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Nascimento da Psicanálise - PRIMEIR A LIÇÃO Tratamento de Anna O. por Breuer durou de 1880 e 1882. Freud trabalhando no laboratório de Brücke iniciara seu contato Dr. Josef Breuer. Os interesses de Freud eram na anatomia do sistema nervoso. Início... Fortes impressões causadas em Freud - relato de Breuer sobre o tratamento de Anna O. Mais tarde (três anos depois) em Paris sob a orientação de Charcot, deu-lhe conhecimento do caso, contudo Charcot não mostrou nenhum interesse pelo primeiro esboço do assunto e Freud abandona a ideia. Os estudos de Freud sob a orientação de Charcot tinham-se concentrado, em grande parte, na histeria. Na volta à Viena (1886) Freud se fixa e se estabelece com uma clínica de doenças nervosas. A histeria forneceu uma grande proporção de sua clientela. Inicialmente Freud se utiliza dos métodos de tratamento recomendados: hidroterapia, eletroterapia, massagens e cura pelo repouso. O Caso Anna O. Uma jovem de 21 anos, de altos dotes intelectuais, manifestou no decurso de sua doença, que durou mais de dois anos, uma série de perturbações físicas e psíquicas mais ou menos graves. Sintomas Tinha uma paralisia espástica de ambas as extremidades do lado direito, com anestesia, sintoma que se estendia por vezes aos membros do lado oposto; perturbações dos movimentos oculares e várias alterações da visão; dificuldade em manter a cabeça erguida; tosse nervosa intensa; repugnância pelos alimentos e impossibilidade de beber durante várias semanas, apesar de uma sede martirizante; redução da faculdade de expressão verbal, que chegou a impedi-la de falar ou entender a língua materna; e, estados de `absence‘ (ausência), de confusão, de delírio e de alteração total da personalidade. Diagnóstico Quadro mórbido encontrado em indivíduo jovem do sexo feminino, cujos órgãos vitais internos (coração, rins etc.) nada revelam de anormal ao exame objetivo, mas que sofreu, no entanto violentos abalos emocionais, e quando, em certas minúcias, os sintomas se afastam do comum; Os médicos, em geral, não consideram o caso tão grave. Afirmam que não se trata de uma afecção cerebral orgânica, mas desse enigmático estado que desde o tempo da medicina grega é denominado histeria e que pode o paciente estar simulando todo um conjunto de graves perturbações. O trabalho com Anna O. Observação – se a medicina é o mais das vezes impotente em face das lesões cerebrais orgânicas, diante da histeria o médico não sabe, do mesmo modo, o que fazer. Breuer notou que nos estados de `absence‘ (alteração da personalidade acompanhada de confusão mental), Anna O. murmurava algumas palavras que pareciam relacionar com aquilo que lhe ocupava o pensamento. Breuer anotara essas palavras, colocou a moça numa espécie de hipnose e repetiu-as, para incitá-la a associar ideias. A paciente entrou, assim, a reproduzir diante do médico as criações psíquicas que a tinham dominado nos estados de `absence‘ e que se haviam traído naquel as palavras isoladas. Eram fantasias profundamente tristes, muitas vezes de poética beleza — devaneios, como podiam ser chamadas — que tomavam habitualmente como ponto de partida a situação de uma jovem à cabeceira do pai doente. Depois de relatar certo número dessas fantasias – sentimentos de alívio e reconduzida à vida normal. Esse bem-estar durava muitas horas e desaparecia no dia seguinte para dar lugar a nova `absence‘, que cessava do mesmo modo pela revelação das fantasias novamente formadas. A própria paciente, que nesse período da moléstia só falava e entendia inglês, deu a esse novo gênero de tratamento o nome de `talking cure’ (cura de conversação) qualificando-o também, por gracejo, de `chimney sweeping’ (limpeza da chaminé). Verificou-se logo, como por acaso, que, limpando-se a mente por esse modo, era possível conseguir não o afastamento passageiro das repetidas perturbações psíquicas, mas também fazer desaparecer sintomas quando, na hipnose, a doente recordava, com exteriorização afetiva, a ocasião e o motivo do aparecimento desses sintomas pela primeira vez. Ninguém, até então, havia removido por tal meio um sintoma histérico nem penetrado tão profundamente na compreensão da sua causa. Breuer observou que a paciente podia ser aliviada dos estados nebulosos de consciência se fosse induzida a expressar em palavras a representação emotiva pela qual se achava no momento dominada. A partir dessa descoberta, Breuer chegou a um novo método de tratamento. Ele a levava a uma hipnose profunda e fazia-a dizer-lhe, de cada vez, o que era que lhe oprimia a mente. Depois de os ataques de confusão depressiva terem sido eliminados dessa forma, empregou o mesmo processo para eliminar suas inibições e distúrbios físicos. Em estado de vigília a moça não podia descrever mais do que outros pacientes como seus sintomas haviam surgido, assim como não podia descobrir ligação alguma entre eles e quaisquer experiências de sua vida. Sob hipnose ela de pronto descobria a ligação que faltava. Todos os seus sintomas voltavam a fatos comovedores que experimentara enquanto cuidava do pai. Motivo do aparecimento desses sintomas pela primeira vez Tinha havido, no verão, uma época de calor intenso e a paciente sofria de sede horrível. Sem que pudesse explicar a causa, viu-se, de repente, impossibilitada de beber. Tomava na mão o cobiçado copo de água, mas assim que o tocava com os lábios, repelia-o como hidrófoba. Nesses poucos segundos, ela se achava evidentemente em estado de absence. Para mitigar a sede que a martirizava, vivia somente de frutas, melões etc. Quando isso já durava perto de seis semanas, falou, certa vez, durante a hipnose, a respeito de sua “dama de companhia” inglesa, de quem não gostava, e contou então com demonstrações da maior repugnância que, tendo ido ao quarto dessa senhora, viu, bebendo num copo, o seu cãozinho, um animal nojento. Nada disse, por polidez. Depois de exteriorizar energicamente a cólera retida, pediu de beber, bebeu sem embaraço grande quantidade de água e despertou da hipnose com o copo nos lábios. A perturbação desapareceu definitivamente. CONCLUSÃO... Na maioria dos casos que tinha havido algum pensamento ou impulso que ela tivera de reprimir enquanto se encontrava à cabeceira de enfermo, e que, em lugar dele, como substituto do mesmo, surgira depois o sintoma. A conclusão foi de que os sintomas tinham um significado e eram resíduos ou reminiscências daquelas situações emocionais. Os histéricos sofrem de reminiscências. Seus sintomas são resíduos e símbolos mnêmicos de experiências especiais (traumáticas). Quando a paciente se recordava de uma situação dessa espécie de forma alucinatória, sob a hipnose, e levava até sua conclusão, com uma expressão livre de emoção, o ato mental que ela havia originalmente recalcado, o sintoma era eliminado. À primeira vista, a principal posição teórica adotada pelos autores parece simples. Eles sustentam que, no curso normal das coisas, se uma experiência for acompanhada de uma grande dose de “afeto”, esse afeto é “descarregado” numa variedade de atos reflexos conscientes, ou então vai-se desgastando gradativamente pela associação com outros materiais mentais conscientes. No caso dos pacientes histéricos, por outro lado, nenhuma dessas coisas acontece. O afeto permanece num estado “estrangulado”, e a lembrança da experiência a que está ligado é isolada da consciência. A partir daí, a lembrança afetiva se manifesta em sintomas histéricos, que podem ser considerados como “símbolos mnêmicos” — vale dizer, como símbolos da lembrança suprimida. Porque um evento se torna traumático? É precisamente a ausência da ab-reação que torna o evento patogênico, impedindo que a quantidade de afeto a ele vinculada se descarregue adequadamente. Porque a terapia catártica é eficaz? “ela anula o poder das idéias originalmente não ab-reagidas, ao permiti-lhes, através da linguagem, uma saída para seus afetos estrangulados. Traz a estas idéias uma correção associativa, reintroduzindo-as na consciência normal. Pontos fundamentais A teoria traz uma descrição direta das observações; Tentou estabelecer a origem dos sintomas da histeria; Enfatizou a significação da vida das emoções; Estabelece a distinção entr e os atos mentais inconscientes e os conscientes (ou, antes, capazes de ser conscientes); Introduz um fator dinâmico, supondo que um sintoma surge através do represamento de um afeto; Introduz um fator econômico, considerando aquele mesmo sintoma como o produto da conversão de uma quantidade de energia represada. Finalidade terapêutica (Cura): Método Catártico (Br euer): proporcionar q ue a cota de afeto que se t inha tornado estrangulada, pudesse obter descarga (ou ab - reação) e a inserção dos pensamentos recalcados no curso normal da consciência. Verificou-se logo, como por acaso, que, limpando-se a mente por esse modo, era possível conseguir alguma coisa mais que o afastamento passageiro das repetidas perturbações psíquicas. Pôde-se também fazer desaparecer sintomas quando; na hipnose, a doente recordava, com exteriorização afetiva, a ocasião e o motivo do aparecimento desses sintomas pela primeira vez. 3ª Aula – 2ª LIÇÃO - A descoberta do Inconsciente:- Repressão; Resistência e formação de sintomas. Janet – não considerava a explicações psicológicas, entendia a histeria como uma forma de alteração degenerativa do sistema nervoso, uma fraqueza congênita do poder de síntese psíquica (perspectiva do laboratório) Freud – explica que a divisão psíquica é resultado do conflito dinâmico entre forças mentais contrárias, uma luta ativa de dois grupamentos psíquicos (perspectiva decorrente do trabalho terapêutico), Abandono da Hipnose Conclui que o método de Breuer não poderia ir além, já que “ não consegue afetar as causas subjacentes da histeria, assim, não consegue impedir que novos sintomas tomem o lugar daqueles que foram eliminados” abandono método catártico e hipnose Pela necessidade de hipnose profunda do paciente para o procedimento catártico; A dificuldade de alguns pacientes em serem hipnotizados; Mantém, nos atendimentos, ds pacientes em estado de consciência normal; “Técnica da pressão”: usada por Freud quando os pacientes relatavam nada mais saber. ... A evolução da técnica mostra Recordações esquecidas não se perdem. Mantêm-se ocultas do paciente e prontas para ressurgir, Uma força as detém e obriga-as a permanecer no inconsciente; Força observada quando se intentava trazer à consciência lembranças esquecidas; Resistência Tudo aquilo que nos atos e palavras do analisando se opõe ao acesso deste ao seu inconsciente. A supressão das resistências é uma condição central para o andamento do processo analítico; A hipnose encobre a resistência. Repressão Estas mesmas forças que no momento atual aparecem como resistência dificultam que o esquecido volte a consciência e... Devem ser as que antes tinham agido, expulsando da consciência os acidentes patogênicos correspondentes; A repressão está diretamente relacionada como o mecanismo patogênico da histeria; Quando um desejo contrasta com os demais desejos do indivíduo, por sua incompatibilidade com as aspirações morais e estéticas da personalidade. Como se dá a repressão... O conflito entre o desejo e sua impossibilidade gera um desfecho repressão do desejo inconciliável, A consequência é a expulsão do desejo e as lembranças para fora da consciência, A aceitação do impulso desejoso incompatível ou o prolongamento do conflito teriam despertado intenso desprazer; Repressão evita o desprazer, Revela-se como um meio de proteção do psiquismo; Repressão x Recalque O recalque é um tipo especial de repressão. Na repressão, encontramos um mecanismo consciente atuando ao nível da “segunda censura”, que Freud situa entre o consciente e o pré-consciente. Seria um exclusão para fora do campo de consciência atual e não da passagem de um sistema para outro; No recalque, a instância recalcante, a operação e o seu resultado são inconscientes; Como se dá o processo de formação dos sintomas partindo-se da repressão Nos pacientes neuróticos o desejo insuportável é expulso da consciência e da lembrança, com isso os pacientes se livraram aparentemente de uma grande soma de desprazeres. Contudo, o impulso desejoso continua a existir no inconsciente, ante a oportunidade de se revelar. O sintoma aparece é como um acordo, em que ele substitui o desejo reprimido, de forma disfarçada e irreconhecível. No sintoma, apesar do disfarce, podem ser reconhecidos traços de semelhança com o material reprimido; Quais as soluções possíveis na solução do conflito Quando restituído aquilo que foi reprimido à consciência, o conflito pode encontrar uma solução mais adequada do que a oferecida pela repressão; 1. A personalidade do paciente se convence de que repelira sem razão o desejo e consente em aceitá-lo total ou parcialmente; 2. O mesmo desejo é dirigido para um alvo irrepreensível e m ais elevado (sublimação); 3. Reconhece como justa a repulsa. A repressão é substituída pelo julgamento ( o controle consciente do desejo é atendido); Sublimação “Processo que explica atividades humanas sem qualquer relação aparente com a sexualidade, mas que encontrariam o seu elemento propulsor na força da pulsão sexual. Uma pulsão é sublimada quando na medida em que é derivada para um novo objetivo não sexual, visando objetos socialmente valorizados”(Laplanche & Pontalis). 4ª Aula – 3ª LIÇÃO - A descoberta do inconsciente: A teoria dos sonhos. A Psicopatologia da vida cotidiana. A primeira tópica freudiana: Sistemas Inconsciente, Pré-Consciente e Consciente.A descoberta do Inconsciente ....Evolução Freud revela que nem sempre, sob a técnica da insitência, a idéia que surgia na mente parecia ter a ver com o reprimido. Apareciam pensamentos despropositados que os pacientes repeliam como inexatos e sem importância. No entanto, fundamentado no pressuposto do determinismo psíquico, acreditava que nenhuma ideia concebida pelo paciente era totalmente espontânea e que tinha relação com a representação mental esquecida A técnica da pressão não soluciona a verdadeira rememoração; Deformação da lembrança esquecida quanto > a resistência > a deformação; A expressão do pensamento tinha apenas uma alusão ao reprimido; A partir da recordação podemos desvendar o conteúdo por meio das associações livres; Importância da Associação Livre... Liberdade das associações possíveis; Determinismo Psíquico; O que emerge à mente indiretamente ligado ao complexo inconsciente; Ideias livres continuam aparecendo Resistência manifesta-se em juízo crítico do paciente este faz uma pré- seleção do conteúdo de referência. O conteúdo insignificante ao paciente é material precioso ao analista; Interpretação dos Sonhos A interpretação de sonhos é a estrada real para o conhecimento do inconsciente, a base mais segura da psicanálise.; Sonhos vistos com descaso até então; Sonhos realização velada de desejos reprimidos; Sonhos de crianças mais fáceis de se explicação; Sonhos adultos ininteligíveis, distorcidos, aparentemente sem semelhança com a realização dos desejos; A deformação observada nos sonhos obedece a mecanismo idêntico ao dos sintomas histéricos. O conteúdo manifesto do sonho é o substituto deformado para os pensamentos inconscientes do sonho operadas pelas forças defensivas do ego Pesadelos: contradizem o nosso mode de entender o sonho como realização dos desejos. A angústia que os acompanha não depende simplesmente do conteúdo onírico, mas é uma reação do ego contra a emergência dos desejos violentos reprimidos. Equivalência sonho - sintoma Quem sonha reconhece tão mal o sentido de seus sonhos, como o histérico reconhece as correlações e a significação de seus sintomas. Através da associação livre, partindo-se do sonho manifesto, pode-se chegar aos pensamentos inconscientes, tal qual quando se parte de um sintoma. Conteúdo manifesto: Substituto deformado dos pensamentos inconscientes; Deformação é produzida por forças defensivas do ego para impedir a passagem do reprimido à consciência; Conteúdo latente: Traz o verdadeiro sentido do sonho; Acessível pela interpretação dos sonhos; Como se faz a Interpretação dos Sonhos... Afastando o conteúdo manifesto; Evocando Associações Livres; Chegando aos pensamentos latentes; A partir da análise observamos 2 processo psíquicos deslocamento e condensação. Condensação: Efetua a fusão de diversas ideias do pensamento inconsciente, em especial no sonho, para desembocar em uma única imagem no conteúdo manifesto consciente ( Dicionário de psicanálise, Roudinesco, Elisabeth, Plon, Michel). Observa-se no conteúdo manifesto como um resumo do conteúdo latente. Determina a SOBREDETERMINAÇÃO (quando um conteúdo inconsciente remete a uma pluralidade de fatores determinantes) Deslocamento: Por meio de um deslizamento associativo, transforma elementos primordiais de um conteúdo latente em detalhes secundários de um conteúdo manifesto. ( Dicionário de psicanálise, Roudinesco, Elisabeth, Plon, Michel). Mantém certa independência entre afeto e representação O afeto pode se ligar em outras representações, permitindo uma nova intensidade. Atos falhos... Falhas comuns e pequenos erros do cotidiano (esquecimentos, enganos, lapsos, distrações...); Expressão de impulsos e impressões que devem permanecer ocultos da própria consciência; Sua análise conduz ao descobrimento do inconsciente. Conceitos: Catexia - é o processo pelo qual a energia libidinal disponível na psique é vinculada a ou investida na representação mental de uma pessoa, ideia ou coisa. Associação livre - método substituto da hipnose, que consistia em deitar o paciente no divã e encorajá-lo a dizer o que viesse à sua mente, sem censura. Freud acreditava que através deste método, poderia encontrar desejos, temores, conflitos e lembranças que estivessem além do conhecimento consciente do paciente. Conteúdo manifesto e latente – O conteúdo manifesto é uma deformação do conteúdo latente, o que equivale a dizer que o conteúdo latente dissimula-se por trás do conteúdo manifesto. Essa deformação é a marca de uma defesa* contra o desejo veiculado pelo sonho. Ato falho – Ato pelo qual o sujeito*, a despeito de si mesmo, substitui um projeto ao qual visa deliberadamente por uma ação ou uma conduta imprevistas. 5ª Aula – Tema de discussão: A descoberta do inconsciente: A segunda tópica freudiana: Id, ego e superego. Primeira Tópica A partir do estudo sobre o funcionamento psíquico dos sonhos, Freud elabora a primeira tópica do aparelho psíquico. Consciente: Uma pequena parte da mente; inclui tudo aquilo de que estamos cientes em um dado momento; situa-se na superfície do aparelho psíquico; recebe simultaneamente informações do mundo exterior e do mundo interior Pré-consciente: Articula-se com o consciente e funciona como uma barreira que seleciona aquilo que pode ou não passar para o consciente. É uma parte do inconsciente que pode tornar-se consciente com relativa facilidade, pela evocação da memória, pela vontade Inconsciente: parte mais arcaica do aparelho psíquico; Contém todo conteúdo que foi excluído da consciência pelos processos psíquicos de censura e repressão, em que o conteúdo censurado, que não pode ser lembrado. Não se perde, permanece abrigado no inconsciente; maior parte do aparelho psíquico, onde situam-se os determinantes da personalidade, as fontes da energia psíquica e as pulsões (instintos). maior parte do aparelho psíquico, onde situam-se os determinantes da personalidade, as fontes da energia psíquica e as pulsões (instintos). situam-se as “representações coisa” ou “traços mnêmicos” (reproduções de antigas percepções, dispostas e inscritas como se fosse um arquivo sensorial, formando nossos contornos psíquicos Primeira Tópica ( 1900) Primeira formulação do aparelho psíquico: Teoria Topográfica modelo tópico designa um "modelo de lugares“ (topos = lugar). o aparelho psíquico é dividido em sistemas, ou instâncias psíquicas, interligadas entre si, com funções específicas, composto por três sistemas: o inconsciente, o pré-consciente e o consciente Segunda tópica (1923) O ego e o id Aparelho psíquico definido por modelo estrutural ou dinâmico. Conjunto de elementos com funções específicas que interagem entre si permanentemente e influenciam-se reciprocamente. Segunda tópica ou Teoria Estrutural ou Dinâmica. "estrutura" significa um conjunto de elementos que têm funções específicas, porém que interagem permanentemente e se influenciam reciprocamente. O ego e o id A consciência é a superfície do aparelho mental. Todas as percepções recebidas de fora (sensórias) e de dentro (sensações e sentimentos) são conscientes desde o princípio. Processos de pensamento representam deslocamentos de energia mental que à medida em que esta progride em seu caminho no sentido da ação. Diferença entre pensamento Ics e Pcs Freud recorre a um conceito sugerido anteriormente o pensamento do inconsciente se efetuaria em “algum material que permanece desconhecido” e o pensamento do pré-consciente, também em material desconhecido, mas estaria ”colocado em vinculação com representações verbais Como uma coisa se torna pré-consciente?” “Vinculando-se às representações verbais que lhe são correspondentes. as representações verbais são resíduos de lembranças que podem como todos os resíduos mnêmicos novamente tornar-se conscientes Resíduos mnêmicos antes foram percepções Cs Residuos verbais Resíduos mnêmicos verbais derivam primariamente de percepções auditivas. Uma palavra é, em ultima análise, o resíduo mnêmico de uma palavra que foi ouvida Percepções Internas. Os melhores exemplos de percepções internas são as que pertencem à série prazer -desprazer, porque são mais primordiais e elementares do que as que surgem externamente e porque podem ocorrer ainda que a consciência esteja enevoada.. Prazer – Desprazer As sensações de prazer, implicam em satisfação que reduz a catexia energética As sensações de desprazer implicam em elevação da carga energética. Impelem no sentido da descarga Freud chama de prazer o que está consciente e de desprazer ‘algo’ quantitativo e qualitativo no curso dos eventos mentais que se comporta como um impulso reprimido que, só aparece na consciência como desprazer. A pesquisa clínica demonstra que este algo pode se tornar consciente se transmitido ao sistema perceptivo. Para os sentimentos, o pré-consciente é posto de lado, esses são conscientes ou inconscientes. São transmitidos diretamente Processos internos de pensamento são transformados em percepções através da interposição das representações verbais e “quando uma hipercatexia (catexia = quantidade de energia acumulada) do processo de pensamento se efetua, os pensamentos são realmente percebidos – como se proviessem de fora – e, consequentemente, são considerados verdadeiros”. O ego e o Id Groddeck que propôs chamar ego a entidade localizada numa parte da mente que tem início no perceptivo (Pcpt.) e começa por ser pré-consciente (Pcs.) e, a outra parte da mente, pela qual essa entidade se estende e que se comporta como se fosse inconsciente, de id, Freud, explicou o homem como um “id psíquico, desconhecido e inconsciente, sobre cuja superfície repousa o ego, desenvolvido a partir de seu núcleo, o sistema perceptivo (Pcpt.)”. ego não envolve por completo o id mas apenas até o ponto em que o Pcpt. forma a sua superfície; ego não se acha nitidamente separado do id, sua parte inferior funde-se com ele; reprimido também se funde com o id, e é simplesmente uma parte dele; reprimido só se destaca nitidamente do ego pelas resistências da repressão, e pode comunicar-se com o ego através do id; ego usa um receptor acústico. Conclusões de Freud O ego é a parte do id que foi modificada pela influência do mundo externo, por intermédio do perceptivo consciente (Pcpt.-Cs.); O ego procura aplicar a influência do mundo externo ao id e às tendências deste, e esforça-se por substituir o princípio do prazer, que reina irrestritamente no id, pelo princípio da realidade; O ego representa o que pode ser chamado de razão e senso comum; Superego Diferenciação dentro do ego ideal do ego ou superego; O superego desenvolve- se a partir do ego, em um período que Freud designa como período de latência, situado entre a infância e o início da adolescência. Nesse período, forma-se nossa personalidade moral e social. O superego atua como um juiz ou um censor relativamente ao ego. Consciência moral, auto-observação, formação de ideais, funções do superego. Constitui-se por interiorização das exigências e das interdições parentais (representado pela autoridade parental que molda o desenvolvimento infantil, alternando as provas de amor com as punições, geradoras de angústia) Num segundo tempo, quando a criança renuncia à satisfação edipiana, as proibições externas são internalizadas. Esse é o momento em que o superego vem substituir a instância parental por intermédio de uma identificação da criança com os pais. O superego não se constrói segundo o modelo dos pais, mas segundo o que é constituído pelo superego deles. O superego estabelece a censura dos impulsos que a sociedade e a cultura proíbem ao id, impedindo o indivíduo de satisfazer plenamente seus instintos e desejos. É o órgão psíquico da repressão, particularmente a repressão sexual. EGO / ID/ SUPEREGO (Anzieu) Ego: “uma parte do id que se diferenciou pela proximidade e influência do mundo externo”. Está adaptado para a recepção e proteção de estímulos externos. Assume a tarefa de representar o mundo externo perante o id. Possui uma parte consciente e uma parte inconsciente (mecanismos de defesa). Superego Superego: instância responsável pela função da interdição que funda a lei moral Podemos reconhecer três instâncias: Superego propriamente dito: instância proibitiva e repressiva. Ideal do ego: modelo a ser imitado para satisfazer a expectativa dos outros e propiciador de valores capazes de fundar diversas formas de vida em comum para o sujeito. Ego ideal: ideal narcísico de onipotência, forjado a partir do modelo do narcisismo infantil. ( identificação heróica). SUPEREGO - Conflitos intra- sistêmicos Ideal do ego x ego ideal: Quando vence o ego ideal: mania; Quando vence o ideal de ego: melancolia Superego x ego ideal: masoquismo Explica as duas faces do mesmo conflito: A) a necessidade de punição B) glorificação do corpo ferido Superego x ideal de ego: sentimentos de culpa e de inferioridade; sentimentos de autoestima e suas vicissitudes. Na gênese da culpabilidade e auto-punição, como na neurose obsessiva e na depressão, a pessoa sujeito desempenha papel de Superego e a pessoa objeto, o do ideal do ego Primeira Tópica A partir do estudo sobre o funcionamento psíquico dos sonhos, Freud elabora a primeira tópica do aparelho psíquico. Consciente uma pequena parte da mente; inclui tudo aquilo de que estamos cientes em um dado momento; situa-se na superfície do aparelho psíquico; recebe simultaneamente informações do mundo exterior e do mundo interior. Pré-consciente Articula-se com o consciente e funciona como uma barreira que seleciona aquilo que pode ou não passar para o consciente. É uma parte do inconsciente que pode tornar-se consciente com relativa facilidade, pela evocação da memória, pela vontade Inconsciente parte mais arcaica do aparelho psíquico; Contém todo conteúdo que foi excluído da consciência pelos processos psíquicos de censura e repressão, em que o conteúdo censurado, que não pode ser lembrado Não se perde, permanece abrigado no inconsciente; maior parte do aparelho psíquico, onde situam-se os determinantes da personalidade, as fontes da energia psíquica e as pulsões (instintos). situam-se as “representações coisa” ou “traços mnêmicos” (reproduções de antigas percepções, dispostas e inscritas como se fosse um arquivo sensorial, formando nosso contornos psíquicos). Primeira Tópica ( 1900) Primeira formulação do aparelho psíquico: Teoria Topográfica modelo tópico designa um "modelo de lugares“ (topos = lugar). o aparelho psíquico é dividido em sistemas, ou instâncias psíquicas, interligadas entre si, com funções específicas, composto por três sistemas: o inconsciente, o pré-consciente e o consciente Segunda tópica (1923) O ego e o id Aparelho psíquico definido por modelo estrutural ou dinâmico. Conjunto de elementos com funções específicas que interagem entre si permanentemente e influenciam-se reciprocamente. Segunda tópica ou Teoria Estrutural ou Dinâmica. "estrutura" significa um conjunto de elementos que têm funções específicas, porém que interagem permanentemente e se influenciam reciprocamente. O ego e o id A consciência é a superfície do aparelho mental. Todas as percepções recebidas de fora (sensórias) e de dentro (sensações e sentimentos) são conscientes desde o princípio. Processos de pensamento representam deslocamentos de energia mental que à medida em que esta progride em seu caminho no sentido da ação. Diferença entre pensamento Inconciente e Pré-Consciente Freud recorre a um conceito sugerido anteriormente o pensamento do inconsciente se efetuaria em “algum material que permanece desconhecido” e o pensamento do pré-consciente, também em material desconhecido, mas estaria ”colocado em vinculação com representações verbais Como uma coisa se torna pré-consciente?” “Vinculando-se às representações verbais que lhe são correspondentes. as representações verbais são resíduos de lembranças que podem como todos os resíduos mnêmicos novamente tornar-se conscientes Resíduos mnêmicos antes foram percepções Cs Resíduos verbais Resíduos mnêmicos verbais derivam primariamente de percepções auditivas. Uma palavra é, em ultima análise, o resíduo mnêmico de uma palavra que foi ouvida Percepções Internas Os melhores exemplos de percepções internas são as que pertencem à série prazer-desprazer, porque são mais primordiais e elementares do que as que surgem externamente e porque podem ocorrer ainda que a consciência esteja enevoada. Prazer – Desprazer • As sensações de prazer, implicam em satisfação que reduz a catexia energética • As sensações de desprazer implicam em elevação da carga energética. Impelem no sentido da descarga •Freud chama de prazer o que está consciente e de desprazer ‘algo’ quantitativo e qualitativo no curso dos eventos mentais que se comporta como um impulso reprimido que, só aparece na consciência como desprazer. A pesquisa clínica demonstra que este algo pode se tornar consciente se transmitido ao sistema perceptivo. Para os sentimentos, o pré-consciente é posto de lado, esses são conscientes ou inconscientes. São transmitidos diretamente Processos internos de pensamento são transformados em percepções através da interposição das representações verbais e “quando uma hipercatexia (catexia = quantidade de energia acumulada) do processo de pensamento se efetua, os pensamentos são realmente percebidos – como se proviessem de fora – e, consequentemente, são considerados verdadeiros”. Groddeck • Groddeck que propôs chamar ego a entidade localizada numa parte da mente que tem início no perceptivo (Pcpt.) e começa por ser pré -consciente (Pcs.) e, • a outra parte da mente, pela qual essa entidade se estende e que se comporta como se fosse inconsciente, de id, • Freud, explicou o homem como um “id psíquico, desconhecido e inconsciente, sobre cuja superfície repousa o ego, desenvolvido a partir de seu núcleo, o sistema perceptivo (Pcpt.)”. •EGO não envolve por completo o id mas apenas até o ponto em que o Pcpt. forma a sua superfície; •EGO não se acha nitidamente separado do id, sua parte inferior funde -se com ele; •REPRIMIDO também se funde com o id, e é simplesmente uma parte dele; •REPRIMIDO só se destaca nitidamente do ego p elas resistências da repressão, e pode comunicar-se com o ego através do id; •EGO usa um receptor acústico. Conclusões de Freud O ego é a parte do id que foi modificada pela influência do mundo externo, por intermédio do perceptivo consciente (Pcpt .-Cs.) O ego procura aplicar a influência do mundo externo ao id e às tendências deste, e esforça-se por substituir o princípio do prazer, que reina irrestritamente no id, pelo princípio da realidade O ego representa o que pode ser chamado de razão e senso comum; Além da influência do sistema perceptivo (Pcpt.) parece ter desempenhado papel em ocasionar a formação do ego e sua diferenciação do ID o próprio corpo de onde podem originar-se sensações internas e externas. O ego é, primeiro e acima de tudo, um ego corporal; não é simplesmente uma entidade de superfície, mas é, ele próprio, a projeção de uma superfície Superego Diferenciação dentro do ego ideal do ego ou superego; O superego desenvolve-se a partir do ego, em um período que Freud designa como período de latência, situado entre a infância e o início da adolescência. Nesse período, forma-se nossa personalidade moral e social. O superego atua como um juiz ou um censor relativamente ao ego. Consciência moral, auto-observação, formação de ideais, funções do superego. Constitui-se por interiorização das exigências e das interdições parentais (representado pela autoridade parental que molda o desenvolvimento infantil, alternando as provas de amor com as punições, geradoras de angústia) Num segundo tempo, quando a criança renuncia à satisfação edipiana, as proibições externas são internalizadas. Esse é o momento em que o superego vem substituir a instância parental por intermédio de uma identificação da criança com os pais. O superego não se constrói segundo o modelo dos pais, mas segundo o que é constituído pelo superego deles. O superego estabelece a censura dos impulsos que a sociedade e a cultura proíbem ao id, impedindo o indivíduo de satisfazer plenamente seus instintos e desejos. É o órgão psíquico da repressão, particularmente a repressão sexual. EGO / ID/ SUPEREGO (Anzieu) EGO: “uma parte do id que se diferenciou pela proximidade e influência do mundo externo”. Está adaptado para a recepção e proteção de estímulos externos. Assume a tarefa de representar o mundo externo perante o id. Possui uma parte consciente e uma parte inconsciente (mecanismos de defesa). SUPEREGO: instância responsável pela função da interdição que funda a lei moral Podemos reconhecer três instâncias: Superego propriamente dito: instância proibitiva e repressiva. Ideal do ego: modelo a ser imitado para satisfazer a expectativa dos outros e propiciador de valores capazes de fundar diversas formas de vida em comum para o sujeito. Ego ideal: ideal narcísico de onipotência, forjado a partir do modelo do narcisismo infantil. ( identificação heróica). SUPEREGO Conflitos intra- sistêmicos Ideal do ego x ego ideal: Quando vence o ego ideal: mania; Quando vence o ideal de ego: melancolia Superego x ego ideal: masoquismo Explica as duas faces do mesmo conflito: A) a necessidade de punição B) glorificação do corpo ferido Superego x ideal de ego: sentimentos de culpa e de inferioridade; sentimentos de autoestima e suas vicissitudes. Na gênese da culpabilidade e autopunição, como na neurose obsessiva e na depressão, a pessoa sujeito desempenha papel de Superego e a pessoa objeto, o do ideal do ego Sintoma – Vida erotica o exame psicanalítico relaciona com frequência os sintomas à vida erótica do paciente; mostra-nos que os desejos patogênicos são da natureza dos componentes instintivos eróticos portanto, são as perturbações do erotismo que têm a maior importância entre as influências que levam à doença, tanto num como noutro sexo A maior parte daquilo que é reprimido é de ordem sexual; Porque outras excitações mentais não hão de dar também motivo aos fenômenos da repressão e formação de substitutivos? Freud responde: “não sei. Mas a experiência mostra que elas não têm a mesma importância. Quando muito, reforçam a ação do elemento sexual, mas nunca podem substituí-lo.” Evidências Pelo exame analítico identificava-se o sintoma determinado por acontecimentos traumáticos ocorridos na mais remota infância e ficavam esquecidas . Com a volta das lembranças esquecidas à consciência, o sintoma perdia sentido de existir e desaparecia. Os eventos infantis eram → desejos, de ordem sexual, que haviam sido reprimidos. É a repressão das experiências infantis dos próprios médicos que os impedem de reconhecer a existência da sexualidade na infância. O médico está sujeito aos mesmos princípios de repressão. Nova versão da sexualidade ... A sexualidade não é exclusividade dos adultos. O instinto sexual se nos apresenta muito complexo, podendo ser desmembrado em vários componentes de origem diversa 1. é independente da função procriadora a cujo serviço mais tarde se há de pôr. 2. dá ensejo a diversas espécies de sensações agradáveis que por suas analogias e conexões, englobamos como prazer sexual. ZONA ERÓGENA → lugares do corpo que proporcionam prazer sexual. O prazer sexual infantil envolve além dos órgãos genitais, boca, ânus e outras superfícies sensoriais (pele), são fontes de prazer sexual infantil Atividades instintuais Atividades auto-eróticas → Na primeira fase da vida sexual infantil a satisfação é alcançada no próprio corpo, excluído qualquer objeto estranho Atividades que pressupõe como objeto uma pessoa estranha (um outro). Estes instintos aparecem em dois grupos: ativo e pa ssivo (ex: sadismo -masoquismo) Atividades que já incidem na escolha de objeto, dirigidas à pessoa que tem importância no instinto de auto-conservação (ex. fome, sono,sede) Desenvolvimento da Vida Sexual No início a vida sexual é rica, mas desordenada. Cada impulso isolado busca satisfação de forma independente Vai passar por um processo de condensação e organização em duas principais direções: 1. Todos os impulsos parciais vão se subordinar ao domínio da zona genital, passando a ter importância só como preparo do verdadeiro ato sexual. 2. a escolha de objeto se impõe ao auto -erotismo: os componentes do instinto sexual só querem satisfazer na pessoa amada Nem todos os componentes, porém, tomarão parte ne sta fixação definitiva da vida sexual. Educação Antes da puberdade, pela educação, certos impulsos são submetidos à forte repressão Ao mesmo tempo, surge na vida mental, a vergonha, a repugância, a moral, que funcionam como sentinelas das repressões Estes diques, na puberdade, impedem o reavivamento dos impulsos reprimidos e os conduzem pelos caminhos ditos normais. Repressão Os mais atingidos por esta força (repressão) são os impulsos coprófilos e os da fixação às pessoas da primitiva escolha de objetos, alvos de seu amor. Pode ocorrer que nem todos os impulsos parciais se sujeitem à soberania da organização genital, o que vai gerar uma disponibilidade patoláogica no desenvolvimento sexual. Possíveis consequências da não subordinação dos impulsos sexuais à organização genital Perversão: Impulso parcial que ficou fora da organização, pode substituir a finalidade sexual normal pela sua própria. O auto-erotismo pode não ser totalmente superado. A equivalência primitiva dos sexos como objeto sexual pode conservar-se, daí tendência homossexual. Neurose – Perversão As neuroses são para a perversão, o que o negativo é para o positivo: no neurótico o desejo se expressa pelo sintoma, no perverso o vive através da atividade Escolha de objeto A primitiva escolha de objeto dirige-se primeiro a todas as pessoas que lidam com a criança e logo depois especialmente aos genitores. A criança toma ambos os genitores, e particularmente um deles, como objeto de seus desejos eróticos. O pai, em geral, tem preferência pela filha, a mãe pelo filho: a criança reage desejando o lugar do pai se é menino, o da mãe se se trata da filha. Complexo de Édipo Os sentimentos nascidos destas relações entre pais e filhos e entre um irmão e outros, não são somente de natureza positiva, de ternura, mas também negativos, de hostilidade Esse complexo sofre repressões, mas continua a agir do inconsciente Ao complexo de Édipo, Freud atribui o complexo nuclear de cada neurose “Desenvolvimento Psicossexual” Desenvolvimento psicossexual é o processo evolutivo que organiza a LIBIDO; Simultaneamente → maturação do ego pelo aumento do princípio da realidade e dos processos secundários + aparecimento dos mecanismos de defesa + compreensão das relações interpessoais; O conceito de fase pressupõe a organização da libido em torno de zonas erógenas definidas, dando uma modalidade de relação ao objeto Libido → energia afetiva original que mobiliza o organismo na perseguição de seus objetivos; → energia voltada para a obtenção de prazer → sofrerá progressivas organizações durante o desenvolvimento, cada uma das quais suportada por uma organização biológica emergente no período; → fonte de gratificação sexual em diferentes zonas; Desenvolvimento Psicossexual Este desenvolvimento psicossexual se dá por fases que se organizam pela libido: 1. fase oral, 2. fase anal, 3. fase fálica, 4. período de latência e 5. fase genital Fase oral do nascimento até os 18 meses No recém-nascido, a estrutura biológica sensorial mais desenvolvida é a boca Libido concentra-se na boca e áreas próximas É pela boca que começará a conhecer o mundo É pela boca que fará sua primeira e mais importante descoberta afetiva: o seio Que é o seu primeiro objeto de ligação, depositário de seus amores e ódios O seio já existe para a criança quando ainda não consegue reconhecer o objeto total: a mãe A relação da criança com a mãe está relacionada com a relação estabelecida com o seio A redução da tensão é alcançada pela amamentação, provocando prazer de natureza libidinal Narcisismo primário: não há relação com objetos externos, o mais importante nessa fase é a redução das necessidades do organismo Incorporação: primeira forma de conhecer o mund o Primeiro sub-estágio: oral passivo ou etapa oral de sucção, incorpora o que é dado e visa apreender o mundo (mãe, seio) Segundo sub-estágio: oral ativo ou agressivo, ou oral sádico -canibal, coincide com o início da dentição. Posição ambivalente: amar - incorporação, mastigar-destruição. Fase anal de1 e 3 anos Libido organiza-se sobre a zona erógena anal Início aos dois anos, mais ou menos, a libido passa da área oral para a anal Maturação psicomotora, andar, falar e o controle dos esfíncteres, movimento de pinça com as mãos Dois processos básicos estão se organizando na evolução psicológica: Fantasias da criança sobre seus primeiros produtos e como se relaciona com o mundo através desses produtos (andar, falar e fezes) Duas modalidades de relação serão estabelecidas: projeção e controle Os produtos anais são objetos que vêm de dentro do próprio corpo, são de certa forma parte da criança, geram prazer ao serem produzidos Muitas vezes durante o treino dos esfíncteres, as fezes são dadas como presente aos pais Quando o desenvolvimento é normal, quando a criança ama e sente que é amada pelos pais, cada elemento que ela produz é sentido como bom e valorizado O sentimento básico que fica estabelecido e levará para as etapas posteriores é a de que seus produtos são bons, ou seja, um sentimento geral de adequação Etapas anais: Anal expulsivo: etapa inicial é biologicamente caracterizada pelo domínio da expulsão das fezes, relacionado com os mecanismos psicológicos da projeção Anal retentivo: ligado ao controle dos esfíncteres, relacionado aos mecanismos psicológicos de controle Fase fálica de 3 e 6 anos Por volta dos três anos Libido passa a se localizar na região genital, crianças se interessam pelos genitais e costumam se masturbar neste período Aparece a preocupação com as diferenças sexuais, ma s as pessoas dividem-se em possuidoras ou não do FALO Fantasia masculina é no pênis, a feminina é no clitóris, imaginando que este é um pênis pequeno, que ainda vai se desenvolver Logo a realidade irá mostrar que apenas o homem é possuidor do pênis, ficando a mulher na condição de castrada Esta configuração primitiva do pensamento sexual infantil fornecerá as bases diferenciais das organizações psicológicas masculina e feminina O menino passa pela ansiedade da castração, medo de perder o pênis (falo, poder) e a menina experimenta a inveja do pênis → acontece o Complexo de Édipo O desejo deve ser satisfeito pelo sexo oposto. A criança ama o genitor do sexo oposto, sente que isso é proibido e se sente ameaçada Para resolver o conflito e aliviar a ansiedade, a criança se identifica com o genitor do mesmo sexo, introjetando suas características, o papel social e os valores morais. Período de Latência dos 6 anos até a puberdade Repressão da energia sexual posterior a resolução do Complexo de Édipo. A repressão sexual não pode ser totalmente reprimida ou eliminada porque é constantemente gerada A energia sexual é canalizada para outros fins (sublimação), como o desenvolvimento intelectual e social de criança Período de entrada da criança na escola, o ego concentra-se em atividades intelectuais. Este período não é considerado uma fase porque não há organização em nenhuma zona erógena, não há nova organização de fantasias e nem modalidades de relações objetais Período intermediário entre genitalidade infantil e adulta Fase genital Início da adolescência A libido concentra-se em objetos heterossexuais e não-incestuosos Maturidade genital, intelectual e social Alcançar a fase genital constitui para a psicanálise, atingir o pleno desenvolvimento do adulto normal Fixação em outra fase leva a comportamentos ou traços de personalidade considerados anormais
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