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Inflamação Aguda Referencia Bibliografica:Robbins e Cotran Patologia-Bases Patológicas das Doenças.9ed Capítulo 3:Inflamação e Reparo A inflamação aguda tem três componentes principais: (1) dilatação de pequenos vasos levando a aumento no fluxo sanguíneo; (2) aumento de permeabilidade da microvasculatura, que permite que as proteínas do plasma e os leucócitos saiam da circulação e (3) emigração de leucócitos da microcirculação, seu acúmulo no foco da lesão e sua ativação para eliminar o agente agressor. Quando um organismo encontra um agente lesivo, como um microrganismo infeccioso ou células mortas, os fagócitos que residem em todos os tecidos tentam eliminar esses agentes. Ao mesmo tempo, os fagócitos e outras células do tipo sentinela nos tecidos reconhecem a presença da substância estranha ou anormal e reagem por meio da liberação de citocinas, mensageiros lipídicos e outros mediadores da inflamação. Alguns desses mediadores agem nos pequenos vasos sanguíneos no entorno, promovendo o efluxo de plasma e o recrutamento de leucócitos circulantes para o sítio no qual o agente agressor está localizado Gerando os sinais cardinais ou flogisticos da inflamação Dor-ação dos mediadores inflamatórios Rubor(vermelhidão/ eritema)-vasodilataççao e diminuição do fluxo sanguineo Inchaço(edema)-aumento da permeabilidade vascular Calor-vasodilatação e estase sanguinea Perda de função:uma vez que comprime terminações nervosas impedindo o estimulo Reações dos vasos sanguíneos na Inflamação aguda As reações vasculares da inflamação aguda consistem em alterações no fluxo sanguíneo e na permeabilidade dos vasos, ambas destinados à maximização do movimento das proteínas e e leucócitos do plasma para fora da circulação, em direção ao local da infecção ou lesão. O deslocamento de fluidos, proteínas e células sanguíneas do sistema vascular para dentro do tecido intersticial ou das cavidades corporais é conhecido como exsudação .Exsudato é o fluido extravascular que apresenta uma elevada concentração proteica e contém resíduos celulares. Sua presença implica que há aumento de permeabilidade dos pequenos vasos sanguíneos provocada por algum tipo de lesão tecidual e uma reação inflamatória contínua. Em contraste, um transudato é um fluido com baixo conteúdo proteico (a maior parte composta de albumina), pouco ou nenhum material celular e baixa gravidade específica. Trata-se, essencialmente, de um ultrafiltrado de plasma sanguíneo que resulta de desequilíbrio osmótico ou hidrostático ao longo da parede do vaso sem aumento correspondente na permeabilidade vascular. O edema denota excesso de fluido no tecido intersticial ou das cavidades serosas, que pode ser ou um exsudato ou um transudato. O pus, um exsudato purulento, é um exsudato inflamatório rico em leucócitos (principalmente neutrófilos), restos de células mortas e, em muitos casos, microrganismos. Alterações no Fluxo e no calibre vascular As mudanças no fluxo e no calibre vascular se iniciam logo após a lesão e consistem no seguinte: 1) A vasodilatação é induzida pela ação de vários mediadores, sobretudo a histamina, nos músculos lisos vasculares. É uma das primeiras manifestações de inflamação aguda. Inicialmente, a vasodilatação envolve as arteríolas e, então, leva à abertura de novos leitos capilares na área. O resultado é o fluxo sanguíneo aumentado, que é a causa do calor e da vermelhidão (eritema) no local da inflamação. 2) A vasodilatação é rapidamente seguida por aumento de permeabilidade da microvasculatura, com extravasamento de fluido rico em proteína nos tecidos extravasculares. 3) A perda de fluido e o diâmetro aumentado do vaso levam a fluxo sanguíneo mais lento, concentração de hemácias em pequenos vasos e aumento de viscosidade do sangue. Essas alterações resultam na obstrução dos pequenos vasos com hemácias se movimentando lentamente, uma condição denominada estase, que é vista como congestão vascular e vermelhidão localizada do tecido envolvido. 4) À medida que a estase se desenvolve, os leucócitos sanguíneos, principalmente os neutrófilos, se acumulam ao longo do endotélio vascular. Ao mesmo tempo, as células endoteliais são ativadas por mediadores produzidos nos locais de infecção e dano tecidual, expressando níveis aumentados de moléculas de adesão. Os leucócitos, então, aderem ao endotélio e, logo depois, migram através da parede vascular para dentro do tecido intersticial. Permeabilidade Vascular Aumentada(Extravasamento) 1)A contração das células endoteliais resultando no aumento dos espaços interendoteliais é o mecanismo mais comum de extravasamento. É deflagrada por histamina, bradicinina, leucotrienos e mediadores químicos. É chamada resposta transitória imediata, pois ocorre rapidamente após a exposição ao mediador e, em geral, tem vida curta (15 a 30 minutos). Em algumas formas de lesão leve (p. ex., após queimaduras, irradiação ou radiação ultravioleta e exposição a certas toxinas bacterianas), o extravasamento tem início após um atraso de 2 a 12 horas e dura por várias horas ou mesmo dias; esse extravasamento atrasado e prolongado pode ser causado pela contração das células endoteliais ou por dano endotelial leve. A queimadura de sol com aparecimento tardio é um bom exemplo desse tipo de extravasamento. 2)A lesão endotelial,resultando em necrose e separação das células endoteliais. O dano direto ao endotélio é encontrado em lesões graves, como, por exemplo, em queimaduras, ou é induzido pela ação de microrganismos e suas toxinas, que têm como alvo as células endoteliais. Os neutrófilos que aderem ao endotélio durante a inflamação também podem lesar as células endoteliais e, portanto, amplificar a reação. Na maioria dos exemplos, o extravasamento se inicia imediatamente após a lesão e é mantido por várias horas até que os vasos danificados sejam trombosados ou reparados. Embora esses mecanismos de permeabilidade vascular aumentada sejam descritos separadamente, é provável que todos contribuam, em vários graus, para as respostas à maioria dos estímulos. Por exemplo, em diferentes estágios de queimadura térmica, o extravasamento resulta da contração endotelial quimicamente mediada e de dano endotelial direto e dependente de leucócitos. O extravasamento induzido por esses mecanismos pode causar perda de fluido, com risco de morte, em vários pacientes queimados. Resposta de vasos Linfáticos e linfonodos Além dos vasos sanguíneos, os vasos linfáticos também participam da inflamação aguda. O sistema linfático e os linfonodos filtram e policiam os fluidos extravasculares. Normalmente, os vasos linfáticos drenam a pequena quantidade de fluido extravascular que saiu dos capilares. Na inflamação, o fluxo linfático é aumentado e ajuda a drenar o fluido do edema que se acumula devido ao aumento de permeabilidade vascular. Além do fluido, os leucócitos e os resíduos celulares, bem como os microrganismos, podem encontrar o caminho até a linfa. Os vasos linfáticos, assim como os vasos sanguíneos, se proliferam durante as reações inflamatórias a fim de lidar com o aumento da carga. Os vasos linfáticos podem tornar-se inflamados de maneira secundária (linfangite), da mesma forma que os linfonodos de drenagem (linfadenite). Com frequência, os linfonodos inflamados são aumentados por causa da hiperplasia dos folículos linfoides e do aumento no número de linfócitos e macrófagos. Essa constelação de alterações patológicas recebe o nome de linfadenite reativa ou inflamatória . Para os clínicos, a presença de estrias vermelhas perto de uma ferida na pele é sinal revelador de infecção. Essas estrias seguem o curso dos canais linfáticos e são diagnósticasde linfangite; podem estar acompanhadas de aumento doloroso dos linfonodos de drenagem, indicando linfadenite. Recrutamento de leucócitos para os Locais de Inflamação As mudanças no fluxo sanguíneo e na permeabilidade vascular são rapidamente seguidas por influxo de leucócitos no tecido. Esses leucócitos realizam a função principal de eliminar os agentes agressores. Os leucócitos mais importantes nas reações inflamatórias típicas são aqueles que podem realizar a fagocitose, em especial os neutrófilos e os macrófagos. Esses leucócitos ingerem e destroem bactérias e outros microrganismos, além de tecido necrótico e substâncias estranhas. Os leucócitos também produzem fatores de crescimento que ajudam no reparo. O preço pago pela potência de defesa dos leucócitos é que, quando fortemente ativados, eles podem induzir dano aos tecidos e prolongar a inflamação, pois os produtos dos leucócitos que destroem os microrganismos e ajudam a “limpar” os tecidos necróticos também podem lesar os tecidos do hospedeiro não envolvidos no processo. A jornada dos leucócitos da luz vascular até o tecido é um processo de várias etapas, mediado e controlado por moléculas de adesão e citocinas chamadas quimiocinas. Esse processo pode ser dividido em fases seqüenciais. Adesão do leucócito ao Endotélio: Como o fluxo sanguíneo torna-se mais lento no princípio da inflamação (estase), as condições hemodinâmicas mudam (a tensão de cisalhamento na parede do vaso diminui) e mais leucócitos assumem posição periférica ao longo da superfície endotelial. Esse processo de redistribuição dos leucócitos é chamado de marginação. Subsequentemente, os leucócitos aderem, de forma transitória, ao endotélio, separam-se e se ligam novamente, rolando, dessa forma, na parede do vaso. As células finalmente param em certo ponto, onde aderem firmemente (lembrando seixos sobre os quais a corrente flui sem perturbá- los). A ligação dos leucócitos às células endoteliais é mediada pelas moléculas de adesão complementares nos dois tipos de células cuja expressão é reforçada pelas citocinas. As citocinas são secretadas pelas células- sentinela nos tecidos, como resposta aos microrganismos e outros agentes lesivos, garantindo, dessa forma, que os leucócitos sejam recrutados aos tecidos, onde esses estímulos estão presentes. Migração dos Leucócitos através do endotélio: A próxima etapa no processo de recrutamento dos leucócitos é a migração dos leucócitos através do endotélio, chamada de transmigração ou diapedese. A transmigração dos leucócitos ocorre principalmente nas vênulas pós-capilares. As quimiocinas agem nos leucócitos que se aderem e estimulam as células a migrar através dos espaços interendoteliais em direção ao gradiente de concentração química; ou seja, rumo ao local da lesão ou da infecção onde as quimiocinas estão sendo produzidas. Várias moléculas de adesão presentes nas junções intercelulares entre as células endoteliais estão envolvidas na migração dos leucócitos. Após atravessar o endotélio, os leucócitos penetram na membrana basal, provavelmente por secretarem colagenases, e entram no tecido extravascular. As células, então, migram em direção ao gradiente quimiotático criado pelas quimiocinas e por outros quimioatraentes, acumulando-se no sítio extravascular. A prova mais evidente da importância das moléculas de adesão dos leucócitos é a existência de deficiências genéticas nessas moléculas, que resultam em infecções bacterianas recorrentes, como consequência da adesão prejudicada de leucócitos e de uma resposta inflamatória deficiente. Quimiotaxia dos leucócitos: Após sair da circulação, os leucócitos vão para os tecidos em direção ao local da lesão por meio de um processo chamado quimiotaxia, que é definido como a locomoção seguindo um gradiente químico. Ambas as substâncias, exógenas e endógenas, podem agir como quimioatraentes. Os agentes exógenos mais comuns são os produtos bacterianos, incluindo os peptídeos que possuem um aminoácido terminal N- formilmetionina e alguns lipídios. Os quimioatraentes endógenos incluem vários mediadores químicos (descritos adiante): (1) citocinas, particularmente aquelas da família de quimiocinas (p. ex., IL-8); (2) componentes do sistema complemento, particularmente o C5a, e (3) metabólitos, principalmente o leucotrieno B4 (LTB4). O resultado final é que os leucócitos migram seguindo os estímulos inflamatórios na direção dos quimioatraentes localmente produzidos. A natureza do infiltrado de leucócitos varia de acordo com o tempo da resposta inflamatória e com o tipo de estimulo: Na maioria das formas de inflamação aguda, os neutrófilos predominam no infiltrado inflamatório durante as primeiras 6 a 24 horas, sendo substituídos pelos monócitos em 24 a 48 horas. Há várias razões para a preponderância inicial dos neutrófilos: eles são mais numerosos no sangue, respondem mais rapidamente às quimiocinas e podem ligar-se mais firmemente às moléculas de adesão que são rapidamente expressas nas células endoteliais, tais como P- e E-selectinas. Após a entrada nos tecidos, os neutrófilos têm vida curta: entram em apoptose e desaparecem em 24 a 48 horas. Os monócitos não apenas sobrevivem por mais tempo, como também podem proliferar nos tecidos e, então, tornar- se a população dominante nas reações inflamatórias crônicas. No entanto, eles são exceções a esse estereótipo de infiltração celular. Em certas infecções – por exemplo, aquelas produzidas por bactérias Pseudomonas –, o infiltrado celular é dominado por neutrófilos continuamente recrutados por vários dias; em infecções virais, os linfócitos podem ser as primeiras células a chegar; algumas reações de hipersensibilidade são dominadas por linfócitos ativos, macrófagos e células do plasma (refletindo a resposta imunológica); nas reações alérgicas, os eosinófilos podem ser o tipo celular principal. 1)Infiltrados iniciais da inflamação aguda(neutrófilos) e vasos sanguineos congestos: 2)Infiltrados celulares tardios(mononucleares linfócitos e macrófagos) A compreensão acerca de recrutamento e migração de leucócitos proporcionou um grande número de alvos terapêuticos em potencial para controlar a inflamação nociva. Os agentes que bloqueiam o TNF, uma das principais citocinas no recrutamento dos leucócitos, estão entre as terapias de maior sucesso já desenvolvidas para doenças inflamatórias crônicas, e os antagonistas das integrinas dos leucócitos são aprovados para as doenças inflamatórias, ou estão sendo submetidos a ensaios clínicos. Previsivelmente, esses antagonistas não apenas têm o efeito desejado de controlar a inflamação, como também podem comprometer a capacidade dos pacientes tratados de se defenderem contra microrganismos, o que, é claro, é a função fisiológica da resposta inflamatória. Dano tecidual mediado por leucócitos Os leucócitos são importantes causas de lesão às células e aos tecidos normais sob várias circunstâncias: 1) Como parte da reação de defesa normal contra microrganismos infecciosos, quando tecidos adjacentes sofrem danos colaterais. Em algumas infecções de difícil erradicação, como a tuberculose e certas doenças virais, a resposta prolongada do hospedeiro contribui mais para a doença do que o próprio microrganismo. 2) Quando a resposta inflamatória é inapropriadamente direcionada contra os tecidos do hospedeiro, como em certas doenças autoimunes. 3) Quando o hospedeiro reage excessivamente contra substâncias do ambiente geralmente inofensivas, como ocorre nas doenças alérgicas, incluindo a asma. Em todas essas situações, os mecanismos pelos quais os leucócitos danificam os tecidos normais são os mesmos envolvidos na defesaantimicrobiana, porque, uma vez que os leucócitos estejam ativados, seus mecanismos efetores não distinguem entre agressor e hospedeiro. Término da Resposta Inflamatória Aguda Um sistema tão potente de defesa do hospedeiro, com capacidade inerente para causar dano tecidual, precisa de controle rigoroso, a fim de minimizar o dano. Em parte, a inflamação diminui depois de os agentes agressores serem removidos, simplesmente porque os mediadores da inflamação são produzidos em rápidos surtos, somente enquanto o estímulo persiste, têm meias-vidas curtas e são degradados após sua liberação. Os neutrófilos tambémtêm meia- vida curta nos tecidos, morrendo por apoptose dentro de poucas horas após deixarem o sangue. Além disso, à medida que a inflamação se desenvolve, o próprio processo deflagra uma gama de sinais de alerta que ativamente encerram a reação. Esses mecanismos de término ativo incluem um interruptor do tipo de metabólito de ácido araquidônico produzido, de leucotrienos pró-inflamatórios a lipoxinas anti-inflamatórias, e a liberação de citocinas anti-inflamatórias, incluindo o fator de crescimento transformante β (TGF-β) e a IL-10, a partir de macrófagos e outras células. Outro mecanismo de controle que experimentalmente foi demonstrado inclui os impulsos neurais (descarga colinérgica) que inibem a produção de TNF em macrófagos. Mediadores da Inflamação Os mediadores da inflamação são as substâncias que iniciam e regulam as reações inflamatórias. Muitos mediadores foram identificados, sendo alvos de terapias destinadas a limitar a inflamação. Os mediadores mais importantes da inflamação aguda são as aminas vasoativas, os produtos lipídicos (prostaglandinas e leucotrienos), as citocinas (incluindo as quimiocinas) e os produtos da ativação do complemento. Esses mediadores induzem vários componentes da resposta inflamatória tipicamente através de mecanismos distintos, e é por isso que inibir cada um deles tem sido terapeuticamente benéfico. Entretanto, há certa sobreposição (redundância) nas ações dos mediadores. Mediadores são secretados a partir de células ou produzidos a partir de proteínas plasmáticas: Os mediadores derivados de células são, em geral, concentrados em grânulos intracelulares e podem ser rapidamente secretados por exocitose do grânulo (p. ex., histamina nos grânulos dos mastócitos) ou são sintetizados de novo (p. ex., prostaglandinas e leucotrienos, citocinas) em resposta a um estímulo. Os principais tipos de células que produzem mediadores de inflamação aguda são as sentinelas, que detectam invasores e dano tecidual, ou seja, macrófagos, células dendríticas e mastócitos; no entanto, plaquetas, neutrófilos, células endoteliais e a maioria dos epitélios também podem ser estimulados a produzir alguns dos mediadores. Os mediadores derivados do plasma (p. ex., proteínas do complemento) são produzidos principalmente no fígado e estão presentes na circulação como precursores inativos que têm de ser ativados, em geral por uma série de clivagens proteolíticas, a fim de adquirir suas propriedades biológicas. Mediadores ativos são produzidos somente em resposta a vários estímulos: Esses estímulos incluem substâncias e produtos microbianos liberados a partir das células necróticas. Alguns dos estímulos deflagram receptores específicos e vias de sinalização, anteriormente descritos, mas ainda não sabemos como os outros estímulos induzem a secreção de mediadores (p. ex., a partir de mastócitos, em resposta a uma lesão celular ou irritação mecânica). Essa condição comum de os microrganismos ou os tecidos mortos atuarem como estímulo inicial garante que a inflamação normalmente seja desencadeada apenas quando e onde se fizer necessária. A maioria dos mediadores tem vida curta: Eles declinam rapidamente, são desativados por enzimas ou são, de forma alternativa, depurados ou inibidos. Existe, então, um sistema de controle e balanço que regula as ações dos mediadores. Esses mecanismos de controle inatos são discutidos em cada classe de mediador. Um mediador pode estimular a liberação de outros mediadores: Por exemplo, os produtos da ativação do complemento estimulam a liberação de histamina, e a citocina TNF age nas células endoteliais para estimular a produção de outra citocina, a IL-1, e muitas quimiocinas. Os mediadores secundários podem ter as mesmas ações dos mediadores iniciais, mas também podem ter atividades diferentes e até mesmo opostas. Tais cascatas fornecem mecanismos para amplificar – ou, em certos casos, neutralizar – a ação inicial do mediador. A seguir temos os principais mediadores da inflamação aguda: Aminas vasoativas:Histamina e Serotonina As duas principais aminas vasoativas, assim chamadas porque têm ações importantes nos vasos sanguíneos, são a histamina e a serotonina. Elas são armazenadas como moléculas pré-formadas nas células e estão, portanto, entre os primeiros mediadores a serem liberados durante a inflamação. As fontes mais ricas de histamina são os mastócitos normalmente presentes no tecido conjuntivo adjacente aos vasos sanguíneos. A histamina também é encontrada nos basófilos do sangue e nas plaquetas. É armazenada nos grânulos dos mastócitos e liberada pela desgranulação em resposta a uma variedade de estímulos, incluindo (1) lesão física, como trauma, frio ou calor; (2) ligação de anticorpos aos mastócitos, que constitui a base das reações alérgicas; e (3) produtos do complemento chamados de anafilatoxinas (C3a e C5a), descritos adiante. Os anticorpos e produtos do complemento se ligam a receptores específicos nos mastócitos, desencadeando vias de sinalização que induzem a rápida desgranulação. Além disso, acredita-se que os leucócitos secretem algumas proteínas liberadoras de histamina, mas elas ainda não foram caracterizadas. Os neuropeptídeos (p. ex., substância P) e citocinas (IL-1, Il-8) também podem deflagrar a liberação de histamina. A histamina causa dilatação das arteríolas e aumenta a permeabilidade das vênulas.É considerada o principal mediador da fase transitória imediata do aumento na permeabilidade vascular, produzindo espaços interendoteliais nas vênulas. Seus efeitos vasoativos são mediados principalmente pela ligação a receptores chamados H1 nas células endoteliais microvasculares. As drogas anti- histamínicas que são comumente usadas para tratar algumas reações inflamatórias, como as alergias, são antagonistas do receptor H1 que se ligam e bloqueiam o receptor. A histamina também provoca a contração de alguns músculos lisos. A serotonina (5-hidroxitriptamina) é um mediador vasoativo preformado presente nas plaquetas e em certas células neuroendócrinas, como naquelas do trato gastrointestinal e nos mastócitos de roedores, mas não em humanos. Sua função primária é atuar como um neurotransmissor no trato gastrointestinal. Também é um vasoconstritor, mas a importância dessa ação na inflamação não está definida. Metabólitos do Ácido Araquidônico(AA) Os mediadores lipídicos, prostaglandinas,Lipoxina e leucotrienos, são produzidos a partir do ácido araquidônico (AA), presente nos fosfolipídios da membrana, estimulando as reações vasculares e celulares na inflamação aguda nas regiões de infecção ou lesão.As células dessa região vão expressar e ativar acido araquidônico mais facilmente diante ao estimulo agressivo. Estímulos mecânicos, químicos e físicos ou outros mediadores (p. ex., C5a) liberam AA dos fosfolipídios da membrana através da ação de fosfolipases celulares, principalmente a fosfolipase A2. Os sinais bioquímicos envolvidos na ativação da fosfolipase A2 incluem aumento do CA 2+ citoplasmático e ativação de várias cinases em respostaa estímulos externos. Os mediadores derivados do AA, também chamados eicosanoides (por serem derivados de ácidos graxos com 20 carbonos; em grego, eicosa = 20), são sintetizados por duas classes principais de enzimas: ciclo-oxigenases (que geram prostaglandinas) e lipo-oxigenases (que produzem leucotrienos e lipoxinas).Os eicosanoides se ligam aos receptores acoplados à proteína G em muitos tipos celulares, podendo mediar praticamente cada etapa da inflamação. Prostaglandinas As prostaglandinas (PGs) são produzidas pelos mastócitos, macrófagos, células endoteliais e muitos outros tipos celulares, e estão envolvidas em reações vasculares e sistêmicas da inflamação. São geradas pelas ações de duas ciclo-oxigenases(enzimas), chamadas COX-1 e COX-2. A COX-1 é produzida em resposta a estímulos anti-inflamatórios,e também é particularmente expressa na maioria dos tecidos, onde pode executar uma função homeostática (p. ex., equilíbrio de fluidos e de eletrólitos nos rins, citoproteção no trato gastrointestinal). Em contraste, a COX-2 é induzida pelos estímulos inflamatórios, gerando, dessa forma, as prostaglandinas que são envolvidas nas reações inflamatórias, porém é baixa ou ausente na maioria dos tecidos normais. Tromboxano 2(TXA2) -É um tipo de prostaglandina presente em plaquetas. -É um potente agente agregador plaquetário e vasoconstritor, é, por si só, instável e rapidamente convertido à sua forma inativa TxB2. Prostaciclina -É um tipo de prostaglandina - A prostaciclina é um vasodilatador e potente inibidor da agregação plaquetária, também potencializando significativamente o aumento da permeabilidade e os efeitos quimiotáticos de outros mediadores. IMPORTANTE: O desequilíbrio tromboxano-prostaciclina tem sido visto como um evento inicial na formação do trombo nos vasos sanguíneos coronários e cerebrais. Além de seus efeitos locais, as prostaglandinas estão envolvidas na patogênese da dor e da febre na inflamação.Anti-inlfamatórios que inibem prostaglandinas vão inibir a ação das COX 1 e2 para evitar a produção de prostaglandina. Leucotrienos Os leucotrienos são produzidos por leucócitos e mastócitos através da ação da lipoxigenase, e são envolvidos nas reações vasculares e do músculo liso, bem como no recrutamento de leucócitos. O LTB4(tipo de leucotrienos) é um potente agente quimiotático e ativador de neutrófilos, causando agregação e adesão das células ao endotélio venular, além de gerar ERO e liberar enzimas lisossômicas. Os leucotrienos que contêm cisteinil, LTC4, LTD4 e LTE4 causam vasoconstrição intensa, broncoespasmo (importante na asma) e aumento de permeabilidade de vênulas. Os leucotrienos são muito mais potentes do que a histamina em aumentar a permeabilidade vascular e provocar broncoespasmo. Lipoxinas As lipoxinas também são geradas a partir do AA através da via de lipoxigenase, mas, diferentemente das prostaglandinas e leucotrienos, as lipoxinas suprimem a inflamação ao inibir o recrutamento de leucócitos. Elas inibem a quimiotaxia e a adesão dos neutrófilos ao endotélio. Elas são infrequentes, pois duas populações de células são necessárias para a biossíntese transcelular desses mediadores. Os leucócitos, particularmente os neutrófilos, produzem intermediários na síntese da lipoxina, e estes são convertidos em lipoxinas pelas plaquetas através da interação com os leucócitos. Inibidores Farmacológicos de Prostaglandinas e Leucotrienos A importância dos eicosanoides na inflamação direcionou várias tentativas de desenvolver drogas que inibam sua produção ou ações que eliminem a inflamação. Essas drogas anti- inflamatórias incluem: 1) Os inibidores da ciclo-oxigenase incluem a aspirina(Acido acetilsalicílico AAS) e outros fármacos anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), como o ibuprofeno. Eles inibem tanto a COX-1 quanto a COX-2 e, dessa forma, inibem a síntese de prostaglandina (por isso sua eficácia ao tratar dor e febre); a aspirina tem essa ação por acetilação irreversível e inativação das ciclo-oxigenases. 2)Inibidores de Lipoxigenase A 5-lipoxigenase não é afetada pelos AINEs, e muitos inibidores novos dessa via enzimática foram desenvolvidos. Agentes farmacológicos que inibem a produção de leucotrienos (p. ex., Zileuton®) são úteis para o tratamento da asma. 3)Corticosteroides: Os corticosteroides são agentes anti-inflamatórios que reduzem a transcrição de genes que codificam COX-2, fosfolipase A2, citocinas pró-inflamatórias (p. ex., IL-1 e TNF) 4) Os antagonistas do receptor de leucotrienos bloqueiam os receptores de leucotrienos e evitam suas ações. Esses medicamentos (p. ex., Montelucaste) ajudam no tratamento da asma Citocinas e Quimiocinas As citocinas são proteínas produzidas por muitos tipos celulares (principalmente linfócitos, células dendríticas e macrófagos ativados, mas também células endoteliais, epiteliais e do tecido conjuntivo) que medeiam e regulam as reações imunológicas inflamatórias. Por convenção, os fatores de crescimento que agem nas células epiteliais e mesenquimais não são agrupados sob citocinas. O fator de necrose tumoral(TNF) e a Interleucina-1(IL-1) A TNF e a Il-1 desempenham papel crítico no recrutamento de leucócitos ao promover sua adesão ao endotélio, além de sua migração através dos vasos. Essas citocinas são produzidas principalmente por macrófagos e células dendríticas ativadas; O TNF é ainda produzido por linfócitos T e mastócitos, e a IL- 1 por algumas células epiteliais. A secreção de TNF e IL-1 pode ser estimulada por produtos microbianos, imunocomplexos, corpos estranhos, lesão física e por uma variedade de outros estímulos inflamatórios. A produção de TNF é induzida por sinais através dos TLRs e outros sensores microbianos, e a síntese de IL-1 é estimulada pelos mesmos sinais, mas a geração da forma biologicamente ativa dessa citocina depende do inflamassomo. Os papéis mais importantes dessas citocinas na inflamação são os seguintes: 1)Ativação endotelial: Tanto o TNF quanto a IL-1 agem no endotélio de modo a induzir um espectro de mudanças, chamadas de ativação endotelial. Essas mudanças incluem aumento de expressão das moléculas de adesão endotelial, na maior parte E- e P- selectinas e ligantes para integrinas de leucócitos; aumento na produção de vários mediadores, incluindo outras citocinas e quimiocinas, fatores de crescimento e eicosanoides; e aumento da atividade pró-coagulante do endotélio. 2)Ativação de leucócitos e de outras células: O TNF aumenta as respostas dos neutrófilos a outros estímulos, como, por exemplo, a endotoxina bacteriana, e incita a atividade microbicida dos macrófagos, em parte ao induzir a produção de NO. A IL-1 ativa os fibroblastos para a produção de colágeno e estimula a proliferação de células sinoviais, além de outras células mesenquimais. A IL-1 também estimula as respostas TH17, o que, por sua vez, induz a inflamação aguda. 3)Respostas sistêmicas da fase aguda: A IL-1 e o TNF (assim como a IL-6) induzem as respostas sistêmicas de fase aguda associadas com infecção ou lesão, incluindo a febre. Também estão envolvidas na síndrome da sepse, resultante da infecção bacteriana disseminada. O TNF também regula o equilíbrio de energia ao promover a mobilização de lipídios e proteína, além de suprimir o apetite. Por esse motivo, a produção sustentada de TNF contribui para a caquexia, estado patológico caracterizado por perda de peso e anorexia que acompanha algumas infecções crônicas e doenças neoplásicas. Quimiocinas As quimiocinas são uma família de proteínas pequenas (de 8 a 10 kD) que agem primariamente comoquimioatraentes para tipos específicos de leucócitos. • Na inflamação aguda. As quimiocinasinflamatórias são aquelas cuja produção é induzida pelos microrganismos e por outros estímulos. Essas quimiocinas estimulam a ligação dos leucócitos ao endotélio ao aumentar a afinidade das integrinas leucocitárias, estimulando ainda a migração (quimiotaxia) dos leucócitos nos tecidos para o local da infecção ou do dano tecidual. • Manutenção da arquitetura dos tecidos. Algumas quimiocinas são produzidas particularmente nos tecidos e, algumas vezes, são chamadas quimiocinas homeostáticas. Elas organizam vários tipos de células em diferentes regiões anatômicas dos tecidos, como os linfócitos T e B em áreas discretas do baço e linfonodos. Sistema Complemento O sistema complemento é uma coleção de proteínas solúveis e de receptores de membrana que funcionam principalmente na defesa do hospedeiro contra os microrganismos e nas reações inflamatórias patológicas. O sistema complemento é composto por mais de vinte proteínas, algumas das quais são numeradas de C1 até C9. Esse sistema funciona nas imunidades inata e adaptativa para a defesa contra microrganismos patogênicos. No processo de ativação do complemento, vários produtos de clivagem de proteínas do complemento são elaborados e provocam aumento da permeabilidade vascular, quimiotaxia e opsonização. As proteínas do complemento estão presentes em sua forma inativa no plasma, e muitas delas são ativadas para se tornar enzimas proteolíticas que degradam outras proteínas do complemento, formando, então, uma cascata enzimática capaz de uma grande amplificação. A etapa crítica na ativação do complemento é a proteólise do terceiro componente (e mais abundante), C3. A clivagem de C3 pode ocorrer por uma das três vias seguintes: • A via clássica, que é desencadeada pela fixação do C1 ao anticorpo (IgM ou IgG) que se combinou com o antígeno. • A via alternativa, que pode ser desencadeada pelas moléculas da superfície de microrganismos (p. ex., endotoxina ou LPS), polissacarídeos complexos, veneno de cobra e outras substâncias, na ausência do anticorpo. • A via da lectina, na qual a lectina ligante à manose do plasma se liga aos carboidratos nos microrganismos, ativando diretamente o C1. Todas as três vias de ativação do complemento levam à formação de uma enzima ativa chamada C3 convertase, que quebra o C3 em dois fragmentos funcionalmente distintos: o C3a e o C3b. O C3a, então, é liberado e o C3b se torna covalentemente ligado à célula ou à molécula onde o complemento está sendo ativado. Em seguida, mais C3b se liga aos fragmentos previamente gerados para formar a C5 convertase, que quebra o C5 para liberar o C5a e deixar o C5b ligado à superfície celular. O C5b se liga aos últimos componentes (C6- C9), culminando na formação de um complexo de ataque à membrana (MAC, composto por múltiplas moléculas de C9). Funções principais do sistema complemento: 1)Induzir inflamação 2)Opsonização para fagocitose 3)Induzir a lise celular Padrões Morfológicos da Inflamação Aguda As características morfológicas marcantes de todas as reações inflamatórias agudas são a dilatação de pequenos vasos sanguíneos e o acúmulo de leucócitos e fluido no tecido extravascular. Entretanto, padrões morfológicos específicos são frequentemente sobrepostos nessas características gerais, dependendo da severidade da reação, de sua causa específica, do tipo de tecido e do local envolvidos. A importância do reconhecimento dos padrões macro e microscópicos é que frequentemente fornecem indícios valiosos sobre a causa básica. Inflamação Serosa(Exsudato seroso) A inflamação serosa é marcada pela exsudação de fluidos com poucas células nos espaços criados pela lesão celular ou em cavidades corporais revestidas pelo peritônio, pleura e pericárdio. Tipicamente, o fluido na inflamação serosa não é infectado pelos organismos destrutivos, e não contém muitos leucócitos (que tendem a produzir inflamação purulenta). Em cavidades corporais, o fluido pode ser derivado do plasma (como resultado do aumento da permeabilidade vascular) ou das secreções de células mesoteliais (como resultado de irritação local); o acúmulo de fluidos nessas cavidades é chamado de efusão. (As efusões também ocorrem em condições não inflamatórias, como, por exemplo, na redução do efluxo sanguíneo na hipótese de insuficiência cardíaca, ou em níveis reduzidos de proteínas plasmáticas de certas doenças renais e hepaticas. A bolha na pele resultante de uma queimadura ou infecção viral representa acúmulo de fluido seroso, dentro ou imediatamente abaixo da epiderme. Vesícula menor que 5 mm Bolha maior que 5 mm Inflamação serosa na pele com predomínio de água Inflamação serosa no pulmão Inflamação serossanguinolenta ou Sero- Hemorragica no Pulmão. Inflamação Fibrinosa(Exsudato fibrinoso) Com maior aumento na permeabilidade vascular, grandes moléculas, tais como fibrinogênio, passam para fora do vaso, e a fibrina é formada e depositada no espaço extracelular. Um exsudato fibrinoso se desenvolve quando ocorrem grandes extravasamentos ou na presença de um estímulo pró-coagulante local (p. ex., células neoplásicas). O exsudato fibrinoso é característico de inflamação no revestimento das cavidades do corpo, tais como meninges, pericárdio e pleura. Histologicamente, a fibrina(produto da metabolização do fibribinogenio pela trombina) se assemelha a uma rede de fios eosinofílica ou, algumas vezes, a um coágulo amorfo Os exsudatos fibrinosos podem ser dissolvidos pela fibrinólise e removidos pelos macrófagos. Quando a fibrina não é removida, ao longo do tempo ela pode estimular o crescimento dos fibroblastos e vasos sanguíneos e, então, levar à cicatriz. A conversão do exsudato fibrinoso em tecido cicatrizado (organização) dentro do saco pericárdico produz um espessamento fibroso opaco do pericárdio e do epicárdio na área de exsudação e, se a fibrose é extensa, ocorre obliteração do espaço pericárdico. Inflamação pulmonar fibrosa por antracose Aspecto Microscopico da Inflamação fibrosa.Pericardite fibrinosa Inflamação Purulenta(Supurativa- Exsudato purulento) A inflamação purulenta é caracterizada pela produção de pus, um exsudato constituído por neutrófilos, resíduos liquefeitos de células necróticas e fluido de edema. A causa mais frequente da inflamação purulenta (também chamada supurativa) é a infecção por bactérias que causam a necrose por liquefação de tecidos, como os estafilococos; esses patógenos são chamados de bactérias piogênicas (produtoras de pus). Um exemplo comum de inflamação supurativa aguda é a apendicite aguda. IMPORTANTE: A inflamação purulenta(supurativa) pode ser dividiva em: 1)Abscesso 2)Empiema 3)Fleimão/flegmao de acordo com a disposição e localização do pus no organismo. Abscesso Esxudato purulento localizado confinado em cavidade ou órgão,o abscesso é bem delimitado ele forma uma cavidade formada por exsudato purulento composto pelo que se conhece como pus. Composição do Pus(Exsudato purulento) Piocitos(neutrófilos degenerados que perderam a segmentação) + restos celulares debis liquefeitos e células necróticas + liquido de edema). neutrófilosnormais Abscessos são coleções localizadas de tecido inflamatório purulento, causados por supuração mantida em um tecido, um órgão ou um espaço confinado. São produzidos pela inoculação de bactérias piogênicas dentro de um tecido .Os abscessos têm uma região central que se parece com uma massa de leucócitos necróticos e células teciduais. Em geral, existe uma zona de neutrófilos preservados em torno desse foco necrótico e, fora dessa região, podem ocorrer dilatação vascular e proliferação parenquimatosae fibroblástica, indicando inflamação crônica e reparo. Em tempo, o abscesso pode tornar-se confinado por cápsula e, finalmente, ser substituído por tecido conjuntivo. Múltiplos abscessos bacterianos (setas) no pulmão em um caso de broncopneumonia. O abscesso contém neutrófilos e resíduos celulares, e é cercado por vasos sanguíneos congestos(dilatados) Os abscessos possuem uma região central de células necróticas,tendo em volta uma camada de neutrofilos preservados e circundada por vasos dilatados e fibroblastos em proliferação,indicando o inicio do reparo. Empiema Quando o esxudato purulento já estiver em cavidades pré existentes como espaço interpleural,cavidade pericárdica cavidade peritoneal,cavidade abdominal.Em casos de Meningites e Pneumonias bacterianas Fleimão/flegmão Quando o esxudato purulento esta difuso no tecido em varias regiaoes causando a celulite infecciosa e a eripsela. Essa categoria de escudato não pode ser bem delimitado.Por exemplo em casos de celulite infecciosa e Eripsela Deve-se lembrar que nem sempre há a predominância de um tipo de exsudato,existindo então os tipos mistos que poderão ser chamados de serofibrinosos,fibrinopurulentos e mucopurulentos . Exsudato Catarral Exsudato caracterizado pela deposição excessiva de muco por glândulas mucosas e/ou células caliciformes produtoras de muco e portanto é um tipo de exsudato que vai ocorrer no trato respiratório e no trato gastrointestinal que são os sitemas que possuem células produtoras de muco Úlcera Uma úlcera é um defeito local ou escavação da superfície de um órgão ou tecido, que é produzida por perda (desprendimento) de tecido necrótico inflamado .A úlcera pode ocorrer somente quando a necrose do tecido e a inflamação resultante existem na superfície ou em suas proximidades. É mais comumente encontrada (1) na mucosa da boca, estômago, intestinos ou trato genitourinário e (2) na pele e no tecido subcutâneo das extremidades inferiores em pessoas mais velhas com distúrbios circulatórios que predispõem a uma extensa necrose isquêmica. As ulcerações são mais bem exemplificadas pela úlcera péptica do estômago ou do duodeno, onde a inflamação aguda e a crônica coexistem. Durante a fase aguda, há intensa infiltração polimorfonuclear e dilatação vascular nas margens da lesão. Com a cronicidade, as margens e as bases da úlcera desenvolvem proliferação fibroblástica, cicatrização e acúmulo de linfócitos, macrófagos e plasmócitos.
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