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�PAGE �1� �Revisão para Estudo do CP DIREITO PENAL PARTE GERAL INTRODUÇÃO PENSAMENTO: “Todos os homens nascem livres e iguais em direitos” (Rousseau) NORMAS PENAIS: 1. INCRIMINADORAS. 2. NÃO INCRIMINADORAS: - Permissivas; - Explicativas ou finais. Normas Penais Incriminadoras - Descrevem condutas e impõem sanções. Descrever condutas - Preceito primário. Impor sanções - Preceito secundário, Usar como exemplo - art. 121. Normas penais não incriminadoras PERMISSIVAS – são as que afastam o poder de punir do Estado. - Excluem a ilicitude da conduta� - art. 23, II; - Excluem a culpabilidade do sujeito� - art. 26; - Excluem a punibilidade do fato - art. 107, IV, 1ª figura (prescrição). Normas penais não incriminadoras EXPLICATIVAS – São as que esclarecem o conteúdo de outra norma penal. Ex.: - Art.10 - Contagem do prazo - Inclui-se o dia do começo; - Art. 327 - Conceito de funcionário público; - Art. 150, § 4º, I e II – Conceito de Casa. N.P.N.I. - admite analogia. Analogia - É forma de auto integração da lei - art. 4º L.I.C.C. “É a aplicação ao fato não regulado expressamente pela norma jurídica de um dispositivo que disciplina hipótese semelhante”. PARTE GERAL C.P. N.P.I. - Não existem. N.P.N.I. Permissiva - arts. 23, II; 26; 107, IV. N.P.N.I. Explicativa - art. 10. PARTE ESPECIAL C.P. N.P.I. - arts. 121; 129. N.P.N.I. Permissiva - art. 128. N.P.N.I. Explicativa - art. 10; 327. CONCEITOS BÁSICOS OBJETO JURÍDICO - É o bem-interesse protegido pela lei penal. - É o bem ou interesse que o legislador tutela. BEM - É tudo aquilo que satisfaz a uma necessidade humana (inclusive as de natureza moral ou espiritual). INTERESSE - Constitui-se no liame psicológico em torno desse bem - o valor que tem para seu titular. Ex.: Vida - Nos crimes de homicídio, infanticídio etc. Honra - Na calúnia, injúria e difamação. Patrimônio - No furto, roubo, estelionato etc. OBJETO MATERIAL - Constitui-se na pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta criminosa. Aquilo que a conduta criminosa atinge. Ex.: Ser Humano - No crime de homicídio Coisa alheia móvel - No crime de furto. Pode ocorrer de se confundirem na mesma pessoa o Sujeito Passivo e o Objeto Material - Ex.: A pessoa que sofre lesões na integridade corporal no crime do art. 129. SUJEITO ATIVO DO CRIME - É quem pratica o crime. Autor ou co-autor - Praticam as condutas do tipo penal. O autor realiza o núcleo - Verbo do tipo. Co-autor realiza com o autor as condutas descritas no tipo penal. Partícipe - Presta mero auxílio para a prática. Condutas clássicas de participação: - Auxílio, instigação e induzimento No tipo do art. 122 transformam-se em condutas núcleo. SUJEITO PASSIVO DO CRIME - É o titular do bem jurídico lesado ou ameaçado pela conduta criminosa. Denominado - Vítima ou ofendido. Espécies: - Constante ou formal - O Estado (titular do mandamento proibitivo); - Eventual ou Material - É o titular do interesse penalmente protegido Ex: o homem, a pessoa jurídica, o Estado etc. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA QUANTO AO RESULTADO - CRIME MATERIAL Descreve conduta e resultado e exige a ocorrência do resultado. Ex: art. 121, 155 etc. - CRIME FORMAL Descreve conduta e resultado, mas não exige a produção do resultado, a consumação se antecipa. Ex.: arts. 138, 139, 140. - CRIME DE MERA CONDUTA Descreve apenas conduta, não existe resultado no mundo naturalístico. Consuma-se a infração com a atividade - art. 150. CONSUMAÇÃO Quando se reúnem todos os elementos da definição legal de um tipo penal. Art. 14, I. CRIME PERMANENTE A consumação se prolonga no tempo (protrai no tempo), dependente da ação do Sujeito Ativo. Ex: Extorsão mediante seqüestro (art. 159). DELITOS HABITUAIS A consumação se dá com a reiteração de fatos. Ex.: Exercício ilegal de medicina (art. 282), charlatanismo (283) e curandeirismo (art. 284). TENTATIVA Iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Art. 14, II. CLASSIFICAÇÃO DE CRIMES UNISSUBSISTENTES Praticado com um só ato. Não admite tentativa. Ex.: Ameaça verbal. PLURISSUBSISTENTE Praticado com dois ou mais atos. Admite tentativa. Ex.: Homicídio - Possui o “iter criminis”. TENTATIVA BRANCA É aquela em que o agente esgota todos os meios de que dispõem e não consegue atingir a vítima. Conhecida também como tentativa perfeita ou crime falho. TENTATIVA IMPERFEITA O Sujeito ativo não consegue praticar todos os atos necessários à consumação por interferência externa. ELEMENTO SUBJETIVO Relaciona-se com a finalidade última do agente (“animus”). DOLO DIRETO OU DETERMINADO - O agente quer determinado resultado. DOLO INDIRETO OU INDETERMINADO - O conteúdo do Dolo não é preciso. Temos: Dolo Alternativo - O agente quer um, entre dois ou mais resultados possíveis. Dolo Eventual - O agente assume o risco de produzir o resultado. DOLO DE DANO - Em que o agente quer ou assume o risco de causar a lesão efetiva. DOLO DE PERIGO - Em que o agente quer apenas o perigo. DOUTRINA TRADICIONAL DOLO GENÉRICO - É a vontade de realizar o fato descrito na lei (em seu núcleo). DOLO ESPECÍFICO - É a vontade de realizar o fato com um fim especial (normalmente está descrito na norma). CULPA É a imprevisão do previsível. Ocorre quando o agente da causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia (art. 18, II). ELEMENTOS DO CRIME CULPOSO 1. A conduta voluntária; 2. A inobservância do cuidado objetivo; 3. O resultado lesivo involuntário; 4. A previsibilidade; e 5. A tipicidade. ESPÉCIES DE CULPA Própria; Imprópria; Consciente; e Inconsciente. Teoria da excepcionalidade do crime culposo – art. 18, parágrafo único. Crime Preterdoloso ou Preterintencional Dolo no antecedente Culpa no conseqüente CÓDIGO PENAL A parte especial é dividida em XI títulos Título I - Crimes contra a pessoa (genérica) 121/154 Capítulo I - Crimes contra a vida (específica) 121/128 O capítulo pode ainda ser dividido em seções (Ex.: Título I, capítulo VI, dividido em IV seções). CRIMES DO CAPÍTULO I - TÍTULO I. COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI 1. Homicídio - art.121. 2. Induzimento, Instigação ou auxílio ao suicídio - art. 122. 3. Infanticídio - art. 123. 4. Aborto - arts.124; 125; 126 e 127. Exceção: Homicídio Culposo - art. 121, § 3º. O tribunal do júri julga outros crimes por conexão. Em 1969, foi suprimida a soberania dos veredictos, recuperada pela Constituição de 1988. (O tribunal anula e manda a novo julgamento). São da competência do Tribunal do júri - Os crimes dolosos contra a vida, consumados, tentados e seus conexos. � I- estado de necessidade, II- legítima defesa, III- estrito cumprimento do dever legal e exercício regular do direito. � Imputabilidade, consciência da ilicitude, e inexibililidade de conduta diversa.
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