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Aula 1 e 2 Patologia geral I

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PATOLOGIA GERAL
É o estudo do sofrimento e das anormalidades estruturais e funcionais que se expressam como doenças de órgãos ou sistemas; 
PATOGENIA: ciclo de vida do parasita 
 como a doença se desenvolve no 
organismo. Alterações moleculares e celulares que originam anormalidades estruturais e funcionais que caracterizam a doença. É COMO A DOENÇA SE DESENVOLVE. São anormalidades no tecido ou na morfologia de uma célula que expressam algum tipo de manifestação, perceptível ou não. 
Pilares da patologia: 
ALTERAÇÕES nas células, tecidos e órgãos em resposta à lesão. 
As células: 1) sofrem agressão;
2) respondem à agressão;
3) podem ou não se adaptar a esta agressão; 4) tipos de agressão. 
SINAIS E SINTOMAS: a partir deles é possível entender o processo 
 como o paciente se mostra. 
	
Há 2 grupos distintos de agentes agressores: 
A Intrínsecos ao organismo;
B Adquiridos do meio externo. 
	Podem ser únicos ou múltiplos. 
As células ajustam constantemente sua estrutura e função para se adaptarem às demandas de alterações e de estresse extracelular homeostasia. 
As principais respostas adaptativas às alterações são: HIPERTROFIA, HIPERPLASIA, ATROFIA, METAPLASIA. 
As células podem responder frente a uma agressão: 
A. Se adaptando a ela – tipos de adaptação;
B. Morrendo necrose x apoptose 
As células que morrem primeiro são as que têm menos acesso à circulação, ou seja, aquelas que estão menos em contato com o tecido conjuntivo.
LESÃO REVERSÍVEL
CÉLULA NORMAL
 (homeostasia)
		Estímulos nocivos	Leve, transitória
ADAPTAÇÃOEstresse
APOPTOSE
NECROSE
LESÃO IRREVERSÍVEL
LESÃO CELULAR	Incapacidade de se
	 adaptar 
	Morte celular	
ADAPTAÇÕES CELULARES AO ESTRESSE:
HIPERTROFIA: é um aumento do TAMANHO das células que resulta em aumento do tamanho do órgão. NÃO EXISTEM CÉLULAS NOVAS, APENAS CÉLULAS MAIORES, contendo quantidade aumentada de proteínas estruturais e organelas. É diferente da hiperplasia, pois neste caso não há processo mitótico. O estímulo mais comum para desencadear a hipertrofia é o aumento da carga. 
A hipertrofia pode ser fisiológica ou patológica e é causada pelo aumento da demanda funcional ou por fatores de crescimento ou estimulação hormonal específica. Ex: hipertrofia cardíaca (espessura aumenta e dificulta a ejeção de sangue) = no átrio direito há sobrecarga do volume de sangue, há sobrecarga no pulmão. AD = muito volume, há uma congestão hepática. Perfusão renal também começa a cair. Causa mais comum = HAS. Infarto = morte do tecido. Células cardíacas não se regeneram (ocorre fibrose, que é uma cicatrização, perdendo a função de contração). 
Etapas da hipertrofia: 
1. Ação de fatores mecânicos que induzem fatores de crescimento como o estiramento.
2. Ativação das vias de transdução indução de vários genes, os quais, em torno, estimulam a síntese de numerosas proteínas celulares, incluindo fatores de crescimento e proteínas estruturais. 
3. Ativação de fatores de transcrição.
Exemplos: útero na gravidez hipertrofia e hiperplasia. Já é bem diferente das células musculares estriadas da musculatura esquelética e do coração, pois podem sofrer apenas hipertrofia em resposta ao aumento da demanda porque, no adulto, elas possuem capacidades limitada de divisão. Um exemplo de hipertrofia celular patológica é o aumento cardíaco que ocorre com hipertensão ou doença de valva aórtica. 
HIPERPLASIA: é o aumento do número de células de um órgão ou tecido, geralmente resultando no aumento do seu volume. Na hiperplasia, as células realizam número maior de mitose, podendo ser fisiológica ou patológica, estimulada por fatores de crescimento. 
Para haver hiperplasia o tecido deve ser capaz de realizar mitose. Células miocárdicas não se regeneram, ou seja, não existe hiperplasia cardíaca. Elas apenas cicatrizam. 
Tecidos que fazem hiperplasia conseguem fazer hipertrofia, mas tecidos que não realizam hiperplasia também conseguem fazer hipertrofia. 
Mecanismos de hiperplasia: causada pela ação de fatores de crescimento e/ou ativação de determinadas vias de sinalização celular. Essas alterações ativam genes, incluindo os que codificam fatores de crescimento reguladores do ciclo celular, resultando na proliferação. 
O aumento do volume tecidual após alguns tipos de perda celular ocorre tanto através da proliferação das células remanescentes como também pelo desenvolvimento de novas células a partir de células tronco. 
A hiperplasia pode ser fisiológica ou patológica estimuladas por fatores de crescimento.
HIPERPLASIA FISIOLÓGICA: hormonal e compensatória. 
Hormonal: aumento da capacidade funcional do tecido. Ex: proliferação do epitélio glandular da mama feminina durante a gravidez. 
Compensatória: cresce o resíduo tecidual após a remoção ou perda da porção de um órgão. Ex: remoção parcial do fígado, em que a atividade mitótica das células restantes inicia-se 12 h depois, restaurando o fígado ao seu peso normal. 
HIPERPLASIA PATOLÓGICA: causada por estimulação excessiva hormonal ou por fatores de crescimento. Do tipo inflamatória resposta a um agente infeccioso. 
AULA 2
ATROFIA: é a diminuição do tamanho da célula, pela perda de substância celular. Diminuição adquirida do volume de um órgão ou tecido normalmente desenvolvido, através de redução no número, ou no volume das células, ou ambos. As causas da atrofia incluem a diminuição da carga de trabalho. 
ATROFIAS FISIOLÓGICAS: redução do volume de órgãos pelo processo normal de envelhecimento. Ex: timo e órgãos linfóides na puberdade; útero e mamas na menopausa ou reversão do útero gravídico. 
ATROFIAS PATOLÓGICAS: redução do volume de órgãos além do limite normal de variabilidade. 
Atrofia por inanição: ex: no jejum prolongado ou na desnutrição crônica (grávidas com dieta inadequada podem ter filhos com problemas de desenvolvimento neuropsicomotor), o primeiro tecido a atrofiar-se é o adiposo. Segue-se musculatura esquelética, tecido linfóide, pele, glândulas. Os mais resistentes são os pulmões, coração e cérebro. 
Atrofia por desuso: ex: musculatura esquelética imobilizada por gesso ou em pacientes acamados por longos períodos. Por isso é importante a fisioterapia para manter atividade muscular. 
Atrofia por diminuição da circulação local: ex: atrofia renal por redução da luz da artéria renal por uma placa de ateroma (ex: obstrução numa artéria renal, não tem nutrição suficiente, o órgão se adapta, atrofiando). Atrofia cerebral senil na aterosclerose = vai bloqueando diminuído aporte sanguíneo para o cérebro. 
Atrofia endócrina: falta de fatores hormonais estimulantes. Ex: atrofia da tireóide, supra-renais e gônadas após lesões da hipófise secundárias a tumores. Pode ser fisiológica ou de anomalia (menopausa precoce por histerectomia aos 30 anos). 
Atrofia por compressão: ex: tumores, cistos, aneurismas comprimem a microcirculação de um órgão, diminuindo a oxigenação e nutrição celulares. Comum em osteosarcomas.
METAPLASIA: é uma adaptação. Processo de alteração reversível onde uma célula adulta (modificada) imita outro tipo de célula adulta = é a mesma célula. Ocorre quando células adultas que são sensíveis ao estímulo nocivo são substituídas por outras mais capazes de sobreviver a um ambiente adverso = busca resistência maior. 
Alteração do fenótipo em células diferenciadas, sempre em resposta a irritação crônica que torna as células mais capazes de suportar o estresse; geralmente induzida por via de diferenciação alterada. 
Metaplasia
 
é uma alteração reversível quando uma
 
célula
 
adulta, seja epitelial ou mesenquimal, é substituída por outra de outro tipo celular.
Pode ser interpretado como uma tentativa do organismo de substituir um tipo celular exposto a um
 
estresse
 
a um tipo celular mais apto a suportá-lo. Por exemplo, uma forma comum de metaplasia, o
 
epitélio
 
pseudo-estratificado colunar ciliar, com células caliciformes, do trato respiratório, submetido cronicamente a irritação pela fumaça do cigarro, passa a serdo estratificado pavimentoso. Deficiência de
 
vitamina A
, doença do
 
refluxo gastresofágico
, litíases, entre outros fatores, também podem levar à metaplasia.
Embora a metaplasia leve ao surgimento de um epitélio mais apto ao ambiente hostil geralmente isto se dá 
à custa
 de perdas. No caso do trato respiratório, o epitélio substituto (metaplásico) é desprovido da capacidade de secreção de muco e da ação ciliar. Portanto, a metaplasia representa geralmente uma mudança indesejada.
Além disso, o mesmo estímulo, hostil, que gerou a metaplasia, se persistir, pode induzir a transformação
 
neoplásica
. Dessa forma, temos o
 
carcinoma de células escamosas
 
no trato respiratório e o
 
adenocarcinoma
 
no
 
esôfago de Barret
.
Normal metaplasia displasia neoplasia.
Ex: colo uterino = Epitélio estratificado tem camadas (ectocérvice) É O QUE SAI NO PAPANICOLAU = tem maior resistência para suportar agressões físicas e de ph, por estar em contato com o canal vaginal. 
Endocérvice lado de dentro do útero (tem glândulas): epitélio cilíndrico. 
Cisto de Naboth cisto de retenção de muco = não pra fazer ducto porque a estrutura estratificada não comporta. Não joga pra fora porque está tendo processo metaplásico = encontra epitélio que não deveria estar lá a célula precisa se adaptar e imita epitélio estratificado para ser mais resistente = não é bem organizado. Inflamação do colo uterino = endocervicite. 
Metaplasia grave: epitélio pavimentoso estratificado para epitélio colunado. 
DISPLASIA: desenvolvimento anormal dos tecidos, dividido conforme a gravidade em leve, moderado ou grave, e que envolve problemas de multiplicação e anomalias. (há transformação metaplásica para epitélio colunar do tipo gástrico ou intestinal). Maturação anormal. 
A metaplasia é uma mudança indesejável do organismo. 
A mais comum é a do epitélio colunar para o escamoso (ex: trato respiratório, endocérvice). 
Pode ocorrer também a transição do epitélio escamoso para o colunar (ex: esôfago). 
Esôfago de Barret é uma metaplasia. 
DISTÚRBIOS HEMODINÂMICOS
Lesão celular reversível: 
Tumefação celular (aumento do volume da célula) por acúmulo de água dentro da célula = degeneração hidrópica = desequilíbrio é o acúmulo de água no meio intracelular (hiper-hidratação celular), consequência de desequilíbrios no controle do gradiente osmótico no nível da membrana citoplasmática e nos mecanismos de absorção, eliminação de água e eletrólitos intracelulares. EDEMA É EXTRAVASAMENTO DE LÍQUIDO PARA O TECIDO/INTERSTÍCIO = extracelular. Espongiose a água se acumula entre as células =espessamento intercelular de células epidérmicas
Degeneração gordurosa 
A tumefação celular aparece sempre que as células são incapazes de manter a homeostase iônica e hídrica = é resultado da falência das bombas de íons dependentes de energia na membrana plasmática, levando a uma incapacidade de manter homeostasia iônica e líquida. 
A degeneração gordurosa ocorre na lesão hipóxica e em várias formas de lesão metabólica ou tóxica e manifesta-se pelo surgimento de vacúolos lipídicos, grandes ou pequenos, no citoplasma.

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