aula 17.09.2013 - Princípios

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PRINCÍPIOS
Conceito:
“Princípio. S. m. 1. Momento ou local ou trecho em que algo tem origem; começo. 2. Causa primária. 3. Elemento predominante na constituição de um corpo orgânico. 4. Preceito, regra, lei. 5. P.ext. Base; germe” (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira).
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CONCEITO
“Princípio [...] é, por definição, mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que se irradia sobre diferentes normas compondo-lhes o espírito e servindo de critério para sua exata compreensão e inteligência exatamente por definir a lógica e a racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a tônica e lhe dá sentido harmônico”. (Celso Antônio Bandeira de Mello)
CONCEITO
“Segundo nos parece, princípio jurídico é um enunciado lógico, implícito ou explícito, que, por sua grande generalidade, ocupa posição de preeminência nos vastos quadrantes do direito e, por isso mesmo, vincula, de modo inexorável, o entendimento e a aplicação das normas jurídicas que com ele se conectam”. (Roque Antônio Carrazza).
“Violar um princípio é muito mais grave que transgredir uma norma qualquer. A desatenção ao princípio implica ofensa não apenas a um específico mandamento obrigatório, mas a todo o sistema de comandos. É a mais grave forma de ilegalidade ou inconstitucionalidade, conforme o escalão do princípio atingido, porque representa insurgência contra todo o sistema, subversão de seus valores fundamentais, contumélia irremissível a seu arcabouço lógico e corrosão de sua estrutura mestra” (Celso Antônio Bandeira de Mello).
IMPORTÂNCIA 
APLICAÇÃO 
Normas com eficácia jurídica e aplicabilidade direta e imediata.
Função normativa – norma jurídica que pode ser concretizada e geram direitos subjetivos. Ex: principio da duração razoável do processo.
Função integrativa – havendo lacuna na legislação, esta poderá ser suprida por princípios. (art. 4° da LINDB; Art. 126 do CPC). 
APLICAÇÃO
Função interpretativa – no caso concreto poderá o magistrado utilizar o conteúdo axiológico do principio para interpretar a legislação. 
a “[...] os princípios exercem função importantíssima dentro do ordenamento jurídico-positivo, já que 
orientam, condicionam e iluminam a interpretação das normas jurídicas em geral, aí incluídos os próprios mandamentos constitucionais” (SIQUEIRA 
JUNIOR)
APLICAÇÃO
Função bloqueadora – impede a utilização de textos normativos cujos conteúdos violem os ditames contidos nos princípios. 
“Os princípios exercem, enfim, uma função bloqueadora: servem para justificar a não-aplicação de textos expressamente previstos que sejam incompatíveis com o estado de coisas que se busca promover. Assim, por exemplo, o principio do devido processo legal serve para fundamentar a não-aplicação de dispositivos normativos que permitem uma decisão judicial sem motivação” (Fredie Didier Jr.)
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS 
Devido Processo Legal
Art. 5°, LIV, da Constituição Federal – “Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”
Derivações: 
Devido processo legal formal – observância do procedimento processual exigido; Ex: citação válida; contagem dos prazos processuais de forma correta; 
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS 
Processo legal substancial – decisões justas; proporcionais e razoáveis.
O devido processo legal (substancial e formal) são aplicados nos processos administrativos; legislativos; jurisdicional.
Devido processo legal – Relações privadas – aplicabilidade.
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS 
Eficácia horizontal dos direitos fundamentais.
Ex: Exclusão de sócio de cooperativas; clubes; agremiações; sociedades empresárias;
Possibilidade de aplicação direta e imediata do direito fundamental ao devido processo legal para relação jurídica privada. 
Garantia de aplicação de meios formais e substanciais do devido processo legal.
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS 
Principio do Contraditório 
Art. 5°, LV, da Constituição Federal – “aos litigantes em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com meios e recursos a ela inerentes”
Exigência para o exercício democrático de um poder (jurisdicional);
Participação das partes no processo;
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS 
Dimensão formal – garantia de ser ouvido; de falar no processo; de poder praticar atos em contraposição aos atos executados pela parte contrária;
Ex: abertura de prazo para manifestação sobre documentos; manifestação sobre preliminares na contestação; razões contrárias de recursos; 
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS 
Dimensão substancial – possibilidade de influência na decisão judicial.
Não basta somente a participação meramente formal, esta intervenção deverá ter o condão de interferir no desfecho da sentença.
Ex: Punição a litigância de má-fé e por ato atentatório a dignidade da justiça – sem advertência;
Art. 14 e 599, II, ambos do CPC. 
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS 
Principio da Ampla Defesa
Art. 5°, LV, da Constituição Federal – “aos litigantes em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com meios e recursos a ela inerentes”
Ampla defesa como aspecto substancial do contraditório
Ampla defesa qualifica o contraditório
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS 
Principio da Publicidade
Funções:
Proteger as partes contra juízos arbitrários e secretos;
Permitir o controle da opinião pública sobre os serviços da justiça;
Dimensões da publicidade:
Entre as partes: publicidade ampla; todos atos pertinentes devem sem comunicados; 
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS 
Externa: publicidade para terceiros que poderá ser restringida em alguns casos;
CF/88, art. LX: “a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem”
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS 
CPC - Art. 155 - Os atos processuais são públicos. Correm, todavia, em segredo de justiça os processos:
I - em que o exigir o interesse público;
II - que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores. Parágrafo único - O direito de consultar os autos e de pedir certidões de seus atos é restrito às partes e a seus procuradores. O terceiro, que demonstrar interesse jurídico, pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e partilha resultante do desquite.
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS 
Art. 93 da Carta Magna:
“IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação”;
 X – “as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros”;
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS 
Principio da Duração Razoável do Processo
CF/88 – Art. 5° - LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
Processo devido é processo com duração razoável;
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS 
Principio da Igualdade Processual (paridade de armas)
Aa partes devem lutar em pé de igualdade;
Se remete ao principio do devido processo legal em seus aspecto substancial; 
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS 
Principio da Eficiência