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Universidade Cândido Mendes Diálogo entre Jean-Jaques Rousseau e John Locke Campos dos Goytacazes – 2017 Universidade Cândido Mendes Ana Clara Azevedo e Laura Rodrigue Direito 1/2017 Ciência Politica Maruza Silva Tabalh0 realizado por Ana Clara e Laura, alunas do curso de direito, sobre os pensadores . Campos dos Goytacazes – 2017 Universidade Cândido Mendes Introdução “Ciência política ou Análise política é o estudo da política e dos sistemas políticos, das e dos organizações processos políticos. Envolve o estudo da estrutura (e das mudanças de estrutura) e dos processos de governos ou qualquer sistema equivalente de organização humana que tente assegurar segurança, justiça e direitos civis. Os cientistas políticos podem estudar instituições como empresas, sindicatos, igrejas, ou outras organizações cujas estruturas e processos de ação se aproximem de um governo, em complexidade e interconexão.” Sendo assim, neste trabalho será abordado de forma crítica, um diálogo entre uns dos principais pensadores/autores que compõem boa parte do livro Os Clássicos da Política. No diálogo serão expostos os pensamentos dos autores em temas básicos da Ciência Política, como a passagem do estado de natureza ao estado civil, o contrato social, o exercício da soberania, e o surgimento da propriedade. Estes temas serão abordados dentro das principais obras dos autores, o Segundo Tratado, de John Locke, e o Do Contrato Social, de Jean-Jaques Rousseau. Campos dos Goytacazes – 2017 Universidade Cândido Mendes ESTADO DE NATUREZA AO ESTADO CIVIL PARA ROUSSEAU: Para Rousseau o Estado de Natureza é o periodo que antecede a constituição da sociedade civil. E grande parte dos autores contratualistas, falam que ser a instituição do Estado realizada a partir de um contrato social, recorrem ao estado de natureza . E segundo ele o homem em seu estado de natureza vivia isolado e em total liberdade como seres iguais, não tendo capacidade de se distinguir de outro ser humano, essa distinção dos seres humanos requer a habilidade de abstração, o que ele ainda não possuia, mantendo perfeito equilibrio com a natureza e o ambiente, pois sabia reagir e se adaptar à natureza e às suas exigencias sobrevivendo com o que ela lhe oferecia. Para ele o homem estava limitado a atender somente suas necessidades, que não passavam da esfera fisica. Já o estado civil o homem imprime suas ações a moralidade que lhe faltava antes, e a voz do dever sucede o impulso físico e começa a consultar a sua razão antes de seguir seus impulsos .O homem perde pelo contrato social a sua liberdade natural é um direito ilimitado e ganha a liberdade civil e a propriedade de tudo que possuem. Já o pensamento de Locke era voltado para um Homem Livre, sem nenhum contato com a organização social, o homem é um ser livre, imerso num estado de perfeita liberdade em que ele mesmo ordena suas ações e regula sua posse. Para Locke, a maior falha do Estado de Natureza, era a falta de um terceiro imparcial , ou seja para julgar as controvérsias advindas da irracionalidade do homem, por este motivo, surge a sociedade civil, para sanar a falta de regras e organização d o Estado de Natureza. Em sua obra Locke destaca que: “O objetivo grande e principal, portanto, da união dos homens em comunidades, colocando-se eles sob o governo, é a preservação da propriedade. Para este objetivo, muitas condições faltam no estado de natureza. Primeiro, falta uma lei estabelecida, firmada, conhecida, recebida e aceita me diante consentimento comum, como padrão do justo e injusto e medida comum para resolver quaisquer controvérsias entre os homens.” O Contrato Social Rousseau colocava em questão, como preservar a liberdade natural do homem e ao mesmo tempo garantir segurança e bem estar . Segundo ele seria possível através do contrato social ,que era busca pelo bem-estar e seria o único móvel das ações humanas e, em determinados momentos o interesse comum poderia fazer o indivíduo contar com a assistência de seus semelhantes. Por outro lado a concorrência faria com que todos desconfiassem de todos. Dessa forma, nesse contrato social seria preciso definir a questão da igualdade entre todos do comprometimento entre todos. Locke por outo lado, tinha em mente que um contrato era estabelecido para manter preservação da propriedade privada. Campos dos Goytacazes – 2017 Universidade Cândido Mendes O contrato social para locke surge de duas características fundamentais: a confiança e o consentimento. Ou seja , os indivíduos de uma comunidade política consentem a uma administração com a função de centralizar a poder público. Uma vez que esse consentimento é dado, cabe ao governante retribuir essa delegação de poderes dada agindo de forma a garantir os direitos individuais, assegurar segurança jurídica, assegurar o direito a propriedade privada ( para Locke, a propriedade priva não é só, terra ou imóveis, mas tudo que é produzido com o seu trabalho e esforço, ou do que é produzido pelas suas posses)a esse indivíduo, sendo efetivado para aprofundar ainda mais os direitos naturais, dados por Deus, que o indivíduo já possuía no estado natural ( que foi explicado no tópico anterior.) Exercício da Soberania Locke e Rousseau assemelham-se bastante na idéia de que o povo é soberano. Tendo em vista que : Para Rousseau soberano é o povo. Porém, cada cidadão é soberano e súbdito em simultâneo, uma vez que contribui para a criação da autoridade, embora, por sua vez, esteja submetido a esta mesma autoridade e seja obrigado a obedecer. Já no ponto de Vista de Locke, quem nomeia os seus governantes é o povo, mas também enfatiza que o próprio povo deve julgar as ações dos mesmos. Surgimento da Propriedade Privada Segundo Rousseau, a origem das desigualdades entre os homens está no ato do primeiro ocupante ao estabelecer a posse de determinada área de terra. Rousseau não atribui à propriedade a categoria de direito natural, tal como o direito à liberdade e à igualdade. O estabelecimento da propriedade ocorre como um ato unilateral do primeiro ocupante no estado de natureza, ou seja, sem que tenha sido estabelecido a lei civil. Locke afirmava que a propriedade vem da liberdade do homem, e que sem ela, o homem perde seus direitos naturais. Locke defende: “Embora a terra e todas as criaturas inferiores sejam comuns a todos os homens, cada homem tem uma ‘propriedade’ em sua própria ‘pessoa’; a esta ninguém tem nenhum direito senão ele mesmo.” Além de bens como móveis e imóveis Locke também defende que não é só isso a propriedade do homem, mas também todo esforço do seu trabalho. Campos dos Goytacazes – 2017 Universidade Cândido Mendes Conclusão Tais conceitos são clássicos porque sobreviveram ao tempo, porque mesmo advindos de um tempo distante da atualidade, tais ideias não soam estranhas aos estudiosos da ciência política, pois e pode afirmar que as visões dos autores clássicos servem de instrumento para visualizar a sociedade moderna presente. Os Dois autores tem uma linha de pensamento diferente, porém em certos momentos estes pensamentos se “encontram” causando no leitor uma certa dúvida. Assim é importante enfatizar que ambos pensaram para soluções de problemas, cada um na sua ´wpoca e em territórios distintos. Referencias Bibliografia https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20110322190023AArx4fS https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia_pol%C3%ADtica WEFFORT, Francisco C. Os Clássicos Da Polít ica, Maquiavel, Hobbes, Locke, Montesquieu, Rousseau, “O Federalista”, Vol. 1. São Paulo. Ed. Ática. 1999. http://www.suapesquisa.com/biografias/john_locke.htm Campos dos Goytacazes – 2017 Universidade Cândido Mendes Campos dos Goytacazes – 2017
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