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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS ESTUDO DE CASO - MBA DIAGNÓSTICO E BUSCA DE MELHORIAS DA TI E LAYOUT UTILIZADOS NO PROCESSO DE FABRICAÇÃO DOS ELEVADORES THYSSENKRUPP VISANDO FORTALECER A VANTAGEM COMPETITIVA LAURO NICOLAU DE SOUZA FLECK PROF. DR. CLÁUDIO REIS GONÇALO São Leopoldo, Junho 2005. 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO................................................................................................................04 2 JUSTIFICATIVA.............................................................................................................05 2.1 Caracterização de Problema .......................................................................................06 3 O ESTUDO DE CASO.....................................................................................................07 3.1 A Empresa......................................................................................................................09 3.2 As Cinco Forças de Porter............................................................................................11 3.2.1 Poder de negociação com os fornecedores...................................................................12 3.2.2 Ameaça de novos entrantes..........................................................................................13 3.2.3 Poder de negociação do comprador.............................................................................13 3.2.4 Ameaça de serviço ou produto substituto....................................................................14 3.2.5 Rivalidade entre as empresas existentes......................................................................14 3.3 A Vantagem Competitiva.............................................................................................17 3.4 A Definição de Layout..................................................................................................19 3.4.1 Objetivo do layout........................................................................................................20 3.4.2 Layout por processo ou funcional................................................................................20 3.5 A Tecnologia da Informação como um Recurso Estratégico dentro da Thyssenkrupp Elevadores............................................................................................21 3.6 Introdução da SPMI (Sist. Produtivo de Manufatura Integrado) na Thyssenkrupp Elevadores Guaiba...............................................................................23 3.7 Sistema de Fabricação: O Novo e o Velho..................................................................26 3.8 Projeto de Células Manuais de Manufatura e de Montagem...................................27 3.9 Troca Rápida de Ferramentas.....................................................................................28 3.10 Contole de Qualidade Integrado................................................................................29 3.11 Manutenção Preventiva Integrada............................................................................31 3 3.12 Nivelamento e Balanceamento de Sistema de Manufatura.....................................31 3.13 Controle Integrado de Produção e Inventário..........................................................32 3.14 Integrando Fornecedor ao Sistema de Manufatura Integrado...............................33 4 CONCLUSÃO..................................................................................................................35 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................37 4 1 INTRODUÇÃO A Tecnologia da Informação juntamente com o processo de fabricação de seus produtos são fundamentais para que as organizações consigam alcançar ou sustentar suas vantagens competitivas em um mercado em acelerada transformação. A sobrevivência das empresas está diretamente relacionada com o tipo de estratégia adotada com foco no negócio que no caso da empresa analisada vem a ser transporte vertical (elevadores). O trabalho a ser apresentado irá buscar através de técnicas de pesquisa analisar e sugerir dentro do processo produtivo da empresa ThyssenKrupp elevadores os recursos de Tecnologia da Informação juntamente com o tipo de layout que facilite o fluxo da informação e a melhoria do processo produtivo no chão de fábrica. Esta análise visa fortalecer a vantagem competitiva da empresa por custo do produto através de mudanças no processo produtivo que gerem redução do preço do produto final oferecido para o mercado. Neste trabalho a teoria utilizada como referência de pesquisa será apresentado juntamente com o estudo de caso desenvolvido. 5 2 JUSTIFICATIVA O presente trabalho busca analisar o uso das ferramentas de TI e o tipo de layout utilizado no chão de fábrica visando melhorar a vantagem competitiva e os prazos de entrega dos elevadores ThyssenKrupp mantendo a qualidade dos mesmos, bem como analisar a sincronia produtiva da elevadores ThyssenKrupp através do uso da Tecnologia de Informação ( TI ) e layout adotado. Além da análise também serão sugeridas melhorias no processo dos produtos fabricados pela elevadores ThyssenKrupp buscando melhorar a vantagem competitiva e a aprendizagem organizacional desenvolvendo o conhecimento. Para que seja possível a melhoria de processos será necessário a realização de uma análise dos sistemas de TI e o tipo de layout utilizado no chão de fábrica que possibilitem a sincronia produtiva na fabricação dos elevadores ThyssenKrupp. A fábrica ThyssenKrupp de Guaíba tem por objetivo produzir cerca de 15 elevadores por dia, sendo que para tanto é necessário que ocorra uma sincronia produtiva que possibilite que os componentes a serem fabricados cheguem até as linhas de montagem em condições de constituírem conjuntos. Como exemplo de linha de montagem podemos destacar a montagem de portas de pavimento que para uma média de 15 elevadores fabricados deverá montar em média 200 conjuntos de pavimentos. Um conjunto de pavimentos é constituído basicamente por: - Cabeçote de operador; 6 - Carros de movimentação de portas; - Portas; - Suporte de soleira. O que ocorre na produção é que existem diversos modelos de elevadores para serem fabricados com diferentes tipos de componentes que constituem diferentes tipos de conjuntos. Os diferentes tipos de componentes são fabricados sem sincronia gerando uma quantidade de estoque muito grande, pois estes não possuem compatibilidade para constituírem conjuntos. Este problema deve-se principalmente ao tipo de layout (funcional) utilizado, o que gera falta de informação trocada entre os líderes de fábrica e principalmente a falta de informação repassada para os operadores de máquinas. 2.1 Caracterização do Problema Atraso na fabricação de elevadores devido a falta de sincronia produtiva, que por conseqüência resulta em alto custo do processo devido aos altos estoques gerados entre as máquinas e as linhas de montagem dificultando a formação de conjuntos de peças que geram o elevador. Portanto este trabalho pode ser expresso através da seguinte pergunta de pesquisa: Como a Thyssenkrupp elevadores pode tornar-se mais competitivabuscando melhorar seu processo de fabricação através de melhorias em sua Tecnologia da Informação e seu Layout Produtivo? 7 3 O ESTUDO DE CASO A linha de produção da ThyssenKrupp elevadores é constituída por linhas de máquinas e linhas de montagens, as linhas de máquinas são responsáveis pelo abastecimento das linhas de montagens, para tanto são gerados simulados através do GIS (Gestão Industrial Sûr) onde são lançados no sistema o número dos elevadores que deverão ser fabricados pela produção em um determinado período de tempo estabelecido pelo DECR (Departamento de Coordenação da Produção) juntamente com o DPLA (Departamento de Planejamento da Produção). A partir da geração do simulado são lançadas OF’s (Ordens de Fabricação) contendo uma rotina e as informações necessárias para a fabricação das peças que constituem o elevador. São realizadas diariamente no primeiro período da manhã reuniões com os líderes de linhas de máquinas e lideres das montagens para que possam ser estabelecidos os elevadores que deverão ser fabricados e montados no dia. Nas reuniões os líderes das linhas de montagem informam as peças que faltam aos lideres das linhas de máquinas e a partir desta troca de informações podem ser fixados os prazos para entrega de cada elevador. O tipo de layout encontrado na ThyssenKrupp elevadores é o layout funcional ou de processo, onde as máquinas estão agrupadas por um mesmo tipo de processo, este tipo de layout gera “ilhas” entre as linhas de máquinas e as linhas de montagem dificultando a troca de informação. A principal forma de gerar informação dentro da produção da ThyssenKrupp elevadores é o papel e consultas em microcomputador utilizando o sistema 8 GIS (Gestão Industrial Sûr). No GIS pode-se realizar consultas relacionadas a informações como o modelo do elevador, peças a serem utilizadas ou ainda se o elevador encontra-se em processo ou está disposto para expedição. Os sistemas de informação utilizados na ThyssenKrupp elevadores não possibilitam verificar em que etapa está a fabricação de peças, se estão a disposição da montagem ou se ainda estão em processo nas máquinas. Existem dentro da ThyssenKrupp elevadores Guaíba dois principais meios de se ob- ter informação através de TI, o Portal e o GIS (Gestão Industrial Sur). O Portal é o Sistema de Intranet como muitos já conhecem é o site de comunicação interna de uma empresa, restrito aos funcionários, facilita o acesso ás informações corporativas e agiliza os processos internos. A Intranet é uma rede de computadores interligados em uma rede local, que atende a uma empresa ou corporação, podendo ser acessada até mesmo da casa do usuário desde que para isto o mesmo possua permissão. O Sistema GIS é hoje o principal sistema executado na fábrica. A versão atual foi desenvolvida em linguagem Progress a partir de 1992, sendo totalmente programado pelo CPD. A versão anterior, também foi totalmente programada pelo CPD, foi criada em linguagem Dialog e teve origem em meados de 1989. Hoje o sistema GIS gerência todos os processos da fábrica, tais como: Engenharia, Compras, Estoques, Planejamento e Controle de Produção, Controle de qualidade, etc. O sistema sofre freqüente manutenção, onde há ampliação e alteração das suas rotinas internas, visando melhorias e adequação ás necessidades dos usuários. 9 Para que ocorra um melhor fluxo de informação dentro da produção, seria necessário a ocorrência de mudanças no que diz respeito a maneira como os elevadores são fabricados. O layout funcional que gera “ilhas” deveria ser substituído por células interligadas onde o fluxo de informação é gerado de maneira rápida e eficaz. A Thyssenkrupp elevadores deve adotar um processo de manufatura por células interligadas, que por sua vez, está substituindo o layout funcional de produção. Estes sistemas de células fabricam produtos com qualidade superior, com o menor custo possível, com entregas pontuais e de maneira flexível. 3.1 A Empresa Fundada em 1945, sediada em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, a Sûr inicia suas atividades na área de mecânica de precisão, e em 1949 passa a trabalhar como representante dos elevadores Bandeirantes, com a montagem de dois elevadores. Devido as grandes dificuldades de manutenção e, principalmente, a baixa qualidade dos elevadores Bandeirantes, foi tomada a decisão de iniciar sua própria fabricação de elevadores. Em 1964 a Sûr assume a denominação atual de Elevadores Sûr S/A Ind. e Com. O aumento da produção, mais de 100 elevadores por ano, e a falta de espaço para ampliação, levou a empresa, em 1965, a mudar-se para o município de Guaíba, distante 27 Km de Porto Alegre. 10 As características da empresa naquele momento eram a de uma pequena organização, que evoluíra de 5 elevadores fabricados em 1955 para 113 em 1965, e de 20 para 300 empregados. O mercado restrito apenas a Porto Alegre e cidades próximas, expande-se pelo Rio Grande do Sul e estende-se para outros estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Distrito Federal, e outros. De origem artesanal, com o crescimento da produção e a transferência para Guaíba, surge o desafio da organização industrial. O desafio é enfrentado com a busca de parceiros. Em 1974, associa-se a um fabricante japonês de elevadores. Essa associação durou até 1977 e foi marcada por um grande salto tecnológico. Devido os dirigentes da empresa estarem constantemente avaliando as necessidades, oportunidades e ameaças do mercado no qual está inserida. Em setembro de 1999 foi constituído uma aliança estratégica entre Elevadores Sûr e ThyssenKrupp, onde a empresa passou a denominar-se Thyssen Sûr e em 2001 a empresa passou a ser denominada ThyssenKrupp Elevadores S.A. Assim a ThyssenKrupp tem como objetivo oferecer a melhor opção mundial em serviços e soluções na área de elevadores, escadas e esteiras rolantes, fingers entre outros produtos e serviços. A Thyssen é uma das três líderes mundiais do setor de elevadores, escadas e esteiras rolantes com vendas de 3,1 bilhões de dólares anuais e com 24.700 funcionários diretos, fazendo parte do holding 11 ThyssenKrupp, com sede na Alemanha, com vendas anuais de 40 bilhões de dólares e um quadro de 200 mil funcionários, com atividades em siderurgia, indústria, tecnologia, equipamentos e serviços com tecnologia de última geração. Atualmente a ThyssenKrupp S/A Ind. e Com. possui uma linha diversificada de elevadores: comerciais, residenciais, panorâmicos, hidráulicos, cargueiros, macas, cargautos e outros que venham atender as necessidades do mercado. 3.2 As Cinco Forças de Porter As Cinco Forças competitivas de Porter, permitem a percepção de fatores essenciais para compreender o setor e conseqüentemente elaborara o Planejamento Estratégico das empresas. Fig. 1 As Cinco forças de Porter Fonte: PORTER (1980) AMEAÇA DE NOVOS ENTRANTES NEGOCIAÇÃO DO FORNECEDORES PODER DE NEGOCIAÇÃO COM OS PODER DE COMPRADOR AMEAÇA DE SERVIÇOS OU PRODUTOS SUBSTITUTOS RIVALIDADE ENTRE EMPRESAS EXISTENTES 12 As forças de Porter auxiliam na definição de como a empresa está competindo levando em consideração seu ambiente de trabalho externo . 3.2.1 Poder de negociação com os fornecedores Segundo Porter (1980), é o poder de negociação entre os fornecedores ao negociar com os compradores. Deve-se verificar se o relacionamento entre as partes é decooperação ou de competitividade. Atualmente o que é buscado entre os fornecedores e clientes é a realização de parcerias que sejam benéficas para ambas as partes. Fornecedores podem tanto auxiliar quanto dificultar o trabalho dentro da Thyssenkrupp elevadores. Auxiliam quando existe a possibilidade de estabelecer parcerias, conseqüentemente influenciam positivamente em processos como: rapidez na entrega, garantias, assistência técnica pós-venda e qualidade. Existem fornecedores que são responsáveis diretamente pelo abastecimento de itens como porcas, parafusos, arruelas, rebites e roletes das linhas de montagem da Thyssenkrupp elevadores. Prejudicam quando há dificuldade de fornecimento de matéria-prima em razão de exclusividade ou dos monopólios em certas áreas ou mesmo pelos custos adicionais que representa a mudança de fornecedores. Existe uma dificuldade muito grande dentro da Thyssenkrupp elevadores em relação ao fornecimento de itens como chapas de aço e embalagens de madeira, por existirem poucos fornecedores destes materiais no mercado da região. 13 3.2.2 Ameaça de novos entrantes Segundo Porter (1980), a rentabilidade das empresas é influenciada pela existência de concorrentes e concorrentes em potencial. È necessário criar barreiras que dificultem a entrada de novos rivais. Conhecer quem está fazendo parte do jogo e como vai aplicar as regras em sua equipe é um desafio para quem está no mercado. Além das grandes concorrentes como Otis e Shindler, a Thyssenkrupp deve estar alerta ao grande número de pequenas empresas que também estão no mercado de transporte vertical. Algumas empresas geram preocupação e em alguns casos pode ocorrer a compra destas como forma de neutralizar qualquer tipo de ameaça. Como exemplo de compra de outras empresas que atuam na área de transporte vertical podemos destacar a compra da elevadores Kone pela Thyssenkrupp. A ameaça de novos entrantes pode significar perigo à medida que as empresas, que estão iniciando no mercado de transporte vertical, jogam seus preços para baixo e obrigam as empresas estáveis a remodelarem seus produtos, processo e repensar seus preços. 3.2.3 Poder de negociação do comprador 14 Segundo Porter (1980) é a força que os compradores demonstram ao negociar a compra de produtos ou serviços. As condições que aumentam o poder de negociação do comprador é a existência de poucos compradores e a existência de produtos substitutos. Os compradores precisam estar dispostos a pagar um preço por um produto acima de seu custo de produção, ou a Thyssenkrupp elevadores poderá ter dificuldades para concorrer no mercado de transporte vertical. Segundo Porter a Thyssenkrupp para conseguir assegurar uma boa posição no mercado e criar vantagem competitiva para seus compradores necessita dos seguintes requisitos: - Criar estratégia pelo custo, pedindo um preço acessível para o comprador; - Melhorar o desempenho para que o comprador obtenha vantagens. Esses dois fatores são relacionados entre si já que a empresa dá condições para que o comprador tenha lucro com a utilização do produto que está adquirindo. 3.2.4.Ameaça de serviços ou produtos substitutos Segundo Porter (1980), os produtos substitutos são aqueles que desempenham a mesma função que o produto ofertado para o mercado, são aqueles produtos que visam atender as fundamentais necessidades dos compradores. Para buscar reagir a ameaça dos produtos substitutos, é necessário alcançar superioridade em fatores que os consumidores priorizam e que o produto substituto não pode ofertar. 15 É a principal variável que define os preços no mercado, no entanto, a qualidade dos produtos determinará a opção final do comprador. A Thyssenkrupp elevadores oferece o serviço de assistência técnica para garantir a segurança dos elevadores através de manutenção dos mesmos. Cabe ao comprador/usuário escolher a opção que melhor se ajusta às suas necessidades. A Thyssenkrupp elevadores presta serviço de manutenção e modernização de elevadores já existentes, porém o custo de fabricação dos componentes para reposição também resulta em um alto preço oferecido no mercado. 3.2.5 Rivalidade entre as empresas existentes Para Porter (1980) a rivalidade entre as empresas é considerado alto quando o crescimento é lento, os concorrentes são numerosos e equilibrados, os custos fixos ou de armazenamento numerosos e existe a ausência de diferenciação entre os produtos. Segundo Porter é a movimentação dinâmica do mercado que envolve todos os processos estratégicos e alimenta constantemente a criatividade dos empreendedores. O diferencial está em saber aproveitar as oportunidades com mais rapidez que a concorrência. A Thyssenkrupp elevadores possui duas grandes concorrentes no mercado de transporte vertical são elas: A elevadores Otis e a elevadores Shindler. A Thyssenkrupp elevadores buscou mercados com grande potencial para compra de elevadores, como a África do Sul que encontra-se em um constante crescimento vertical e o 16 Líbano que devido a guerra civil que se passou está hoje em constante reconstrução de seus edifícios. Não existe nenhum dado oficial que informe qual a participação em números das principais empresas fabricantes de elevadores, porém as três principais fabricantes de elevadores novos admitem que o mercado nacional e internacional está disposto da seguinte maneira: - Em primeiro lugar encontra-se a elevadores Otis; - Em segundo lugar encontra-se a elevadores Shindler; - Em terceiro lugar encontra-se a Thyssenkrupp elevadores. A Thyssenkrupp elevadores perde mercado para os seus dois concorrentes devido ao preço de seu elevador ser o mais alto entre as três empresas. Podemos verificar abaixo um exemplo de preço oferecido para um elevador com as seguintes características: - Capacidade do elevador: 06 pessoas ou 450Kg; - Velocidade do elevador: 60 m/min; - Número de andares: 13 paradas; - Preço ofertado pela elevadores Shindler: R$ 89.000,00; - Preço ofertado pela elevadores Otis: R$ 93.183,94; - Preço ofertado pela Thyssenkrupp elevadores: 102.876,00. Pode-se verificar que o preço oferecido pela Thyssenkrupp elevadores é 13,49% mais alto que o preço oferecido pela elevadores Shindler e 9,42% mais alto que o preço oferecido pela elevadores Otis. Através destes dados apresentados concluí-se que a 17 Thyssenkrup elevadores para ser mais competitiva no mercado de elevadores novos deve buscar reduzir o preço de seu elevador. Mudanças a serem realizadas no processo produtivo gera uma redução no custo de produção e conseqüentemente reflete em um preço mais baixo e competitivo a ser oferecido ao mercado de elevadores novos. 3.3 A Vantagem Competitiva Porter (1985) destaca que o sucesso ou o fracasso de qualquer empresa depende de sua vantagem competitiva ofertando o produto a um custo mais baixo ou oferecendo benefícios únicos ao comprador que justificam um preço. A análise da cadeia de valores permite ao administrador separar as atividades subjacentes executadas por uma empresa no projeto, na produção, no marketing e na distribuição de produto ou serviço. Este estudo de caso executado fará sugestão de mudanças necessárias na produção da ThyssenKrupp elevadores visando alcançar a vantagem competitiva não apenas por diferenciação do produto mas também competir por custo. Mudanças drásticas na posição de custos relativos quase sempre decorrem da adoção por parte de uma empresa de uma cadeia de valores bastantediferente da cadeia de valores de seus concorrentes. A reconfiguração da cadeia de valores provém de uma série de fontes incluindo: - Um processo de fabricação diferente; - Diferenças na automação. Segundo Porter (1985) existem duas maneiras importantes de uma empresa obter uma vantagem competitiva em custo: 18 - Controlar condutores dos custos: Uma empresa pode obter uma vantagem com respeito aos condutores dos custos de atividades de valor, representando uma proporção significativa . - Reconfigurar a cadeia de valores: Uma empresa pode adotar uma forma diferente e mais eficiente de projetar, produzir, distribuir ou comercializar o produto. A Thyssenkrupp elevadores alcançará uma vantagem de custo, se seu custo cumulativo da execução de todas as atividades de valor for mais baixo do que os custos dos concorrentes. A vantagem de custo leva a um desempenho superior em todos os processos. A Thyssenkrupp elevadores diferencia-se da concorrência buscando ser singular em alguma coisa valiosa para os compradores, porém o preço do elevador é um dos mais altos do mercado. A Thyssenkrupp elevadores busca a diferenciação de maneira que a empresa peça um preço-prêmio ou obtenha benefícios equivalentes, como uma maior lealdade do comprador durante quedas cíclicas ou sazionais. A diferenciação resulta em um desempenho superior se o preço-prêmio alcançado ultrapassar qualquer custo adicionado do fato de ser singular, porém um alto custo no processo de fabricação pode gerar um alto preço ao consumidor. A diferenciação de uma empresa pode agradar um grupo amplo de compradores com necessidades particulares. A ThyssenKrupp elevadores busca um posicionamento de diferenciação através da oferta de elevadores projetados de acordo com o “gosto” do cliente, não apenas oferecendo elevadores com um projeto padrão. 19 3.4 A Definição de Layout Layout é a maneira como os homens, máquinas e equipamentos estão posicionados em uma fábrica. O problema do layout é a disposição mais econômica das várias áreas de produção, ou seja é a melhor utilização do espaço disponível que resulte em um processamento mais eficiente, através da menor distância, no menor tempo possível . Fig. 2 A definição de Layout. Fonte: VIEIRA (1979) Atingir o melhor layout não é tão simples, deve-se analisar os diversos fatores de produção e um método de trabalho para que seja alcançado um arranjo ótimo de produção. HOMENS LAYOUT = ARRANJO MÁQUINAS (ARRANJ0 FISICO) EQUIPAMENTOS 20 3.4.1 Objetivo do layout O layout tem por objetivo atingir um alto índice de produção com o menor custo possível, para tanto é necessário: - Melhor utilização do espaço disponível; - Redução da movimentação de materiais, produtos e pessoal; - Fluxo mais racional ( evitando paradas no processo de produção, etc); - Menor tempo de produção. 3.4.2 Layout por processo ou funcional O layout utilizado pela Thyssenkrupp elevadores é o layout por processo ou funcional, onde as máquinas são agrupadas de modo a realizar operações semelhantes em um mesmo local. Os materiais movem-se através de seções especializadas, podendo não haver uma seqüência de operações : Fig 3. Layout Funcional Fonte: VIEIRA (1979) LAYOUT FUNCIONAL A1 A2 A3 SEÇÃO A B1 B2 B3 SEÇÃO B D1 D2 D3 C1 C2 SEÇÃO D C3 SEÇÃO C MATERIA PRIMA A, B, C, D TIPOS DE MÁQUINAS PEÇAS PRONTAS PARA MONTAGEM X X X X X X 21 O layout funcional pode possibilitar : - Fabricação de diversos tipos de produtos; - Freqüente utilização da mesma máquina para duas ou mais operações; - Alta proporção de equipamentos que requeiram instalações especiais; - Máquinas executam operações diversas ajustando-se ao tipo de demanda. Na fabricação dos elevadores Thyssenkrupp o layout funcional é utilizado de maneira que a produção dos materiais é realizada de forma empurrada, de modo que ocorra um melhor aproveitamento das máquinas ocorrendo pouca realização de setups. Este tipo de processo gera uma grande concentração de estoques intermediários. A produção daThyssenkrupp elevadores de Guaiba cresceu de maneira que o layout funcional transformou-se em layout funcional produtivo tornando-se mais difícil de administrar, resultando em longos tempos de atravessamento e altos níveis de estoque em processo resultando em dificuldade de gerar informação relacionada a quantidade de peças fabricadas. 3.5 A Tecnologia da Informação como um Recurso Estratégico dentro da Thyssenkrupp Elevadores A informação dentro de uma linha de produção é um fator que determina o sucesso ou a descontinuidade das atividades que compõem o processo produtivo dentro da fábrica da Thyssenkrupp elevadores. As informações falhas podem gerar a fabricação de peças de maneira desordenada, gerando altos estoques e poucos conjuntos para a formação do elevador, a tecnologia da informação (TI) dentro da Thyssenkrupp elevadores deve ser o 22 conjunto de todas as atividades e soluções resultadas dos recursos de computação. O uso da TI deve ser feita de maneira que as informações sejam uma forte ferramenta de controle. A TI deve gerar uma rede de colaboradores que facilitam a relação entre as pessoas e o processo produtivo de modo a contribuir na tomada de decisão e ação de cada um dos envolvidos. A motivação para que ocorra a geração de uma rede de colaboradores depende da percepção de que existam objetivos ou interesses que devem ser alcançados através do envolvimento e interação de todos. As redes tem o objetivo de gerar a circulação e a troca de informações, a colaboração em ações e projetos, o fortalecimento de laços entre membros, a manutenção do espírito de comunidade com foco nos interesses estratégicos da organização. Fig. 4 TI x MUDANÇA Adaptado: BLACK (1998) Dificuldade de gerar informação A informação flui dentro da célula, confiável devido ao afastamento uma vez que o processo de fabri - das máquinas por tipo de proces cação das peças inicia e termina so. dentro da célula. Dificuldade de troca de informa - As máquinas encontram-se próxi ção entre as linhas de máquinas mas as linhas de montagem devi e as linhas de montagem devi - do a organização dos mesmos do ao afastamento das mesmas. por tipo de familia de componetes, facilitando o fluxo de informação. As máquinas não encontram -se As células de manufatura e mon - interligadas por nenhum tipo de tagem estão interconectadas por TI confiável, apenas através do computadores e conectadas ao uso de Ordens de Fabricação e sistema de produção. consulta simpes via computador. LAYOUT FUNCIONAL LAYOUT CELULAR 23 3.6 Introdução da SPMI ( Sistema Produtivo de Manufatura Integrado) na Fábrica da Thyssenkrupp elevadores Guaíba Conforme Black (1998) as perdas dentro de um processo produtivo devem ser eliminadas , ou seja, eliminar os elementos que não agregam valor. Se não puder ser utilizado agora, não será fabricado agora, pois isto seria perda. Devemos minimizar os estoques e as especulações, este tipo de regra dentro da Thyssenkrupp elevadores não é obedecida, o que gera uma grande quantidade de peças fabricadas resultando em altos níveis de estoque, ou seja, dinheiro parado e alto custo de produção. Deve-se buscar uma postura de respeito pelas pessoas, o envolvimento dos operários e o trabalho em equipe são baseados na idéia de que nenhumempregado é melhor do que o outro. A Thyssenkrupp elevadores realiza reuniões diárias de produção na busca do envolvimento dos empregados, porém maior mudança a ser realizada é a psicológica, convencer os operários de que nada é mais importante que o que eles dizem e o que eles sentem a respeito do sistema produtivo. A busca deste estudo de caso é propor a transformação do atual layout funcional da Thyssenkrupp elevadores em um layout celular para que possam ser eliminados os estoques intermediários e a produção de peças em excesso. Todo o sistema de manufatura tem certas funções de controle que devem ser realizadas, para isto, deve-se utilizar as funções e as listas de ferramentas que os sistemas SPMI e de layout funcional (Job Shop) utilizam como auxílio a estas funções. 24 As ferramentas utilizadas pelo SPMI não são muito diferentes das utilizadas pelo layout funcional. No SPMI, muitas ferramentas são manuais - cartões Kanban, luzes andon, sistemas Poka-Yoke e ordens verbais. No MRP, a ferramenta mais importante é o computador. Se o sistema a ser informatizado é bom, existe chance de sucesso nesta informatização. Para a implantação do SPMI dentro da fábrica da Thyssenkrupp elevadores deve-se adotar uma mudança sistemática em vários níveis da fábrica, mudanças estas que afetarão cada segmento da empresa, da contabilidade á expedição. Dez passos compõem a metodologia SPMI, são eles: 1) Formar células: é um grupo de processos projetados para fabricar uma certa família de produtos de uma forma flexível; desta forma a Thyssenkrupp elevadores deixaria de fabricar peças de maneira empurrada. 2) Implementar um sistema de TRF: é a troca rápida de ferramentas e matrizes, para reduzir ou eliminar a preparação (SETUP); a Thyssenkrupp elevadores deve desenvolver dispositivos de encaixe que agilize a troca de ferramentas. 3) Integrar o controle de qualidade: o sistema peça-a-peça significa fazer uma peça, verificá-la e passá-la adiante. A peça defeituosa não pode sair da célula; atualmente na Thyssenkrupp elevadores são encontrados um grande número de peças defeituosas nas linhas de montagem. 4) Integrar manutenção preventiva / confiabilidade do equipamento: deve-se dar aos operadores treinamento e ferramentas adequadas para realizar a manutenção preventiva; este tipo de operação não ocorre na Thyssenkrupp elevadores são 25 poucas as máquinas que sofrem manutenção preventiva, existe um alto número de manutenção corretiva. 5) Nivelar e balancear a montagem final: todo o sistema produtivo é nivelado (cada processo produz a mesma quantidade) e balanceado pela produção em pequenos lotes para reduzir o choque da mudança; na Thyssenkrupp elevadores existem grandes estoques entre máquinas devido a adoção da fabricação empurrada, gerando dificuldade de um balanceamento entre máquinas e montagens. 6) Integrar o controle de produção - conectar as células via Kanban: ligar as células entre si integra o controle de produção dos processos precedentes. Deve haver uma conexão com os Kanbans. Kanbans são cartões que controlam o movimento de materiais entre processos; hoje os controles existentes na Thyssenkrup elevadores não são confiáveis dificultando o rastreamento de itens fabricados gerando um alto índice de extravio de peças. 7) Integrar o controle de estoques - reduzir os estoques em processo / expor problemas: a integração do controle de estoques no sistema reduz de forma sistemática o tamanho dos lotes e os estoques em processo; como já foi mencionado anteriormente a Thyssenkrupp elevadores possuí um alto número de estoque em processo por possuir uma produção empurrada. 8) Estender o SPMI para incluir os fornecedores: o último passo da conversão é educar e encorajar os fornecedores da empresa a desenvolverem sistemas produtivos de qualidade superior, com baixo custo e menores prazos de entrega; a Thyssenkrupp elevadores possuí uma grande dificuldade em fazer com que seus fornecedores cumpram seus prazos de entrega, tornando-os parceiros poucos confiáveis. 26 9) Automatizar e robotizar para desenvolver problemas: este passo envolve a conversão de células manuais em células independentes do homem ou mecanizadas. A Thyssenkrupp elevadores possui um grande número de máquinas CNC e dois robôs de solda que contribuem para agilizar a produção, porém deve-se melhorar a infomatização da produção. 3.7 Sistemas de Fabricação: o Novo e o Velho Segundo Black (1998) o tempo correto nos processos de fabricação é tudo. A Thyssenkrupp elevadores deve gerar células de manufatura e de montagem para dar o primeiro passo para converter o sistema atual para o JIT. A Thyssenkrupp elevadores ainda se agarra a sistemas de produção anti-econômicos (com muitos estoques de segurança) que dependem de grandes estoques de peças e de estoques em processo, para que ítens defeituosos sejam substituídos e consideráveis áreas de re-trabalho recuperem defeitos dia após dia. A função do layout funcional na Thyssenkrupp elevadores deve ser de encontrar gargalos e trabalhar para eliminá-los. Um melhor gerenciamento dos gargalos resultará apenas em pequenas melhorias na produtividade e qualidade no layout funcional. Deve-se gerar na Thysssenkrupp elevadores um sistema de manufatura flexível que também pode ser reconhecido como um layout funcional porque um movimento de peças ao acaso é permitido. Em um projeto flexível, a célula faz uma peça de cada vez podendo ser alterada para atender as mudanças na demanda e do cliente. A Thyssenkrupp elevadores deve adotar mudanças rápidas de componentes, ou seja, um setup rápido. As células fornecem o aumento e o enriquecimento do trabalho para os trabalhadores da produção. O projetista do 27 produto pode facilmente ver como as peças são feitas dentro da célula, já que todos os processos estão juntos. Os controles de qualidade também estão integrados nas células, o projetista sabe exatamente a capabilidade do processo. Produtos bem projetados e de bom desempenho podem dominar o mercado de preços mais altos. Processos e sistemas bem projetados, resultam em menor custo de manufatura e qualidade superior. Um projeto de produto inferior não pode ser fabricado nem mesmo pelo sistema mais caro e sofisticado. Um produto bem projetado não pode ser fabricado adequadamente com um sistema de manufatura mal projetado. (BLACK, 1998). 3.8 Projeto de Células Manuais de Manufatura e de Montagem Fig. 4 Layout da Célula. Fonte: BLACK (1998) LAYOUT DA CÉLULA 1 2 3 4 5 ENTRADA Cada operador opera 06 T T máquinas 6 12 11 10 9 8 7 SAÍDA DESACOPLADOR CONECTA OS TRABALHADORES ( T ) DENTRO DA CÉLULA MÁQUINAS MATÉRIA PRIMA PEÇAS PRONTAS PARA MONTAGEM O trabalhador caminha de máquina para máquina na célula, transferindo peças de trabalho uma a uma dentro da célula X X X X 28 Conforme Black (1998) a célula deve fazer peças uma de cada vez, em um projeto flexível. A capacidade da célula (a tempo do ciclo) pode ser rapidamente alterada, para responder a mudanças na demanda do cliente. O tempo do ciclo não depende do tempo de máquina. Famílias de peças com projetos similares, aparelhos flexíveis para suportes de peças, e mudanças de ferramenta em máquinas programáveis permitem rápida troca de um componente para outro. Troca rápida significa setup rápido a qualidade deve ser controlada dentro da célula, e o equipamento dentro da célula sofre manutenção freqüente pelos trabalhadores. Os caminhos que os materiais tomam dentro da fábrica são definidos pelos elos decontrole da produção. Como a qualidade deve melhorar, uma significativa redução de estoque entre células é possível, e o nível de estoque pode ser diretamente controlado. O sistema de manufatura dentro da Thyssenkrupp elevadores deve ser protegido para serem flexíveis. Eles precisam se adaptar a mudanças de demanda do cliente e no projeto do produto. Além disso, o sistema de manufatura deve entregar produtos de qualidade ao preço mais baixo possível dentro do menor período possível. Usar sistema de manufatura celular, composto de células de manufatura e de montagem manuais, interligados e um sistema de controle de produção de puxar, tem provado ser a maneira de alcançar estes objetivos. 3.9 Troca Rápida de Ferramentas Segundo Black (1998) a Thyssenkrupp elevadores deve adotar a troca rápida de ferramentas que exige trocar parafusos por elementos de fixação rápida. 29 A Thyssenkrupp elevadores por não adotar um sistema de troca rápida de ferramenta acaba contribuindo para a geração de grandes lotes, ou seja, grandes estoques. A Thyssenkrupp elevadores busca evitar a troca de ferramenta e aproveitar a máquina ao máximo, sendo o sistema produtivo pouco flexível. Grande investimento de capital pode ser necessário, e a completa conversão para setup rápido pode tomar anos para ser obtida. 3.10 Controle de Qualidade Integrado Mirshawka (1990) destaca que os ensinamentos do Dr. Deming aos japoneses foi quanto maior for a qualidade, menor será o custo do item produzido e vendido. Dr. Deming previu isto com grande antecipação e aí está a razão para os japoneses, possuidores de um alto número de indústrias que são referência de sucesso no mundo inteiro reverenciarem o seu nome. Juran (1990) descreve que no período logo após a segunda guerra, as empresas americanas consideraram que a competição japonesa residia nos preços e não na qualidade. Á medida que os anos passaram, a competição entre as industrias baseava-se não apenas por um preço baixo, mas sim pela fabricação de produtos com alta qualidade. Durante as décadas de sessenta e setenta vários fabricantes japoneses aumentaram bastante sua participação no mercado ameicano. Uma das principais razões deveu-se a superioridade em qualidade, ou seja, os japoneses ofereciam um produto com preço inferior e com qualidade superior. Conforme Black (1998) A Thyssenkrupp elevadores deve buscar ser mais rígida em sua inspeção (isto é, medir algo sobre um produto ou processo) para prevenir a ocorrência de um defeito (em primeiro lugar). A inspeção dos auditores da Thyssenkrupp elevadores é 30 feita apenas nas linhas de montagem, o custo do controle de qualidade é o gasto em encontrar e re-trabalhar produtos defeituosos. Além disso, para atingir economicamente um nível de alta qualidade, um produto precisa ser projetado para ser manufaturado sem defeitos. Então os sistemas de manufatura precisam ser projetados para atingir qualidade superior ao custo mínimo de uma maneira flexível. De forma flexível, normalmente significa que a Thyssenkrupp elevadores projetou e construiu seu próprio equipamento de manufatura e entende que Sistema de Manufatura de Células Interligadas são a chave para a competitividade tecnológica. Dentro da organização da Thyssenkrupp elevadores, a qualidade deve ser responsabilidade da manufatura. O envolvimento do empregado é absolutamente necessário. Isto significa que a responsabilidade principal pela qualidade é designada às pessoas que fazem o produto. Estes trabalhadores precisam desenvolver hábitos pela melhoria e o desejo de perfeição. Isto requer que o desejo para esforçar-se continuamente pela perfeição na qualidade seja incentivado nos trabalhadores. A qualidade depende dos esforços de todos, de vendas, passando pelo projeto e compras, manufatura, expedição, e assim por diante. Mudar o projeto do sistema de manufatura é crítico pois muda a atitude dos trabalhadores, cada peça é checada antes de ser acabada o que ocorre na Thyssenkrupp elevadores é um elevado número de peças não conforme encontradas nas linhas de montagem devido a falta de inspeção. Deve-se inspecionar o primeiro e o último item de um lote. Se estes itens estão bons, então tudo o que está no meio é considerando bom. Assume-se que o processo tenha 31 permanecido estável. Na realidade, o processo tem provado ser estável através de um estudo de capacidade do processo. 3.11 Manutenção Preventiva Integrada A Thyssenkrupp elevadores adota o sistema de manutenção corretiva de suas máquinas, o que gera grandes transtornos devido a parada total de máquinas fundamentais para o bom andamento da produção. Conforme Black (1998) este sistema de manutenção corretiva deverá ser substituído por um programa de manutenção Preventiva. Total – TPM. A meta principal da Manutenção Preventiva é evitar a falha de todo o equipamento antes que ela realmente ocorra. O objetivo da Manutenção Preventiva Total é aumentar a produtividade, melhorar a eficiência, aumentar a porcentagem de tempo que o equipamento pode operar e minimizar o número de passos necessários para manutenção, mantendo-o simples. 3.12 Nivelamento e Balanceamento do Sistema de Manufatura A Thyssenkrupp elevadores deve buscar a consciência de que qualquer atividade que não agregue valor é perda. Segundo Black (1998) nivelar e balancear são características muito importantes em um sistema produtivo. Estes dois elementos básicos reduzem os picos inesperados da programação da produção diária. Nivelamento e balanceamento ajustam a produção do processo precedente à troca de montagem final. Esta é a sua função mais importante. 32 Igualmente, quando o nivelamento e o balanceamento são aplicados a células de produção, eles regulam a quantidade de mão-de-obra. Sincronizar o sistema permite balancear os processos individuais ao ritmo da montagem final. A Thyssenkrupp elevadores não possuí uma suavização da produção e é muitas vezes consumida por estoque em excesso e com falta de peças, ambas ao mesmo tempo. Processos precedentes verão a abundância de estoque devido ao gargalo de produção, enquanto processos subseqüentes esperam a chegada de estoque. A aplicação correta do nivelamento e balanceamento irá remediar esta situação. 3.13 Controle Integrado de Produção e Inventário A Thyssenkrupp elevadores não possui um sistema Kanban que associa precisamente as necessidades de componentes com a programação dos produtos acabados. Conforme Black (1998) o consumo de componentes e a fabricação em todos os processos precedentes são determinados pela real necessidade das montagens de produtos acabados, através da transferência de kanbans de movimentação e de produção. Estes componentes são fabricados Just-In-Time. O sistema, sendo manual desde o início, é facilmente entendido pelos usuários, algo que não pode ser dito sobre muitos dos sistemas computadorizados usados nos sistemas de layout funcional. Todos os empregados entendem como suas ações influenciam todo o sistema e que eles podem tornar o sistema melhor. 33 Tamanho de lotes grandes, longos tempos de atravessamento e mudanças na programação tornam difícil para um sistema MRP associar precisamente as necessidades de componentes com a programação dos produtos acabados. Se o Kanban, que é muito barato, consegue obter melhores estimativas de necessidades de componentes que o sistema informatizado MRP, o dinheiro poupado é melhor gasto implementando-se o SPMI para melhorar a qualidade, reduzir custos, reduzir inventários e facilitar um sistema de controle inventário. Porfim, o sistema mais caro não é necessariamente o melhor. 3.14 Integrando o Fornecedor ao Sistema Produtivo de Manufatura Integrada Segundo Black (1998) a Thyssenkrupp elevadores e seus fornecedores devem trabalhar juntos para reduzir tempos de atravessamento, tamanho de lotes e níveis de estoque. Ambos, o fornecedor e a Thyssenkrupp elevadores, tornam-se mais competitivos no mercado. A Thyssenkrupp elevadores deve desenvolver um programa que eduque e encoraje os fornecedores a desenvolver um sistema de manufatura que produza qualidade superior ao menor custo possível, faça entrega sem atraso e seja flexível. Os fornecedores tornam-se essencialmente, células remotas das quais materiais e sub-montagens são retirados como se fossem de células internas da planta. O que ocorre atualmente na Thyssenkrupp elevadores é um alto índice de atraso de suas entregas devido ao atraso na entrega dos materiais a serem entregues por seus fornecedores. A Thyssenkrupp elevadores deve confiar nos seus fornecedores e vendedores quanto a entrega de materiais e sub-montagens necessários. O fornecedor que mais cedo compreender a aplicar as novas técnicas de gerenciamento e controle de processo que a 34 empresa compradora quer, sobreviverá. As pequenas empresas, por outro lado, não tem a especialidade técnica necessária para efetuar mudanças extensivas, mas tem a vantagem de serem enxutas e menos atravancados, isto é, a empresa é capaz de adaptar-se. As pequenas empresas têm estado prontas para saltar a bordo. As grandes empresas estão reduzindo o número de fornecedores e estão trazendo-os para mais perto. O fornecedor deve estar pronto para adaptar-se ao sistema produtivo e tudo o que ele representa. Se não o fizer, não será escolhido como fornecedor único. Isto significa que o fornecedor não pode tornar-se, simplesmente numa operação de embarque a partir do estoque para satisfazer as necessidades JIT do cliente. O fornecedor deve diminuir o tempo de atravessamento de manufatura. Desta forma, o fornecedor não necessitará de previsões tão estáveis, dado que tem a capacidade de alterar as taxas de produção rapidamente. 35 4 CONCLUSÃO O cenário competitivo das indústrias globalizadas fortalece a necessidade de constante atualização da maneira como a empresa irá agir em relação a estratégia a ser adotada, para assim atingir a vantagem competitiva no mercado em que atua. A revisão da Tecnologia da Informação e dos métodos e processos produtivos utilizados pela Thyssenkrupp elevadores é fundamental para o fortalecimento da empresa no seguimento de transporte vertical. Esta revisão fará com que a Thyssenkrupp além de já possuir um produto diferenciado com uma qualidade superior, possua também um custo mais baixo no processo de fabricação dos seus elevadores. Dentro do processo produtivo os recursos de Tecnologia da Informação são uma ferramenta de grande importância para o controle da produção, pois possibilitam o acompanhamento da fabricação dos elevadores de modo que exista uma sincronia produtiva e a verificação da eficiência dos processos utilizados, permitindo a diminuição do desperdício, garantia do baixo custo de produção e garantia da qualidade do produto final. Neste trabalho, a análise realizada concluiu que a Thyssenkrupp elevadores deverá buscar um sistema informatizado e interligado, que possibilite um controle eficiente do fluxo de produção. A Thyssenkrupp elevadores não pode mais se apegar a sistemas ultrapassados como anotações em papéis que dificultam a propagação da informação entre os integrantes do processo produtivo. A escolha correta do layout produtivo da Thyssenkrupp elevadores contribui para a 36 produção de peças de forma balanceada entre as áreas de máquinas e as linhas de montagens. O balanceamento do sistema de manufatura possibilita a produção de peças Just in Time eliminando os altos estoques decorrentes da produção empurrada, que geram um alto custo do processo produtivo e conseqüentemente um alto preço oferecido ao mercado de elevadores. Neste trabalho, a escolha do Layout concluiu-se que a Thyssenkrupp elevadores deverá buscar a alternativa de um arranjo que possibilite fabricar peças de maneira sincronizada, ou seja, um layout celular que possibilita a fabricação de componentes por famílias de peças . A Thyssenkrupp elevadores não pode mais utilizar o sistema atual de Layout Funcional, que é anti-econômico, pois gera altos estoques devido a fabricação de peças de maneira empurrada. A combinação entre os recursos de Tecnologia da Informação e o layout produtivo irão resultar no fortalecimento da Estratégia Competitiva da Thyssenkrupp elevadores, não apenas pela qualidade e diferenciação de seus produtos, mas também por um preço mais baixo oferecido para o mercado ao qual está inserida. 37 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 ADULBIS, DALBERTO. O Desafio das Redes. ������������� ���� �� � ����������� ������������������- acessado em 12/08/2005� 2 ALECRIM, ÉMERSON. O Que é tecnologia da informação. http://www.infowester.com/col150804.php- acessado em 12/08/2005 3 BLACK, J. T. O Projeto da Fábrica com Futuro. Porto Alegre: Editora Bookman, 1998. 4 GONÇALO, Cláudio Reis. Estudo de Caso em Negócios. 5 JURAN, J.M. Juran na Liderança pela Qualidade- Um guia para Executivos. Editora Pioneira, 1990 6 KIRA TARAPANOFF, MARIA ÂNTONIA. Inteligência Competitiva. http://netic.com.br/jaime/disciplinas/inteligenciacompetitiva_ufmg/2004-05-12 forcasdeporter-tarapanoff.pdf - acessado em 12/08/2005 7 MIRSHAWKA, VICTOR. Deming- Implantação da qualidade e da produtividade pelo método do Dr. Deming – A vez do Brasil. Editora McGraw-Hill, 1990. 8 PORTER, MICHAEL E. Técnicas para análise de indústrias e da concorrência. Editora Campus, 1980. 9 PORTER, MICHAEL E. Vantagem Competitiva. Editora Campus, 1985. 10 YIN, Roberto K. Estudo de Caso: Planejamento e métodos. 11 VIEIRA, Manual de Layout. Rio de Janeiro: Departamento de Assistência á média e pequena empresa, 1979. .
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