiopáticas
*
Freqüentemente está associada a fenômenos alérgicos, parasitoses ou distúrbios dermatológicos. 
Outras causas de eosinofilia incluem doenças gastrintestinais, doença de Hodgkin e doenças com imunodeficiências, mas ela também ocorre durante a convalescença de doenças virais. 
A síndrome hipereosinofílica refere-se a um amplo espectro de doenças que variam desde a síndrome de Löeffler (acúmulo de eosinófilos no pulmão devido à uma infecção parasitária por Ascaris lumbricoides, Strongyloides stercoralis, Ancylostoma duodenale e Necator americanus), até a leucemia eosinofílica crônica
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LEUCEMIA EOSINOFÍLICA E HIPEREOSINOFILIA
Leucemia eosinofílica. Presença de formas jovens de neutrófilos como mielócitos, metamielócitos e bastonetes.
Síndrome hipereosinofílica. Presença acentuada de eosinófilos chegando a 70% em alguns casos. Todos maduros.
*
Aparece em situação de estresse agudo como resultante da estimulação de adrenocoticóides ou da liberação de epinefrina ou de ambos e em estados inflamatórios agudos.
*
 Muitas infecções virais (mononucleose infecciosa, citomegalovírus, varicela, hepatites, adenovírus, sarampo, parotidite epidêmica) e doenças como a tuberculose, toxoplasmose e brucelose podem apresentar linfocitose absoluta (>5.000/mm 3 ). 
Os pacientes com mononucleose infecciosa ou coqueluche podem apresentar linfocitose extremamente elevada (> 15.000/mm 3 ). 
As presenças de linfócitos atípicos acompanham freqüentemente as linfocitoses secundárias a processos infecciosos (na mononucleose infecciosa pode ser superior a 20% do total de linfócitos). 
A linfocitose com presença concomitante de anemia, quadro purpúrico, plaquetopenia e (ou) dores ósseas deve levantar a suspeita clínica de leucemia linfoblástica aguda. 
*
CAUSAS DAS LINFOCITOSES
REATIVAS
PATOLÓGICAS
Infecções virais:		Mononucleose
			Rubéola
			Citomegalovírus
			Gripe
Infecções bacterianas:	Brucelose
			Sífilis
			Tuberculose
			Inf.Agudas Infantil
Leucemia Linfocítica Crônica
Linfomas
Macroglobulinemia de Waldenstrom
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LINFOCITOSE NA MONONUCLEOSE
 Causada por vírus Epstein-Barr
 Linfocitose acentuada com linfócitos
 atípicos
 Linfócitos absolutos 10 a 20.000/mm3
Dois linfócitos atípicos e um monócito.
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CARACTERÍSTICAS DA MONONUCLEOSE
 Letargia, mal-estar e febre
 Linfadenopatia cervical
 Edema parcial e orofaringe
 Erupção cutânea eritematosa
 Esplenomegalia
Inchaço de gânglio (linfadenopatia) se deve à superpopulação de linfócitos B no tecido ganglionar.
*
OUTRAS CAUSAS DE LINFÓCITOS ATÍPICOS
Hepatite infecciosa (A), Sarampo, Rubéola, Varicela, Caxumba, HIV, Herpes
Brucelose, Sífilis, Tuberculose
Toxoplasmose, Malária
L.E.S., Doença de Hodgkin
*
Na reação de fase aguda, o hemograma freqüentemente demonstrará linfocitopenia absoluta (<1.500/mm 3 ) refletindo a mobilização dos linfócitos em nível tecidual para o reconhecimento antigênico. 
Na fase de convalescença, a contagem de linfócitos pode se elevar discretamente, retornando aos níveis normais posteriormente.
Ocorre linfocitopenia também em situações de estresse ou uso de corticosteróides.
*
CAUSAS DE MONOCITOSES
REACIONAIS
Infecções: sífilis congênita
Inflamações crônicas
Artrite reumatóide
L.E.S.
Endocardite - bacteriana
PATOLÓGICAS
Leucemia mielo-monocítica crônica
LMC, LMA
OUTROS:
Uso de citocinas (G-CSF, GM-CSF, IL-3)
*
MONOCITOSE NA ENDOCARDITE BACTERIANA
Monócito e macrófago no sangue periférico de paciente com endocardite bacteriana.
Se deve à colonização ou invasão de bactérias nas válvulas cardíaca, no endocárdio, e outras regiões.
Provoca destruição do tecido cardíaco. 
Na fase aguda da doença observa-se monocitose no sangue periférico.
*
1 - FASE DE LUTA OU NEUTROFÍLICA
Neutrofilia com ou sem desvio à esquerda, granulações tóxicas, microvacúolos citoplasmáticos picnose nuclear.
Desaparecimento de eosinófilos (reação de alarme)*.
Linfocitopenia relativa.
Monocitopenia relativa
Formação de pus e febre, quanto maior a temperatura, maior a leucocitose
*
Nos processos infecciosos agudos a eosinopenia indica gravidade.
Na presença de bactérias ou em situações de “Stress”.
Organismo libera adrenalina que atua na hipófise.
Hipófise libera ACTH que atua na supra-renal.
Supra renal libera hormônio corticóide:
Inibe a saída de eosinófilos da medula óssea.
Lisa linfócitos
*
2 - FASE MONOCITÁRIA DE DEFESA
Neutropenia.
Diminuição ou desaparecimento do desvio à esquerda.
Aparecimento de eosinófilos (bom prognóstico).
Monocitose relativa e absoluta
*
3 - FASE LINFOCITÁRIA OU DE CURA
Neutrófilos normais
Eosinofilia
Linfocitose
Pode ocorrer monocitose
Processo infeccioso agudo 
Leucograma
 Leucócitos  18.000/mm3 de sangue
Obs: Granulações grosseiras (+++), alterações degenerativas dos neutrófilos 
Conclusão
Acentuada leucocitose c/ D.E.
Neutrofilia relativa e absoluta (40-65%; 1.600-7.000/mm3)
Linfocitopenia relativa (20-40%; 1.000-4.000/mm3)
Aneosinofilia (R. de alarme)
Processo infeccioso agudo grave supurativo
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LEUCOGRAMA:
Leucocitose.
Neutrofilia  em geral, existe neutrofilia relativa e absoluta.
Desvio à esquerda  não há, se houver é pequeno (indica progressão do processo ou reagudização).
Desvio à direita  Luta dos neutrófilos e dos germes, quando o germe é pouco virulento o neutrófilo terá maior tempo de vida.
Eosinófilos  sempre presentes.
Linfócitos  Linfocitose relativa e absoluta, ou só absoluta.
Monócitos  Monocitose absoluta por ação do SRE que têm ação de luta constante contra o agente agressor. 
Processo infeccioso crônico 
Série vermelha  leve macrocitose
Série branca  leucocitose com intensidade variável
 DE ausente ou discreto
 Neutrofilia ou linfocitose
 Leucócitos  16.000/mm3 de sangue
Conclusão
 Leucocitose, Neutropenia relativa (40-65%; 1.600-7.000/mm3)
 Linfocitose relativa e absoluta (20-40%; 1.000-4.000/mm3)
 Monocitopenia relativa (3-10%; 200-1.000/mm3)
Processo infeccioso crônico não supurativo
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Neutrófilos  leve neutrofilia relativa, às vezes absoluta, com pequeno desvio à esquerda
Eosinófilos  Sempre presentes, eosinofilia relativa e absoluta.
Linfócitos  Linfocitopenia relativa e valor absoluto normal.
Monócitos  Existem desde a fase inicial do processo, o que contrasta com a maioria dos processos onde na luta ocorre monocitopenia.
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1 - COCOS PIOGÊNICOS
PROCESSOS LOCALIZADOS
(abcessos cutâneos, dentários, ganglionares)
Discreta leucocitose
Neutrofilia com desvio à esquerda discreto
Granulações tóxicas discretas e finas
QUANDO HÁ COMPROMETIMENTO DO ÓRGÃO, OCORREM AS TRÊS FASES DO PROCESSO AGUDO
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2 - BACILOS GRAM NEGATIVOS (Principalmente febre tifóide e brucelose)
	Primeiros dias de infecção - Leucograma sem alterações.
	
	Segunda ou terceira semana 
		Leucopenia/Neutropenia
		Desvio à esquerda
		Granulações tóxicas (++++)
A porta de entrada para bacilos gram-negativos é o tubo digestivo, sendo a neutropenia explicada ou por desvio dos leucócitos para o local da infecção, ou por esgotamento das reservas.		
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3 - 	COQUELLUCHE
	B. Pertusis: 
		Grande linfocitose (até 100.000 GB/mm3)
		Pequenos linfócitos
	B. Parapertusis
	 	Linfocitose (25.000 - 30.000 GB/mm3)
	 	Pequenos linfócitos
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4 - TUBERCULOSE
FASE AGUDA
	 Neutrofilia com desvio à esquerda
	 Monocitose (grande quantidade de lipases ativas contra micobactérias)
FASE CRÔNICA
	 Linfocitose
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EM GERAL:
	Neutropenia
	Desvio à esquerda
	
	Linfocitose com elemento atípicos
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1- MONONUCLEOSE INFECCIOSA
Leucocitose 
	Desvio à esquerda após 4 a 5 dias
	Linfocitose com elementos atípicos característicos 
	Monocitose
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2- HEPATITE INFECCIOSA
	FASE PRODRÔMICA (sem sintomas)
		Leucopenia
		Discreto desvio à esquerda
		Plaquetopenia
	FASE ICTÉRICA
		Linfocitose com linfócitos atípicos
		Plasmocitose
		
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1 - PARASITAS HEMÁTICOS (MALÁRIA, CALAZAR)
	
	Leucopenia crônica
	Discreto desvio à esquerda
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2 - PARASITA INTESTINAIS  EOSINOFILIA
	Quanto maior o contato parasita-hospedeiro, maior a eosinofilia.
	GIARDÍASE: Praticamente sem alterações no hemograma.
	
	E. vermiculares: Discretas eosinofilias.
	
	A. lumbricóides: Eosinofilia significativa na fase larval.
	
	T. trichiurus: Eosinofilia ao redor de 25%.
	
	ESTRONGILOIDÍASE: Eosinofilia de até 60%, o parasita fica nas criptas das vilosidades intestinais.
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	ANCILOSTOMÍASE: 
	Fase aguda: eosinofilia de até 90%
	Fase crônica: eosinofilia entre 25 e 30%
	TENÍASE: Eosinofilia discreta
	
	CISTICERCOSE: Eosinofilia constante de 40 - 50%
		 (Inclusive no L.C.R.)
		
	TOXOPLASMOSE: Pode simular a mononucleose, com tendência à leucopenia
	
		
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