INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO E HISTÓRIA DO DIREITO

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO E HISTÓRIA DO DIREITO
Aula 1:
 Estadual)
Juiz Federal) Desembargador Ministros do STF
Trabalho) *
*Quinto Constitucional: A OAB designa um advogado veterano para desembargador, pulando a fase de juiz. Um quinto dos desembargadores do país foram designados pela OAB.
MINISTÉRIO PÚBLICO: Fiscaliza o cumprimento das leis (Procurador, promotor).
PROMOTOR: Justiça, Direito Penal, defende a vítima.
PROCURADOR: Trabalho, defende apenas o Estado.
DEFENSORIA PÚBLICA: Defensor público defende pessoas sem condições de pagar um advogado.
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA: Convênio entre a defensoria e a OAB em cidades sem defensoria.
POLÍCIA FEDERAL DELEGADO FEDERAL: Investigação de crimes da União.
POLÍCIA CIVIL DELEGADO ESTADUAL: Crimes que não envolvem a União.
	CONCEITO, CIÊNCIA E SISTEMATIZAÇÃO DO DIREITO
SENSO COMUM E CONHECIMENTO TÉCNICO:
O “conhecimento popular” e as questões jurídicas.
Conhecimento técnico-ciência
OBJETOS DA CIÊNCIA JURÍDICA:
Objeto imediato: norma jurídica
Objeto mediato: fatores sociais
DEFINIÇÕES DE “DIREITO”:
“Direito é o conjunto de normas que objetivam regulamentar o comportamento das pessoas na sociedade.
Essas normas são editadas pelas autoridades competentes e preveem em caso de violação, a imposição de penalidades por órgãos do estado.
SISTEMATIZAÇÃO DO DIREITO:
Direito Positivo e Direito Natural
Direito Objetivo e Direito Subjetivo
DIREITO POSITIVO: Formado por um conjunto de regras posto pelo Estado em uma determinada época e em um determinado local. É o direito válido e que obriga a todos.
DIREITO NATURAL: Decorrente da natureza, não criada pelo homem. Ex.: Igualdade, Direito de Vida e de Liberdade, etc.
DIREITO OBJETIVO: Conjunto de regras que determina o comportamento das pessoas em sociedade e independe da vontade dos sujeitos.
DIREITO SUBJETIVO: É a possibilidade de o sujeito praticar uma conduta ou exigir algo que está previsto em um conjunto de regras já existente (Direito Objetivo)
DIREITO NACIONAL: Conjunto de regras válidos dentro das fronteiras de um estado.
DIREITO INTERNACIONAL: Conjunto de regras válidos fora das fronteiras do estado.
 D. PÚBLICO D. CONSTITUCIONAL / D. ADMINISTRTIVO / D. TRIBUTÁRIO / D. ELEITORAL / D. PENAL / D. PROCESSUAL
 D. NACIONAL D. PRIVADO D. CIVIL / D. EMPRESARIAL
DIREITO D. DIFUSO D. CONSUMIDOR / D. AMBIENTAL / D. TRABALHO / D. PREVIDÊNCIA
D. INTERNACIONAL DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
DIREITO PÚBLICO: Regras que protegem o interesse do Estado.
Direito Constitucional: Conjunto de regras que estruturam o Estado (mais importante, a base de tudo).
Direito Administrativo:Conjunto de regras que tem o escopo de organizar a administração pública.
Direito Tributário: Conjunto de regras que fixa a arrecadação das verbas que serão utilizadas para administrar a sociedade.
Direito Eleitoral: Conjunto de regras que tem o objetivo de disciplinar o processo de escolha dos nossos representantes (que irão administrar a sociedade e criar regras necessárias para a convivência).
Direito Penal: Conjunto de regras que determina quais são as condutas mais graves para o convívio social (crimes, estabelecendo as penas).
Direito Processual:Conjunto de regras que determina o modo como os processos se desenvolverão no poder judiciário.
DIREITO PRIVADO: Regras que protegem o interesse individual (interesse privado).
Direito Civil: Conjunto de regras que determina como devem se dar as relações entre os indivíduos, objetivando a satisfação do interesse individual.
Direito Empresarial: Conjunto de regras que estabelece os tipos de empresa que podemos ter em nosso país.
DIREITO DIFUSO: Regras que protegem o interesse de um número de pessoas (coletividade) indeterminadas e não identificáveis.
Direito do Consumidor: Conjunto de regras que tem o escopo de disciplinar as relações de consumo, na tentativa de proteger a parte mais frágil dessa relação (consumidores).
Direito Ambiental: Conjunto de regras criado para disciplinar as relações existentes entre o homem e o meio ambiente em que vivemos.
Direito do Trabalho*: (?) Conjunto de regras que tem o objetivo de regulamentar as relações entre empregados e empregadores.
Direito Previdenciário*:(?)Conjunto de regras que visa amparar o trabalhador diante de alguns riscos sociais (morte, invalidez, maternidade, reclusão), que o impedem de sustentar a si e a sua família.
*.: Pode ser classificada tanto em direito difuso, quanto em privado e público, depende da classificação utilizada pelo autor.
 Saúde.
SEGURANÇA SOCIAL	 Previdência Social.
 Assistência Social.
Direito Internacional Público: Conjunto de regras que estabelece as relações entre os Estados (Nações) e/ou organismos internacionais no plano internacional.
Direito Internacional Privado: Conjunto de regras que estabelece as relações entre os indivíduos no plano internacional.
AULA 2:
ZETÉTICA E DOGMÁTICA:
Devolução da Ciência Jurídica 
- Ciência = Sistema de Teorias
- O que é uma Teoria? Explicação sobre fenômenos, a qual se manifesta como um sistema de proposições.
- Qual função da linguagemas Teorias utilizam?
Ex.: “Esta mesa está quebrada”
“24+6=30”
“TEORIA DO MOVIMENTO”:
- Evolução da ciência Teorias verdadeiras
 Teorias falsas
- E o DIREITO enquanto ciência?
- TEORIAS Função Informativa
 Função Diretiva
Ex.: “Conserte esta mesa”
“É proibido roubar”
“TEORIA DA POSSE / PROPRIEDADE”:
- Evolução do Direito Teorias Atuantes
 Teorias Não Atuantes
ENFOQUES DA CIÊNCIA JURÍDICA
ZETÉTICA JURÍDICA
- “Zetein” = questionar, indagar;
- Aspecto “pergunta”;
- Escopo = conhecimento;
- Função informativa da linguagem;
- Contesta os pontos de partida;
- Prioriza o ato de questionar;
- Questões infinitas.
DOGMÁTICA JURÍDICA
- “Dokein” – ensinar, doutrinar, opinar;
- Aspecto “resposta”;
- Escopo = resultado prático;
- Função diretiva da linguagem;
- Princípio da inegabilidade dos pontos de partida;
- Prioriza o ato de opinar e destaca algumas opiniões;
- Questões finitas.
A prioridade da universidade hoje é a dogmática.
DIREITO E MORAL
Relação entre direito e moral:
Teoria do Mínimo Ético;
- Moral = Conjunto de regras que trata de inúmeros comportamentos.
- Direito = Mínimo de regras da moral.
Tudo que é jurídico é moral. As regras da moral também englobam as do direito. No entanto nem tudo o que é moral é, necessariamente, uma regra do direito.
Teoria dos Círculos Secantes;
- Para essa teoria existe, além da moral, aquilo que é imoral e amoral.
- Direito tem campo de atuação próprio.
A moral e o direito compartilhando de algumas normas, mas tendo normas da moral que não são do direito e vice versa, ou seja, infelizmente, muitas vezes algumas regras do direito são imorais ou nada tem a ver com a moral.
Teoria da Separação;
- Constata que não existe apenas um conjunto de regras que determina o que é moral / imoral.
- Existem moralidades.
- O direito não deve tentar proteger uma moralidade.
As morais e o direito separados.
Diferenças entre direito e moral:
Coação;
- Direito = Coercível;
- Moral = Incoercível.
- Teoria da coação (Direito = uso da força)e Teoria da coercibilidade.
- Direito é a ordenação coercível da conduta humana (Teoria da Coercibilidade (Teoria Atuante)).
Heteronomia;
- Direito é heterônomo = Regras são criadas por terceiros. Valem objetivamente.
- Moral é autônoma = Regras valem subjetivamente.
Bilateralidade Atributiva;
O Direito é sempre uma relação entre duas ou mais pessoas (bilateralidade).
A regra jurídica, ao contrário da regra moral, atribui comportamentos aos sujeitos envolvidos nessa relação.
ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO
Acepções da palavra “Direito”.
Direito é um fato, um dado, um fenômeno que existe em nossa sociedade.
Direito é um ideal de justiça.
Direito é uma ciência que possui metodologia e terminologia próprias.
Direito é um conjunto denormas sociais.
Teoria da Tridimensionalidade do Direito.
1ª Dimensão: Fato. Sempre há fatos (atos ou fatos naturais) que ocorram no cotidiano, na vida em sociedade.
2ª Dimensão: Valor. A sociedade atribui valor em alguns acontecimentos (atos / fatos).
3ª Dimensão: Norma. Surge a norma jurídica para disciplinar o comportamento diante desses fatos.
Exercício em sala:
Faça um paralelo entre o posicionamento de cada um dos três amigos e a aula sobre zetética e dogmática jurídica.
Qual dos três tem razão?
SANÇÃO E COAÇÃO: A ORGANIZAÇÃO DA SANÇÃO E O PAPEL DO ESTADO
Significados da Palavra Coação.
1ª Acepção: Violência física ou psíquica que pode ser exercida contra uma pessoa.
Ato jurídico ilícito: a pessoa pratica o ato mediante coação.
Ex.: Paulo vende um carro a João , em razão deste ameaçar revelar segredos da vida íntima daquele.
Consequência. Art. 171, II, do CC ato se torna anulável.
No Direito Penal: Crime.
2ª Acepção: Força organizada para que o Direito seja cumprido.
Ex.: Pedro deve pagar alimentos ao filho e não cumpre sua obrigação. Art. 733 do CPC.
Coação = Força organizada e proporcional.
Sanção
Todas as regras sociais feitas para serem cumpridas;
Conceito de sanção: garantia de cumprimento de uma regra;
Todo conjunto de regras possui sanções;
O que diferencia a sanção jurídica das demais?
SANÇÃO MORAL X SANÇÃO JURÍDICA
Interna Externa
Não organizada Organizada
Indeterminada Predeterminada
Espécies de Sanção Jurídica:
Negativa / punitiva – É a técnica do desencorajamento.
Positiva / premial – É a técnica do encorajamento.
O Estado Como Ordenação Objetiva e Unitária da Sanção.
 Estado é o ente que possui o monopólio da jurisdição.
Logo, é o Estado que ordena a sanção.
As Ordenações Jurídicas Não Estatais.
Igreja – Direito Canônico – Sanção.
CBF – Direito Desportivo – Sanção.
Conclusão: DIFERENÇA.
No entanto a sanção estatal é única que é universal.
ESTRUTURA DA NORMA JURÍDICA:
Aspectos Gerais da Norma Jurídica.
A norma é elemento constitutivo do Direito.
Logo, possui as mesmas características: coercibilidade, heteronomia, bilateralidade, sanção, atributividade.
Conceito de norma: estrutura proporcional enunciativa de uma forma de conduta ou de organização, que deve ser seguida de maneira objetiva e obrigatória.
Norma = mundo do dever ser. “Cuidado com o verbo ser”.
Tipos Primordiais de Norma Jurídica.
Normas de conduta:
Conceito: A norma de conduta determina o comportamento dos indivíduos e dos entes sociais, obrigando, proibindo, ou permitindo.
Exemplo: Dos 16 aos 18 anos o voto é permitido, a partir dos 18 até os 70 anos é obrigatório.
Normas de Organização.
Conceito: Normas que estabelecem a organização e o funcionamento de órgãos, bem como criam processos de elaboração e interpretação de outras normas.
Exemplo: Tribunais criados para aplicar normas de conduta. 
Obs.: Classificação
N.C. = Primárias;
N.O. = Secundárias.
Estrutura da Norma de Conduta.
Estrutura Binada:
1ª Parte = Fato-Tipo ou hipótese;
2ª Parte = Preceito ou dispositivo.
Ex.:
 
Juízo hipotético:
Hans Kelsen
ESTRUTURA DAS NORMAS DE ORGANIZAÇÃO:
Não possuem estrutura binada;
São regras que enunciam uma obrigação objetiva como sendo a única opção;
Juízo categórico;
Ex.: Art. 2º da CF / 88;
Modalidades de Normas de Organização
Organização do Estado;
Estruturação de Órgãos;
Identificação, interpretação e modificação de outras normas;
Normas conceituais.
Fato-tipo: matar alguém
N.C.	preceito: pena: 6 a 20 anos de reclusão
	ESTRUTURA
			N.O. 
QUESTIONÁRIO:
Diferencie o Direito Público do Direito Privado.
Explique o que é o Direito Difuso.
Diferencie Direito Subjetivo de Direito Objetivo.
O que é bilateralidade atributiva?
O que é heteronomia?
Explique a teoria do mínimo ético.
Como seria um estudo do crime de roubo sob o enfoque zetético?
Quais são as disciplinas que integram o Direito Privado?
Explique o princípio da inegabilidade dos pontos de partida.
O que é sansão jurídica? Quais são as suas características?
Explique as duas maneiras pelas quais o direito lida com a coação.
Explique a estrutura tridimensional do direito.
Em um recente caso, um magistrado de São Paulo decidiu, em um processo que um dirigente de um clube esportivo não seria punido por crime em razão de ofensas discriminatórias contra um jogador de futebol. Na sentença, o juiz fundamentou que um jogador de futebol homossexual é uma situação inadmissível, pois tal prática esportiva deve ser exercida apenas por pessoas do 
sexo masculino.
	Sob a ótica da teoria geral do Direito, como deve ser considerada tal decisão? Explique.