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LEI PENAL NO TEMPO RESUMO

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LEI PENAL NO TEMPO
	Extra atividade da Lei Penal é a possibilidade de a lei penal ser ultrativa ou retroativa.
	
Extra atvididade = ultratividade ou retroatividade. 
Regra Geral do Direito Penal:
A lei posterior não pode retroagir (irretroativa) ao tempo da lei anterior para prejudicar.
 
A lei posterior poderá retroagir (retroativa) ao tempo da lei anterior para beneficiar.
Quando acontece a regra número 1 (irretroatividade)? Quando a lei posterior for mais severa.
Quando acontece a regra número 2 (retroatividade)? Quando a lei posterior for mais benigna.
Assim, quando lei revogada regula atos ocorridos na sua vigência: ultratividade; quando lei posterior retroage para alcançar fatos antes de sua vigência: retroatividade.
Sequências de Leis:
Abolitio Criminis: ocorre quando uma ação ou omissão (conduta) deixa de ser crime, pela entrada em vigor de norma mais nova, retroagindo seus efeitos (retroatividade).
Novatio Legis in Mellius: ocorre quando a lei nova é mais branda (Lex Mitior) que a lei anterior (retroatividade).
Novatio Legis Incriminadora: ocorre quando uma ação ou omissão passa a ser crime pela entrada em vigor de norma mais nova (ultratividade).
Novatio Legis In Pejus: ocorre quando a lei nova é mais severa (Lex Gravior) que a lei anterior (ultratividade).
O princípio da continuidade normativo-típica ocorre quando uma norma penal é revogada, porém, a mesma conduta continua sendo incriminada pelo tipo penal revogador. Este não se confunde com o instituto jurídico da “abolitio criminis”. Exemplo: O antigo crime de "atentado violento ao pudor", cuja conduta não deixou de ser considerada crime, mas apenas migrou para o tipo penal do crime de estupro, tipificado no artigo 213 do Código Penal. 
	O abolitio criminis temporalis ocorre nos casos em que a lei possibilita ao agente regularizar, num prazo determinado, a sua situação jurídico-penal, isentando-o de responsabilidade. Exemplo disso é o art. 30 da Lei n° 10.826/2003, que permitiu aos possuidores de arma de fogo não registrada regularizar, no prazo de 180 dias, o respectivo registro junto ao órgão competente. De modo semelhante dispôs a Lei n° 11.706/2008.
	Lei intermediária: ocorre quando uma lei tem a sua vigência posterior ao fato e antes da decisão judicial tenha sido revogada por outra.
	Se ela for mais benéfica que a antecedente e a subsequente, deve ser utilizada. Ela, simultaneamente, ultragiu e retroagiu (dupla extra atividade).
Leis Temporárias/Excepcionais
	Leis temporárias: têm prazo de vigência determinado.
	Leis Excepcionais: a sua vigência fica condicionada à existência de um determinado momento ou uma condição de fato. 
Pesquisa: O artigo 3º do Código Penal conflita com o princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica?
Resposta: Na doutrina brasileira duas correntes discorrem sobre a ultra-atividade da lei temporária, uma concorda com a aplicação da norma após a cessação de sua vigência por tratar-se de lei com tipo penal diferenciado e a outra discorda, sustentando a inconstitucionalidade do dispositivo.
Fazendo parte da corrente doutrinária majoritária, a qual concorda com a ultra atividade da lei temporária in pejus, Fernando Capez ensina que “um fato praticado sob a vigência de uma lei temporária ou excepcional continuará sendo por ela regulado, mesmo após sua auto revogação e ainda que prejudique o agente”.
A segunda corrente acredita que o artigo 3º do Código Penal não foi recepcionado pela Constituição Federal. Sustentando a inconstitucionalidade do artigo 3º do Código Penal, Rogério Greco afirma:
“No momento em que o constituinte de 88 consagrou o princípio da irretroatividade da lei prejudicial ao agente sem fazer qualquer ressalva, só se poderia concluir que as leis penais temporárias e excepcionais não possuem ultra atividade em desfavor do réu. O legislador não pode abrir exceção em matéria que o constituinte erigiu como garantia individual”.
A hipótese em que a lei temporária deixa de produzir efeito sob os fatos praticados no período de sua vigência, após seu período de validade, é quando uma lei posterior mais benéfica fizer expressa menção ao tempo de duração da lei em questão, cessando assim todos os efeitos da norma temporária anterior, sendo a única forma de aplicação do abolitio criminis às leis do gênero temporário de caráter penal.
Assim como a maior parte da doutrina brasileira, concordamos que as leis temporárias são dotadas de ultra atividade, pois, se assim não forem, poderão perder seu poder de coerção sobre determinados atos delituosos, podendo fazer com que o agente venha a manipular o processo, visando o término da vigência da lei e posterior extinção de punibilidade elencada no artigo 107, III do nosso Código Penal.
Fonte da pesquisa: https://mlsousa.jusbrasil.com.br/artigos/123406054/lei-temporaria-e-o-principio-da-retroatividade-da-lei-penal-benefica

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