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aula 19.11.2013 - Intervenção de Terceiros

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INTERVENÇÃO DE TERCEIRO
Ocorrência: Ingresso de terceiro como parte ou coadjuvante da parte, em processo pendente entre outras partes.
Caráter jurídico: voluntário, o juiz não poderá obrigar terceiro ingressar na demanda. A coação legal para o ingresso do terceiro é feita para a parte que invocou a referida intervenção, competindo a esta citar os terceiros.
INTERVENÇÃO DE TERCEIRO
Modalidades:
I – quando o terceiro busca ampliar ou modificar subjetivamente a relação processual, a intervenção será: 
A) ad coaduvandum: quando terceiro procura prestar cooperação a uma das partes primitivas, como na assistência.
B) ad excludendum: quando o terceiro visa excluir uma ou ambas as partes primitivas, como por exemplo: oposição e nomeação a autoria. 
INTERVENÇÃO DE TERCEIRO
II – Conforme a iniciativa da medida a intervenção pode ser:
A) espontânea: quando a inciativa é do terceiro, conforme acontece na oposição e na assistência. 
B) provocada: quando embora voluntária a medida adotada pelo terceiro, foi ela precedida por citação promovida pela parte primitiva. (nomeação a autoria; denunciação da lide e chamamento ao processo). 
INTERVENÇÃO DE TERCEIRO
Modalidades: Código de Processo Civil:
A) assistência: (arts. 50 a 55) 
B) oposição (arts. 56 a 61)
C) nomeação a autoria (arts. 62 a 69)
D) denunciação da lide (arts. 70 a 76)
E) chamamento ao processo (arts. 77 a 80).
OPOSIÇÃO
Previsão legal; art. 56 do CPC:
Art. 56. Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu, poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos.
Busca excluir tanto o autor quanto o réu da ação principal, terceiro visa defender o que é seu que está sendo disputado por terceiros em juízo.
OPOSIÇÃO
A tomada da providência é livre, sendo que a decisão do processo em que não foi parte não poderá lhe prejudicar.
Com efeito, o processo lhe trará um prejuízo de fato, situação que poderá ser retratada em ação futura e própria, todavia, a oposição se presta para resolução do conflito antes do julgamento da ação principal.
A oposição poderá ser parcial ou total, de acordo com a dimensão do direito material/objeto discutido em juízo. 
OPOSIÇÃO
Com a utilização da oposição a parte atenderá a critérios de celeridade e economia processual, pois, em caso de acolhimento do seu pedido (mérito), evitará a tramitação de duas ações distintas.
 Admissibilidade: todos procedimentos, conhecimento, execução, ações reais ou pessoais.
Distinção entre embargos de terceiro prejudicado: Quando há ato de constrição judicial de bem de terceiro diverso da lide, acarretará a possibilidade de manejo dos embargos, figura distinta da oposição.
OPOSIÇÃO
Neste contexto, a oposição opera no âmbito material, no próprio direito em litigio, quando aos embargos cabem apenas formalmente informar que o bem patrimonial penhorado é de pessoa diversa da relação jurídica material existente no processo. 
Art. 1.046. Quem, não sendo parte no processo, sofrer turbação ou esbulho na posse de seus bens por ato de apreensão judicial, em casos como o de penhora, depósito, arresto, seqüestro, alienação judicial, arrecadação, arrolamento, inventário, partilha, poderá requerer Ihe sejam manutenidos ou restituídos por meio de embargos.
OPOSIÇÃO
Objetivos da oposição:
A) reconhecimento do direito (ação declaratória).
B) retirada da coisa em poder de um dos opostos (ação condenatória).
O pedido da oposição é diverso do pedido da ação principal.
A oposição será uma ação que será distribuída em apenso aos autos principais. Ação conexa. 
OPOSIÇÃO
Competência:
Competirá ao juízo da causa principal, segundo regra do art. 109 do CPC:
Art. 109. O juiz da causa principal é também competente para a reconvenção, a ação declaratória incidente, as ações de garantia e outras que respeitam ao terceiro interveniente.
Não poderá ser interposta exceção de incompetência.
OPOSIÇÃO
Procedimento:
A) Como intervenção de terceiro:
Quando o pedido for ajuizado antes da audiência de instrução.
Autuação em apenso: Julgamento em conjunto com a ação principal:
Art. 59. A oposição, oferecida antes da audiência, será apensada aos autos principais e correrá simultaneamente com a ação, sendo ambas julgadas pela mesma sentença.
OPOSIÇÃO
Haverá citação do autor e réu da ação principal na pessoa dos seus advogados para apresentação de defesa no prazo comum de 15 dias.
Art. 57. O opoente deduzirá o seu pedido, observando os requisitos exigidos para a propositura da ação (arts. 282 e 283). Distribuída a oposição por dependência, serão os opostos citados, na pessoa dos seus respectivos advogados, para contestar o pedido no prazo comum de 15 (quinze) dias.
Parágrafo único. Se o processo principal correr à revelia do réu, este será citado na forma estabelecida no Título V, Capítulo IV, Seção III, deste Livro.
OPOSIÇÃO
Petição inicial deverá conter os requisitos do art. 282 e 283 do CPC;
B) Procedimento: Ação autônoma:
Art. 60. Oferecida depois de iniciada a audiência, seguirá a oposição o procedimento ordinário, sendo julgada sem prejuízo da causa principal. Poderá o juiz, todavia, sobrestar no andamento do processo, por prazo nunca superior a 90 (noventa) dias, a fim de julgá-la conjuntamente com a oposição.
OPOSIÇÃO
Após a instrução:
Autuação apartada, com curso próprio, rito ordinário e será julgada sem prejuízo da causa principal.
Posição do juiz:
Poderá sobrestar o andamento do processo para que julgue a oposição juntamente com a causa principal.
Observação: O juiz poderá ultimar a instrução em andamento para que apenas a sentença fique pendente, colocando os dois processos no mesmo estado, havendo, neste caso, julgamento simultâneo. 
OPOSIÇÃO
Julgamento:
Art. 61. Cabendo ao juiz decidir simultaneamente a ação e a oposição, desta conhecerá em primeiro lugar. (CPC).
O reconhecimento da procedência do pedido do interveniente por ambas as partes, conduz pelo julgamento antecipado da lide em favor do opoente.
Se apenas uma das partes reconhecer, a oposição seguirá contra aquele que resistiu. 
OPOSIÇÃO
A sentença primeiro decidirá a oposição, contudo a sentença que julgar com ou sem resolução de mérito a oposição condenará o vencido nas custas processuais e honorários de sucumbência.
Poderá haver revelia, salvo se forem questões incompatíveis com o instituto. 
O recurso cabível para a decisão da oposição é a apelação. (art. 513 do CPC). 
OPOSIÇÃO
Exemplos de oposição:
Disputa judicial entre A e B sobre determinado terreno. Ora, C, parte estranha ao processo, acredita que é o real proprietário do mesmo terreno, e por isso, intervém no processo, sob a modalidade de oposição para reaver o bem para si, de forma a excluir tanto o autor quanto o réu do processo original.
Atenção: Não haverá oposição após a sentença.
NOMEAÇÃO À AUTORIA
Razões: Quando o mero detentor de coisa alheia, quando demandado, indica aquele que é proprietário ou possuidor da coisa litigiosa visando transferir-lhe a posição de Réu.
CPC: Art. 62. Aquele que detiver a coisa em nome alheio, sendo-lhe demandada em nome próprio, deverá nomear à autoria o proprietário ou o possuidor.
NOMEAÇÃO À AUTORIA
Cabe também quando, nas ações de indenização, o réu, causador do dano, alega:
Art. 63. Aplica-se também o disposto no artigo antecedente à ação de indenização, intentada pelo proprietário ou pelo titular de um direito sobre a coisa, toda vez que o responsável pelos prejuízos alegar que praticou o ato por ordem, ou em cumprimento de instruções de terceiro.
NOMEAÇÃO À AUTORIA
Detentor: servidor da posse de outrem, daquele que exerce um poder de fato sobre a coisa, mas em proveito alheio.
Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas.
Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo como prescreve este artigo, em relação ao bem e à outra pessoa, presume-se detentor,até que prove o contrário. (CCB/2002).
NOMEAÇÃO À AUTORIA
Exemplos: empregado, mandatário, do agente ou do preposto, ou seja, hipóteses de dependência hierárquica. 
A relação entre possuidor e mero detentor pode ser jurídica ou fática. 
Exceção: A nomeação a autoria é um dever do mandado, cuja inobservância resulta em perdas e danos. Art. 69:
NOMEAÇÃO À AUTORIA
Art. 69. Responderá por perdas e danos aquele a quem incumbia a nomeação:
I - deixando de nomear à autoria, quando Ihe competir;
II - nomeando pessoa diversa daquela em cujo nome detém a coisa demandada.
Igual sanção terá se o Réu nomear pessoa diversa daquela que detém a coisa demanda, conforme inciso II.
NOMEAÇÃO À AUTORIA
Pressupostos para nomeação:
É pressuposto do incidente o ajuizamento da ação de demanda da coisa ou indenização contra o detentor ou preposto, como se esse fosse o titular da posse da coisa reivindicada ou responsável pelos danos. 
Não caberá nomeação à autoria se o detentor passou a exorbitar de sua situação e a exercer atos de posse em nome próprio, nem quando o preposto agiu em excesso de gestão e praticou ato culposo, casos em que corre responsabilidade solidária do agente. 
NOMEAÇÃO À AUTORIA
Procedimento:
Nomeação no prazo de defesa: 
Art. 64. Em ambos os casos, o réu requererá a nomeação no prazo para a defesa; o juiz, ao deferir o pedido, suspenderá o processo e mandará ouvir o autor no prazo de 5 (cinco) dias.
Não será obrigado a fazer junto a contestação:
Art. 67. Quando o autor recusar o nomeado, ou quando este negar a qualidade que Ihe é atribuída, assinar-se-á ao nomeante novo prazo para contestar.
NOMEAÇÃO À AUTORIA
Nada impede porém a apresentação simultânea de nomeação e contestação, situação que a contestação só será apreciada se a nomeação não for aceita. 
Após a Nomeação à Autoria: Atitudes do autor:
A) aceitar expressamente a nomeação:
Art. 65. Aceitando o nomeado, ao autor incumbirá promover-lhe a citação; recusando-o, ficará sem efeito a nomeação.
NOMEAÇÃO À AUTORIA
B) abster-se de manifestar, caso em que se presume a aceitação:
Art. 68. Presume-se aceita a nomeação se:
I - o autor nada requereu, no prazo em que, a seu respeito, Ihe competia manifestar-se;
 C) recusar a nomeação (art. 65, segunda parte):
“recusando-o, ficará sem efeito a nomeação.”
NOMEAÇÃO À AUTORIA
Em nenhuma das hipóteses o autor está obrigado a acolher a nomeação feita pelo Réu.
Havendo a aceitação expressa ou tácita, caberá ao autor promover a citação do nomeado, todavia, se houver recusa, que só poderá ser expressa, ficará sem efeito a nomeação e processo seguirá seu curso normal contra o demandado nomeante (art. 65), a quem será reaberto o prazo de contestação (art. 67).
NOMEAÇÃO À AUTORIA
O nomeado não está obrigado a aceitar a nomeação. A recusa, no entanto, deve ser expressa, porque o silêncio importa aceitação tácita. Art. 68, II.
Prazo para o nomeado opinar sobre a nomeação: 05 (cinco) dias. Art. 185 do CPC, salvo se o juiz designar outro prazo para diligência.
Recusada a nomeação pelo terceiro nomeado o processo volta ao estado anterior (devolução do prazo de defesa), caso aceite o primeiro réu será excluído do processo. 
NOMEAÇÃO À AUTORIA
Art. 66. Se o nomeado reconhecer a qualidade que Ihe é atribuída, contra ele correrá o processo; se a negar, o processo continuará contra o nomeante.
Exemplo clássico é o caseiro e o depositário. Imagine que A invadiu a propriedade de B e colocou C como caseiro. Quando B encontrar C certamente irá demandar contra ele (pois está na sua propriedade). C, então, deve nomear A à autoria, já que ele praticou o esbulho.
NOMEAÇÃO À AUTORIA
Assim, se um réu é demandado por ter praticado um ato ilícito (jogar lixo no terreno do vizinho), esse réu pode nomear à autoria aquele que determinou a ordem (seu chefe, por exemplo).
CHAMAMENTO AO PROCESSO
Incidente pelo qual o devedor demandado chama para integrar o mesmo processo os coobrigados pela divida:
Art. 77. É admissível o chamamento ao processo: 
I - do devedor, na ação em que o fiador for réu;
 II - dos outros fiadores, quando para a ação for citado apenas um deles; 
III - de todos os devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns deles, parcial ou totalmente, a dívida comum. 
CHAMAMENTO AO PROCESSO
Finalidade: O Réu obtém sentença que pode ser executada pelo devedor principal ou os co-devedores, se tiver de pagar o débito. 
Favorecer o devedor que está sendo acionado, porque amplia a demanda, para permitir também a condenação dos demais devedores, além de lhe fornecer no mesmo processo, titulo executivo judicial para cobrar deles aquilo que pagar. 
A utilização deste instituto é uma faculdade exclusiva do Réu.
CHAMAMENTO AO PROCESSO
Cabimento: processo de conhecimento;
Não é cabível no processo de execução:
Art. 78. Para que o juiz declare, na mesma sentença, as responsabilidades dos obrigados, a que se refere o artigo antecedente, o réu requererá, no prazo para contestar, a citação do chamado. (CPC).
O Réu chamará pessoa que tem relação jurídica com o autor da demanda principal, responsabilidade solidária, por exemplo. 
CHAMAMENTO AO PROCESSO
Não se pode chamar ao processo aquele que não tem obrigação perante o autor da ação primitiva, tendo em vista que a finalidade do instituto são para os coobrigados. 
Procedimento:
Réu promoverá o incidente no prazo da contestação (art. 78), recebendo a petição o juiz suspenderá o curso do processo.
Havendo aceitação ou não do chamamento pelo terceiro (chamado), ficará este vinculado ao processo.
CHAMAMENTO AO PROCESSO
Aquele que pagar toda divida poderá exigir judicialmente do devedor principal ou dos co-devedores as quotas pertinentes. 
Art. 80. A sentença, que julgar procedente a ação, condenando os devedores, valerá como título executivo, em favor do que satisfizer a dívida, para exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou de cada um dos co-devedores a sua quota, na proporção que Ihes tocar.
CHAMAMENTO AO PROCESSO
O Juiz não poderá se recusar ao chamamento ao processo. 
Art. 79. O juiz suspenderá o processo, mandando observar, quanto à citação e aos prazos, o disposto nos arts. 72 e 74.
Art. 72. Ordenada a citação, ficará suspenso o processo.
§ 1º - A citação do alienante, do proprietário, do possuidor indireto ou do responsável pela indenização far-se-á:
a) quando residir na mesma comarca, dentro de 10 (dez) dias;
b) quando residir em outra comarca, ou em lugar incerto, dentro de 30 (trinta) dias.
CHAMAMENTO AO PROCESSO
§ 2º Não se procedendo à citação no prazo marcado, a ação prosseguirá unicamente em relação ao denunciante.
Art. 74. Feita a denunciação pelo autor, o denunciado, comparecendo, assumirá a posição de litisconsorte do denunciante e poderá aditar a petição inicial, procedendo-se em seguida à citação do réu.

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