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ROTEIRO PARA 
ELABORAÇÃO DE PROJETOS 
DE RECUPERAÇÃO FLORESTAL 
PARA O FUNDO ESTADUAL DE 
RECURSOS HÍDRICOS 
- FEHIDRO - 
 
 
 
ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE RECUPERAÇÃO FLORESTAL PARA O 
FUNDO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS - FEHIDRO 
 
Fundação Florestal – Rua do Horto, 931 – CEP 02377-000 – São Paulo – SP – Fone / Fax (011) 6997-5000 
www.fflorestal.sp.gov.br 
 
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Governo do Estado de São Paulo 
José Serra 
 
Secretaria de Meio Ambiente 
Francisco Graziano Neto 
 
Presidencia da Fundação Florestal 
Paulo Nogueira Neto 
 
Diretoria Executiva da Fundação Florestal 
José Amaral Wagner Neto 
 
Diretoria de Assistência Técnica 
Wanda Maldonado 
 
Gerencia de Desenvolvimento Florestal 
Claudette Marta Hahn 
 
 
Equipe Responsável: 
Bióloga Adriana Neves da Silva 
Eng. Agr. MsC Ciência Ambiental Claudette Marta Hahn 
Eng. Agr. MsC Biologia Comparada Cleide de Oliveira 
Eng. Civ. MsC Rec. Rurais e Políticas Amb. Elisa Maria do Amaral 
Eng. Agrônomo José Fernando Calistron Valle 
Eng. Agr. Dr Agricultura Mário Sérgio Rodrigues 
Geól. Dr Geociências Paulo Valladares Soares 
Eng. Florestal Renato Farinazzo Lorza 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Fundação para a 
Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo. 
Roteiro para a elaboração de projetos de recuperação florestal para o 
Fundo Estadual de Recursos Hídricos – Fehidro / Secretaria do Meio 
Ambiente. Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do Estado 
de São Paulo; coordenação Claudette Marta Hahn; Adriana Neves da 
Silva...(et al.). - - São Paulo : SMA / FF, 2007. 
 
 
ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE RECUPERAÇÃO FLORESTAL PARA O 
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APRESENTAÇÃO 
 
A recuperação florestal da mata ciliar é uma tarefa prioritária para a Secretaria 
do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, que vem reunindo, integrando e 
articulando iniciativas destinadas a promover a preservação e a recuperação dessas 
áreas. Nesse processo, a Fundação Florestal tem papel especial, com a missão de 
contribuir para a ampliação da cobertura vegetal, estabelecendo parcerias e 
assegurando a participação dos agentes locais. 
 
A Mata Atlântica e o Cerrado encontram-se em situação crítica de destruição, 
sendo considerados hotspots de importância global. Além de poucos, os 
remanescentes encontram-se distribuídos de forma bastante heterogênea - ausentes 
em grande parte do interior do Estado. Essas ilhas de conservação não são capazes 
de conservar a biodiversidade, sendo necessárias conexões entre os fragmentos 
florestais, o que pode ser feito pelas matas ciliares reconstituídas, criando 
corredores de fauna, formando barreiras naturais contra a disseminação de pragas e 
doenças da agricultura e, na medida que amplia a recomposição de vegetação, 
criando possibilidades de utilização sustentável de recursos naturais e alternativas 
de trabalho e renda. 
 
A promoção do reflorestamento é também importante pela sua capacidade de 
absorção de carbono, contribuindo para a redução do efeito estufa, podendo gerar 
créditos a serem aplicados num mercado em expansão. No Estado de São Paulo 
quase 1 milhão de hectares estão à espera de reflorestamento, o que absorveria 75 
milhões de toneladas de carbono, protegendo 120 mil quilômetros de cursos d´água 
e 40% do território suscetível à erosão. 
 
Os proprietários de áreas nessas condições apontam, dentre as dificuldades 
para o reflorestamento, a falta de recursos financeiros e problemas de ordem técnica 
e operacional. Para ajudar a enfrentá-las, a Fundação Florestal alia sua tradição e 
experiência no fomento e assistência técnica à recuperação florestal àquela 
acumulada pela análise de projetos junto ao Fehidro, criando este Roteiro para 
elaboração de projetos de recuperação florestal para o Fehidro. 
 
Didático e de fácil acompanhamento, este roteiro básico apresenta uma 
estrutura para os casos mais comuns, de modo a facilitar os procedimentos de 
análise e execução de projetos de recuperação florestal. É voltado para as 
Prefeituras Municipais, os agricultores, as organizações não-governamentais e 
demais interessados na recuperação de nossos rios e florestas, contribuindo para a 
conservação do planeta. 
Banco de Áreas para Recuperação 
José Amaral Wagner Neto 
Diretor Executivo 
Fundação Florestal 
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SUMÁRIO 
 
I. Aspectos gerais para a estruturação básica de um projeto 05
II. Projetos de recuperação florestal 09
III. Projetos de recuperação que incluam a produção das mudas florestais 
nativas 
15
IV. Considerações finais 18
V. Resolução SMA 08, de 07 de março de 2007 19
VI. Chave para tomada de decisão para recuperação de áreas degradadas 25
VII. Listagem de espécies arbóreas de ocorrência natural no Estado de São 
Paulo 
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I. ASPECTOS GERAIS PARA ESTRUTURAÇÃO BÁSICA DE 
UM PROJETO 
 
 
Neste item são apresentados alguns conceitos e definições que permitem 
uma visão melhor do instrumento de planejamento e execução que é um projeto, e 
com isso aprimorar o entendimento de como estruturá-lo. 
 
Considera-se que projeto é um conjunto sistemático de informações, formado 
por diversas etapas (ou ações) que se justapõem e se complementam buscando 
atingir determinados resultados. A elaboração de um projeto consiste em indicar os 
resultados possíveis de serem obtidos pela aplicação de determinados recursos 
(financeiros, materiais e humanos). 
 
O projeto deve estar expresso em um documento claro e direto, que se 
constitua em um produto “vendável” por si mesmo. Seus objetivos têm de ser 
definidos explicitamente e sua duração e porte predeterminados, tendo portanto vida 
limitada no tempo e no espaço. 
 
Apresenta-se a seguir considerações sobre os principais itens que os projetos 
deverão conter. 
 
 
TÍTULO 
 
Deve ser capaz de informar ao público a que se destina e o que se pretende 
realizar, reunindo as seguintes qualidades: 
• simples: com poucas palavras, deve dizer até aos leitores menos informados 
o que se pretende fazer; 
• sugestivo: deve chamar a atenção para o projeto; 
• informativo: deve deixar claro pelo menos o objetivo principal que se quer 
atingir. É a qualidade mais importante. 
 
 
JUSTIFICATIVA 
 
Estabelece a relação direta e estreita entre o problema detectado e a 
proposta do projeto. A justificativa deve responder a pergunta: “por quê?” 
 
Este tópico deve ser composto, pelo menos de: 
• identificação do problema: deve considerar todos os prismas do problema, 
descrevendo um quadro inicial que permite acompanhá-lo diretamente 
através do tempo. Deve ser apoiado em dados e conter análise das causas e 
efeitos do problema em questão; 
• relação do projeto com trabalhos anteriormente desenvolvidos pelo 
proponente e outros trabalhos anteriormente desenvolvidos por terceiros para 
superar, minimizar ou contornar o problema; 
• relação com projetos, planos ou programas mais amplos. 
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OBJETIVOS 
 
Sempre descritos com verbo no infinitivo, devem esclarecer o(s) efeito(s) que 
se espera do projeto e apresentar coerência com a justificativa. Os objetivos devem 
responder a pergunta: “o quê?” 
 
Os objetivos não devem ser confundidos com os meios para se atingir os 
propósitos do projeto, devendo ser evitados na sua descrição verbos como “estudar”, 
“ajudar”, “coordenar”, “assistir”, “discutir”, “estimular”, “fortalecer”. 
 
Usualmente distingue-se o objetivo geral dos objetivos específicos: 
• Objetivo Geral: indica a maior razão do projeto, porque se quer executá-lo, 
qual o impacto/resultado que se busca. 
• Objetivo Específico: situação que se espera quando termina o projeto, 
identificando os executores e beneficiários do mesmo. 
 
 
METAS 
 
As metas quantificam os resultados esperados. Portanto, devem ser 
relacionadas aos objetivos específicos, coerentes com as atividades propostas, com 
os recursos solicitados/ofertados e com o prazo de execução. As metas devem 
responder a pergunta: “quanto?” 
 
Devem ser apresentadas metas mensuráveis (preferencialmente 
quantificadas) para todas as etapas do projeto, possibilitando o acompanhamento e 
avaliação do desenvolvimento dos trabalhos, bem como eventuais alterações no 
processo. 
 
 
METODOLOGIA / DESCRIÇÂO DAS ATIVIDADES 
 
A metodologia estabelece a descrição dos procedimentos e técnicas a serem 
adotadas (coerentes com as metas e objetivos propostos), justificando os recursos 
alocados para execução do projeto. A metodologia deve responder a pergunta: 
“como?” 
 
Neste sentido, é importante determinar claramente os procedimento e 
técnicas a serem adotadas, justificando as razões de sua escolha, bem como os 
executores de cada etapa (ou atividade) prevista e suas respectivas 
responsabilidades. Além disso, recomenda-se o estabelecimento dos indicadores e 
períodos de avaliação do projeto. 
 
 
RECURSOS 
 
O item sobre recursos expressa a quantidade de dinheiro, pessoal, materiais, 
serviços, infraestrutura e equipamentos de apoio que serão necessários para 
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execução do projeto. Devem ser descritos de modo realista e compatível com as 
atividades do projeto. 
 
 
CRONOGRAMA 
 
O cronograma deve exprimir as ações a serem executadas, quantificando-as 
no tempo e explicitando sua seqüência e interdependência de forma lógica e 
operacional. Também deve mostrar pontos de controle que permitam a avaliação do 
projeto, conforme indicadores definidos na metodologia. O cronograma deve 
responder a pergunta: “quando?” 
 
 
Projetos submetidos ao financiamento Fehidro 
 
 A Ficha Resumo (Anexo I) do Manual de Procedimentos Operacionais – 
MPO) apresenta de forma consolidada as informações referentes aos objetivos, 
metas e recursos necessários ao desenvolvimento do projeto proposto. À ela deve 
ser anexado o Termo de Referência com as informações detalhadas, incluindo 
justificativa e descrição das atividades (ou metodologia). 
 
A Planilha de Orçamento (Anexo III do MPO) contem, de forma resumida, a 
discriminação de todos os bens e serviços correspondentes às atividades do projeto, 
com respectivas quantidades, valor unitário, valor total e a fonte do recurso (Fehidro 
ou contrapartida da instituição proponente). Sua apresentação é obrigatória, sendo 
que todos os recursos financeiros devem estar orçados em reais (R$). 
 
Recomenda-se apresentar, no Termo de Referência, a memória de cálculo de 
todos os recursos previstos para cada atividade do projeto, com a especificação e 
quantificação de todos os bens (insumos e equipamentos) e serviços (próprios e de 
terceiros) necessários para a realização da atividade. Na valoração da mão de obra 
deverá ser observada a tabela com os limites máximos aceitos pelo Fehidro (Anexo 
V do MPO). 
 
Caso haja profissional(is) destacados para coordenação e/ou consultoria, 
deverá constar o número de horas a serem trabalhadas, o valor da hora técnica 
(tomando por base os valores indicados na tabela com os limites máximos aceitos 
pelo Fehidro que consta do Anexo V do MPO e o disposto nos artigos 20 e 33 do 
citado manual), bem como o(s) produto(s) a serem gerados. 
 
O Cronograma Físico-financeiro agrega as informações referentes ao custo, 
de cada atividade, ao longo de seu prazo de execução. Deve-se utilizar o modelo 
estabelecido pelo Fehidro (Anexo II do MPO). As atividades listadas no cronograma 
físico-financeiro devem, necessariamente, ser iguais àquelas descritas na planilha 
de orçamento. 
 
 
 
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II. PROJETOS DE RECUPERAÇÃO FLORESTAL 
 
 
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 
 
Projetos submetidos ao financiamento do Fehidro têm regramentos 
específicos, ditados pelo Manual de Procedimentos Operacionais para Investimentos 
do FEHIDRO (MPO), cuja leitura é obrigatória e do qual destacamos alguns pontos: 
 
• No MPO o projeto técnico é denominado Termo de Referência (MPO Art. 6º, 
12) 
• O produto de um projeto financiado pelo Fehidro (por exemplo, a produção de 
mudas florestais nativas) não pode ser apresentado como contrapartida de 
outro projeto financiado pelo Fehidro (por exemplo, a recuperação ambiental 
com espécies florestais nativas); 
• Infratores da legislação ambiental que estejam obrigados a recuperar áreas 
degradadas não podem ser beneficiados pelo projeto; 
• A obtenção da anuência (por escrito) dos proprietários das áreas a serem 
recuperadas é imprescindível, assim como a autorização/anuência do 
Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais – DEPRN, no caso 
de matas ciliares e demais áreas de preservação permanente, de acordo 
como Código Florestal (MPO Artigo 5º, 12) 
• Será solicitado o atendimento à Resolução SMA 08/07 (transcrita ao final), 
especialmente quanto à diversidade das espécies nativas destinadas à 
recuperação florestal (MPO Artigo 28); 
• As espécies florestais selecionadas devem ser adequadas à área que se 
pretende recuperar; para tanto, será solicitada a caracterização das áreas a 
serem reflorestadas (no mínimo quanto ao bioma, encharcamento periódico, 
uso do solo, fatores de degradação e possibilidade de mecanização); 
• O projeto de recuperação mediante implantação florestal deve contemplar os 
tratos culturais (controle de formigas cortadeiras e plantas invasoras) por no 
mínimo 12 meses após o plantio. 
 
Recomenda-se que, ao planejar um projeto de recuperação florestal, sejam 
considerados alguns aspectos que contribuem para a garantia da viabilidade e 
sustentabilidade da proposta: 
 
• Identificação dos fatores de degradação para definição da estratégia de 
recuperação mais apropriada ao caso e as possíveis parcerias para a 
consecução dos objetivos; 
• Desenvolvimento de ações de educação ambiental no intuito de informar, 
sensibilizar e mobilizar a população beneficiada com o projeto; 
• Adoção de estratégias participativas para tomada de decisão nas diversas 
etapas do projeto,com vistas a sustentabilidade sócio-econômica e ambiental 
do projeto; 
• Estabelecimento da relação entre o projeto proposto e outros, eventuais, 
trabalhos similares desenvolvidos em sua área de abrangência; 
• Estabelecimento da relação entre o projeto proposto e os reflexos esperados 
nos recursos hídricos, considerando os Programas de Duração Continuada e 
o Plano da Bacia Hidrográfica. 
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Por fim, considerando que a recuperação florestal requer tratamento 
diferenciado para áreas urbanizadas, que compatibilizem a estrutura da floresta com 
o uso urbano, não é recomendado utilizar recurso do Fehidro para esse fim, pois o 
Fundo não financia projetos paisagísticos. 
 
 
METAS 
 
Neste tópico deve-se responder à questão de quanto se pretende reflorestar 
(expressa em hectares) e em quanto tempo. No caso do projeto contemplar 
atividades correlatas que não sejam de recuperação florestal (sensibilização da 
população, capacitação técnica, conservação de solo, etc...), estas também devem 
ter suas metas expressas. 
 
 
METODOLOGIA / DESCRIÇÂO DAS ATIVIDADES 
 
1. Caracterização da área e definição da estratégia de recuperação: 
 
Caracterização da área a ser reflorestada (no mínimo com bioma, 
encharcamento periódico, uso do solo, fatores de degradação e possibilidade de 
mecanização) a partir da qual é possível estabelecer a estratégia de recuperação 
mais adequada. A seguir, destacamos algumas: 
 
• Implantação florestal: plantio de todos os indivíduos florestais, em 
espaçamento uniforme por toda a área do projeto, 
• Enriquecimento: plantio de alguns indivíduos florestais para aumentar a 
diversidade das espécies pré-existentes, 
• regeneração natural: condução das condições ambientais para que a 
floresta regenere por si só. 
 
Qualquer que seja a estratégia adotada, ela deverá estar devidamente 
justificada, considerando a caracterização da área do projeto e os objetivos 
propostos. E, uma vez escolhida a estratégia de recuperação florestal, deve-se 
definir a seqüência das atividades. Nesta fase, as principais atividades são: 
 
a) Escolha da (s) área (s): 
 
• Como foi ou será feita; 
• Anuência do (s) proprietário (s) e responsabilidade das partes (proprietários e 
proponente) visando garantir a efetividade do projeto de recuperação florestal. 
 
b) Escolha da estratégia e modelo de plantio: 
 
• Descrever e justificar, em função das características da área e da participação 
dos atores envolvidos no processo. 
 
c) Seleção das espécies a serem plantadas, no caso de enriquecimento e 
implantação florestal: 
 
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• Listagem das espécies com as respectivas quantidades e grupo ecológico, 
garantindo o número mínimo de espécies estabelecido na Resolução SMA 
08/07. As mudas não podem ser provenientes de outro financiamento, e a 
quantidade deve ser suficiente para o plantio e replantio. 
 
2. Principais atividades no caso de reflorestamento 
 
Para o caso de implantação florestal (estratégia adotada mais 
freqüentemente), serão listadas as atividades mais comuns. O proponente deve 
enxergar nelas apenas uma referência e ter claro que o detalhamento das mesmas 
deve ser coerente com as metas e objetivos que se pretende alcançar no seu 
projeto. 
 
O projeto de reflorestamento deverá contemplar o espaçamento e o desenho 
do plantio, a proporção de espécies pioneiras e não pioneiras, os principais fatores 
sócio-ambientais de risco e as medidas para evitá-los (Ex: cerca, aceiro, etc), a taxa 
de replantio, a possibilidade de mecanização em função das características da área. 
 
A descrição das atividades deve ser detalhada, explicitando os prazos e os 
responsáveis para cada etapa/operação a ser desenvolvida: 
 
a) Pré-plantio: 
 
• Construção de cerca e aceiro, se necessário for; 
• Combate à formiga; 
• Combate às plantas invasoras (roçada e ou capina); 
• Marcação das covas ou riscagem; 
• Coveamento; 
• Calagem; 
• Adubação. 
 
b) Plantio e replantio: 
 
• Distribuição das mudas (tubetes e/ou sacos plásticos); 
• Plantio; 
• Estaqueamento (opcional); 
• Irrigação, se necessário for; 
• Replantio (usualmente a taxa de replantio é estimada em 10% do plantio). 
 
c) Manutenção / Tratos culturais pós-plantio: 
 
Deve-se prever um período, de no mínimo 12 (doze) meses, de manutenção 
após o plantio, sendo recomendável estendê-lo para 24 meses. As operações mais 
comuns na manutenção são: 
 
• Combate à formiga: no mínimo três repetições; 
• Combate às plantas invasoras (capinas; roçadas; coroamento): no mínimo 
três repetições; 
• Replantio; 
• Irrigação, se necessário for; 
• Adubação de cobertura. 
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CRONOGRAMA 
 
O cronograma físico-financeiro deve ser construído mês a mês, incluindo 
todas as atividades previstas para a recuperação florestal. A cada atividade deve 
estar associado o custo correspondente, discriminando a fonte do recurso (Fehidro 
ou contrapartida). Deve ser utilizado o modelo estabelecido pelo Fehidro (Anexo II 
do MPO). 
 
O prazo de execução do projeto deve contemplar todo o processo de 
recuperação florestal, de modo a garantir sua efetividade. No final do projeto a área 
deve estar revegetada, sendo capaz de desenvolver-se independentemente da 
intervenção humana. 
 
 
PLANILHA DE ORÇAMENTO 
 
A Planilha de Orçamento deverá conter o detalhamento do custo de cada 
atividade discriminada no cronograma físico-financeiro, relacionando todos os bens e 
serviços, valor unitário, quantidade e valor total, bem como a fonte de recurso 
(financiamento Fehidro ou contrapartida). 
 
Deverá ser utilizado o modelo estabelecido pelo Fehidro (Anexo III do MPO). 
 
 
RESUMO 
 
Sugere-se que os projetos apresentem, em complementação ao texto, uma 
matriz com o resumo do projeto, cujo modelo é apresentado abaixo: 
 
Resumo do projeto (matriz) 
Objetivo Geral 
Objetivos 
Específicos 
(o que) 
Metas (quanto) Metodologia (como) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXOS 
 
• ART do técnico responsável (Engº Florestal, Engº Agrônomo ou Técnico 
Agrícola) pelo projeto e execução; 
• Planta planialtimétrica, ou planimétrica, ou croquis das áreas a serem 
recuperadas; 
• Anuência e/ou Termo de compromisso / responsabilidade firmado com o(s) 
proprietário(s), explicitando as responsabilidades dos proprietários e do 
tomador quanto à cada uma das atividades elencadas; 
• Anuência / Licença do Departamento Estadual de Proteção de Recursos 
Naturais - DEPRN. 
• Fotos 
 
 
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III. PROJETOS DE RECUPERAÇÃO QUE INCLUAM A 
PRODUÇÃO DAS MUDAS FLORESTAIS NATIVAS 
 
 
Antes de elaborar o projeto executivo, o proponente deve certificar-se da 
viabilidade da proposta, da demanda de mudas, das exigências legais e da 
possibilidade de atendimento por outros viveiros próximos. Deste modo, o 
proponente dimensiona o projeto na exata medida para solucionar o problema 
detectado. 
 
Apenas serão financiados projetos que tenham identificado esses itens e nos 
quais esteja prevista, com a devida apropriação de custos, a implantação das mudas 
produzidas. 
 
 
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 
 
• O dimensionamento do viveiro deve estar adequado à demanda de mudas 
florestais nativas no entorno ou região; 
• O produto do financiamento, isto é, o(s) ciclo(s) de produção comprometido(s) 
com as metas do projeto, não pode ser comercializado, nem pode ser 
apresentado como contrapartida de outro projeto financiado pelo Fehidro; 
• Fica vedado o fornecimento, gratuito ou subsidiado, de mudas a infratores da 
legislação ambiental que estejam obrigados a recuperar áreas (MPO Artigo 
22); 
• Os projetos de produção de mudas somente serão analisados quando as 
mudas produzidas tiverem sua destinação previamente estabelecida 
(implantação florestal ou enriquecimento), para que não se produzam mudas 
sem o compromisso de implantá-las e/ou mudas inadequadas à área que se 
pretende recuperar (MPO Artigo 27); 
• Será exigido o atendimento à Resolução SMA 08/07 (transcrita ao final), 
especialmente quanto à diversidade das espécies nativas destinadas à 
recuperação florestal. 
 
 
METAS 
 
Neste tópico deve-se estabelecer o número de mudas a serem produzidas e 
distribuídas, o prazo necessário para tanto, assim como a apresentação da carta de 
anuência ou parceria dos proprietários das áreas onde serão implantadas as mudas 
 
 
METODOLOGIA / DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES 
 
Neste item deve-se detalhar a metodologia e contemplar toda a seqüência de 
atividades / operações para a produção e implantação das mudas florestais nativas, 
explicitando as responsabilidades em cada fase do desenvolvimento do projeto. Vale 
lembrar que este é um roteiro básico, com estrutura mínima para os casos mais 
comuns. 
 
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a) Seleção das espécies a serem produzidas: 
 
• Caracterização das áreas a serem beneficiadas com as mudas, no mínimo 
quanto ao bioma e meio físico (Ex: encharcamento do solo), para seleção das 
espécies a serem produzidas; 
• Obtenção das sementes: coleta própria (com ou sem permuta) ou aquisição 
de terceiros; 
• Apresentação da listagem das espécies, com as respectivas quantidades e 
grupo ecológico. 
 
b) Instalação ou ampliação do viveiro: 
 
• Justificativa de escolha do local; 
• Fonte de água para abastecer o viveiro (poço, abastecimento superficial, 
barragem); 
• Limpeza e/ou terraplenagem; 
• Drenagem; 
• Cercamento; 
• Construção de galpões, sanitários, sementeiras, canteiros, etc; 
• Escolha de recipientes (tubetes, sacos plásticos, outros); 
• Instalação do sistema de irrigação; 
 
c) Operações para produção das mudas: 
 
• Obtenção das sementes; 
• Semeadura; 
• Repicagem ou desbaste; 
• Irrigação; 
• Adubação; 
• Controle de pragas e doenças; 
• Manejo das mudas para seu completo desenvolvimento; 
 
d) Expedição das mudas: 
 
• Relação de proprietários rurais beneficiados e localização das propriedades; 
• Descrição e justificativa do vínculo estabelecido com os proprietários 
beneficiados (cartas de anuência ou parceria com compromisso de 
manutenção), ou seja, como se garante a efetiva implantação das mudas, 
através do sistema de repasse adotado 
 
e) Implantação das mudas no campo (pelo tomador ou parceiros): 
 
• Preparo da(s) área(s); 
• Plantio; 
• Replantio; 
• Manutenção / tratos culturais das mudas por no mínimo 12 meses após o 
plantio, sendo recomendável por 24 meses. 
 
f) Sustentabilidade do viveiro: 
 
• Estimativa do tempo de vida útil do viveiro; 
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• Como a atividade de produção e distribuição das mudas prosseguirá depois 
de terminado o projeto 
• Registro do viveiro. 
 
 
CRONOGRAMA 
 
O cronograma físico-financeiro deve ser construído mês a mês, incluindo 
todas as atividades previstas para a produção, distribuição, plantio e manutenção 
das mudas no campo. A cada atividade deve estar associado o custo 
correspondente, discriminando a fonte do recurso (Fehidro ou contrapartida). 
 
O projeto só será considerado concluído em sua totalidade após vistoria para 
comprovação do desenvolvimento das mudas no campo. 
 
Deverá ser utilizado o modelo estabelecido pelo Fehidro (Anexo II do MPO). 
 
 
PLANILHA DE ORÇAMENTO 
 
A Planilha de Orçamento deverá conter o detalhamento do custo de cada 
atividade discriminada no cronograma físico-financeiro, relacionando todos os bens e 
serviços, valor unitário, quantidade e valor total, bem como a fonte de recurso 
(financiamento Fehidro ou contrapartida). 
 
Deverá ser utilizado o modelo estabelecido pelo Fehidro (Anexo III do MPO). 
 
 
Anexos 
 
• ART do técnico responsável (Engº Florestal, Engº Agrônomo) pelo projeto e 
execução; 
• Planta do projeto do viveiro; 
• Planta planialtimétrica, ou planimétrica, ou croquis das áreas a serem 
recuperadas; 
• Anuência e/ou Termo de compromisso / responsabilidade firmado com o(s) 
proprietário(s), explicitando as responsabilidades dos proprietários e do 
tomador quanto à cada uma das atividades elencadas; 
• Anuência / Licença do Departamento Estadual de Proteção de Recursos 
Naturais – DEPRN, se houver intervenção em área de preservação 
permanente. 
• Fotos 
 
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18
IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Como já explicitado anteriormente este é um roteiro básico por isso apresenta 
uma estrutura mínima para os casos mais comuns. 
 
Projetos diferenciados certamente irão surgir, especialmente pela diversidade 
de situações em cada Bacia Hidrográfica, bem como pela criatividade das propostas 
das instituições preocupadas com a qualidade e quantidade dos Recursos Hídricos. 
 
Acreditamos que, observada a estrutura básica aqui apresentada, o processo 
de análise poderá ser bastante facilitado, agilizando a liberação dos recursos. Neste 
sentido recomendamos sempre a leitura atenta do Manual de Procedimentos 
Operacionais do Fehidro que se encontra disponível no site: 
www.sigrh.sp.gov.br/FEHIDRO/DOCUMENTOS 
 
Para aqueles que quiserem mais informações sobre recuperação florestal 
recomendamos consultar os sites da Fundação Florestal (www.fflorestal.sp.gov.br) e 
da Secretaria de Meio Ambiente (www.ambiente.sp.gov.br). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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V. Resolução SMA - 8, de 7-3-2007 
 
 
Altera e amplia as resoluções SMA 21 de 21-11-2001 e 
SMA 47 de 26-11-2003. 
Fixa a orientação para o reflorestamento heterogêneo de 
áreas degradadas e dá providências correlatas 
 
O Secretário de Estado do Meio Ambiente, em cumprimento ao disposto nos artigos 
23, VII, e 225, § 1º, I, da Constituição Federal, nos artigos 191 e 193 da Constituição 
do Estado, nos artigos 2º e 4º da Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, e 
nos 2º, 4º e 7º da Lei Estadual nº 9.509, de 20 de março de 1997, e Considerando o 
contido na Agenda 21 e na Convenção da Biodiversidade; 
 
Considerando as constatações realizadas por pesquisadores do Instituto de 
Botânica e de outras Instituições, quanto ao declínio dos reflorestamentos efetuados 
com baixa diversidade; 
 
Considerando as ações, atividades e discussões públicas promovidas no âmbito do 
projeto “Estabelecimento de parâmetros de avaliação e monitoramento para 
reflorestamentos induzidos visando o licenciamento ambiental” (Políticas 
Públicas/FAPESP) e do projeto “Mata Ciliar” da Secretaria do Meio Ambiente 
(apoiado pelo Global Environment Facility/ 
World Bank); 
 
Considerando a necessidade de revisão periódica dos termos contidos nas 
Resoluções SMA 21, de 21-11-2001 e SMA 47 de 26-11-2003, tendo em vista o 
avanço do conhecimento científico e resultados obtidos com sua aplicação prática; 
 
Considerando a promulgação da Lei 10.711 de 05 de agosto de 2003, que institui o 
Sistema Nacional de Sementes e Mudas e o Decreto 5153, de 23 de julho de 2004, 
que a regulamenta; 
 
Considerando que a perda da diversidade biológica significa entre outros aspectos a 
redução de recursos genéticos disponíveis ao desenvolvimento sustentável, na 
forma de madeira, frutos, forragem, plantas ornamentais e produtos de interesse 
alimentar, industrial e farmacológico; 
 
Considerando que o Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais - 
DEPRN - tem constatado que dentre outras formas de Recuperação de Áreas 
Degradadas, os plantios 
realizados têm apresentado resultados mais satisfatórios a partir dos critérios 
técnicos para a escolha e combinação das espécies, estabelecidos na Resolução 
SMA 21/01 e SMA 47/03, resolve: 
 
Artigo 1º - As orientações contidas nesta Resolução aplicam-se para a recuperação 
florestal em áreas rurais, ou urbanas com uso rural, originalmente ocupadas por 
ambientes savânicos e/ou florestais. 
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20
Parágrafo único - Nas demais situações, as orientações contidas nesta Resolução 
aplicam-se no que couber. 
 
Artigo 2º - para efeitos desta resolução, entende-se por: 
• Diversidade: a relação entre o número de espécies (riqueza) e a abundância 
de cada espécie (número de indivíduos); 
• Espécie florestal: toda espécie vegetal lenhosa, arbórea ou arbustiva, nativa, 
ou exótica de interesse silvicultural; 
• Espécie zoocórica - Espécie cuja dispersão é intermediada pela fauna; 
• Espécie-problema ou espécie-competidora: espécie nativa ou exótica que 
forme populações fora de seu sistema de ocorrência natural ou que exceda o 
tamanho populacional desejável, interferindo negativamente no 
desenvolvimento da recuperação florestal. 
• Espécies pioneiras e secundárias iniciais: espécies que normalmente ocorrem 
nos estádios iniciais da sucessão natural; 
• Espécies secundárias tardias e climácicas: espécies típicas dos estádios 
intermediário e final da sucessão natural; 
• Levantamento florístico: determinação das espécies vegetais ocorrentes em 
um local ou região, através da coleta e identificação das plantas; 
• Pequena propriedade rural: aquela explorada mediante o trabalho pessoal do 
proprietário ou posseiro e de sua família, admitida a ajuda eventual de terceiro 
e cuja renda bruta seja proveniente, no mínimo, em oitenta por cento, de 
atividade agroflorestal ou do extrativismo, cuja área não supere trinta hectares 
(conforme definida na Lei Nº 4.771, de 15 de setembro de 1965); 
• Projeto: documento detalhado ou simplificado com descrição das técnicas e 
cronograma propostos para a recuperação florestal de determinada área, para 
apresentação aos órgãos licenciadores ; 
• Recuperação florestal: restituição de uma área desflorestada, perturbada ou 
degradada à condição de floresta nativa, de acordo com projeto previamente 
elaborado de ocupação da área; 
• Riqueza: número de espécies encontradas num local. 
• Sistema de produção comercial: qualquer atividade de produção rural, 
praticada fora das situações protegidas legalmente da propriedade rural 
(Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal). 
 
Artigo 3º - a recuperação florestal deverá ser priorizada nas seguintes áreas: 
I. De preservação permanente, definidas pela Lei Federal 4771/65 e em outros 
instrumentos legais, em especial aquelas localizadas em cabeceiras de nascentes e 
olhos d’água; 
II. com elevado potencial de erodibilidade dos solos; 
III. De interligação de fragmentos florestais remanescentes na paisagem regional 
(corredores ecológicos); 
IV. Localizadas em zonas de recarga hídrica e de relevância ecológica; 
V. Localizadas em zonas de amortecimento de Unidades de Conservação. 
 
Artigo 4º - o cumprimento integral das disposições contidas nesta Resolução deverá 
ser exigido nos seguintes casos: 
I. Projetos de recuperação florestal exigidos como condição para a emissão de 
licenças ambientais por órgãos integrantes do SEAQUA; 
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21
II. Projetos de recuperação florestal exigidos com o objetivo de promover a 
reparação de danos ambientais que foram objeto de autuações administrativas; 
III. Projetos de recuperação florestal previstos em Termo de Ajustamento de 
Conduta; 
IV. Projetos implantados com recursos públicos sujeitos à aprovação de órgãos 
integrantes do SEAQUA. 
 
Artigo 5º - a recuperação florestal exige diversidade elevada, compatível com o tipo 
de vegetação nativa ocorrente no local, a qual poderá ser obtida através do plantio 
de mudas e/ou de outras técnicas, tais como nucleação, semeadura direta, indução 
e/ou condução da regeneração natural. 
Parágrafo único - a Secretaria de Meio Ambiente, por meio do Instituto de Botânica, 
disponibilizará informações periódicas atualizadas com orientações gerais (chave de 
tomada de decisões), para recuperação florestal em diferentes situações. 
 
Artigo 6º - em áreas de ocorrência das formações de floresta ombrófila, de floresta 
estacional semidecidual e de savana florestada (cerradão), a recuperação florestal 
deverá atingir, no período previsto em projeto, o mínimo de 80 (oitenta) espécies 
florestais nativas de ocorrência regional, conforme o Artigo 8º e/ou identificadas em 
levantamentos florísticos regionais. 
 
§ 1º - em relação ao número de espécies a ser utilizado nas situações de plantio: 
a. devem ser utilizadas, no mínimo, 20% de espécies zoocóricas nativas da 
vegetação regional; 
b. devem ser utilizadas, no mínimo, 5% de espécies nativas da vegetação regional, 
enquadradas em alguma das categorias de ameaça (vulnerável, em perigo, 
criticamente em perigo ou presumivelmente extinta); 
c. nos plantios em área total, as espécies escolhidas deverão contemplar os dois 
grupos ecológicos: pioneiras(pioneiras e secundárias iniciais) e não pioneiras 
(secundárias tardias e climácicas), considerando-se o limite mínimo de 40% para 
qualquer dos grupos, exceto para a savana florestada (cerradão). 
 
§ 2º - em relação ao número de indivíduos a ser utilizado nas situações de plantio: 
a. O total dos indivíduos pertencentes a um mesmo grupo ecológico (pioneiro e não 
pioneiro) não pode exceder 60% do total dos indivíduos do plantio; 
b. nenhuma espécie pioneira pode ultrapassar o limite máximo de 20% de indivíduos 
do total do plantio; 
c. nenhuma espécie não pioneira pode ultrapassar o limite máximo de 10% de 
indivíduos do total do plantio; 
d. dez por cento (10%) das espécies implantadas, no máximo, podem ter menos de 
doze (12) indivíduos por projeto. 
 
Artigo 7º - para outras formações ou situações de baixa diversidade de espécies 
florestais (áreas rochosas, florestas paludosas, florestas estacionais deciduais, 
floresta de restinga e manguezal), o número de espécies a ser utilizado será definido 
por projeto técnico circunstanciado, a ser aprovado no âmbito da Coordenadoria de 
Licenciamento Ambiental e de Proteção de Recursos Naturais - CPRN, 
considerando-se a maior diversidade possível. 
 
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Artigo 8º - para efeitos desta resolução, o Instituto de Botânica de São Paulo 
disponibilizará, através do portal eletrônico da Instituição e outros meios, a lista de 
espécies florestais de ocorrência regional, atualizada no mínimo anualmente, com 
informações necessárias para o cumprimento desta resolução, tais como: área de 
ocorrência, formação vegetal, grupo sucessional, síndrome de dispersão e categoria 
de ameaça das espécies. 
Parágrafo único - o Instituto de Botânica apontará as regiões com 
insuficiência de conhecimento botânico no Estado de São Paulo, para as 
quais será recomendado que o proponente do projeto apresente 
levantamento florístico regional. 
 
Artigo 9º - na execução da recuperação florestal: 
I. O solo deve ser preparado, considerando-se as características geotécnicas, 
pedológicas e edáficas; 
II. devem ser adotadas as recomendações técnicas de conservação /recuperação de 
solo; 
III. deve ser promovida a restauração da dinâmica hídrica superficial e subsuperficial 
do solo (inclusive do curso d´água); 
IV. deve ser previsto o controle inicial das espécies exóticas competidoras, e 
V. A área deve ser isolada, sempre que necessário, visando controlar os fatores 
impeditivos à sobrevivência e ao crescimento das plantas. 
 
Artigo 10 - na execução da recuperação florestal, devem ser observados os 
seguintes aspectos: 
§ 1º - As práticas de manutenção da área em recuperação florestal deverão ser 
executadas, no mínimo, por 24 meses após o plantio ou conforme deliberação do 
órgão responsável pelo licenciamento. 
 
§ 2º - Como prática de manutenção da recuperação florestal será admitido, por até 
três anos, o plantio consorciado de espécies nativas com espécies para adubação 
verde e/ou agrícolas. 
 
§ 3º - Recomenda-se a adoção de práticas de manutenção e condução da 
regeneração natural em situações em que sejam empregadas outras técnicas de 
recuperação florestal. 
 
Artigo 11 - para recuperação de áreas com algum tipo de cobertura florestal nativa 
remanescente, devem ser observadas as seguintes recomendações: 
I. A área deve ser protegida, eliminando-se qualquer fator impeditivo à sobrevivência 
e ao crescimento das plantas; 
II. As espécies-problema devem ser controladas; 
III. As áreas devem ser enriquecidas com espécies não pioneiras, priorizando-se 
espécies nativas da flora regional presentes em alguma das categorias de ameaça 
(vulnerável, em perigo, criticamente em perigo ou presumivelmente extinta), bem 
como espécies zoocóricas. 
 
Artigo 12 - para a recuperação florestal, associada ou não ao plantio de mudas, 
deverá ser apresentado um projeto específico, com a devida anotação de 
responsabilidade técnica (ART), contendo minimamente o seguinte: 
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I. Informações sobre o meio físico; 
II. Informações sobre a ocorrência de remanescentes naturais na paisagem regional; 
III. Informações sobre a ocupação e uso da área do entorno; 
IV. Informações sobre o histórico de degradação da área; 
V. Metodologia prevista para a eliminação dos fatores impeditivos de sobrevivência e 
crescimento das plantas; 
VI. Avaliação e metodologia proposta para a condução do processo de regeneração 
natural; 
VII. Proposta de práticas a serem executadas para a manutenção da área 
recuperada; 
VIII. Proposta de monitoramento periódico da recuperação florestal, considerando: 
a. estabelecimento e desenvolvimento da cobertura florestal; 
b. incremento da riqueza de espécies florestais (implantadas e/ou 
regenerantes); 
c. evidências de processos erosivos (assoreamento, sulcos, ravinas e 
voçorocas); 
d. ocorrência de perturbações naturais e/ou antrópicas, e 
e. periodicidade e forma de apresentação da avaliação. 
 
§ 1º - Qualquer alteração do projeto original deverá ser informada e justificada, para 
aprovação pelos órgãos licenciadores. 
 
§ 2º - a recuperação florestal na pequena propriedade rural poderá ser assistida pelo 
poder público, dispensando-se a apresentação de projeto técnico, mas 
considerando, na execução das ações, os princípios gerais desta resolução. 
 
Artigo 13 - a Secretaria do Meio Ambiente, de forma integrada com outras 
Secretarias de Estado, Universidades, Instituições Científicas, Ministério Público, 
outras esferas de governo e organizações não governamentais, estimulará o 
desenvolvimento de pesquisas e extensão, bem como o aprimoramento do 
conhecimento científico das medidas estabelecidas nesta resolução, visando: 
I. Ampliar os conhecimentos sobre hidroclimatologia e condicionantes 
geomorfológicos, geotécnicos e pedológicos associados à deflagração dos 
processos erosivos; 
II. Ampliar os conhecimentos sobre ecologia das espécies, formações florestais e 
tecnologia de produção de sementes e mudas; 
III. Estabelecer modelos alternativos para a recuperação florestal, visando à 
obtenção de maior eficiência e menor custo; 
IV. Capacitar os agentes públicos e privados envolvidos na recuperação florestal; 
V. Capacitar proprietários rurais para práticas de conservação e recuperação 
florestal; 
VI. Capacitar produtores de sementes e mudas para a produção com diversidade 
florística e genética; 
VII. Fomentar a produção de espécies zoocóricas da flora paulista e daquelas em 
alguma categoria de ameaça (vulnerável, em perigo, criticamente em perigo e 
presumivelmente extinta); 
VIII. Estimular processos de certificação de viveiros florestais, que garantam a 
produção de mudas de espécies nativas com diversidade florística e genética, e que 
atendam ao Sistema Nacional de Sementes e Mudas; 
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IX. Estimular o desenvolvimento e a aplicação de sistemas de monitoramento para 
reflorestamentos com espécies nativas, utilizando técnicas de sensoriamento remoto 
e levantamentos por amostragem, inclusive para estimar a biomassa vegetal e 
quantidade de carbono acumulado. 
 
Artigo 14 - para iniciativas voluntárias de recuperação florestal, emáreas 
consideradas de preservação permanente (Lei Federal 4771/65) e não enquadradas 
no Artigo 4º desta Resolução, deverá ser aplicado o procedimento simplificado de 
aprovação pelo DEPRN, com prioridade de análise e isenção de taxa. 
 
Artigo 15 - a recuperação florestal será considerada cumprida por decisão do órgão 
licenciador, com base nas avaliações periódicas previstas no inciso VIII do artigo 12º 
desta Resolução. 
 
Artigo 16 - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se 
as disposições em contrário. 
 
Publicada no Diário Oficial do Estado – Volume 117 – Número 45 – São Paulo, quinta feira, 08 
de março de 2007 
 
 
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VI. Chave para tomada de decisão Recuperação de Áreas 
Degradadas1 
 
 
Definições de termos utilizados na chave de tomada de decisões: 
Adensamento: introdução de plantas para complementação da regeneração natural. 
Área isolada: com pequena probabilidade de receber propágulos de espécies 
nativas de formações naturais circunvizinhas e do mesmo ecossistema na 
paisagem local. 
Área não isolada: com elevada probabilidade de receber propágulos de espécies 
nativas de formações naturais circunvizinhas e do mesmo ecossis tema na 
paisagem local. 
Enriquecimento: introdução de espécies e/ou genótipos do mesmo ecossistema. 
Nucleação: alguma ação facilitadora do processo de sucessão, realizada em trechos 
restritos da área a ser restaurada, e que permita a regeneração de espécies 
nativas. Ex. poleiros naturais e/ou artificiais, plantios de espécies atrativas de 
fauna, banco / chuva de sementes em áreas restritas. 
Plantio em área total: introdução de plantas em toda a área quando a regeneração 
natural inexiste ou for desconsiderada. A área pode ser restaurada nas 
seguintes formas: 
- mudas (oriundas de sementes, resgate de plântulas ou propagação 
vegetativa). 
- sementes (semeadura direta ou oriundas de banco ou chuva de sementes). 
Regenerantes: indivíduos jovens de plantas nativas de uma formação natural da 
região. 
Zona tampão: zona adjacente à área restaurada e com ações diferenciadas de 
manejo visando o amortecimento dos impactos (ex. culturas perenes, SAFs, 
restrição de uso do fogo e herbicidas). 
 
Instruções para uso da chave 
Para o uso desta chave as características da área em questão devem ser 
consideradas. O primeiro item (o de número 1) apresenta duas possibilidades 
mutuamente exclusivas (no caso, com ou sem remanescentes florestais), marcados 
com ‘a’ e ‘b’, e em cada um a chave conduz ou a uma série de ações possíveis ou 
ao envio a um novo item. Neste caso, se a área apresenta remanescentes florestais 
isolados são possíveis as seguintes ações: enriquecimento florístico com diversidade 
genética e/ou manejo de espécies-problemas (invasoras ou superabundantes) e/ou 
implantação de zona-tampão. Se entretanto, não existe na área remanescentes 
florestais, a chave indica uma nova bifurcação (agora com o número 2): em área 
abandonada ou em área utilizada. 
 
 
1 1 O grau de degradação é avaliado de acordo com a fisionomia, composição e estrutura florestal. 
Pontos: positivos: riqueza, número de estratos (inclui regenerantes), presença de epífitas. Pontos 
negativos: lianas em desequilíbrio (borda e interior) e gramíneas invasoras (borda e interior) 
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26
1 a. com remanescente florestal isolado (pouco / muito degradada): 
Ações Possíveis: 
? enriquecimento florístico com diversidade genética 
? manejo de espécies-problema (invasoras ou superabundantes) 
? implantação de zona tampão 
1 b. sem remanescente florestal ........................................................ vai para o item 2 
 
2 a. em área abandonada................................................................... vai para o item 3 
2 b. em área utilizada ......................................................................... vai para o item 7 
 
3 a. em solo não degradado ...............................................................vai para o item 4 
3 b. em solo degradado ......................................................................vai para o item 6 
 
4 a. não inundado ...............................................................................vai para o item 5 
4 b. inundado ou naturalmente mal drenado (com / sem regenerantes naturais): 
Ações Possíveis: 
? adensamento e enriquecimento florístico com diversidade genética 
? plantio em área total (mudas ou semeadura) 
? manejo de espécies-problema (invasoras ou superabundantes) 
? implantação de zona-tampão 
 
5 a. com regenerantes naturais: 
Ações Possíveis: 
? inundação e condução da regeneração 
? adensamento e enriquecimento florístico com diversidade genética 
? nucleação (ilhas de diversidade) 
? implantação de zona-tampão 
5 b. sem regenerantes naturais: 
Ações Possíveis: 
? plantio em área total (mudas ou semeadura) 
? nucleação (ilhas de diversidade) 
? implantação de zona-tampão 
 
6 a. sem exposição de rocha: problemas físicos e/ou químicos (incl. várzeas 
drenadas): 
Ações Possíveis: 
? aração e/ou dragagem e/ou subsolagem 
? adubação verde 
? transferência de serapilheira, camada superficial do solo e banco de 
sementes 
? plantio em área total (mudas ou semeadura) 
? implantação de zona-tampão 
6 b. com exposição de rocha (material de origem): 
Ações Possíveis: 
? transferência de subsolo 
? transferência de serapilheira, camada superficial do solo e banco de 
sementes 
? adubação verde 
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? plantio em área total (mudas ou semeadura) 
? implantação de zona-tampão 
 
7 a. em área de pecuária ................................................................... vai para o item 8 
7 b. em área não de pecuária ............................................................ vai para o item 9 
 
8 a. pastagem com regenerantes naturais: 
Ações Possíveis: 
? conservação e descompactação do solo 
? indução e condução da regeneração 
? adensamento e enriquecimento florístico com diversidade genética 
? nucleação (ilhas de diversidade) 
? implantação de zona-tampão 
8 b. pastagem sem regenerantes naturais: 
Ações Possíveis: 
? conservação e descompactação do solo 
? plantio em área total (mudas ou semeadura) 
? nucleação (ilhas de diversidade) 
? implantação de zona-tampão 
 
9 a. área de reflorestamento econômico (pinus, eucalipto, seringueira, etc.) 
.......................................................................................................... vai para o item 10 
9 b. área agrícola.............................................................................. vai para o item 11 
 
10 a. com regenerantes naturais: 
Ações Possíveis: 
? desbaste 
? morte em pé da espécie econômica 
? corte total 
? indução e condução da regeneração 
? adensamento e enriquecimento florístico com diversidade genética 
? implantação de zona-tampão 
10 b. sem regenerantes naturais: 
Ações Possíveis: 
? corte total 
? plantio em área total (mudas ou semeadura) 
? nucleação (ilhas de diversidade) 
? implantação de zona-tampão 
 
11a pouco tecnificada: 
AçõesPossíveis: 
? pousio para avaliação da expressão da regeneração natural 
? indução e condução da regeneração 
? adensamento e enriquecimento florístico com diversidade genética 
? plantio em área total (mudas ou semeadura) 
? nucleação (ilhas de diversidade) 
? implantação e zona tampão 
11b altamente tecnificada: 
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Ações Possíveis: 
? plantio em área total (mudas ou semeadura) 
? nucleação (ilhas de diversidade) 
? implantação e zona tampão 
 
Modelos de recuperação de áreas degradadas (RAD) para aplicação em 
diferentes situações de áreas de preservação permanente (APP) do Estado de 
São Paulo 
A discussão dos tópicos restritos aos grupos foi realizada no primeiro dia de 
trabalho. No segundo dia, todos os grupos foram reunidos em plenária e as 
discussões foram apresentadas e analisadas em conjunto. 
As situações ocorrentes em áreas degradadas representativas no Estado 
(pastagem, agricultura, reflorestamento comercial, área abandonada, solo 
degradado), bem como a variação do clima e solo, devem ser priorizadas na 
implantação dos modelos, bem como as temáticas apresentadas a seguir. 
Os itens numerados com algarismos romanos representam as questões a 
serem respondidas pelos modelos, com indicações de desenho experimental. 
 
Mata Ciliar x Função Ambiental 
I. Eficiência da mata ciliar como corredor ecológico 
? mata ciliar conectando fragmentos x ausência de mata ciliar conectando 
fragmentos x mata ciliar isolada 
? largura da faixa ciliar (30, 50 e 100m) em ambas as margens x numa única 
margem 
II. Eficiência na retenção do assoreamento 
? implantação da mata ciliar em diferentes faixas como etapas do cronograma 
de restauração (10, 20, 30m etc.) x tipos de solo (latossolos, argissolos) x 
declividade de rampa (duas classes) 
? eficiência na conservação da biodiversidade - dados secundários 
 
Mata Ciliar x Métodos Silviculturais 
III. Composição de espécies 
? (diversidade alta x baixa) x (área isolada x área não isolada) x arbóreas x não 
arbóreas 
IV. Proporção de grupos ecológicos (pioneiras x não pioneiras) 
? implantar, com a mesma diversidade, proporções distintas de pioneiras e não 
pioneiras e sem considerar os grupos ecológicos 
V. Arranjo espacial de grupos ecológicos 
? aleatório x não aleatório x espaçamentos diferentes (mecanizáveis x não 
mecanizáveis) 
VI. Resgate da diversidade de formas de vida 
? chuva de sementes alóctones 
? banco de sementes + serapilheira alóctones 
? plântulas alóctones 
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VII. Métodos de regeneração para áreas sem cobertura arbórea 
? indução e condução da regeneração natural 
? indução e condução da regeneração natural, adensamento e enriquecimento 
com mudas (regeneração natural + artificial) 
? semeadura direta x plantio de mudas (artificial) 
VIII. Métodos para recuperação e enriquecimento de áreas com cobertura arbórea 
(remanescentes naturais e implantados) 
? transferência direta de epífitas, lianas, herbáceas e plântulas de arbóreas 
alóctones 
? semeadura direta 
? plantio de mudas 
? transferência de chuva de sementes e serapilheira alóctones 
? controle de espécies-problema (invasoras e superabundantes) 
IX. Métodos de manutenção de áreas restauradas 
? controle químico x manual x mecânico x cultural (adubação verde) 
OBS: Áreas que não atingirem as normas da resolução SMA 47/03 serão adequadas 
posteriormente. 
 
Mata Ciliar x Função Ambiental e Econômica 
X. Uso temporário: somente nas situações com plantio em área total. Uso de cultura 
temporária (lavoura branca) na entrelinha na fase de implantação, como estratégia 
de manutenção da área em restauração (controle de gramíneas, formigas e proteção 
de fogo) ou associadas com o adubo verde. 
XI. Uso permanente: apenas para a pequena propriedade rural ou posse rural 
familiar, restrito a 2/3 da área, reservando-se 1/3 na margem do curso d’água 
exclusivamente para a restauração. Nos 2/3 podem ser autorizados: 
XII. a. Manejo de produtos não madeireiros de espécies nativas em APP (caso o 
produtor abandone o manejo, a área estará recuperada com essências nativas 
conforme a legislação). 
XII. b. Sistemas Agroflorestais-SAF’s em propriedades inferiores a 30ha que não 
descaracterizem a cobertura florestal e não prejudiquem a função ambiental da mata 
ciliar (conforme o Código Florestal e a Resolução SMA 47/03). 
 
Mata Ciliar x Área Agrícola 
XIII. Zona tampão: 
? entorno de culturas perenes x anuais 
? com uso de fogo x sem uso de fogo (cana) 
? com uso de agrotóxicos x sem uso de agrotóxicos 
 
 
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ANEXO à Resolução SMA 08 de 07-03-2007 : OBS: as espécies pintadas de amarelo são 
inclusões novas na listagem de 2004 (foram incluídas 122 espécies – as ameaçadas de extinção que 
já foram publicadas na Flora de São Paulo e as espécies do vol. 4) 
Listagem das espécies arbóreas e indicação de sua ocorrência natural nos biomas / ecossistemas e 
regiões ecológicas do Estado de São Paulo, com a classificação sucessional e a categoria de ameaça 
de extinção. (Classe sussecional: P – Pioneira e NP – Não Pioneira. Categoria de ameaça de 
extinção: EX – Presumivelmente extinta; EW – Presumivelmente extinta na natureza; CR – Em 
perigo crítico; EN - Em perigo; VU – Vulnerável; QA – Quase ameaçada. Biomas / Ecossistemas: 
RES – Vegetação de Restinga; MAN – Manguezal; FOD – Floresta Ombrófila Densa, FOM / ALT – 
Floresta Ombrófila Mista e Floresta Ombrófila Densa Altomontana; FES – Floresta Estacional 
Semidecidual; MC - Mata Ciliar; MP – Mata Paludosa; FED – Floresta Estacional Decidual; CER – 
Cerrado. Regiões Ecológicas: LS – Litoral Sul; LN – Litoral Norte; SE – Sudeste; CE – Centro; SO 
– Sudoeste; NO – Noroeste). * Os nomes das espécies entre colchetes indicam sinônimos. 
 
 
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ANACARDIACEAE 
Anacardium humile A. St.-Hil. Cajueiro-do-campo NP x x 
Astronium graveolens Jacq. Guaritá / Guaritá-do-cerrado NP x x x x x x x x 
Lithraea molleoides (Vell.) 
Engl. 
Aroeira-brava / Aroeira-do-
cerrado / Aroeira-branca 
P x x x x x x x 
Myracrodruon urundeuva 
Allemão (Astronium 
urundeuva Engl.) 
Aroeira-preta / Aroeira-do-
campo / Aroeira-verdadeira / 
Aroeira-vermelha / Urundeúva 
NP VU x x 
Schinus terebinthifolius Raddi Aroeira-pimenteira / Aroeira-
mansa / Aroeirinha / Aroeira-
pimenta 
P x x x x x x x x 
Tapirira guianensis Aubl. Peito-de-pomba / Peito-de-
pombo / Copiúva 
NP x x x x x x x x x x x x x x x 
Tapirira obtusa (Benth.)J.D. 
Mitchell 
Pau-pombo NP x x x x 
ANNONACEAE 
Anaxagorea dolichocarpa 
Sprague & Sandwith 
Anaxagorea NP x x x 
Annona cacans Warm. Araticum / Araticum-cagão / 
Fruta-do-conde 
P x x x x x x x x x x 
Annona coriacea Mart. Araticum / Araticum-bóia / 
Marolo 
NP x x x 
Annona cornifolia A. St.-Hil. Marolo-do-cerrado NP QA x x 
Annona crassiflora Mart. Marolo NP x x x 
Annona dioica A. St.-Hil. Anona-dioica NP x x 
Annona glabra L. Araticum-do-brejo / Araticum NP x x 
Duguetia furfuracea (A. St.-
Hil.) Benth. & Hook. f. 
Duguetia NP x x 
Duguetia lanceolata A. St.-Hil. Pindaíva / Pindaíba NP x x x x x x x x x x x 
Guatteria australis A. St.-Hil. Pindaúva-preta NP x x x x x x 
Guatteria nigrescens Mart. Pindaúva-preta NP x x x x x x x x 
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Porcelia macrocarpa (Warm.) 
R.E. Fries 
Louro-branco NP x 
Rollinia mucosa (Jacq.) Baill. Biribá / Araticum / Condessa NP x x 
Rollinia sericea (R. E. Fries) 
R.E. Fries 
Araticum-alvadio P x x x x x x 
Rollinia sylvatica (A.St.-Hil.) 
Mart. 
Cortiça-amarela / Araticum-do-
mato 
P x x x x x x x 
Xylopia aromática (Lam.) 
Mart. 
Pimenta-de-macaco NP x x x x 
Xylopia brasiliensis Spreng. Pau-de-mastro / Pindaubuna NP x x x x x x x x 
Xylopia emarginata Mart. Pindaíba-d'água NP x x 
Xylopia langsdorffiana A. 
St.Hil. & Tul. 
Pindaúva-fêmea NP x x x x 
APOCYNACEAE 
Aspidosperma australe Müll. 
Arg. 
 NP x x x x 
Aspidosperma camporum Müll. 
Arg. 
 NP QA x x x x 
Aspidosperma cuspa (Kunth) 
S.F. Blake 
Guatambuzinho / Guatambu-
branco 
NP QA x x x x 
Aspidosperma cylindrocarpon 
Müll. Arg. 
Peroba-poca / Peroba-rosa NP x x x x x x x x 
Aspidosperma macrocarpon 
Mart. 
Guatambu-do-cerrado / 
Guatambu 
NP VU x x 
Aspidosperma nobile Müll. Arg. NP CR x 
Aspidosperma olivaceum Müll. 
Arg. 
Guatambu / Guatambu-mirim NP x x x x 
Aspidosperma parvifolium A. 
DC. 
Guatambu-oliva / Guatambu-
amarelo / Guatambu 
NP x x x x x x x x 
Aspidosperma polyneuron 
Müll. Arg. 
Peroba-rosa NP QA x x x x x x x x x 
Aspidosperma quirandy Hassl. NP EN x 
Aspidosperma ramiflorum 
Müll. Arg. 
Guatambu / Guatambu-amarelo NP x x x x x x x 
Aspidosperma riedelii Müll. 
Arg. 
 NP EN x x x 
Aspidosperma spruceanum 
Benth. ex Müll. Arg. 
 NP CR x 
Aspidosperma subincanum 
Mart. 
Guatambu-vermelho / 
Guatambu 
NP x x 
Aspidosperma tomentosum 
Mart. 
 
Peroba-do-campo NP QA x x x x x x 
Hancornia speciosa Gomes Mangabeira NP x x x 
Himatanthus obovatus (Müll. 
Arg.) Woodson 
Tiborna NP QA x x x 
Malouetia arborea (Vell.) Miers 
[M. cestroides (Nees) Müll. 
Arg.] 
Pé-de-coelho P x x x x 
Rauvolfia sellowii Müll. Arg. Casca-d'anta NP x x x 
Tabernaemontana hystrix 
Steud. [Peschiera fuchsiifolia 
(A. DC.) Miers] 
Leiteiro / Jasmim-do-campo / 
Leiteiro-vermelho / Gancheira 
P x x x x x x x x x x 
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AQUIFOLIACEAE 
Ilex amara (Vell.) Loes. [I. 
dumosa Reissek] 
Caúna-lisa / Congonha-miúda NP x x x x x x x 
Ilex brevicuspis Reissek Caúna-da-serra NP QA x 
Ilex cerasifolia Reissek Congonha NP x x x x x 
Ilex paraguariensis A. St.-Hil. 
 
Erva-mate NP x x x x x x x 
Ilex pseudobuxus Reissek Caúna-da-folha-miúda NP x x 
Ilex theezans Mart. Caúna NP x x x x x x 
ARALIACEAE 
Dendropanax cuneatum (DC.) 
Decne & Planch. 
Maria-mole P x x x x x x x x x 
Didymopanax calvum (Cham.) 
Decne. & Planch. 
Mandioqueiro P x x x x x x x 
Didymopanax macrocarpum 
(Cham. & Schltdl.) Seem. 
 
Mandioqueiro-do-cerrado NP x x 
Didymopanax morototonii 
(Aubl.) Decne. & Planch. 
 
Mandioqueiro / Morototó / 
Mandiocão 
P x x x x x x x 
Oreopanax fulvum E. March. Figueira-do-mato NP x 
Sciadodendron excelsum 
Griseb. 
Carobão / Lagarto P x x 
ARAUCARIACEAE 
Araucaria angustifolia (Bertol.) 
Kuntze 
Araucária / Pinheiro-do-paraná / 
Pinheiro-do-paraná 
NP VU x x 
ARECACEAE 
Acrocomia aculeata (Jacq.) 
Lodd. ex Mart. [A. sclerocarpa 
Lodd. ex Mart.] 
Macaúba / Palmeira-macaúba NP x x x x x x 
Allagoptera leucocalyx (Drude) 
Kuntze 
Palmeira-coco-da-chapada NP x 
Astrocaryum aculeatissimum 
(Schott) Burret 
Brejaúva / Palmeira-brejaúva NP x x x x 
Attalea dubia (Mart.) Burret Palmeira-indaiá-açu NP x x x x 
Attalea geraensis Barb. Rodr. Palmeira-indaiá-do-cerrado NP x 
Bactris setosa Mart. Palmeira-coco-de-natal NP x x x x x x 
Butia capitata Becc. Butiá-da-praia / Butiá NP x 
Butia paraguayenses (Barb. 
Rodr.) L. H. Bailey 
Palmeira-butiá-do-cerrado NP QA x 
Euterpe edulis Mart. Palmito-juçara / Palmiteiro / 
Palmito-doce / Jussara 
NP VU x x x x x x x x x x x 
Geonoma brevispatha Barb. 
Rodr. 
Palmeira-ouricana NP x x 
Geonoma elegans Mart. Palmeira-aricanguinha NP x x x 
Geonoma gamiova Barb. Rodr. Palmeira-gamiova NP x x x x 
Geonoma schottiana Mart. Gamiova / Palmeira-ouricangaNP x x x x x 
Lytocaryum hoehnei (Burret) 
Toledo 
Palmeira-içá NP x 
Syagrus flexuosa (Mart.) Becc. Palmeira-acumã NP x 
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Syagrus oleracea Becc. Gueirova / Gueroba / Gariroba / 
Guariroba / Palmeira-guariroba 
NP x x x x 
Syagrus pseudococos (Raddi) 
Glassman 
Palmeira-coco-amargoso NP x x 
Syagrus romanzoffiana 
(Cham.) Glassman 
Jerivá / Palmeira-jerivá / Coco-
gerivá / Baba-de-boi / Jaruvá 
NP x x x x x x x x x x x x x x x 
ASTERACEAE 
Baccharis dracunculifolia DC. Alecrim-do-campo P x x x x x 
Gochnatia barrosii Cabrera Gochnatia P x x x 
Gochnatia polymorpha (Less.) 
Cabrera 
Candeia / Cambará / Cambará-
branco 
P x x x x x x x x x x x 
Gochnatia pulchra Cabrera Cambará NP x x 
Piptocarpha angustifolia Dusen 
ex Malme 
Vassourão-branco P x 
Piptocarpha axillaris (Less.) 
Baker 
Vassourão-branco P x x x x x x x 
Piptocarpha macropoda Baker Piptocarpa P x x x x x 
Piptocarpha rotundifolia 
(Less.) Baker 
Candeia NP x x x 
Stifftia chrysantha Mikan Rabo-de-cotia-amarelo NP x 
Vernonia discolor (Spreng.) 
Less. 
Vassourão-preto P x x x x x x 
Vernonia ferruginea Less. Vernonia P x 
Vernonia polyanthes Less. Cambará-guaçu P x x x x x x x 
BIGNONIACEAE 
Cybistax antisyphilitica (Mart.) 
Mart. 
Ipê-da-flor-verde / Ipê-verde / 
Caroba-da-flor-verde / Caroba 
NP x x x x x 
Jacaranda macrantha Cham. Carobão / Caroba / Carova / 
Jacarandá-caroba 
P x x x x 
Jacaranda micrantha Cham. Caroba-miúda / Jacarandá-
carobão / Caroba 
P x x x x x x x 
Jacaranda puberula Cham. 
[Jacaranda semisserrata 
Cham.] 
Carobinha / Caroba-do-cerrado / 
Carova-do-brejo 
NP x x x x x x x 
Sparattosperma leucanthum 
(Vell.) K. Schum. 
Ipê-branco / Ipê-branco-do-
mato-grosso / Carimã / Caroba-
branca 
P x x 
Tabebuia alba (Cham.) 
Sandwith 
Ipê-amarelo-da-serra / Ipê-ouro 
/ Ipê-amarelo / Ipê-da-serra 
NP x x 
Tabebuia aurea (Silva Manso) 
Benth. & Hook. f. ex S. Moore 
[Tabebuia caraiba (Mart.) 
Bureau] 
Ipê-amarelo-craibeira / Ipê-
amarelo-do-cerrado 
NP x x x 
Tabebuia cassinoides DC. Caxeta / Ipê-caixeta / Caixeta P x x 
Tabebuia chrysotricha (Mart. 
ex DC.) Standl. 
Ipê-amarelo-da-mata / Ipê-do-
campo / Ipê-amarelo-cascudo / 
Ipê-amarelo-paulista 
NP x x x 
Tabebuia heptaphylla (Vell.) 
Toledo 
Ipê-roxo / Ipê-roxo-sete-folhas / 
Ipê-rosa / Ipê-roxo-anão / Ipê-
roxo-da-mata 
NP x x x x x x 
Tabebuia impetiginosa (Mart.) 
Standl. 
Ipê-roxo / Ipê-roxo-de-bola / 
Ipê-rosa 
NP x x x x x 
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Tabebuia ochracea (Cham.) 
Standl. 
Ipê-amarelo / Ipê-amarelo-do-
cerrado / Ipê-do-campo / Ipê-
amarelo-grande 
NP x x x x x 
Tabebuia roseo-alba (Ridley) 
Sandwith 
Ipê-branco NP x x 
Tabebuia serratifolia (Vahl) G. 
Nicholson 
Ipê-amarelo / Ipê-amarelo-do-
cerrado 
NP x x x x 
Tabebuia umbellata (Sond.) 
Sandwith 
Ipê-amarelo-do-brejo / Ipê-
amarelo 
NP x x x x x x x 
Tabebuia vellosoi Toledo Ipê-amarelo-casca-lisa / Ipê-
amarelo-liso / Ipê-amarelo-da-
mata / Ipê-tabaco / Ipê-caroba 
NP x x x x x 
Zeyheria digitalis (Vell.) L. B. 
Sm. & Sandwith 
Saco-de-bode NP x x 
Zeyheria tuberculosa (Vell.) 
Bureau ex Verlot 
Ipê-felpudo / Ipê-tabaco NP x x x x x x x x 
BOMBACACEAE 
Ceiba rivieri (Decne.) K. 
Schum. 
Paineira-amarela NP x 
Chorisia speciosa A. St.-Hil. Paineira / Paineira-rosa / 
Paineira-branca / Paineira-
vermelha 
NP x x x x x x x x x 
Eriotheca candolleana 
(K.Schum.) A.Robyns 
Embiruçu-do-litoral NP x x x x 
Eriotheca gracilipes (K. 
Schum.) A. Robyns 
Paineira-do-campo NP x x x 
Eriotheca pentaphylla (Vell.) 
A. Robyns 
Sapobemba NP x x x x 
Pseudobombax grandiflorum 
(Cav.) A. Robyns 
Embiruçu-da-mata / Embiruçu NP x x x x x x x x x x 
Pseudobombax longiflorum 
(Mart. & Zucc.) A. Robyns 
Imbiruçu / Embiruçu-do-cerrado NP x 
Spirotheca passifloroides 
Cuatr. 
Paineirinha-vermelha NP x 
BORAGINACEAE 
Cordia ecalyculata Vell. Café-de-bugre / Claraíba NP QA x x x x x x x x x x 
Cordia glabrata (Mart.) DC. Claraíba NP x 
Cordia sellowiana Cham. Chá-de-bugre / Louro-mole P x x x x x x x x x x 
Cordia superba Cham. Babosa-branca / Baba-de-boi / 
Cordia / Grão-de-galo 
P x x x x x x 
Cordia trichotoma (Vell.) 
Arrab. ex Steud. 
Louro-pardo NP x x x x x x x x 
Patagonula americana L. Guaiuvira / Guajuvira NP x x x x x x x 
BURSERACEAE 
Protium heptaphyllum (Aubl.) 
March. 
Almecega / Almecegueira NP x x x x x x x x x x x 
Protium kleinii Cuatrec. Almecega-branca / Arméssica / 
Arméssica-branca / Pau-
terebentina 
NP VU x x x 
Protium ovatum Engl. NP x 
Protium spruceanum Engl. Almecegueira-do-mato-grosso / 
Almecegueira-do-brejo 
NP x x x x x 
 SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE 
 GABINETE DO SECRETÁRIO E ASSESSORIAS 
 
 
 
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BIOMA - ECOSSISTEMA / REGIÃO 
 
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FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR 
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