Buscar

ROTEIRO DE ESTUDO INFLAMAÇÃO AGUDA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DISCIPLINA DE PATOLOGIA GERAL
PROFESSORAS MICHELLA LIMA E LIGIA ABDALLA
Roteiro de estudo sobre Inflamação Aguda
Definição geral de inflamação.
Inflamação ou flogose,  é uma resposta do organismo ao agente agressor, caracterizado pela saída de líquidos e de células do sangue para o interstício. Apesar das causas serem variadas, o mecanismo de ação é sempre o mesmo. O flogógeno (agente inflamatório) age sobre os tecidos induzindo a liberação de mediadores químicos vasoativos, ou seja, irão atuar na parede do vaso, promovendo a sua vasodilatação e aumento da permeabilidade, com a saída de plasma e de células para o tecido lesionado.
Classificação das inflamações (características temporais, fisiopatológicas e morfológicas). Explique as principais diferenças.
A inflamação pode ser aguda ou crônica, dependendo da natureza do estímulo e da efetividade da reação inicial em eliminar o estímulo ou tecidos danificados.
A inflamação aguda é rápida no início e de curta duração, persistindo por horas ou poucos dias. Suas principais características são a exsudação de fluido e proteínas do plasma (edema) e a migração de leucócitos, predominantemente neutrófilos. Quando a inflamação aguda é bem-sucedida na eliminação dos agentes agressores, a reação reduz-se, mas se a resposta falha em limpar os agentes invasores, ela pode progredir para a fase crônica.
A inflamação crônica pode se seguir à inflamação aguda ou ser insidiosa no início. Ela é de longa duração e está associada à presença dos linfócitos e macrófagos, proliferação de vasos sanguíneos, fibrose e destruição tecidual.
Qual a importância de Celsius e Virchow na patologia das inflamações.
Os dois classificaram os cinco sinais cardinais da inflamação, Celsius no primeiro século d.C listou o calor, rubor, dor e tumor. No século XIX Rudolf Virchow definiu o quinto sinal clínico, a perda de função.
Descreva os sinais cardinais da inflamação.
Os sinais cardinais da inflamação são: rubor (vermelhidão), tumor (inchaço), calor (aquecimento), dolor (dor), e perda de função. Os quatro primeiros sinais são mais proeminentes na inflamação aguda do que na crônica, são consequentes ao efeito local induzido por mediadores no fluxo sanguíneo, permeabilidade vascular, infiltração de leucócitos e liberação de agentes indutores da dor.
Quando uma inflamação pode se tornar prejudicial?
Mecanismos designados para destruir os agentes invasores e tecidos necróticos têm uma habilidade intrínseca para danificar os tecidos normais. Quando a inflamação é inapropriadamente direcionada contra os tecidos próprios ou não é adequadamente controlada, ela se torna a causa de injúria e doença.
Como ocorre a finalização da inflamação?
A inflamação é terminada quando o agente agressor é eliminado. A reação se resolve rapidamente, porque os mediadores são esgotados e dissipados e os leucócitos têm curtas meias-vidas nos tecidos. Em adição, os mecanismos anti-inflamatórios são ativados e servem para controlar a resposta e preveni-la de causar dano excessivo ao hospedeiro.
Quais são os 3 principais componentes da inflamação Aguda?
Alterações no calibre vascular que levam a um aumento do fluxo sanguíneo, mudanças estruturais na microvasculatura que permitem que as proteínas do plasma e os leucócitos saiam da circulação, e a emigração de leucócitos da microcirculaçao, seu acúmulo no foco da injúria e sua ativação para eliminar o agente agressor. 
Fenômenos da inflamação (Pesquisar no livro Bogliolo)
Fenômenos irritativos: provocados pela agressão. São representados pelas modificações que ocorrem nas células, na substância fundamental amorfa e no líquido intersticial, com produção de substâncias químicas, cuja ação desencadeará os fenômenos seguintes;
Fenômenos vasculares:
Vasoconstrição momentânea - decorre do reflexo axonal simples, mediada por catecolaminas, de curta duração (a monoaminooxidase metaboliza rapidamente a Adrenalina, a noradrenalina e a dopamina). Fugaz ou mesmo ausente; 
 Hiperemia - dilatação arteriolar, com abertura de esfíncteres pré-capilares (H. ativa ou arterial) e dilatação de vênulas (H. passiva). Apresenta 2 fases distintas: transitória – é de curta duração [5 a 20 '] e decorre da ação de Histamina e/ou do reflexo antidrômico (vias sensitivas, em direção centrífuga); persistente: duradoura, mediada por fatores plasmáticos [Cininas, SRS-a, Prostaglandinas, Fragmentos do complemento] (não ocorre exaustão, como ocorre com a histamina). Contração das células endoteliais – aumento da permeabilidade vascular (propiciando a exsudação) mais expressão de selectinas na superfície das células endoteliais (tornando os leucócitos mais aderentes);
Modificações hemodinâmicas: aumento na quantidade do fluxo sanguíneo (não na velocidade do mesmo, pois há estase): dilatação arteriolar e abertura de esfíncteres pré capilares, com desaparecimento de vias preferenciais (expandindo em 80 a 90% o leito vascular) e dilatação de vênulas;
 Exsudação: Extravasamento de líquidos, principalmente de vênulas, mas também de capilares e arteríolas. Hemoconcentração pós-exsudação: aumento da viscosidade sanguínea. Alteração na corrente axial: Marginação leucocitária [aumento da velocidade do fluxo mais quimiotaxia mais expressão de selectinas na superfície das células endoteliais tornando os leucócitos mais aderentes].
Fenômenos exsudativos:
Exsudação de líquidos: aumento da permeabilidade vascular determina a saída de água e macromoléculas (± 4%) formando o exsudato e/ou edema inflamatório. Fenômenos envolvidos: abertura de poros interendoteliais - contração de micro filamentos citoplasmáticos das células endoteliais e distensão (dilatação) vascular (ação do EDRF - Fator de relaxamento derivado de endotélio/ NO - Óxido Nitroso); citopempse ou diacitose - transporte ativo através das células endoteliais. Inconstante e secundário; aumento da pressão hidrostática (hiperemia ativa) mais aumento da pressão oncótica intersticial, devido á saída de macromoléculas e à liberação de peptídeos dos tecidos lesados e desintegrados; hidrofilia intersticial: devido ao aumento das proteínas no interstício e à despolimerização de substância fundamental amorfa (Gel Þ Sol, por diminuição do pH e ação de lisosimas); limitação da drenagem linfática - aumentada, ainda que insuficiente para carregar todo o excesso. Além disso, a compressão do exsudato e a ocorrência eventual de linfangite ou trombose linfática podem bloquear até 25% da drenagem. Exsudação de células: maior para neutrófilos e monócitos. Mais intensa a partir de vênulas (mas também ocorre a partir de capilares). Fenômenos envolvidos: leucocitose local - ampliação da rede capilar mais ação de mediadores quimiotáticos e de fatores promotores da leucocitose (estimulando a maturação e liberação de células pela medula óssea); marginação leucocitária: leucócitos passam da corrente axial para a periférica; aderência ou pavimentação leucocitária - atraídos pelas substâncias quimiotáticas, os PMN e Monócitos (futuros Mo/) emitem pseudópodes (lamelipódios) que penetram os espaços interendoteliais; diapedese leucocitária - passagem do leucócito através dos "poros interendoteliais" e deslocamento ao longo da membrana basal até encontrar descontinuidade desta ou liberar enzimas ativas nesta. Os linfócitos também atravessam o vaso por diapedese, mas podem também atravessar o citoplasma da célula endotelial num processo similar à citopempse chamado "Emperilopoiese"; migração para o foco – a quimiotaxia orienta o deslocamento celular e aumenta o metabolismo, preparando para a fagocitose; extravasamento de hemácias - decorre do aumento da pressão intravascular mais dilatação vascular com aumento dos poros interendoteliais mais lesão vascular; fagocitose - variedade de endocitose que se caracteriza pelo englobamento de partículas pela emissão de pseudópodes ou lamelipódios, originando o fagosoma. Fenômenos envolvidos:seleção do alvo decorre de liberação de fatores quimiotáticos, presença de substâncias (proteínas desnaturadas) na superfície das partículas, com receptores de membrana do fagócito, opsonização [Aderência de opsoninas - IgG3 com Fc intacto e Fragmento C3], que facilitem o reconhecimento das partículas a serem fagocitadas através de reações com receptores de membrana de fagócitos; englobamento da partícula após o contato (Reação entre a substância da superfície da partícula e os receptores de membrana do fagócito) ocorre a ativação da Guanidilciclase e síntese de 3-5 GMP cíclico a partir do ATP, o que irá facilitar a polimerização de microtúbulos e microfilamentos no fagócito possibilitando a emissão de pseudópodes ou lamelipódios e o deslocamento lisossômico. O resultado final será o englobamento da partícula e a liberação das enzimas lisossomicas no fagosoma; digestão enzimática do fagosoma com formação do corpo residual e exocitose deste - a partir da ação de componentes lisossômicos de fagócitos (principalmente das lisosimas [Muramidase], proteínas catiônicas, apolactoferrina, O2- /radical livre superóxido e H2O2 produzida pela ação da oxidase e NADPH, que halogeniza as proteínas bacterianas e peroxidam os lípides da membrana do fagosoma liberando aldeídos microbicidas.
Fenômenos degenerativos: a degeneração, necrose e atrofia verificados por vezes no processo inflamatório tem como causas: ação direta do agente agressivo (Exemplo: Efeito citopático de vírus, ação de toxinas bacterianas, etc.); ação indireta, através da própria reação inflamatória que determina; ação de enzimas líticas liberadas durante a fagocitose; alterações circulatórias secundárias à inflamação [edema, predisposição à trombose, etc.; ação de exsudatos, afastando as células umas das outras, comprimindo-as, digerindo-as, etc.; desequilíbrio nos processos de cura e reparação (quando a fibrose excessiva [esclerose] tende a substituir o parênquima).
Fenômenos produtivos: podem ocorrer antes mesmo da total eliminação do agente agressivo, comumente nas inflamações crônicas [principalmente nas do tipo esclerosante e nas granulomatosas]. A persistência do agente agressor no foco ±osta imunitária capaz de perpetuar a inflamação é que determinam a cronicidade do processo, levando ao acúmulo de MN [Monócitos, linfócitos e plasmócitos] no foco. Os linfócitos B dão origem à Plasmócitos no foco, produzindo gamaglobulinas. Já os linfócitos T, quando contactados com Antígenos, liberarão linfocinas que irão estimular a migração de monócitos e histiócitos para o foco, às vezes determinando o aparecimento de Células epitelióides e/ou de Células Gigantes Policariontes. As células epitelióides decorrem da reunião em grupos compactos [o aspecto epitelióide é devido à compressão mútua] dependendo de Fator Agregador de Macrófagos, secretados pelos Linfócitos T. Já as células gigantes policariontes decorrem da fusão de macrófagos "envelhecidos" determinando a formação de um sincício policarionte volumoso [Às vezes atingindo até 300 Micrômetros de diâmetro]. Os tipos de células gigantes mais conhecidos são: CG de LANGHANS: Citoplasma acidófilo e núcleos periféricos ["em ferradura"], encontrado com frequência na tuberculose, sífilis tardia, blastomicose sul americana, leishmaniose tegumentar e micoses profundas; CG tipo CORPO ESTRANHO: Forma mais irregular e volume maior que o da CG de LANGHANS, com núcleos dispostos centralmente, encontrados com frequência fagocitando corpos estranhos não digeríveis e também nas doenças supracitadas [alguns autores afirmam que as CG nessas enfermidades assumiriam inicialmente um aspecto tipo corpo estranho antes de se rearranjarem em CG de LANGHANS; CG de VI RCHOW: Mono ou binucleada, com citoplasma abundante, espumoso, rico em lípides e bacilos encontrada frequentemente no leproma [Morbus Hansen ]; CG de MICULICZ: idem à CG de VIRCHOW, mas ocorrendo no rinoescleroma; Outros tipos: Podem ser vistas na "Doença reumática" ["nódulo de ASCHOFF"], na Sarcoidose, no Granuloma Eosinofílico humano, etc.; após a total eliminação do a gente agressivo, com a diminuição da intensidade dos fenômenos exsudativos e irritativos, a fibroplasia e angioplasia começam a aparecer, dependendo de Fatores de crescimento liberados por fagócitos e linfócitos T.
Quais os principais estímulos para que ocorra Inflamação Aguda?
Infecções (bacteriana, viral, fúngica, parasítica), necrose tecidual, corpos estranhos (lascas de madeira, sujeira, suturas), reações imunes. Todas as reações inflamatórias compartilham as mesmas características básicas, embora diferentes estímulos possam induzir reações com algumas características distintas.
A fase exsudativa do processo inflamatório agudo apresenta reações vasculares e celulares. Explique as principais diferenças entre exsudato e transudato e a patogênese dos mesmos.
O exsudato é o fluído extravascular que tem uma alta concentração proteica, contém restos celulares e tem uma alta gravidade específica. Sua presença indica um aumento na permeabilidade normal dos pequenos vasos sanguíneos em uma área de injúria e, portanto, uma reação inflamatória.
O transudato é um fluido com baixo conteúdo proteico, pouco ou nenhum material celular e baixa gravidade específica. Ele é essencialmente, um ultrafiltrado de plasma sanguíneo que resulta de desbalanço osmótico ou hidrostático ao longo da parede do vaso sem um aumento na permeabilidade vascular.
Explique a patogenia dos eventos vasculares da reação inflamatória aguda.
A vasodilatação é induzida pela ação de vários mediadores, sobretudo histamina, nos músculos lisos vasculares. Com a liberação desses mediadores o fluxo sanguíneo aumentado causa calor e vermelhidão (eritema) no local da inflamação. Essa vasodilatação é seguida por aumento da permeabilidade da microvasculatura, com extravasamento de fluido rico em proteína nos tecidos extravasculares. A perda de fluido e o diâmetro aumentado do vaso levam a um fluxo sanguíneo mais lento, concentração de hemácias em pequenos vasos e aumento da viscosidade do sangue.
Quais os principais mecanismos de permeabilidade aumentada na fase de extravasamento vascular?
Contração das células endoteliais resultando em espaços interedonteliais aumentados é o mecanismo mais comum de extravasamento vascular e é elicitado por histamina, bradicinina, leucotrienos, o neuropeptídeo substância P e muitos outros mediadores químicos.
Injuria endotelial, resultando em necrose da célula endotelial e desprendimento. 
Transporte aumentado de fluídos e proteínas, chamado de transcritose, através da célula endotelial.
Explique como os vasos linfáticos podem reagir frente ao processo inflamatório agudo. 
Na inflamação, o fluxo da linfa é aumentado e ajuda a drenar o fluido do edema que se acumula devido à permeabilidade vascular aumentada. Em adição ao fluido, leucócitos e restos celulares, assim como micróbios, podem encontrar seu caminho em direção à linfa. Os vasos linfáticos, assim como os vasos sanguíneos, proliferam durante as reações inflamatórias para lidar com a carga aumentada. Os linfáticos podem se tornar secundariamente inflamados (linfangite), como podem os linfonodos de drenagem (linfadenite). Os linfonodos inflamados frequentemente são aumentados por causa da hiperplasia dos folículos linfoides e números aumentados de linfócitos e macrófagos. Essa constelação de mudanças patológicas é denominada linfadenite reativa ou inflamatória.
Descreva as fases da migração leucocitária para o foco inflamatório, citando moléculas de adesão e citocinas envolvidas.
A migração dos leucócitos ocorre principalmente nas vênulas pós-capilares. As quimiocinas agem nos leucócitos aderentes e estimulam as células a migrarem através dos espaços interendoteliais em direção ao gradiente de concentração químico, que é em direção ao local da injúria ou infecção onde as quimiocinas estão sendo produzidas. Várias moléculas de adesão presentes nas junções intercelularesentre as células endoteliais estão envolvidas na migração dos leucócitos. Essas moléculas incluem um membro da superfamília de imunoglobulinas chamado de PECAM-1 (molécula de adesão de célula endotelial e plaqueta) ou CD3124 e várias moléculas de adesão juncional. Após atravessar o endotélio, os leucócitos penetram na membrana basal, provavelmente pela secreção de colagenases, e entram no tecido extravascular. No tecido conjuntivo, os leucócitos são capazes de aderir à matriz extracelular devido às integrinas e à ligação CD44 às proteínas da matriz. Então, os leucócitos são retidos no local onde eles são necessários.
Explique como ocorre o reconhecimento de microrganismos e tecidos necróticos pelos leucócitos no processo inflamatório agudo.
Uma vez que os leucócitos (neutrófilos e monócitos) tenham sido recrutados para o local da infecção ou para a célula morta, eles têm que ser ativados para realizar suas funções. As respostas dos leucócitos consistem em dois passos sequenciais de eventos: (1) reconhecimento dos agentes agressores, os quais liberam sinais que (2) ativam os leucócitos para ingerir e destruir os agentes agressores e amplificar a reação inflamatória.
Explique de forma sucinta como ocorre o processo de remoção dos agentes agressores.
Fagocitose e destruição intracelular dos micróbios. A fagocitose de partículas (p. ex. bactérias) envolve a ligação a receptores na membrana do leucócito, englobamento e fusão dos lisossomas com os vacúolos fagocíticos. Isto é seguido pela destruição das partículas ingeridas dentro dos fagolisossomas pelas enzimas lisossômicas e pelas espécies reativas de oxigênio e nitrogênio. Os produtos microbicidas gerados a partir do superóxido (O2−) são o hipoclorito (HOCl) e o radical hidroxila (OH), e a partir do óxido nítrico (NO) é o peroxinitrito (OONO). Durante a fagocitose, os conteúdos dos grânulos podem ser liberados dentro dos tecidos extracelulares (não mostrados). MPO, Mieloperoxidase; iNOS, NO sintase induzida.
Explique brevemente como ocorre a morte e degradação de partículas fagocitadas por neutrófilos e macrófagos.
O passo final na eliminação dos agentes infecciosos e células necróticas são as suas morte e degradação dentro dos neutrófilos e macrófagos, que ocorrem mais eficientemente após a ativação dos fagócitos. A morte microbiana é executada largamente por espécies reativas de oxigênio, ERO, e espécies reativas de nitrogênio, derivadas principalmente do NO. A geração dos ERO é devido às rápidas reunião e ativação de um multicomponente oxidase (NADPH oxidase, chamada de fagócito oxidase), que oxida o NADPH (nicotinamida dicnucleotídeo fosfato reduzido) e, no processo, reduz o oxigênio a ânion superóxido (O2 ). Em neutrófilos, essa rápida reação oxidativa é disparada pelos sinais de ativação e acompanha a fagocitose, e é chamada de explosão (burst) respiratória. A oxidase do fagócito é um complexo de enzima que consiste em pelo menos sete proteínas. Em neutrófilos em repouso, diferentes componentes da enzima estão localizados na membrana plasmática e no citoplasma. Em resposta ao estímulo ativador, os componentes da proteína citosólica translocam-se para a membrana do fagossoma, onde eles se juntam para formar um complexo funcional de enzima. Então, os ERO são produzidos d entro do lisossoma onde as substâncias ingeridas são segregadas e as organelas da própria célula são protegidas dos efeitos danosos dos ERO. O O2 é então convertido em peróxido de hidrogênio (H2O2), na maior parte por dismutação espontânea. O H2O2, por si só, não é capaz de destruir eficientemente os micróbios. Entretanto, os grânulos azurofílicos dos neutrófilos contêm a enzima mieloperoxidase (MPO), que, na presença de sais tais como Cl −, converte o H2O2 a hipoclorito (OCl, o ingrediente ativo nos alvejantes domésticos). Este último é um potente agente antimicrobiano que destrói micróbios por halogenação ou por oxidação das proteínas e lipídios. O sistema H2O2-MPO é o sistema bactericida mais eficiente dos neutrófilos. O H2O2 também é convertido a radical hidroxil a (OH), outro agente destrutivo muito potente. O NO, produzido a partir da arginina pela ação do óxido nítrico sintase (NOS), também participa na morte microbiana. O NO reage com o superóxido (O2) para gerar o radical livre altamente reativo peroxinitrito (ONOO). Estes radicais livres derivados de oxigênio e nitrogênio atacam e danificam os lipídios, proteínas e ácidos nucleicos dos micróbios. As espécies reativas de oxigênio e nitrogênio têm ações que se sobrepõem, como mostrado pela observação de que camundongos geneticamente modificados e sem a fagócito oxida se ou a óxido nítrico sintase induzida (iNOS) sã o apenas moderadamente susceptíveis a infecções. A morte microbiana também pode ocorrer através da ação de outras substâncias nos grânulos dos leucócitos. Os grânulos dos neutrófilos contêm muitas enzimas, tais como a elastase, que contribuem para a morte microbiana.
 Sob quais circunstâncias, os leucócitos podem provocar injúria e lesão tecidual?
Os leucócitos são importantes causas de injúria às células e aos tecidos normais sob várias circunstâncias: Como parte da reação de defesa normal contra micróbios infecciosos, quando tecidos adjacentes sofrem “dano colateral”. Em algumas infecções que são difíceis de erradicar, tais com o a tuberculose e certas doenças virais, a resposta prolongada do hospedeiro contribui mais para a patologia do que o próprio micróbio. Quando a resposta inflamatória é inapropriadamente direciona da contra tecidos do hospedeiro, como em certas doenças autoimunes. Quando o hospedeiro reage excessivamente contra substâncias do ambiente usualmente inofensivas, como nas doenças alérgicas, incluindo a asma. Em todas essas situações, os mecanismos pelos quais os leucócitos danificam os tecidos normais são os mesmos mecanismos envolvidos na defesa antimicrobiana, porque uma vez que os leucócitos estejam ativados, seus mecanismos efetores não distinguem entre o agressor e o hospedeiro. Durante a ativação e a fagocitose, os neutrófilos e macrófagos liberam microbicidas e outros produtos não somente dentro do fagolisossoma, mas também no espaço extravascular. As mais importantes dessas substâncias são as enzimas lisossômicas, presentes nos grânulos, e as espécies reativas de oxigênio e nitrogênio. Essas substâncias liberadas são capazes de danificar as células normais e o endotélio vascular e podem então amplificar os efeitos do agente injuriante inicial. De fato, se não controlado ou inapropriadamente direcionado contra os tecidos do hospedeiro, o infiltrado d e leucócitos por si só se torna o agressor e a injúria tecidual dependente de leucócito é a base de muitas doenças humanas agudas e crônica.
Explique como ocorrerá o término da resposta inflamatória aguda.
A inflamação declina simplesmente porque os mediadores da inflamação são produzidos em rápidas “explosões”, somente enquanto o estímulo persiste, têm meias-vidas curtas e são degradados após sua liberação. Os neutrófilos também têm meias-vidas curtas e morrem por apoptose dentro de poucas horas após deixarem o sangue. Em adição, à medida que a inflamação se desenvolve, o processo também dispara uma variedade de sinais de parada que servem para terminar ativamente a reação. Esses mecanismos de terminação ativa incluem uma mudança no tipo de metabólito do ácido araquidônico produzido, de leucotrienos pró-inflamatórios a lipoxinas anti-inflamatórias (descritos adiante); a liberação das citocinas anti-inflamatórias, incluindo o fator de crescimento transformador -β (TGF-β) e a IL-10 de macrófagos e outras células; a produção de mediadores lipídicos anti-inflamatórios chamados de resolvinas e protectinas, derivados de ácidos graxos poli-insaturados, e impulsos neurais (descarga colinérgica) que inibem a produção de TNF em macrófagos.
O que são mediadores químicos da inflamação?
São moléculas envolvidas na resposta inflamatória aguda, responsáveis por modular os eventos vasculares e celularesocorridos nesse processo. Gerados a partir de células ou de proteínas plasmáticas. Em resposta a vários estímulos são produzidos mediadores ativos, os quais podem estimular a liberação de outros mediadores.
Faça uma tabela com os principais mediadores químicos derivados de células, descrevendo a ação e tipo celular que os produzem.
	
MEDIADOR
	
TIPO CELULAR
	
AÇÃO
	
HISTAMINA
	Mastócitos, 
basófilos, plaquetas 
	Vasodilatação, permeabilidade vascular aumentada, ativação endotelial.
	SEROTONINA
	Plaquetas
	Vasodilatação, permeabilidade vascular aumentada
	PROSTAGLANDINAS
	Mastócitos, 
Leucócitos
	Vasodilatação, dor, febre
	
LEUCOTRIENOS
	
Mastócitos, 
leucócitos 
	Permeabilidade vascular aumentada, quimiotaxia, adesão e ativação de leucócito.
	
FATOR ATIVADOR 
DE PLAQUETAS
	
Leucócitos, 
mastócitos 
	Vasodilatação, permeabilidade vascular aumentada, quimiotaxia, 
desgranulação, explosão oxidativa
	
ESPÉCIES REATIVAS DE
OXIGÊNIO.
	
Leucócitos
	
Morte dos micróbios, dano tecidual.
	
ÓXIDO NÍTRICO
	
Endotélio, 
macrófagos 
	
Relaxamento do músculo liso vascular, morte dos micróbios.
	
CITOCINAS (TNF, IL-1) 
	
Macrófagos, células 
endoteliais, 
Mastócitos
	Ativação endotelial local (expressão de moléculas de adesão), febre/dor/anorexia/hipotensão, resistência vascular diminuída
(choque).
	
QUIMIOCINAS
	Leucócitos,
Macrófagos ativados
	Quimiotaxia, ativação de leucócito.
Desenhe a cascata dos metabólitos do ácido araquidônico, descrevendo as principais funções.
A resposta inflamatória é uma resposta de defesa do organismo. Por que há prescrição de anti-inflamatórios?
Para que a inflamação e a dor sejam controladas. Os anti-inflamatórios agem inibindo a ciclo-oxigenase que produz a prostaglandina, que é a substância responsável pela inflamação e dor. Porém, existem mais de um tipo de prostaglandina e ciclo-oxigenase, apresentando outras funções além de mediar processos inflamatórios. Como a inibição realizada pelos anti-inflamatórios é não seletiva, além de abortar a inflamação, ocorre também uma alteração nos efeitos benéficos dessas substâncias.
O que são e como agem os anti-inflamatórios não esteroidais (AINES)?
São ácidos orgânicos fracos que atuam principalmente nos tecidos inflamados e se ligam, significativamente, à albumina plasmática. Sua absorção é rápida e completa, depois de administração oral (exceto as preparações entéricas e de liberação lenta). Não atravessam imediatamente a barreira hematoencefálica e são metabolizados principalmente pelo fígado. Eles inibem tanto a COX-1 quanto a COX -2 e, então, inibem a síntese de prostaglandina.
E como agem os corticosteroides no processo de inibição da resposta inflamatória?
Estes podem agir pela redução da transcrição de genes que codificam COX-2, fosfolipase A2, citocinas pró-inflamatórias (como IL -1 e TNF) e iNOS.
Qual o papel do Óxido Nítrico no processo inflamatório?
Ele tem ações duplas na inflamação: relaxa o músculo liso vascular e promove a vasodilatação, contribuindo então para a reação vascular, mas ele também pode ser um inibidor do componente celular das respostas inflamatórias. Reduz a adesão e agressão plaquetárias, inibe várias características da inflamação induzida pelos mastócitos e inibe o recrutamento de leucócitos. Por isso, acredita-se que a produção deste óxido é um mecanismo endógeno para o controle das respostas inflamatórias.
Faça uma tabela com principais citocinas da inflamação aguda, com principais fontes e ações na Inflamação.
	CITOCINA
	PRINCIPAIS FONTES
	AÇÕES NA INFLAMAÇÃO
	
TNF
	Macrófagos, mastócitos, linfócitos T
	Estimula a expressão das moléculas de adesão endotelial e secreção de outras citocinas; efeitos sistêmicos.
	
IL-1
	Macrófagos, células endoteliais, algumas células epiteliais.
	Similar ao TNF; maior papel na febre.
	IL-6
	Macrófagos, outras células.
	Efeitos sistêmicos (resposta de fase aguda)
	
QUIMIOCINAS
	Macrófagos, células endoteliais, linfócitos T, mastócitos, outros tipos de células. 
	Recrutamento dos leucócitos para os locais de inflamação, migração das células para os tecidos normais.
Faça um resumo sobre principal local e ações sistêmicas do TNF-alfa e IL-1.
O fator de necrose tumoral (TNF-alfa) e a Interleucina (IL-1), são produzidos pelos macrófagos ativados. Suas ações mais importantes são seus efeitos no endotélio, leucócitos e fibroblastos, e indução de reações sistêmicas da fase aguda. No endotélio, eles induzem um espectro de mudanças referidas como ativação endotelial. Em particular, eles induzem a expressão de moléculas de adesão endotelial; síntes de mediadores químicos, incluindo outras citocinas, quimiocinas, fatores de crescimento, eicosanides e NO; produção de enzimas associada com o remodelamento da matriz, e aumento na trombogenicidade da superfície do endotélio. O TNF também aumenta as respostas dos neutrófilos a outros estímulos tais como endotoxina bacterianas. A produção de IL-1 é controlada por um complexo celular multiproteico que responde ao estímulo de micróbios e células mortas. Esse complexo ativa proteases que são membros da família caspase, cujas funções são quebrar os percussores inativos recém-sintetizadas da IL-1 nas citocinas biologicamente ativas. Age no paciente causado febre.
Faça uma tabela com os principais mediadores químicos derivados de proteínas plasmáticas, indicando a fonte e ação dos mesmos.
	
Mediadores
	
Papel na inflamação
	
 Fonte
	
 Bradicinina
	Aumenta a permeabilidade vascular, dilatação arteriolar, contração do músculo liso dos brônquios.
	
Derivada do sistema das cininas
	
Trombina
	Cliva o fibrinogênio solúvel, produzindo um coagulo de fibrina insolúvel, produz fibrinopeptideos que aumentam a permeabilidade vascular.
	
Sistema de coagulação
	
Anafilotoxinas
	A plasmina ativa o fator de hageman, que amplifica o conjunto de respostas.
	
Sistema complemento
Faça um quadro resumindo a ação dos componentes do Sistema Complemento no processo inflamatório.
	C1
	São esterases necessárias para a ativação da cascata de coagulação
	C1q
	Liga-se a porção Fc do Ig
	C1r
	Protease sérica, cliva c5
	C1s
	Protease sérica cliva c4 e c2
	C2
	Protease sérica que faz parte de c3 e c5 
	
C3
	É uma anafilotoxina. C3b forma ligações covalentes com a superfície ativadora, onde é parte da c3 e c5 convertases; atua também com função do opsonização. 
	
C4
	C4a é uma anafilotoxina. C4b forma ligações covalentes com as superfícies ativadoras, onde faz parte da c3 convertase.
	
C5
	C5a é uma anafilotoxina. C5 b inicia a formação do complexo lítico de membrana
	C5, C6, C7, C8 e C9
	Fazem parte do complexo lítico de membrana 
Explique a importância dos componentes do Sistema da Coagulação e das Cininas no processo inflamatório.
O sistema da coagulação é composto de duas vias que convergem, culminando na ativação de trombina e na formação de fibrina. A via intrínseca da coagulação é uma serie de proteínas plasmáticas que podem ser ativadas pelo fator XII da cascata de coagulação. O fator XII quando ativado expõe o centro de serina ativo que pode subsequentemente quebrar substratos de proteínas e ativar uma variedade de sistemas de mediadores que promovem a coagulação. A inflamação aumenta a produção de fatores de coagulação, e torna a superfície endotelial mais trombogênica, e inibe os mecanismos de anticoagulação, promovendo então a coagulação. A forma ativa do fator XII, fator XIIa, converte a pré-calicreina plasmática na forma proteolica ativa, a enzima calicreina, que quebra a glicoproteína precursora plasmática, o cininogenio de alto peso molecular, para produzir a bradicinina que aumente a permeabilidade vascular e causacontração do músculo liso, dilatação dos vasos sanguíneos e dor.
Explique a correlação entre o Sistema Complemento e a cascata das Cininas no processo inflamatório.
 	No processo inflamatório o sistema complemento está relacionado com a cascata das cininas no aumento da permeabilidade vascular em que as cininas liberam o mediador bradicinina que aumenta a permeabilidade vascular e a C3a por parte do sistema complemento.
Explique os efeitos sistêmicos da Inflamação.
Dentre os efeitos sistêmicos podemos observar a presença de febre, dor, aumento da pressão sanguínea, sonolência, mal estar, e outros. A febre é caracterizada pelo aumento da atividade de leucócitos dificultando a replicação de microrganismos e consequentemente, a elevação da temperatura corporal, principalmente quando a inflamação está associada à infecção. É produzida em resposta a substancias chamadas perogênicos que agem estimulando síntese de prostaglandinas nas células vascular e perivascular do hipotálamo. A dor resulta da estimulação local das fibras de dor e do aumento da sensibilidade, em parte devido à excitabilidade aumentada dos neurônios centrais da medula espinhal. 
Quais as possíveis evoluções da resposta inflamatória aguda?
A inflamação aguda pode ter quatro tipos de evolução:
1. Resolução: quando a lesão é pequena, ao se eliminar o agressor, todo volta à normalidade; como por ex. um pequeno traumatismo da mucosa bucal; após horas, nada resta da lesão ou inflamação. 
2. Cicatrização: quando há destruição de tecido o dano será reparado, sendo a área lesada substituída por uma cicatriz; como por ex. uma queimadura na pele.
3. Formação de abscesso: quando agentes piogênicos se instalam na profundidade dos tecidos, uma espinha por exemplo. 
4. Progressão para inflamação crônica: isso ocorre quando o agente inflamatório não é eliminado pelo processo inflamatório agudo.
Descreva a classificação das inflamações agudas (quanto à composição do exsudato) e dê exemplos.
A inflamação aguda é dita imediata por se desenvolver no instante da ação do agente lesivo, e inespecífica por ser sempre qualitativamente a mesma, independentemente da causa que a provoque. A exsudação diz respeito à fase vascular e exsudativa da inflamação; a proliferação d e células teciduais indica a fase produtivo-reparativa; e a necrose, a fase degenerativo-necrótica. No tocante à inflamação aguda, a partir desses elementos, pode-se reconhecer pelo menos cinco tipos de inflamação:
Serosa: predomina a exsudação de líquido amarelo-citrino, com composição semelhante à do soro do sangue. Exemplos: pleurite, rinite serosa, bolha devido a queimadura etc.
Fibrinosa: predomínio de exsudato fibrinoso que origina aliado à presença de tecido necrótico, placas esbranquiçadas principalmente sobre as mucosas e as serosas. A inflamação fibrinosa é também chamada de "inflamação pseudomembranosa", quando presente nas mucosas, pois apresenta essa camada superficial esbranquiçada sobre a área inflamada, como se fosse uma membrana. Exemplos: pericardite fibrinosa, inflamação diftérica etc.
Hemorrágica: assim classificada quando se observa o predomínio do componente hemorrágico no tecido inflamado. Exemplo: glomerulonefrite aguda hemorrágica.
Necrotizante ou ulcerativa: sempre presente nos focos inflamatórios como indicativa da irreversibilidade das lesões nos tecidos, apresentando exsudatos serosos, fibrinosos ou purulentos. A necrose pode ser causa da pela agressão direta do agente ou pelos fatores citados quando na descrição da fase degenerativa-necrótica da inflamação. A ulceração se dá quando a necrose é superficial, levando à perda do revestimento epitelial.
Purulenta: também denominada de supurativa, esse tipo de inflamação é composto pelo pus, líquido de densidade, cor e cheiro variáveis, constituído por soro, exsudato e células mortas - principalmente neutrófilos e macrófagos. Pode se apresentar sob várias formas como pústula (circunscrita na epiderme), furúnculo (circunscrita no derma, sendo de origem estafilocócica), abscesso e flegmão (ou celulite).
O que são úlceras?
As úlceras são lesões superficiais que podem ocorrer em qualquer organismo. Todas as pessoas estão predispostas a desenvolverem uma lesão nos tecidos. Entretanto, assim como diversas outras complicações, existem pessoas que se tornam mais vulneráveis ao problema.
Conceitue pus, abscesso, empiema, celulite e flegmão (PESQUISAR)
 
Pus: bactérias degradadas, os componentes do conjuntivo dissolvidos e os neutrófilos mortos se juntarão ao exsudato formado pela inflamação, ficando assim com uma coloração amarelada e uma consistência viscosa purulenta.
Abscesso: cavidade neoformada encapsulada, com centro necrótico e purulento, parede interna com predomínio neutrofílico já em processo regressivo (essa parede é chamada de membrana piogênica uma vez que gera o pus) e camada externa com neovascularização e fenômenos exsudativos. Dessa última camada partem as respostas cicatrizantes ou de fibrose, dependendo da evolução do processo. Essas respostas estão diretamente ligadas à eliminação do agente etiológico (que é, geralmente, de origem infecciosa por bactérias piogênicas) e à saída da coleção de pus existente no local. Em relação ao último fator, podem-se realizar procedimentos de drenagem desse pus quando esta não está presente sob a forma de fístulas ou ulcerações no local.
Empiema: É o acúmulo de pus (células mortas e líquido infectado) dentro de uma cavidade do corpo. Em geral, esse ter mo se refere ao pus no interior da cavidade pleural ou espaço pleural. A cavidade pleural é o espaço fino entre a superfície dos pulmões e o revestimento interno da parede do tórax.
Flegmão ou celulite: nesse tipo de inflamação purulenta não há formação da membrana piogênica, ou seja, a coleção de pus não se encontra concentrada em uma cavidade, mas sim, difusa sobre o tecido; além disso, há predominância dos fenômenos vasculares, com evidente eritema (hiperemia) e edema. O exsudato purulento é m ais fluido, infiltrando-se no conjuntivo frouxo adjacente ao local inflamado. O flegmão é também chamado de celulite, nome dado para designar a inflamação do tecido subcutâneo.

Continue navegando