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Processo Recursal Civil

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AULA 01
QUAL CONCEITO DE RECURSO? É o meio processual que tem por finalidade INVALIDAR, REFORMAR OU INTEGRAR determinada decisão judicial dentro da mesma relação processual.
QUAIS SÃO OS PRESSUPOSTOS RECURSAIS INTRÍNSECOS (PRESSUPOSTOS DE EXISTÊNCIA)? Os pressupostos intrínsecos são aqueles inerentes ao direito de recorrer. São eles:
Cabimento: Só será aceito recurso previsto em lei. Ou seja,  o rol dos recursos é taxativo, de sorte que recurso é somente aquele previsto em lei, não se podendo criar um recuso por interpretação analógica ou extensiva, nem por norma estadual ou regimental. Decorre do princípio da taxatividade. 
Interesse recursal: O recorrente deve ter a real necessidade de recorrer. A decisão judicial deve ter causado prejuízo à parte.
Legitimidade recursal: Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica. Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo como substituto processual.”
Conclui-se que os legitimados recursais continuam os mesmos no novo CPC, sendo eles:
- A parte vencida, que não se refere apenas ao autor ou réu, mas também ao assistente, ao denunciado, ao chamado, entre outros, como, por exemplo, o juiz na exceção de suspeição.
- O terceiro prejudicado, que, conforme o parágrafo único do artigo 996, deverá “demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo como substituto processual”
- O Ministério publico, seja tanto atuando como parte ou quanto fiscal da ordem jurídica.
Ao contrário do cabimento, cujo rol é taxativo, o rol dos legitimados recursais é meramente exemplificativo.
Inexistência de fato extintivo, impeditivo ou modificativo do direito de recorrer: Parte da doutrina entende que se confunde com interesse recursal. Trata-se de pressupostos negativos do recurso, que impedem seu processamento.
Os fatos extintivos consistem na renúncia e na aquiescência, enquanto o fato extintivo consiste na desistência do recurso.
A renúncia consiste na manifestação da parte vencida no sentido de não interpor o recurso e pode ser expressa, quando a parte declara que abre mão do direito de recorrer, ou tácita, quando deixa o prazo do recurso se exaurir. 
A aquiescência (aceitação do ato decisório), que assim como a renúncia pode ser expressa ou tácita, se verifica quando a parte se conformar com o julgamento desfavorável.
Por fim, a desistência do recurso é ato jurídico pelo qual a parte desiste do recurso já interposto. 
QUAIS OS PRESSUPOSTOS RECURSAIS EXTRÍNSECOS (PRESSUPOSTOS DE VALIDADE)? São aqueles relativos ao exercício do direito de recorrer. São eles:
Tempestividade: O recurso deve ser interposto no prazo definido em lei.
Preparo: Alguns recursos exigem o recolhimento de taxas judiciais (custas) para sua interposição. 
IMPORTANTE: O novo CPC apresenta novas regras sobre recolher o preparo – 
PREPARO NÃO RECOLHIDO -> O recorrente que não comprovar o recolhimento do preparo no ato de interposição do recurso: será intimado para recolher em dobro no prazo de 5 dias, sob pena de deserção.
 Enunciado nº 187 da Súmula do STJ conceitua recurso deserto: “É deserto o recurso interposto quando o recorrente não recolhe, na origem, a importância das despesas de remessa e retorno dos autos”
A Orientação Jurisprudencial 140 da SDI-1 do TST considera deserto o recurso quando o recolhimento é efetuado em valor insuficiente ao fixado nas custas e nos depósitos recursais, ainda que a diferença seja de apenas um centavo.
PREPARO RECOLHIDO DE FORMA INCOMPLETA -> Intimação para recolher o restante, sob pena de deserção.
Regularidade formal: Consiste na necessidade do recorrente cumprir TODOS os requisitos especificados na lei para aquele determinado tipo de recurso.
Doutrina:
“Conforme previsto pelo artigo 188 do CPC, os atos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir. No tocante aos recursos, além da forma escrita, a legislação exige um conjunto de requisitos a serem satisfeitos para que a respectiva peça processual seja considerada formalmente regular e possa dar início ao correspondente módulo recursal. Porém, semelhantemente às petições iniciais, que comportam emendas e completamentos tendentes a eliminar defeitos e irregularidades capazes de dificultar ou impedir o julgamento de mérito (art. 321), as petições recursais também admitem correções de eventuais defeitos suscetíveis de ensejar a inadmissibilidade do recurso, tanto assim que o parágrafo único do artigo 932 foi enfático ao estabelecer que: “Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de cinco dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.” Portanto, detectada a ausência de algum requisito formal da petição recursal, pressuposto este que também compreende a juntada de peças e documentos que a lei considere obrigatória, o relator não poderá rejeitar o recurso de plano e deverá intimar o recorrente para corrigir o respectivo vício ou completar os documentos faltantes. Apenas na hipótese de o recorrente não cumprir a diligência é que o relator estará autorizado a inadmitir o recurso, mediante decisão unipessoal.”
Preenchidos todos os pressupostos o recurso será conhecido (juízo de admissibilidade); e, no mérito será o recurso provido ou não (juízo de mérito).
Doutrina:
“Sem exceção, todo ato postulatório da instauração do processo, de alguma das suas fases, de um incidente ou de um módulo recursal sempre fica sujeito a um primeiro exame judicial relacionado à validade dele, ao qual se atribui o nome de juízo de admissibilidade e que possui uma prioridade lógica sobre o julgamento da procedência ou improcedência da pretensão formulada pelo jurisdicionado, denominado juízo de mérito.”
“Diante dessas considerações, fica claro que o juízo de admissibilidade pode ser positivo ou negativo, o que resulta a admissibilidade ou a rejeição do ato postulatório. Admitida, recebida ou conhecida a postulação, o procedimento pode avançar no sentido do juízo de mérito, que também pode ser positivo ou negativo, de procedência ou improcedência da tutela jurisdicional almejada, de provimento ou desprovimento dela. Com os recursos tudo se passa de modo idêntico, pois eles também se submetem a um primitivo juízo de admissibilidade, que subordina o sucessivo juízo de mérito. No juízo de admissibilidade dos recursos são analisados determinados requisitos de validade desse tipo de postulação, ao passo que no juízo de mérito decide-se sobre o provimento ou não do pedido“
AULA 02 – PRINCÍPIOS RECURSAIS
QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS RECURSAIS?
Princípio da voluntariedade: Para que o recurso seja admitido há a necessidade de DECLARAÇÃO EXPRESSA DA INSATISFAÇÃO COM A DECISÃO e necessidade de EXPOSIÇÃO DAS RAZÕES DA INCONFORMIDADE.
Princípio da singularidade (também denominado unirrecorribilidade ou unicidade): Não se admite a interposição de mais de um recurso contra uma mesma decisão.  Tem como objetivo fundamental de privar que as partes tenham o livre acesso de escolha, conforme os seus próprios interesses, dos recursos a serem empregados.
Exceção: Interposição simultânea de recurso especial (RESP) e recurso extraordinário (REXT) a combater acórdão do TJ ou TRF que ofende a um só tempo lei federal e norma constitucional.
Princípio da taxatividade: Os recursos são numerus clausus. O princípio da taxatividade pode ser entendido como sendo a proibição da criação de novos recursos pelas partes, já que só os recursos previstos no ordenamento jurídico podem ser utilizados com o fim de se reformar as decisões judiciais. 
Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos: apelação; agravo de instrumento; agravo interno;embargos de declaração; recurso ordinário; recurso especial; recurso extraordinário; agravo em recurso especial ou extraordinário; embargos de divergência.
Princípio da fungibilidade: É a possibilidade de admissão de um recurso interposto por outro, que seria o cabível, na hipótese de existir dúvida objetiva sobre a modalidade de recurso adequada. REQUISITOS: AUSÊNCIA DE MÁ FÉ E DE ERRO GROSSEIRO.
É um princípio de aproveitamento do recurso interposto erroneamente, quando ocorra dúvida gerada pelo próprio sistema e que no âmbito do Código de Processo Civil obtêm novos fundamentos normativos como na regra interpretativa da primazia ou preponderância da análise de mérito prevista em seu artigo 4º, que busca o máximo aproveitamento da atividade processual.
Princípio da vedação à reformatio in pejus: Significa que não pode haver reforma da decisão para pior.
AULA 03 – EFEITOS RECURSAIS
O RECURSO PODE SER RECEBIDO EM VÁRIOS TIPOS DE EFEITOS APÓS SUA REGULAR INTERPOSIÇÃO. ESSES EFEITOS SÃO: EFEITO OBSTATIVO, DEVOLUTIVO, TRANSLATIVO E SUSPENSIVO. 
FALE SOBRE EFEITO OBSTATIVO:
Trata-se de EFEITO COMUM A TODOS os tipos de recursos. 
O trânsito em julgado somente é verificado com o julgamento definitivo do recurso. Portanto, como ainda há chance de alterar a decisão, todos os recursos tem o efeito de obstar o trânsito em julgado. 
Doutrina: “Este efeito refere-se à manutenção do estado de litispendência, ou seja, os recursos têm o poder de manter viva a relação processual. De maneira mais detalhada, este efeito dos recursos tem o condão de impedir que seja formada a preclusão máxima, ou seja, a formação da coisa julgada formal, requisito essencial para a formação da coisa julgada material.”
FALE SOBRE O EFEITO DEVOLUTIVO:
O efeito devolutivo gera um limite ao que o juízo ad quem pode analisar. O tribunal fica limitado a analisar apenas o que foi suscitado pelas partes na peça recursal.
“Tantum devolutum quanto apellatum” - princípio segundo o qual o reexame na instância ad quem se prende aos pontos objetos do recurso.
Obs: 
Juízo a quo (1º grau) - Prolator da decisão recorrida
Juízo ad quem (2º grau) – Quem vai julgar o recurso
FALE SOBRE O EFEITO TRANSLATIVO:
É a capacidade que tem o tribunal de avaliar matérias que não tenham sido objeto do conteúdo do recurso, por se tratar de assunto que se encontra superior à vontade das partes. 
O efeito translativo só poderá ser operado nessas hipóteses (caso contrário já intromissão abusiva no efeito devolutivo):
Matérias de ordem pública: IMPORTANTE – Exceção do princípio da vedação à reformatio in pejus, ou seja, somente nesse caso a decisão poderá ser reformada para pior.
Matéria não apreciada na sentença recorrida: OBS – Desde que suscitada e discutida pelas partes NO PROCESSO (não precisa estar na peça recursal), sob pena de omissão.
FALE SOBRE O EFEITO SUSPENSIVO:
Quando recebido no efeito suspensivo, o recurso interposto tem o condão de impedir que a decisão recorrida possa produzir os efeitos correspondentes (sejam executórios, declaratórios ou constitutivos).
Doutrina: “Efeito que tem certos recursos que suspende a eficácia da decisão até o seu julgamento final, impossibilitando a execução, mesmo que provisória, pela parte vencedora da decisão recorrida. 
A regra é que os recursos sejam recebidos pelo efeito suspensivo, porém, há casos excepcionais, normalmente de caráter emergencial, onde o juízo receberá o recurso unicamente pelo efeito devolutivo, determinando o prosseguimento do feito, autorizando, pois, a execução provisória, como, por exemplo, o Recurso Especial e Recurso Extraordinário.”
Obs: Alguns autores entendem que o efeito suspensivo atinge apenas a execução provisória (Ex: Dinamarca).
9- FALE SOBRE O EFEITO EXPANSIVO:
 A REGRA “é que a decisão sobre o mérito do recurso esteja limitada à matéria impugnada pelo recorrente, não atingindo o restante da decisão. 
- Significa que, em determinadas situações, a decisão do órgão ad quem atinja a decisão como um todo. 
10- FALE SOBRE O EFEITO SUBISTITUTIVO:
- Significa que, havendo julgamento do mérito do recurso, haverá a substituição da decisão.
OBSIMP: O efeito também ocorre em provimento parcial. 
AULA 04 – AÇÃO RESCISÓRIA
QUAL CONCEITO DE AÇÃO RESCISÓRIA?
“Ação rescisória é espécie de sucedâneo recursal externo , ação autônoma que instrumentaliza meio de impugnação que tem como objetivo, presentes as hipóteses específicas estabelecidas em lei, desconstituir (rescindir) decisão judicial transitada em julgado.”
PARA ENTENDER O QUE É SUCEDÂNEO RECURSAL EXTERNO:
São meios de impugnação de decisão judicial: 
a) Os recursos
b) Os sucedâneos recursais: Todo meio de impugnação de decisão judicial que não for recurso (encontrado por exclusão: o que não for recurso será sucedâneo recursal).
- Sucedâneo recursal interno: Desenvolvem-se no próprio processo em que a decisão impugnada foi proferida. Exs: Pedido de reconsideração, Correição parcial, Etc. (NÃO É OBJETO DE NOSSO ESTUDO).
- Sucedâneo recursal externo: CRIA NOVO PROCESSO – AÇÕES AUTÔNOMAS DE IMPUGNAÇÃO. Exs: Ação rescisória, Mandado de segurança contra ato judicial, Embargos de terceiros, Etc.
REGRA: CAPUT DO ART 966 CPC
Art. 966.  A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:
I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;
II- (...)
PORTANTO, A REGRA É ATACAR SENTENÇA DE MÉRITO.
EXCEÇÕES §2º: 
§ 2o Nas hipóteses previstas nos incisos do caput, será rescindível a decisão transitada em julgado que, embora não seja de mérito, impeça:
I - nova propositura da demanda; ou
II - admissibilidade do recurso correspondente.
Atacar decisão terminativa que impeça nova propositura da demanda (inciso I): Nesse caso a decisão não é de mérito, é processual. Porém, mesmo não sendo de mérito poderá propor ação rescisória para atacar a decisão. 
Atacar decisão que impeça a admissibilidade do recurso correspondente, quando não conhecido (inciso II): Também não é juízo de mérito, apenas de admissibilidade. Porém, mesmo não sendo de mérito poderá propor ação rescisória para atacar a decisão. 
QUAL PRAZO PRA ENTRAR COM AÇÃO RESCISÓRIA? (IMPORTANTE!!):
- 2 anos
- Decadencial (Caso não entre com a ação em 2 anos extingue-se o direito)
Art. 975.  O direito à rescisão se extingue em 2 (dois) anos contados do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo.
QUAIS AS HIPÓTESES EM QUE A DECISÃO DE MÉRITO PODE SER RESCINDIDA? (ART 966 CPC)
HIPÓTESES EM QUE POSSO ENTRAR COM A AÇÃO RESCISÓRIA:
Art. 966.  A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:
I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação (deixar de fazer o que é obrigado a fazer de ofício), concussão (exigir vantagem indevida) ou corrupção do juiz (solicitar vantagem indevida); 
A sentença está viciada. Obs: Não se exige como condição de procedibilidade, prévia investigação criminal, nem sentença penal condenatória: a comprovação dos elementos ensejadores ocorre no bojo da própria ação rescisória.
II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente;
No caso da incompetência absoluta: Art. 64.  A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação. § 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.
III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;
Dolo: é qualquer meio utilizado intencionalmente para induzir ou manter alguém em erro na prática de um ato jurídico.
Coação: ato de exercer pressão psicológica ou ameaça física no indivíduo a fim de fazê-lo praticar ato que não deseja.
Simulação: declaração de vontade distinta da vontade real, com a concordância de ambas as partese visando, geralmente, a fugir de obrigações legais e prejudicar terceiros. (Simulação é o resultado da colusão)
Colusão: conluio entre partes com objetivo de fraudar a lei e prejudicar terceiros.
IV - ofender a coisa julgada;
Decisão que julga o que já está julgado – é inexistente. 
Obs: Parte da doutrina entende que essa decisão é instrumento adicional.
V - violar manifestamente norma jurídica;
Obs: Cuidado- Norma jurídica e não literal disposição da lei.
VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória;
VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável;
Obs: Exame de DNA - Em recente posicionamento manifestado em sede da Egrégia Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, entendeu-se que o exame de DNA, realizado, posteriormente à declaração de paternidade, deve, sim ser considerado “documento novo”, e, por isso mesmo, meio pato a ensejar a propositura de ação rescisória.
VIII - decisão fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.
AULA 05 – RECURSO DE APELAÇÃO
QUANDO É CABÍVEL O RECURSO DE APELAÇÃO?
Para reforma ou invalidação de sentença. É utilizado contra qualquer sentença terminativa proferida por juiz de primeiro grau que encerra processo com ou sem resolução de mérito
Obsimp: O novo CPC extinguiu o agravo retido, assim, decisão interlocutória que não possa ser objeto de impugnação pela via do agravo de instrumento pode ser atacada em preliminar de apelação.
- Agravo retido é uma das modalidades de recurso de agravo no Direito Processual Civil Brasileiro, interponível contra decisões interlocutórias (aquelas proferidas pelo juiz durante o curso do processo).
- Decisões interlocutórias que podem ser objeto de impugnação por via do agravo de instrumento: Estão presentes no art. 1015 CPC.
PORTANTO AS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS QUE NÃO PODEM SER OBJETO DE IMPUGNAÇÃO POR MEIO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO PODEM SER ATACADAS EM PRELIMINAR DE APELAÇÃO.
QUAIS OS EFEITOS DO RECURSO DE APELAÇÃO?
EM REGRA: Efeito devolutivo e suspensivo.
EXCEÇÃO: Recebimento apenas no efeito devolutivo quando configuradas as hipóteses do art. 1012 §1º: 
Art. 1.012.  A apelação terá efeito suspensivo.
§ 1o Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que: I - homologa divisão ou demarcação de terras; II - condena a pagar alimentos; III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; VI - decreta a interdição.
IMPORTANTE!! – APLICAÇÃO DA TEORIA DA CAUSA MADURA: O tribunal pode julgar desde logo (de plano) o mérito do recurso se a causa estiver em condições de imediato julgamento. 
Art. 1.013.  A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
§ 3o Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando:
I - reformar sentença fundada no art. 485;
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir;
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
Obs: Quando a apelação reformar sentença que reconheça a decadência ou prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juiz a quo.
QUAL PROCEDIMENTO PARA INTERPOR RECURSO DE APELAÇÃO?
Deve ser interposta por petição dirigida ao juízo a quo (onde a decisão impugnada foi prolatada), devendo conter os seguintes requisitos: 
Art. 1.010.  A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:
I - os nomes e a qualificação das partes;
II - a exposição do fato e do direito;
III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade;
V - o pedido de nova decisão.
QUAL PRAZO PRA INTERPOR RECURSO DE APELAÇÃO E PRA OUTRA PARTE APRESENTAR CONTRARRAZÕES?
Interposição: 15 dias a partir da publicação no D.O.
Contrarrazões: A parte recorrida tem 15 dias pra apresentar contrarrazões.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES REFERENTES À APELAÇÃO:
- Juízo de admissibilidade do recurso: tribunal. 
- Juízo de admissibilidade negativo (o recurso de apelação não é conhecido): recurso contra decisão que negou a apelação -> agravo interno. 
- Juízo de admissibilidade positivo: a decisão é irrecorrível.
- Apelação da sentença que indefere a petição inicial: efeito regressivo (efeito que permite ao próprio juiz prolator da decisão impugnada rever sua decisão) no prazo de 5 dias. 
Havendo retratação do juiz -> citação do réu para resposta.
Não havendo retratação do juiz -> citação do réu – contrarrazões. Ou seja, se o juiz não se retratar, mandará citar o réu para responder o recurso (contrarrazões).
- Apelação contra sentença que julga liminarmente a improcedência: efeito regressivo 5 dias (efeito que permite ao próprio juiz prolator da decisão impugnada rever sua decisão).
ATENÇÃO: ACÓRDÃO NÃO UNÂNIME -> IMPERATIVIDADE DOS EFEITOS INFRINGENTES.
ANTIGO CPC: Art. 530 – Cabem embargos infringentes (espécie de recurso) quando o acórdão não unânime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado procedente ação rescisória. Se o desacordo for parcial , os embargos serão restritos à matéria objeto da divergência.
Obs: Acórdão é a decisão do órgão colegiado de um tribunal (câmara, turma, secção, órgão especial, plenário, etc.), que se diferencia da sentença, da decisão interlocutória e do despacho, que emanam de um órgão monocrático, seja este um juiz de primeiro grau, seja um desembargador ou ministro de tribunais.
Antigamente cabiam embargos infringentes. No entanto depois do NOVO CPC , quando há acórdão por maioria (ou seja, uma decisão não-unânime) só cabe a técnica do julgamento ampliado, de acordo com art. 942, CPC.
Art. 942.  Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores.
Exercícios de revisão
Conforme a sistemática recursal definida no CPC, o rol dos recursos é de enumeração taxativa. Considerando o enunciado, assinale a alternativa que não corresponde a um recurso:
Agravo de instrumento.
Recurso extraordinário.
Embargos de declaração.
Embargos infringentes. Recursos no processo civil são apenas aqueles enumerados no art.994 do CPC. 
 
Em sede de juízo de admissibilidade do recurso de apelação, verificou-se que o apelante não comprovou o recolhimento do preparo, fato este que decidiu que o recurso era deserto. Esta decisão está correta? Justifique sua resposta. 
Não. Quando a petição não estiver acompanhada da comprovação do recolhimento do preparo, o apelante será intimado para efetuar recolhimento no prazo de 5 dias, em dobro. Quando for recolhimento inferior, o apelante será intimado para no prazo de 5 dias para complementar a diferença. 
...”Este efeito refere-se à manutenção do estado de litispendência, ou seja, os recursos têm o poder de manter viva a relação processual” O enunciado refere-se a qual dos efeitos recursais?
Efeito obstativo. 
Relativamente aos efeitos recursais, analise as proposições apresentadas a seguir e, após, assinale a opção correta:
O efeito devolutivo implica na devolução dos autos ao juízo A QUO, para que seja possível o juízo de retratação.
O efeito devolutivo devolve a matéria ao tribunale, não ao juízo de 1º grau.
Parte da doutrina entente que o efeito translativo é decorrente do efeito suspensivo. 
O efeito translativo decorre do efeito devolutivo. OBS: O efeito translativo é uma exceção ao princípio “tantum devolutum quantum apelato”. Permite ao tribunal apreciar matéria que não foi suscitada pelas partes no recurso. 
 III. O recebimento do recurso de apelação no duplo efeito não obsta a execução provisória por cumprimento de sentença, mas impede a penhora e a realização da hasta pública. 
 O recebimento do recurso OBSTA a execução provisória por cumprimento de sentença. 
É correto o que se afirma em:
Apenas a proposição I está correta.
As proposições I e III estão corretas.
Apenas a proposição III está correta.
Todas as proposições estão corretas.
Todas as proposições estão incorretas. 
Há entendimento doutrinário que entende ser possível flexibilizar o prazo da prescrição para o ajuizamento da ação rescisória na hipótese da sentença a ser rescindida versar sobre matéria flagrantemente inconstitucional. A afirmativa está correta? Justifique. 
Não. O Ministro Flux entende que possível flexibilizar o prazo DECADENCIAL, não o prazo prescricional. 
Relativamente ao recurso de apelação, e respectivo procedimento, analise as proposições abaixo e, após, responda: 
A apelação é o recurso cabível para reformar ou invalidar qualquer decisão judicial.
Decisão interlocutória não pode ser objeto de apelação, se dela couber agravo de instrumento. Se não couber agravo de instrumento, ela será preliminar da apelação, mas não é apelação. 
Quando reformar sentença que reconheceu a decadência, o tribunal deve determinar o retorno do processo ao juízo de 1º grau para julgamento do mérito. 
O julgamento do mérito será feito pelo próprio tribunal.
Da decisão de admissibilidade da apelação só cabe recurso do apelado. 
A decisão de admissibilidade é irrecorrível. Só cabe recurso na decisão que nega o seguimento do recurso. 
É correto o que se afirma em: 
a) apenas a proposição I está correta.
b) as proposições I e II estão corretas. 
c) as proposições I e III estão corretas. 
d) Todas as proposições estão corretas. 
e) Todas as proposições estão incorretas.

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