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A EXPANSÃO DO IMPÉRIO MARÍTIMO PORTUGUÊS (BOXER, Charles)

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FICHAMENTO
	REFERÊNCIA
	BOXER. Charlie R. O império marítimo português.
	DATA
27/07
	OBS: 
	PG
	
	16
	É notório falar que os povos da península ibérica, principalmente os portugueses, estavam preparados para inaugurar uma série de descobrimentos, que posteriormente mudariam o curso da história do mundo nos séculos XV e XVI. 
Os portugueses possuíam certa vantagem com relação aos cursos marítimos, enumeram-se a posição geográfica na janela mais avançada da Europa sobre o oceano Atlântico e algumas características desenvolvidas pelos portugueses, pelos oito séculos de confronto com os mouros. 
Com a conquista da área do Algarve, a província mais meridional, em 1249, Portugal definiu o que praticamente são suas fronteiras nacionais, hoje. Assim, Portugal não se tornaria apenas o primeiro dos Estados-nações europeus modernos, como também expulsaria os invasores muçulmanos das suas terras. 
Ainda sobre influência do período medieval, Portugal era composta por feudos, dentre os quais existia um senhor feudal para cada um desses. Os feudos delimitavam toda a área de Portugal, até que um dia, os senhores feudais que detinham os poderes nas suas delimitações, decidem a dar apoio a um rei, que no início não controlava tudo, mas posteriormente se estabeleceria uma monarquia e todos aqueles feudos seriam incorporados ao Estado Português, assim deixando de existir e Portugal passaria a ser um reino unido, uma terra controlada por um rei, com uma única área delimitada. 
Portugal, no início, era subdividida em três classes sociais: a nobreza, o clero e o povo. Em cada classe dessas existiam subdivisões. A nobreza e o clero eram classes privilegiadas, seja com relação a impostos, prisões ou encarceramentos arbitrários. 
Podemos dizer que os principais motivos que fizeram os portugueses começarem seu expansionismo marítimo, foi resumidamente quatro: o fervor empenhado na cruzada contra os muçulmanos; o desejo de se apoderar do ouro da guiné; a procura de preste João; a busca de especiarias orientais. 
A tomada da cidade de Ceuta pelos portugueses, em 1415, foi um dos marcos mais importantes em toda a expansão marítima portuguesa, já que Ceuta aparentemente era um centro de comércio florescente, e também uma base naval muçulmana, sendo possivelmente uma ponte para uma possível invasão pelo estreito de Gibraltar. Outro fator que faz Portugal voltar as suas atenções para Ceuta, é a fertilidade encontrada nessa região, produtora de muito trigo, já que até então, Portugal tinha um déficit na produção de cereais. O que na versão muçulmana sobre Ceuta, esse ponto de produção de trigo vai ser diferente, onde eles citam que Ceuta tem que importar de outras cidades e armazená-lo. A cidade de Ceuta também era um dos portos do comércio transaariano, quando Portugal toma o poder da cidade. A ocupação de Ceuta, fez com que os portugueses tivessem informações sobre a terra dos negros do Alto Níger e do rio Senegal, que era de onde vinha o ouro. Em alguns momentos, os portugueses começaram a perceber que se podia haver contatos com essas terras pelo mar, e isso possibilitaria fazer o desvio do comércio do ouro, das caravanas de camelo vindas do Sudão e dos intermediários muçulmanos da Berberia. 
A busca do ouro da Guiné foi rapidamente reforçada pela procura de Preste João, de origem vagamente imaginada pelos europeus como um soberano de um reino “nas índias”. Para os portugueses, Preste João seria um aliado importante, quando fosse encontrado, para o enfrentamento contra os muçulmanos. Os portugueses achavam que encontrariam Preste João em uma região africana, onde ele poderia ajudá-los na luta contra os mouros. 
Com o seu estabelecimento no continente africano, os portugueses vão começar a ação exploradora em busca do ouro, e foi essa busca pelo ouro que deram origem aos descobrimentos ao longo de toda costa da África ocidental, com direção ao sul. Nesse período, os portugueses vão começar a desviar muito ouro do comercio transaariano, e o desvio de mercadorias se intensifica quando D. João II ordena a construção do forte de São Jorge da mina, na costa do ouro, em 1482. Além do ouro, os portugueses também buscavam outras mercadorias na África, os escravos, a pimenta malagueta e alguns animais. O mercado português se resumia na importação do ouro, de escravos, especiarias e marfim. 
Os portugueses continuavam a sua busca incessante até as índias, e tinham o interesse de fazer com o comércio de especiarias o que fizeram com o comércio do ouro transaariano, na região da Guiné. O interesse de D. João II em Preste João e pelo comércio de especiaria das índias, foram herdados por seu sucessor, D. Manuel I. Quando Vasco da Gama parte para sua expedição, em 1497, ele levava credenciais para Preste João, assim como amostras de especiarias, como ouro e aljôfar. Vasco da Gama tinha ordens de mostrar o que levava a todo e qualquer habitante, de todos os lugares desconhecidos por onde passasse, a fim de que eles reconhecessem e mostrassem, tais preciosidades, e por meio de sinais ou interpretes mostrassem onde poderiam ser encontradas aquelas coisas, naquela terra. Vasco da Gama descobre o caminho para as índias, diferenciando sua rota da de dez anos atrás, feita por Bartolomeu Dias. Quando o primeiro navio da frota de Vasco da Gama regressa, o rei D. Emanuel I escreve uma carta à Fernando e Isabel, reis de Aragão e Castela, relatando que seus descobridores enfim tinham alcançado a meta, encontrando muita quantidade de cravo, canela e mais algumas especiarias, além de muitos tipos de pedras preciosas. Com a carta enviada aos soberanos espanhóis, o rei D. Manuel I, mostrava claramente o seu interesse em possuir o monopólio do comércio de especiarias e lançar o pequeno reino português na sua espetacular carreira de empreendimentos militantes na Ásia. 
Na segunda viagem às índias, Vasco da Gama após o seu retorno de sua longa viagem às índias, em 1499, recomenda que a nova expedição seja comandada por Pedro Alvarez Cabral, que era um fidalgo e membro da casa real, alegando cansaço para essa nova expedição. A frota de Cabral era formada por treze navios, onde todos eles seguiram a rota de Vasco da Gama, de Lisboa via Ilhas Canárias até Cabo Verde, mas quando atravessaram as calmarias, a frota de Cabral foi empurrada para o Oeste pelos ventos e pelas correntes do Atlântico Sul, e em 22 de abril de 1500, avista a costa do que para eles era uma ilha, onde hoje fica a atual cidade de Porto Seguro. Os oito dias que a frota passou descansando por esse novo lugar, proporcionou o encontro de duas civilizações, uma á pouco tempo empenhada em um imperialismo agressivo e a outra com uma cultura da pré-história. O primeiro contato entre os indígenas e os portugueses foi de total estranhamento, com o choque de duas culturas totalmente diferentes uma da outra. Depois de seu descanso na nova terra encontrada, e depois de procurar e não encontrarem nada de precioso, já que os próprios indígenas fazem menções a ouro e outras pedras preciosas, fazendo sinais, apontando que naquela terra existiam riquezas não exploradas. Em 01 de maio, a frota de Cabral segue seu destino, em direção ás índias, contudo, Cabral manda seu navio de provisões, comandado por Gaspar Lemos, a levar a noticia a coroa portuguesa, da recente descoberta milagrosa. Depois da notícia, o rei D. Manuel I, decide continuar mandando expedições para exploração da “Ilha de Vera Cruz”. 
A segunda viagem foi para marcar a rota entre Portugal – Ilha de Vera Cruz” e dar continuidade a exploração da tal ilha recentemente descoberta. Para desenvolver os pouca quantidade de produtos comercilizáveis que foram encontrados, a coroa vai optar por um arrendamento de terra a alguns comerciantes de Lisboa, que seriam encabeçados por Fernão de Noronha, que já possuía uma importância no comércio com a Áfricae as índias. 
Não se sabe do lucro que se obteve com essas viagens, mas quando o contrato se inspira em 1505, o que se sabe é que a coroa portuguesa voltar a tomar o poder por completo das terras do Brasil, como na mesma época toma o poder por completo do comércio com as índias. Em 1506, a coroa portuguesa têm o controle direto da terra até 1534, arrendando mais uma vez esta terra. Agora não mais para comerciantes para a exploração do comércio, e desta vez, para os senhores territoriais com o propósito da colonização portuguesa no Brasil.