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ANTROPOLOGIA CONTEMPORANEA

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Profa. Sueli S Aquino
sueaquino@gmail.com
99108-5194
ANTROPOLOGIA JURÍDICA
A Idade Contemporânea
Também chamada de Contemporaneidade
Período atual da história do mundo ocidental, iniciado a partir da Revolução Francesa no século XVIII (1789 d.C.). 
Antropologia Contemporânea
Alargou o objeto de estudo para além do estudo do exótico, distante, intocável ou primitivo. 
O objeto de estudo está dentro das nossas sociedades.
Kant destaca o caráter racional do ser humano que o diferencia dos demais animais não-humanos → por disporem de desejos e objetivos autoconscientes. 
Os seres humanos são agentes racionais → agentes livres capazes de tomar suas próprias decisões, estabelecer seus próprios objetivos e guiar suas condutas por meio da razão.
O homem como ser racional
 Jurgen  Habermas propõe a racionalidade discursiva → cada pessoa deve ser protagonista da construção histórica de uma sociedade emancipada: justa, fraterna, livre e democrática. 
O homem como ser racional
O homem como ser sociopolítico
“O homem vive em sociedade e só pode assim viver; a sociedade mantém-se apenas pela solidariedade que une seus indivíduos. Assim uma regra de conduta impõe-se ao homem social pelas próprias contingências contextuais, e esta regra pode formular-se do seguinte modo: Não praticar nada que possa atentar contra a solidariedade social sob qualquer das suas formas e, a par com isso, realizar toda atividade propícia a desenvolvê-la organicamente. O direito objetivo resume-se nesta fórmula, e a lei positiva, para ser legítima, deve ser a expressão e o desenvolvimento deste princípio. A regra de direito é social pelo seu fundamento, no sentido de que só existe porque os homens vivem em sociedade”.
Pierre Marie Nicolas Léon Duguit
O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, não participa dos acontecimentos políticos. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nascem a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais. (Bertolt Brecht)
O homem como ser sociopolítico
O homem como ser ético-moral
“Nenhuma época teve noções tão variadas e numerosas sobre o homem como a atual. Nenhuma época conseguiu, como a nossa, apresentar seu conhecimento acerca do homem de modo tão eficaz e fascinante, nem comunicá-lo de modo tão fácil e rápido. Mas também é verdade que nenhuma época soube menos que a nossa o que é o homem. Nunca o homem assumiu um aspecto tão problemático como atualmente”.
Martin Heidegger
O homem como ser estético
Toda arte é condicionada pelo seu tempo e representa a humanidade [...] e as esperanças de uma situação histórica particular. [...] Mas ao mesmo tempo, a arte [...] cria também um momento de humanidade que promete constância no desenvolvimento. (Ernst Fischer)
E. Adamson Hoebe
“Para compreender a cultura humana devem-se conhecer as fases pelas quais a humanidade se transformou, do antropoide dominado pelo instinto ao ser humano adaptável culturalmente. 
Desde o tempo das origens primitivas da cultura, todo desenvolvimento humano foi biológico e cultural. Nenhuma tentativa de estudar a humanidade pode ignorar este fato.”
O homem como ser religioso e transcendente
Não se tem notícia de cultura alguma que não 
tenha produzido religião de uma forma ou de outra.
(Rubem Alves)
A partir do início da modernidade, o homem, excluiu Deus da política, da ciência, da arte, moral, direito, limitando a religião à esfera particular. Lançou-se a descoberta e a conquista do mundo através da ciência e da técnica. 
O homem como ser religioso e transcendente
(Mondim, 1986)
Aproximação entre o Direito e a Antropologia
Contribuições da ciência antropológica à reflexão jurídica
Se farão sentir na capacidade do Direito enfrentar problemas derivados das características particulares da sociedade contemporânea.
Antropologia: ciência da alteridade, que busca estudar o outro, essencialmente diferente de mim. Estudar o homem biológico, social e cultural → explicações para os comportamentos humanos em sociedade;
Ciência do Direito: conjunto de normas de conduta universal, abstratas, obrigatórias e mutáveis, impostas pelo grupo social, para disciplinar as relações externas do individuo, objetivando prevenir e compor conflitos.
A importância da Antropologia para o Direito
como o estudo do Direito das sociedades simples, além das instituições do Direito da sociedade contemporânea, do Direito comparado (comparação entre diferentes sistemas jurídicos, sejam de sociedades primitivas ou modernas) e do pluralismo jurídico (múltiplos sistemas normativos, que ignoram o monismo estatal). 
Antropologia Jurídica pode ser caracterizada ... 
... é eminentemente não-estatal.
sistema no qual a religião, a moral e os costumes encontram-se indiferenciados → mas que constituem uma forma de Direito por disporem de meios de constrangimento contra aqueles que infringirem essas regras. 
Tais normas, embora não sejam escritas, foram constituídas mediante acumulações históricas. 
Estudiosos afirmam → esses preceitos são, inclusive, mais facilmente respeitados, visto que sua desobediência implicaria em um desagravo à natureza e aos deuses.
Em relação ao Direito das comunidades humanas ágrafas
Como afirma Reale (2002):
"O jurista, antes de pôr o problema da norma, que é um problema de tomada de posição perante o fato, deve ser habilitado a analisar objetivamente a realidade social e a explicar os seus elementos e processos, segundo ditames de ciências não-normativas como a Sociologia e a Psicologia".
Ainda segundo Reale (2002):
Direito é uma ciência cultural normativa e objetiva → que busca no que acontece de fato na vida social → postular um fim a ser atingido, através de normas e regras, que em ultima instância é a justiça. 
É um produto cultural. Assim, em diferentes sociedades com diferentes culturas pode haver antagonismos entre seu entendimento entre Direito e Justiça. 
Assim, uma lei aplicada eficazmente em um local pode não atingir os mesmos efeitos em outro lugar.
A cultura jurídica brasileira
... desde sua formação, sempre foi monolítica e excludente, pouco comprometida com a diversidade cultural do país.
Entretanto, a realidade do DIREITO transborda para além do jurídico estatal.
O esforço da Antropologia Jurídica é identificar e fortalecer o pluralismo jurídico.
O Direito está aprisionado em um conjunto de normas estatais (impostas pelo Estado) ?!?
 Muitas dessas leis paralisam o progresso!?!
Leis que surgiram dos anseios da classe dominante → representa a dominação ilegítima e dogmática ?!?
Sugestões à reflexão da Antropologia Jurídica
A visão dialética (debate de ideias diferentes) precisa alargar a face do Direito abrangendo as pressões coletivas que emergem da sociedade ?!? 
As leis precisam indicar princípios e normas libertadoras que venham a transportar à melhores conquistas!?! 
Leis que contemplem os avanços das lutas
sociais e transformadas em opção 
Jurídica indeclinável?!?
 
Sugestões à reflexão da Antropologia Jurídica
Que os operadores do Direito sejam eticamente capazes de postular o novo. 
Que lutem pela ética do bem comum sem prejuízo da coletividade.
 Que tenham como meta a humanização crescente e progressiva do Direito. 
Reflexão da Antropologia Jurídica
Por fim ... que os legisladores facilitem a promoção do equilíbrio, distribuição de renda, participação popular, direitos das maiorias excluídas. 
Reflexão da Antropologia Jurídica
- Demonstrar o dogmatismo existente na Ciência Jurídica;
- Promover a desconstrução do saber jurídico tão especializado que impede que se veja o homem em si mesmo;
- Desmistificar e desalienar o mundo jurídico, possibilitando a compreensão mais teleológica e relacional → refletir sobre formas petrificadas do saber humano e construir um olhar que aponta para a plasticidade da condição do homem.
Objetivo da Antropologia Jurídica
- Questionar
a base da racionalidade normativa do homem industrial moderno → de forma que a relação entre homem, sociedade e lei seja repensada → e precursora de um pensamento mais genuinamente humano, menos tecnológica e mecanicamente elaborado, menos especializado, menos científico e mais valorativo.
Objetivo da Antropologia Jurídica
Proposta da Antropologia Jurídica
Espera resgatar a verdadeira função jurídica → a paz e a felicidade dos homens → só possível, pelo respeito e tolerância a toda a diversidade cultural, étnica, racial, religiosa, política, econômica e demais possibilidades de diferença entre os homens.
Mas com a Globalização ...
uma cultura acaba aderindo elementos de outras → uma sociedade acaba adquirindo necessidades de outras. 
Muito propicio ao mercado capitalista → através da mídia sensacionalista cria uma “opinião de público” → aumentar o consumo de novas mercadorias. 
É a compra de privilégios → gera processo de alienação cultural, o individualismo e a perda da identidade.
Frente a este processo, o Jurista
... deve entender que a cultura é uma construção histórica → um produto coletivo da vida humana. 
Devem estar adequadas à sociedade a qual serão inseridas → leitura interdisciplinar da realidade social.
O Direito encontra na Antropologia uma forma de ampliar sua dimensão do mundo sobre uma visão holística da realidade → permitindo ao jurista situar o Direito na sua melhor dimensão que é a da educação- prevenção.
Assim, leitura antropológica permite ... 
A fuga da individualização → devolvendo a responsabilidade social aos indivíduos.
Definir o que somos a partir da imagem que temos do outro. A interação começa no individuo para mudar a sociedade.
A alteridade, é relevante aos → direitos humanos e a dignidade da pessoa humana. nas ultimas décadas.

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