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A Civilização Romana

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Localização Geográfica
Roma localiza-se na região central da península Itálica, às margens do rio Tibre.
Entrando pelo mar Mediterrâneo, a península Itálica situa-se entre a península Balcânica, à direita, e a península Ibérica, à esquerda.
Extenso mais de 10.000 km de fronteiras;
Apresenta a costa leste banhada pelo mar Adriático e costa oeste banhada pelo mar Tirreno. Ao sul, localiza-se o mar Jônio.
O Relevo da península Itálica é constituído ao norte pela cordilheira dos Alpes, cuja altitude vai diminuindo em direção ao sul, até a planície do rio Pó. Daí até o extremo sul, na direção norte-sul, estende-se a região montanhosa dos Apeninos, que separa as duas planícies litorâneas paralelas.
Toda essa região, extremamente fértil, sempre permitiu à população local, principalmente das planícies, produzirem em seu próprio alimento. Essa era uma condição indispensável para a sobrevivência dos povos que habitavam o território, pois as montanhas de um lado e o mar de outro provocavam um relativo isolamento de toda a Itália.
Na região do Lácio, estes povos desenvolveram uma economia baseada na agricultura e na pastoreia. Roma converteu-se numa verdadeira cidade, rica em grandes obras públicas, tais como: obras de saneamento, construções de templos e de reunião… Com a deposição do último rei, Tarquínio o Soberbo, foi então instaurado o regime republicano.
O Nascimento de Roma
Três povos marcaram a civilização romana no seu inicio:
Etrusco: um povo originário da Etruria ou Lácio (região da Itália situada na Toscana);
Gregos;
Cartagineses: descendentes dos colonizadores fenícios da colônia de Cartago;
O nascimento de Roma situa-se (segundo a Lenda) entre 753 – 750 a.C.. teriam, no sec.VIII a.C.. 
Roma seria apenas uma aldeia de pastores, mas os Romanos atribuíram a fundação da sua cidade a Rômulo e Remo, dois Gêmeos filhos do deus Marte.
Formação e Expansão do Império Romano
Após dominar toda a península itálica, os romanos partiram para as conquistas de outros territórios. Com um exército bem preparado e muitos recursos, venceram os cartagineses, liderados pelo general Anibal, nas Guerras Púnicas (século III a.C). 
Esta vitória foi muito importante, pois garantiu a supremacia romana no Mar Mediterrâneo. Os romanos passaram a chamar o Mediterrâneo de Mare Nostrum.
Após dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas, dominando a Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e a Palestina.
 
Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram por significativas mudanças. O império romano passou a ser muito mais comercial do que agrário. Povos conquistados foram escravizados ou passaram a pagar impostos para o império. As províncias (regiões controladas por Roma) renderam grandes recursos para Roma. A capital do Império Romano enriqueceu e a vida dos romanos mudou.
Fatores de União do Império
Língua oficial (Latim);
Lei (Direito Romano);
Chefe Político (Imperador);
Exércitos (Legiões);
Organização Urbana;
Cultura;
Comunidade de cidadãos com igualdade de direitos (após 212 com Caracala);
Religião (politeísmo, culto ao imperador e mais tarde o cristianismo);
República Romana (509 a.C. a 27 a.C)
Durante o período republicano, o senado Romano ganhou grande poder político. Os senadores, de origem patrícia, cuidavam das finanças públicas, da administração e da política externa. As atividades executivas eram exercidas pelos cônsules e pelos tribunos da plebe. 
A criação dos tribunos da plebe está ligada às lutas dos plebeus por uma maior participação política e melhores condições de vida.  
Em 367 a.C, foi aprovada a Lei Licínia, que garantia a participação dos plebeus no Consulado (dois cônsules eram eleitos: um patrício e um plebeu). Esta lei também acabou com a escravidão por dívidas (válida somente para cidadãos romanos).
 
Transportes e Comunicações
 Os navios à vela romanos navegavam por todo o Mediterrâneo e pelos principais rios, como o Guadalquivir, Ebro, Ródano, Tibre, Reno e Nilo, entre outros. O transporte por via aquática era preferido sempre que possível e mover bens por terra era mais complicado.
Os vestígios existentes de veículos, rodas e navios indicam a existência de um elevado número de marceneiros. 
Os transportes terrestres faziam uso do avançado sistema de estradas romanas. Os impostos em espécie pagos pela população incluíam o aprovisionamento de pessoal, animais e veículos para o cursus publicus, o serviço de correio e de transporte criado por Augusto no início da era imperial. 
Ao longo das estradas, a cada sete a doze milhas (10 a 18 km) havia postos de muda, para troca de animais e descanso, que com o tempo tendiam a tornar-se uma povoação ou centro de comércio. 
As mansões (mansiones; sing. mansio) eram postos de muda cuja gestão era concessionada pela burocracia imperial a privados para servir o cursus publicus. O pessoal de suporte desses locais incluíam muleteiros, carroceiros, ferreiros, um veterinário, funcionários administrativos e de correios, além de alguns polícias militares. 
A distância entre as mansões era determinada pela distância que as carroças percorriam num dia. As carroças, puxadas, sobretudo, por mulas, deslocavam-se a aproximadamente 6,5 km por hora. Um exemplo da velocidade de comunicação é o tempo que demorava um mensageiro a viajar entre Roma e Moguntiaco (atual Mogúncia), na Germânia Superior: no mínimo nove dias, mesmo em situações de urgência.
 Além das mansões, ao longo das estradas havia estalagens onde se podia pernoitar e se servia comida e bebida. Um relevo funerário encontrado em Isérnia mostra a conta de uma estadia onde são apresentados os preços cobrados pelo vinho, pão, ração da mula e serviços de uma prostituta. 
Comércio e Mercadorias
As províncias romanas mantinham relações comerciais entre elas, mas o comércio estendia-se para lá das fronteiras, até regiões tão longínquas como a China ou a Índia. 
O comércio com a China era principalmente terrestre, através de intermediários ao longo da Rota da Seda. 
O comércio com a Índia, por sua vez, era feito, sobretudo, por via marítima, através dos portos egípcios do mar Vermelho.
A principal mercadoria era cereal; outros bens transacionados eram azeite, vários produtos alimentares, nomeadamente o garum (molho de peixe), escravos, minérios e objetos metálicos maufaturados, fibras e têxteis, madeira, cerâmica, vidro, mármore, papiro, especiarias e materia medica (medicamentos e substâncias farmacêuticas), marfim, pérolas e gemas.
Outra mercadoria de primeira importância era o vinho, pois apesar da maior parte das províncias produzirem vinho, havia procura por variedades só produzidas em regiões específicas. Era raro escassear o vinho corrente. 
Os principais abastecedores de vinho da capital imperial eram a costa ocidental de Itália, o sul da Gália, a Hispânia Tarraconense (norte e nordeste da península Ibérica) e Creta. Alexandria, a segunda maior cidade romana, importava vinho de Laodiceia da Síria e do Egeu. 
Principais Imperadores Romanos 
Augusto (27 a.C. - 14 d.C), Tibério (14-37), Calígula (37-41), Nero (54-68), Marco Aurélio (161-180), Comodus (180-192).
Poderes do Imperador
Octávio César Augusto (63 a.C. – 14 d.C.) – sucessor de Júlio Cesar, constrói a Época de Ouro da Civilização Romana: ´´Século de Augusto´´.
Tinha todos os poderes:
Comandante do exército (estabeleceu ordem);
Pontifex maximus – supremo sacerdote;
Principal responsável pela administração pública, finanças e política externa;
Cunhagem de Moeda;
Apazigou conflitos sociais;
Poder de veto – Alterar as decisões do Senado;
Considerado figura sagrada, adorado por todos os romanos, contribuiu para a manutenção e união do Império.
As Conquistas Romanas
Motivos da Expansão Romana: 
Procura de segurança face a vizinhos mais poderosos (1 fase);
Procura de novas zonas agrícolas;
Procura de novos mercados;
Necessidades de mão-de-obraescrava;
Desejo de Prestígio;
Ambição dos Generais Romanos que queriam glória e riqueza.
Sociedade Romana
Com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos, indo para as cidades na procura de emprego e melhores condições de vida. 
Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo. Esta consistia em oferecer aos romanos alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios (o mais famoso foi o Coliseu de Roma), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava por esquecer os seus problemas e assim diminuía a possibilidade de revoltas.
Luta de Gladiadores: Pão e Circo
	
	.
O Senado
Fulcral na vida política romana
Inicialmente com funções consultivas, foi ganhando espaço e dominou assuntos da vida pública com caráter deliberativo e normativo (decisões de guerra e paz, administração de finanças, ordem pública, etc.)
A Civilização Romana
A sociedade, nesta época, era formada por patrícios (nobres proprietários de terras), plebeus (comerciantes, artesãos e pequenos proprietários), clientes (homens livres que se associavam aos patrícios, prestando-lhes diversos serviços pessoais em troca de auxílio econômico e proteção social) e escravos 
Segundo se crê, com a expulsão dos Etruscos, implantou-se a República. Durante o período republicano, Roma iniciou o seu movimento de conquista de outras terras.
Grupos Socias Romanos
Sociedade Estratificada e Hierarquia:
Posição social era determinada pela origem da familia e pela fortuna;
Havia mobilidade social, conforme se enriquecia ou empoprecia.
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A sociedade, formada por patrícios (nobres proprietários de terras), plebeus, clientes (homens livres que se associavam aos patrícios, prestando-lhes diversos serviços pessoais em troca de auxilio econômico e proteção social) e escravos.
	
	
Vida Social
OS Ricos
Freqüentavam as termas (centro da vida social, local de encontro e lazer); estas possuíam varias piscina com água a diferentes temperaturas, salas para praticas de exercício físico, leitura ou massagens;
Abertas pela manha para as mulheres e a tarde para os homens.
Os Pobres
Também podiam freqüentar as termas;
Os escravos podiam ir para ajudar os seus senhores.
Residências / Moradias
Os Ricos
Viviam nas cidades, habitavam nas Domus, casas grandes e confortáveis. Os que viviam no campo, possuíam, grandes casas com termas, jardins e mesmo teatros privados. A estas casas chamamos villae. Domus Villae
Os Pobres 
Viviam em prédios de apartam,entos de vários anadres, paredes feitas de madeira, sem condições as - Insullae;
Nestes prédios viviam várias familias, não tinham agua, esgoto, cozinha ou casa.
Lazer / Social
Os Ricos
Assistiam a espetáculos – teatro, Circo (onde assistiam por corridas puxadas por cavalos, lutas jogos), anfiteatro (lutas de gladiadores
Os pobres
Trabalhavam de manhã à noite;
Assistiam a espetáculos nos anfiteatros e no circo;
Alimentação
Os Ricos
Alimentavam-se com iguarias vindas de todas as partes do império: carne, peixe, vinho de varias qualidades;
Realizavam ou participavam em grandes banquetes – onde chegavam a apresentar dezenas de pratos.
Os Pobres
Refeições simples composta por pão, feijão, algum peixe ou carne e fruta;
Desempregados recebiam cereais, azeite e vinho do imperador e de famílias ricas.
Religião Romana 
A Religião Romana Antes do aparecimento de Cristo e da oficialização do Cristianismo, a religião romana era politeísta, ou seja, adoravam um grande número de deuses. Outra influência da Grécia verifica-se a este nível.
Os politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. A grande parte dos deuses romanos foram retirados do panteão grego, porém os nomes originais foram mudados. Muitos deuses de regiões conquistadas também foram incorporados aos cultos romanos. 
Os deuses eram antropomórficos, ou seja, possuíam características (qualidades e defeitos) de seres humanos, além de serem representados em forma humana.
Principais deuses romanos: Júpiter, Juno, Apolo, Marte, Diana, Vênus, Ceres e Baco
A partir de Octávio César Augusto (o Divino), é criado também o culto ao Imperador. 
Os sacrifícios que ofereciam aos deuses demonstram mais uma vez a utilidade das suas ações. Ao fazê-los, esperavam em contrapartida o favor dos deuses. 
Os deuses romanos primitivos eram: * os Lares - deuses da família, * os Manes - as almas dos antepassados, * os Penates - deuses das refeições.
O culto era assegurado por sacerdotes e sacerdotisas: os Áugures (intérpretes da vontade dos deuses), as Vestais (mantinham a chama sagrada acesa) e os Pontífices (fixavam os ritos e os calendários dos dias nefastos - desfavoráveis aos deuses).
JÚPITER JÚPITER e JUNO DEMÉTER VÊNUS e MARTE BACO Deus Grego Deus Romano Função ou Característica Zeus Júpiter Pai dos deuses e dos homens, principal deus do Olímpio. Cronos Saturno Deus do tempo, pai de Zeus. Pertencia à raça dos titãs. Hera Juno Rainha dos deuses, esposa de Zeus. Hefesto Vulcano Artista do Olímpio fazia, os raios que Zeus lançava sobre os mortais. Filho de Zeus e Hera. Poseidon Netuno Senhor do oceano, irmão de Zeus. Hades Plutão Senhor do reino dos mortos, irmão de Zeus. Ares Marte Deus da guerra, filho de Zeus e Hera. Apolo Apolo Deus do sol, da arte de atirar com o arco, da música e da profecia. Filho de Zeus e Latona. Ártemis Diana Deusa da caça e da lua, irmã de Apolo. Afrodite Vênus Deusa da beleza e do amor nasceu das espumas do mar. Eros Cupido Deus do amor, filho de Vênus. Palas Atena Minerva Deusa da sabedoria nasceu da cabeça de Zeus. Hermes Mercúrio Deus da destreza e da habilidade. Filho e mensageiro de Zeus. Deméter Ceres Deusa da agricultura, filha de Cronos e Ops. Dioniso Baco Deus das festas, do vinho
Crise e decadência do Império Romano
Por volta do século III, o império romano passava por uma enorme crise econômica e política. A corrupção dentro do governo e os gastos com luxo retiraram recursos para o investimento no exército romano. Com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos, provocando uma queda na produção agrícola. Na mesma proporção, caia o pagamento de tributos originados das províncias.
Em crise e com o exército enfraquecido, as fronteiras ficavam a cada dia mais desprotegidas. Muitos soldados, sem receber salário, deixavam suas obrigações militares. 
 Os povos germânicos, tratados como bárbaros pelos romanos, estavam forçando a penetração pelas fronteiras do norte do império. No ano de 395, o imperador Teodósio resolve dividir o império em: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma e Império Romano do Oriente (Império Bizantino), com capital em Constantinopla.
Em 476, chega ao fim o Império Romano do Ocidente, após a invasão de diversos povos bárbaros, entre eles, visigodos, vândalos, burgúndios, suevos, saxões, ostrogodos, hunos etc. Era o fim da Antiguidade e início de uma nova época chamada de Idade Média
Cultura Romana
A cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos "copiaram" muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega. 
Muitos aspectos culturais, científicos, artísticos e linguísticos romanos chegaram até os dias de hoje, enriquecendo a cultura ocidental. Podemos destacar como exemplos deste legado: o Direito Romano, técnicas de arquitetura, língua romana era o latim, que depois de um tempo espalhou-se pelos quatro cantos do império, dando origem na Idade Média, ao português, francês, italiano e espanhol.
A mitologia romana representava formas de explicação da realidade que os romanos não conseguiam explicar de forma científica. Trata também da origem de seu povo e da cidade que deu origem ao império. Entre os principais mitos romanos,podemos destacar: Rômulo e Remo e O rapto de Proserpina.
A Vida Cultural Romana, tal como todas as realizações romanas, teve sempre um sentido prático, realista, virado para o concreto. Não significa que os Romanos desprezassem as coisas do espírito, pelo contrário, cultivaram as artes e as letras com entusiasmo. No entanto, também aqui se reflete este espírito prático: por exemplo, a História não serviu apenas para relatar os fatos passados mas, será para os Romanos uma lição e uma forma de passar aos outros a grandeza da sua pátria. De fato, ao contrário dos Gregos para quem todas as coisas tinham que ser belas, os Romanos sentiam que todas as coisas tinham que ser úteis.
Os romanos trouxeram muitas inovações que foram alterando o modo de vida dos povos peninsulares:
Novas culturas como a vinha e a oliveira;
Exploração de minas
Desenvolvimento de indústrias: como a salgada de peixes, olaria e tecelagem;
Novos materiais de construção: telha, os tijolos e os mosaicos;
Novos utensílios: ânforas, talhas, cadeiras e jóias;
O uso generalizado da Moeda: para o comercio;
Uma rede de estradas e pontes: para unir as diversas cidades a Roma e facilitar a circulação do exército e das mercadorias;
Novas cidades: com teatros, templos, balneários públicos com água quente (termas)
Direito
O Direito foi também um aspecto importante na civilização romana pois, para administrar um território tão grande, era necessário um conjunto de regras bem elaboradas. Criam-se códigos relacionados com todos os aspectos do quotidiano e da vida política, ligados ao direito:
Privado: as leis sobre os casamentos, divórcios, contratos e testamentos;
Público: as leis ligadas à organização e funcionamento do estado;
Internacional: as leis que estabeleciam as relações entre os vários povos do Império
XII Tábua Primeiro Código de Leis
Os Romanos inventaram o Direito: conjunto de Leis ou Normas que regulam as instituições entre os cidadãos e entre os cidadãos e o estado;
Como Império era extenso e muito diferente entre si tornou-se necessário dotá-lo de leis iguais para todos;
Tribunal de Asterix
A Literatura
Os Romanos desenvolveram:
Poesia: Virgilio, Ovídio, Horácio;
Comédia: Plauto
Historia: Tucídides, Tito Lívio e Cícero (enaltecer os efeitos dos romanos);
Oratória: Arte de falar em publico (Cícero)
Muitas vezes, estes autores e outros artistas obtinham a proteção de homens ricos e poderosos, que lhes concediam patrocínios – eram os Mecenas.
Urbanismo
Os Romanos inventaram e desenvolveram o urbanismo;
Urbanismo – Planejado do espaço urbano de acordo com as necessidades de seus habitantes;
Cidades Romanas obedeciam a um traçado de ruas rigoroso e perpendicullar
As cidades organizavam-se de for idêntica em todo o império, o que contribuiu para a uniformização progressiva dos hábitos de vida no mundo romano;
Principais Contruções Romanas
Fórum: era o centro da cidade, onde se encontravam os edificios públicos
Templos, teatro, anfiteatro, circo, esgotos, hipódromo, bibliotecas, termas, Arco de Triunfo, Colunas Comemorativas;
Aqueduto
Para proporcionar água destinada ao consumo à limpeza a cidade de Roma era provida de 14 grandes aquedutos que traziam águas de fontes distantes através de condutos subterrâneos ou suspensos.
No inicio da era cristã, eles proporcionavam a cidade cerca de 200 milhões de litros de água por dia.
Todos os cuidados com água, esgoto, asseio pessoal e limpeza da cidade certamente contribuíam muito para preservar os romanos de doenças.
Sistema de Esgotos e Água 
Guiados pelo bom senso, os romanos deram grande importância aos cuidados sanitários e de higiene. Havia um Sistema de Esgotos na cidade de Roma que não foi ultrapassado por qualquer sistema semelhante no mundo todo, até sec. XIX.
Para os Cuidados Sanitários, as casa luxuosas dispunham de banhos privados, com águas canalizadas, mas os pobres tinham de utilizar as latrinas e termas públicas, como banho de Caralla, capazes de acomodar mil e seiscentas pessoas de cada vez, ou de Diocleciano, com três mil quartos de banho. Isso mostra que o asseio era uma pratica generalizada, em Roma.
Em 33 a.C., já existiam 170 banhos públicos em Roma.
Arquitetura
A Arquitetura Romana foi influenciada pela grega. 
As grandes construções belas da Grécia deram lugar a grandes construções com fins úteis na Roma Antiga. 
Assim, as principais características da arquitetura são: 
Funcionalidade (caráter prático e utilitário);
A monumental idade e grandeza das construções;
A solidez e durabilidade; 
A utilização de elementos de origem grega (as colunas, os frisos, os frontões…);
A utilização do arco de volta perfeita;
Abóbada de berço;
Cúpulas.
Escultura 
Características:
Realismo;
Retrato;
Estátuas Eqüestres: movimento, rigor anatômico;
Utilização do Relevo: como forma de glorificar os feitos do Imperador.
Estátua Imperador César Augusto (Rigor Anatômico e Idealismo)
Pintura
Características:
Pintura em mural, a fresco nas paredes interiores;
Representação de Cenas Quotidianas;
Representação de Cenas Mitológicas.
Mosaico
Mosaico feito de cobertura;
Cenas da vida quotidiana, mitologia.
A Gastronomia
Consistia somente em vegetais e frutas. Os romanos gostavam de alho, cebola, nabo, figo, romãs, laranjas, peras, maçãs e uvas. O prato típico era mingau de água com cevada. Uma versão mais sofisticada levava vinho e miolos de animais. Somente ricos comiam carne, geralmente de carneiro, burro, porco[1], ganso, pato ou pombo. Alimentavam os porcos com figos para que sua carne ficasse perfumada e criavam os gansos de maneira especial para com eles preparar patês. Faziam o mesmo com os frangos, alimentando-os com anis e outras especiarias. A maior parte da alimentação era produzida localmente com exceção do cereais provenientes do Egito, da pimenta da Índia e de tâmaras do Norte da África.
Jentaculum
Os Romanos realizavam a primeira refeição do dia - o jentaculum - pouco tempo depois de se levantarem. Esta refeição era composta por pão, queijo, ovos e leite. O pão poderia ser embebido em vinho aquecido ou então regado com azeite e esfregado em alho. Quanto ao leite, o mais consumido era o de cabra ou de ovelha.
Durante a era do Império e por influência de alguns médicos, propagou-se o hábito de apenas tomar água de manhã.
Prandium
Por volta do meio-dia tomava-se, geralmente em pé (sine mesa), o prandium. Poderia incluir restos da comida do dia anterior, carnes frias, frutas e queijo. Não se tomava vinho durante essa refeição, pois ela era consumida no período em que eles estavam no trabalho.
Cena
A cena era a principal refeição do dia e iniciava-se à décima hora, o que corresponde às quatro horas da tarde (os Romanos contavam as horas a partir do nascimento do sol), prolongando-se até de noite.
A cena dividia-se em três partes: gustatio (ou gustus ou promulsio), prima mensa e secunda mensa. 
O gustatio era composto por uma série de aperitivos: comiam-se cogumelos, saladas, rábanos, couve, ovos (sendo inclusive aproveitado a sua casca e tendo como proveniência principal o ganso) e ostras. 
Para beber, tomava-se o mulsum (daí esta parte da cena ser também chamada promulsio), que servia para abrir o apetite e ao qual se atribuía a capacidade de prolongar a vida.
A prima mensa era composta por vegetais e carnes e a secunda mensa consistia na sobremesa, na qual se serviam frutas ou bolos.
Alimentos
Com exceção dos alimentos do continente americano (tomate, milho, batata, chocolate...) e de outros como o feijão, a massa, a carne de vaca (animal que era utilizado em trabalhos agrícolas e sacrifícios) os Romanos empregavam na sua alimentação alguns dos mesmos alimentos que se usam hoje em dia.
A puls, uma papa de cereais, era o alimento base dos antigos Romanos. Os cereais utilizados para elaborar a puls eram o trigo ou a espelta, que era torrados, moídos e cozidos,primeiro em água e depois em leite. Existiam algumas variantes da puls: a puls fabata (feita como favas) e a puls punica (que continha queijo, mel e uma gema de ovo).
Pão
Na Roma Antiga produzia-se uma extensa variedade de pães. Fabricar o pão era de início uma tarefa feminina, até que a partir do século III a.C. surgem os padeiros (pistores) que vendem o pão nas padarias (pistrinae).
Existiam basicamente três qualidades de pão, o panis mundus, o panis secundarius e o panis sordidus. O panis mundus era o pão de primeira qualidade, enquanto que o panis secundarius era um pão feito com farinha de segunda, possuindo mais farelo; este último tipo de pão teria sido o favorito do imperador Augusto. Quanto ao panis sordidus era o pão de mais baixa qualidade, consumido pelos pobres.
Com o propósito de melhorarem o sabor do pão já cozido, os Romanos cobriam a côdea com ovo e salpicavam-no com sementes de plantas aromáticas (funcho, anis, dormideira). O pão era acompanhado por figos (frescos ou secos), que não se comiam separados.
Carne e peixe
Consumiam-se praticamente todos os tipos de carne animal: porco, javali (aper), lebre (lepus), coelho (cuniculus), galinha e borrego. Um petisco particularmente apreciado eram as línguas de rouxinol e flamingo.
A carne bovina era pouco consumida por diversos motivos, entre os quais os religiosos: aquele que matasse um bovino sujeitava-se a ser castigado com a morte ou o exílio. Para, além disso, os bovinos eram vistos mais como animais de tradição do que de consumo.
No que diz respeito ao peixe, conheciam-se aproximadamente 150 espécies comestíveis. Também se consumiam moluscos[1] e mariscos.
Garum
O garum ou liquamen era uma espécie de molho obtido a partir da maceração pelo sol (durante cerca de dois meses) do intestino de peixes, de preferência atum e cavala. Era usado em praticamente todos os pratos, inclusive nos doces.
O garum mais famoso era o fabricado em Cádis, localidade hoje situada no sul de Espanha. O maior centro produtor de garum de todo o Império Romano localizava-se no atual território de Portugal, em Tróia, no Sado. Também havia importantes núcleos industriais de preparados piscícolas no Algarve e no vale do Tejo, nomeadamente na Crimeia.
O garum encontra-se amplamente referido nas fontes literárias, segundo as quais teria um cheiro desagradável. Considerava-se que o melhor tinha uma cor semelhante à do vinho de Falernum.
Este produto não possui qualquer equivalente na moderna cozinha européia. Julga-se que os molhos de peixe da culinária do Vietname e do sudeste asiático possam ser aquilo que mais se assemelha ao antigo garum.
Condimentos
A culinária da Roma Antiga fazia um uso generoso dos condimentos. Os principais condimentos utilizados na preparação das refeições eram a pimenta, os cominhos, orégão, salsa e até mesmo o mel.
Vinhos e outras bebidas
O vinho (uinum) acompanhava os pratos e era bebido diluído com água do mar ou água morna. Para que os vinhos se conservassem era necessário que fossem misturados com resina, pelo que depois tinham que ser filtrados no sacculus linteus (um tecido de linho) ou no colum uinarum (um utensílio de metal perfurado com pequenos orifícios). Em ambos os casos colocava-se gelo ou neve no fundo, que tinha como função purificar e refrescar o vinho.
Para além dos vinhos gregos, apreciavam-se os vinhos produzidos na península Itálica, como o vinho de Falernum (da Campânia) e o Caecubum (do Lácio).
Outras bebidas consumidas pelos Romanos eram a posca (feita com água e vinagre, sendo muito consumida pelos pobres e pelos soldados), zythum (uma cerveja de cevada ou trigo), o hydromel, camum (bebida fermentada de cevada) e cydoneum (bebida feita com marmelo).
 
Bibliografia:
Peter Garnsey, Food and Society in Classical Antiquity (Cambridge University Press, 1999), p. 136 online; Sara Elise Phang, Roman Mitary Service: Ideologies of Discipline in the Late Republic and Early Principate (Cambridge University Press, 2008), pp 263-264.
The Oxford companiom to Civilizatio (ed. Hornblower e Spawforth), pp 696- 697;
Historia Natural, vol 4, 5, Salvat, 2005;
Historia da Arte, H. W. Janson, 3 ed., Fundação Calouste Gulbenkian, 1997;
Ali Fakhri, Toque da Grécia – Cozinha do Sol, Ed. Record, 2007.
Instituto Federal Santa Catarina
Campus – Continente
Matéria: História Gastronomia			Prof.: Dr. Luciano de Azambuja
Curso: Téc. em Cozinha - 2017/01		Data: 01/04/2017
Aluno: William Freman B. de Freitas

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