Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA 01: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Aula 01: Criatividade e potencial criativo AULA 01: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica Objetivos desta aula 1. Reconhecer a ementa da disciplina e sua bibliografia; 2. Compreender a importância da disciplina e seus objetivos; 3. Reconhecer as principais definições envolvidas em Controle da Poluição Hídrica. AULA 01: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | É qualquer alteração nas características físicas, químicas e/ou biológicas das águas, que possa constituir prejuízo à saúde, à segurança e ao bem-estar da população e, ainda, possa comprometer a fauna ictiológica e a utilização das águas para fins recreativos, comerciais, industriais e de geração de energia”. (CONAMA) POLUIÇÃO = f (uso); USO = f (qualidade da água); QUALIDADE = f (características físicas, químicas e/ou biológicas das águas). Com o crescimento populacional e a densificação fatores como a poluição doméstica e industrial se agravaram, criando condições ambientais inadequadas, propiciando o desenvolvimento de doenças de veiculação hídrica, poluição do ar e sonora, aumento de temperatura, contaminação da água subterrânea entre outros. A poluição hídrica AULA 01: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | Esse processo que se agravou principalmente a partir do final da década de 1960, mostrou que o desenvolvimento urbano, sem qualquer planejamento ambiental, resulta em prejuízos significativos para a sociedade. Atualmente, tem sido previsto que a crise do próximo século deverá ser a da água, principalmente pelo aumento de consumo e deteriorização dos mananciais existentes que têm capacidade finita. Isto se deve principalmente devido à contaminação dos mananciais urbanos através do despejo dos efluentes domésticos e industriais e dos esgotos pluviais. A poluição hídrica AULA 01: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | No início desse século, a população urbana compunha cerca de 15% da população mundial. No final desse século está previsto que 50% da população mundial estará em cidades. Nos países desenvolvidos como Estados Unidos, a urbanização já atinge 94% da população. Isso é consequência natural do desenvolvimento econômico, onde o setor primário representa apenas 2% da economia. Nos países em desenvolvimento, existe um acelerado processo de urbanização. Na América Latina e no Caribe a população urbana cresce a taxas de 3 a 5% ano. No ano 2000, é previsto que cerca de seis cidades deverão ultrapassar 10 milhões de habitantes e de 30 a 35 cidades deverão ter população superior a 1 milhão. Desenvolvimento urbano AULA 01: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | O Brasil apresentou, ao longo das últimas décadas, um crescimento significativo da população urbana. A taxa da população urbana brasileira é de 76%. O processo de urbanização acelerado ocorreu depois da década de 1960, gerando uma população urbana com uma infraestrutura inadequada. Era previsto que o Brasil teria pelo menos duas cidades com mais de 10 milhões de habitantes no ano 2000, sendo que atualmente, pelo menos 12, possuem mais do que 1 milhão. Alguns Estados brasileiros já apresentam características de urbanização de países desenvolvidos, como São Paulo onde 91% da população é urbana. O desenvolvimento urbano brasileiro tem sido concentrado em regiões metropolitanas na capital dos estados e cidades polos regionais. O país reduziu fortemente o crescimento populacional, chegando atualmente a valores de 1,4% ao ano, em média. Desenvolvimento urbano AULA 01: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | À medida que a cidade se urbaniza, em geral, ocorrem os seguintes impactos: · aumento das vazões máximas devido ao aumento da capacidade de escoamento através de condutos e canais e impermeabilização das superfícies; · aumento da produção de sedimentos devido a desproteção das superfícies e a produção de resíduos sólidos (lixo); · e a deterioração da qualidade da água, devido a lavagem das ruas, transporte de material sólido e as ligações clandestinas de esgoto cloacal e pluvial. Adicionalmente, existem os impactos da forma desorganizada como a infraestrutura urbana é implantada, tais como: (i) pontes e taludes de estradas que obstruem o escoamento; (ii) redução de seção do escoamento aterros; (iii) deposição e obstrução de rios, canais e condutos de lixos e sedimentos; (iii) projetos e obras de drenagem inadequadas. Desenvolvimento urbano AULA 01: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | Esses impactos têm produzido um ambiente degradado, que nas condições atuais da realidade brasileira, somente tende a piorar. Esse processo, infelizmente não está sendo contido, mas está sendo ampliado à medida que os limites urbanos aumentam ou a densificação se torna intensa. A gravidade dessa tendência ocorre principalmente nas médias e grandes cidades brasileiras. A importância desse impacto está latente através da imprensa e da TV, onde se observa, em diferentes pontos do país, cenas de enchentes associadas a danos materiais e humanos. Desenvolvimento urbano AULA 01: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | O desenvolvimento urbano altera a cobertura vegetal provocando vários efeitos que modificam os componentes do ciclo hidrológico natural. Com a urbanização, a cobertura da bacia é alterada para pavimentos impermeáveis e são introduzidos condutos para escoamento pluvial, gerando as seguintes alterações no referido ciclo: 1. Redução da infiltração no solo; 2. O volume que deixa de infiltrar fica na superfície, aumentando o escoamento superficial. Além disso, como foram construídos condutos pluviais para o escoamento superficial, tornando-o mais rápido, ocorre redução do tempo de deslocamento. Desta forma, as vazões máximas também aumentam, antecipando seus picos no tempo; Desenvolvimento urbano AULA 01: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | 3. Com a redução da infiltração, o aquífero tende a diminuir o nível do lençol freático por falta de alimentação (principalmente quando a área urbana é muito extensa), reduzindo o escoamento subterrâneo. As redes de abastecimento e cloacal possuem vazamentos que podem alimentar o aquíferos, tendo efeito inverso do mencionado; 4. Devido à substituição da cobertura natural ocorre uma redução da evapotranspiração, já que a superfície urbana não retém água como a cobertura vegetal e não permite a evapotranspiração das folhagens e do solo; Desenvolvimento urbano AULA 01: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | A qualidade da água pluvial não é melhor que a do efluente de um tratamento secundário. A quantidade de material suspenso na drenagem pluvial é superior à encontrada no esgoto in natura. Esse volume é mais significativo no início das enchentes. Os esgotos podem ser combinados (cloacal e pluvial em um mesmo conduto) ou separados (rede pluvial e cloacal distintas). No Brasil, a maioria das redes é do segundo tipo; somente em áreas antigas de algumas cidades existem sistemas combinados. Qualidade da água pluvial AULA 01: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica| Atualmente, devido à falta de capacidade financeira para ampliação da rede de cloacal, algumas prefeituras têm permitido o uso da rede de pluvial para transporte do cloacal, o que pode ser uma solução inadequada à medida que esse esgoto não é tratado, além de inviabilizar algumas soluções de controle quantitativo do pluvial. A qualidade da água da rede de pluviais depende de vários fatores: da limpeza urbana e sua frequência, da intensidade da precipitação e sua distribuição temporal e espacial, da época do ano e do tipo de uso da área urbana. Os principais indicadores da qualidade da água são os parâmetros que caracterizam a poluição orgânica e a quantidade de metais. Qualidade da água pluvial AULA 01: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | As principais condições de contaminação dos aquíferos urbanos são devido ao seguinte: 1. Aterros sanitários contaminam as águas subterrâneas pelo processo natural de precipitação e infiltração. Deve-se evitar que sejam construídos aterros sanitários em áreas de recarga e deve-se procurar escolher essas áreas com baixa permeabilidade. Os efeitos da contaminação nas águas subterrâneas devem ser examinados quando da escolha do local do aterro; 2. Grande parte das cidades brasileiras utiliza fossas sépticas como destino final do esgoto. Esse conjunto tende a contaminar uma parte superior do aquífero. Essa contaminação pode comprometer o abastecimento de água urbano quando existe comunicação entre diferentes camadas dos aquíferos através de percolação e de perfuração inadequada dos poços artesianos; 3. A rede de condutos de pluviais pode contaminar o solo através de perdas de volume no seu transporte e até por entupimento de trechos da rede que pressionam a água contaminada para fora do sistema de condutos. Contaminação de aquíferos AULA 01: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | Os mananciais urbanos são as fontes disponíveis de água no qual a população pode ser abastecida nas suas necessidades. O manancial deve possuir quantidade e qualidade de água adequada ao seu uso. O uso mais nobre é o consumo de água de água pela população ou denominado de consumo doméstico. O desenvolvimento urbano à medida que aumenta envolve duas atividades conflitantes, crescimento da demanda de água com qualidade e a degradação dos mananciais urbanos por contaminação dos resíduos urbanos e industriais. A tendência do desenvolvimento urbano é o de contaminar a rede de escoamento superficial com despejos de esgotos cloacais e pluviais inviabilizando o manancial e exigindo novos projetos de captação de áreas mas distantes, não contaminadas, ou o uso de tratamento de água e esgoto mais intensivo, o que envolvem custos maiores. Mananciais urbanos AULA 01: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica Referências bibliográficas FOSTER, S. S. D. Impacts of urbanization on groundwater. In: DUISBERG SYMPOSIUM, 1988. Hydrological processes and water management in urban areas. IAHS. P. 187-207 International Association of Hydrological Sciences Publication, 1990. LEOPOLD, L. B. Hydrology for urban planning - a guide book on the hydrologic effects on urban land use. In: USGS circ. 554, 18 p. 1968. AULA 01: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica Referências bibliográficas MAIDMENT, D. R. (ed.). Handbook of hydrology. New York: McGraw-Hill, 1993. TUCCI, C. E. M. Existe crise da água no Brasil? Disponível em: <http://www.iph.ufrgs.br/corpodocente/tucci/publicaco es/EXISTECRISEDAAgua.pdf>. Acesso em 08 fev. 2009. TUCCI, C. E. M. Programa nacional de águas pluviais. Ministério das Cidades PMSS: Brasília, 2005 AULA 01: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Importância da água e sua escassez na natureza; Formação da hidrosfera e seu ciclo; Processos que influenciam na renovação da água. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO. AULA 02: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Aula 02: Introdução à disciplina de controle da poluição hídrica AULA 02: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica Objetivos desta aula 1. Compreender a importância da água e sua escassez na natureza; 2. Conhecer a formação da hidrosfera e seu ciclo; 3. Reconhecer os processos que influenciam na renovação da água. AULA 02: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | “A atual situação de grave escassez de água potável, afetando boa parte do Sudeste brasileiro onde se situam as grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, nos obriga, como nunca antes, a repensar a questão da água e a desenvolver uma cultura do cuidado, acolitado por seus famosos erres (r): reduzir, reusar, reciclar, respeitar e reflorestar. Nenhuma questão hoje é mais importante do que a da água. Dela depende a sobrevivência de toda a cadeia da vida e, consequentemente, de nosso próprio futuro. Ela pode ser motivo de guerra como de solidariedade social e cooperação entre os povos. Especialistas e grupos humanistas já sugeriram um pacto social mundial ao redor daquilo que é vital para todos: a água. Ao redor da água se criaria um consenso mínimo entre todos, povos e governos, em vista de um bem comum, nosso e do sistema-vida. A importância da água AULA 02: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | Independentemente das discussões que cercam o tema da água, podemos fazer uma afirmação segura e indiscutível: a água é um bem natural, vital, insubstituível e comum. Nenhum ser vivo, humano ou não humano, pode viver sem a água. A ONU no dia 21 de julho de 2010, aprovou esta resolução: “a água potável e segura e o saneamento básico constituem um direito humano essencial.” A importância da água AULA 02: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | Consideremos rapidamente os dados básicos sobre a água no planeta Terra: ela já existe há 500 milhões de anos; 97,5% das águas dos mares e dos oceanos são salgadas. Somente 2,5% são doces. Mais de 2/3 dessas águas doces encontram-se nas calotas polares e geleiras e no cume das montanhas (68,9%); quase todo o restante (29,9%) são águas subterrâneas. Sobram 0,9% nos pântanos e apenas 0,3% nos rios e lagos. Destes 0,3%, 70% se destina à irrigação na agricultura, 20% à indústria e restam apenas 10% destes 0,3% para uso humano e dessedentação dos animais. Existe no planeta cerca de um bilhão e 360 milhões de km cúbicos de água. Se tomarmos toda a água dos oceanos, lagos, rios, aquíferos e calotas polares e a distribuíssemos equitativamente sobre a superfície terrestre, a Terra ficaria mergulhada debaixo da água a três km de profundidade. A renovação das águas é da ordem de 43 mil km cúbicos por ano, enquanto o consumo total é estimado em 6 mil km cúbicos por ano. Portanto, não há falta de água. A importância da água AULA 02: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | O problema é que se encontra desigualmente distribuída: 60% em apenas 9 países, enquanto 80 outros enfrentam escassez. Pouco menos de um bilhão de pessoas consome 86% da água existente enquanto para 1,4 bilhões é insuficiente (em 2020 serão três bilhões) e para dois bilhões, não é tratada, o que gera 85% das doenças segundo OMS. Presume-se que em 2032 cerca de 5 bilhõesde pessoas serão afetadas pela escassez de água. O Brasil é a potência natural das águas, com 12% de toda água doce do planeta perfazendo 5,4 trilhões de metros cúbicos. Mas é desigualmente distribuída: 72% na região amazônica, 16% no Centro-Oeste, 8% no Sul e no Sudeste e 4% no Nordeste. Apesar da abundância, não sabemos usar a água, pois 37% da tratada é desperdiçada, o que daria para abastecer toda a França, a Bélgica, a Suíça e norte da Itália. É urgente, portanto, um novo padrão cultural em relação a esse bem tão essencial (cf. o estudo mais minucioso organizado pelo saudoso Aldo Rabouças, Aguas doces no Brasil: Escrituras, SP 2002). A importância da água AULA 02: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | Uma grande especialista em água que trabalha nos organismos da ONU sobre o tema, a canadense Maude Barlow, afirma em seu livro Agua: pacto azul (2009): “A população global triplicou no século XX mas o consumo da água aumentou sete vezes. Em 2050 quando teremos 3 bilhões de pessoas a mais, necessitaremos de 80% a mais de água somente para o uso humano; e não sabemos de onde ela virá”. Esse cenário é dramático, pois coloca claramente em xeque a sobrevivência da espécie humana e de grande parte dos seres vivos. Como porém ela é escassa e demanda uma complexa estrutura de captação, conservação, tratamento e distribuição, implica uma inegável dimensão econômica. Esta, entretanto, não deve prevalecer sobre a outra; ao contrário, deve torná-la acessível a todos e os ganhos devem respeitar a natureza comum, vital e insubstituível da água. Mesmo os altos custos econômicos devem ser cobertos pelo Poder Público. A importância da água AULA 02: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | Não há espaço para discutir as causas da atual seca. Remeto ao estudo do importante livro do cientista Antônio Donato Nobre “O futuro climático da Amazônia”, lançado em meados de janeiro deste ano de 2015 em São Paulo, onde afirma que a mudança climática é um fato de ciência e de experiência. Adverte: “estamos indo para o matadouro”. Uma fome zero mundial, prevista pelas Metas do Milênio, deve incluir a sede zero, pois não há alimento que possa existir e ser consumido sem a água. A agua é vida, geradora de vida e um dos símbolos mais poderosos da natureza da Última Realidade. Sem a água não viveríamos.” BOFF, Leonardo. A água no mundo e sua escassez no Brasil. Disponível em: https://leonardoboff.wordpress.com/2015/02/02/a-agua-no-mundo-e-sua-escassez-no-brasil/. Acesso em 31 out. 2016. A importância da água AULA 02: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | Segundo as estatísticas, 70% da superfície do planeta são constituídos de água. Dessa água toda, de longe o maior volume é de água salgada e somente 2,5% são de água doce e, desses míseros 2,5%, quase 98% estão “escondidos” na forma de água subterrânea. Isto quer dizer que a maior parte da água facilmente disponível e própria para consumo é mínima perto da quantidade total de água existente na Terra. Nas sociedades modernas, a busca do conforto implica necessariamente em um aumento considerável das necessidades diárias de água. Os recursos hídricos têm profunda importância no desenvolvimento de diversas atividades econômicas. Em relação à produção agrícola, a água pode representar até 90% da composição física das plantas. A falta d’água em períodos de crescimento dos vegetais pode destruir lavouras e até ecossistemas devidamente implantados. Na indústria, para se obter diversos produtos, as quantidades de água necessárias são muitas vezes superiores ao volume produzido. A importância da água AULA 02: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | Observando os dados abaixo, percebemos que precisamos utilizar a água de forma prudente e racional, evitando o desperdício e combatendo a poluição, pois: – Um sexto da população mundial – mais de um bilhão de pessoas – não têm acesso a água potável; – 40% dos habitantes do planeta (2.9 bilhões – a estimativa da população em 2013 foi de 7.3 bilhões) não têm acesso a serviços de saneamento básico; – Cerca de 6 mil crianças morrem diariamente devido a doenças ligadas à água insalubre e a saneamento e higiene deficientes; – Segundo a ONU, até 2025, se os atuais padrões de consumo se mantiverem, duas em cada três pessoas no mundo vão sofrer escassez moderada ou grave de água. A importância da água AULA 02: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | No dia 22 de março é comemorado o dia mundial da água. Se hoje os países lutam por petróleo, não está longe o dia em que a água será devidamente reconhecida como o bem mais precioso da humanidade. A Terra possui 1.386 bilhões de quilômetros cúbicos de água, mas apenas 2,5% desse total é de água doce. Os rios, lagos e reservatórios de onde a humanidade retira o que consome só correspondem a 0,26% desse percentual. Daí a necessidade de preservação dos recursos hídricos. Em todo mundo, em média, 10% da utilização da água vai para o abastecimento público, 23% para a indústria e 67% para a agricultura. A importância da água A água no mundo AULA 02: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | A água doce utilizada pelo homem vem das represas, rios, lagos, açudes, poços, reservas subterrâneas e em certos casos do mar (após um processo chamado dessalinização). A água para o consumo é armazenada em reservatórios de distribuição e depois enviada para grandes tanques e caixas d’água de casas e edifícios. Após o uso, a água deveria seguir pela rede de captação de esgotos. Antes de voltar à natureza, ela deveria ser tratada para evitar a contaminação de rios e reservatórios, mas isso não é o caso em grande parte dos países do mundo. No Brasil, ainda não chega a ser 40%. A importância da água AULA 02: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | O Brasil é um país privilegiado no que diz respeito à quantidade de água. Tem a maior reserva de água doce da Terra, ou seja 12% do total mundial. Sua distribuição, porém, não é uniforme em todo o território nacional. A Amazônia, por exemplo, é uma região que detém a maior bacia fluvial do mundo. O volume de água do rio Amazonas é o maior de todos os rios do globo, sendo considerado um rio essencial para o planeta. As maiores concentrações populacionais do país encontram-se nas capitais, distantes dos grandes rios brasileiros, como o Amazonas, o São Francisco e o Paraná. O maior problema de escassez ainda é no Nordeste, onde a falta d’água por longos períodos contribui para o abandono das terras e a migração aos centros urbanos como São Paulo e Rio de Janeiro, agravando ainda mais o problema da escassez de água nestas cidades. A importância da água A água no brasil AULA 02: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | Além disso, os rios e lagos brasileiros vêm sendo comprometidos pela queda de qualidade da água disponível para captação e tratamento. Na região amazônica e no Pantanal, por exemplo, rios como o Madeira, o Cuiabá e o Paraguai já apresentam contaminação pelo mercúrio, metal utilizado no garimpo clandestino, e pelo uso de agrotóxicos nos campos de lavoura. Nas grandes cidades, esse comprometimento da qualidade é causado por despejos de esgotos domésticos e industriais, além do uso dos rios como convenientes transportadores de lixo. A importância da água AULA 02: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICAControle da poluição hídrica Assim como a ciência foi dividida nas áreas biológicas, humanas e de exatas - para facilitar seu estudo – o planeta foi divido em compartimentos, a saber: Apesar da divisão, todos os compartimentos são interligados havendo um grande fluxo de energia e matéria entre eles, formando assim o ecossistema chamado “Terra”. A hidrosfera Hidrosfera (toda água presente na Terra); Atmosfera (ar); Litosfera (solos, rochas, sedimentos no fundo dos rios, lagos e oceanos) e; Biosfera (o conjunto dos seres vivos). AULA 02: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | Dentro do compartimento Hidrosfera, a água pode estar na forma líquida, de vapor e de gelo. A água é considerada salgada quando tem mais de 30g de sais por litro e é considerada doce quando tem menos de 0,5g de sais por litro. O termo “água salobra” é utilizado no caso de a quantidade de sais estar no intervalo entre os dois casos. Assim, o termo “água doce” refere-se à água contendo pequenas quantidades de sais, pois na natureza, até a mais pura das águas tem sais dissolvidos naturalmente. Os íons mais comuns são: carbonato (CO32-), bicarbonato (HCO3-), cloreto (Cl-), sulfato (SO42-), nitrato (NO3-),fluoreto (Cl-), sódio (Na+), cálcio (Ca2+), potássio (K+), magnésio (Mg2+) e bário (Ba2+). As águas chamadas minerais têm cerca de 0,1g (100mg) de sais por litro. Esses sais têm origem na lenta dissolução das rochas que compõe a crosta terrestre. A hidrosfera AULA 02: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica A hidrosfera AULA 02: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica A hidrosfera AULA 02: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | Vemos com frequência notícias nos meios de comunicação sobre secas avassaladoras em algumas regiões do Brasil e cheias em outras. No ano de 2005, Manaus teve uma de suas maiores secas, enquanto em 2009 sofreu inundações históricas. O sol, grande fonte de energia (equivalente ao motor da Terra), propicia a evaporação da água em toda superfície da Terra, levando à formação de nuvens, ao transporte e retorno da água para a superfície terrestre. A este contínuo movimento da água entre os diferentes reservatórios dá-se o nome de ciclo da água. Parte da chuva percola (infiltra) no solo atingindo os lençóis subterrâneos, que lentamente escoa até as chamadas áreas de descarga – rios, lagos ou oceanos. Note na imagem a seguir a representação do fluxo de água do aquífero para o oceano. Se a descarga do aquífero for na superfície do solo, pode-se ter uma nascente. Outra parte da água da chuva fica retida nos solos e plantas, havendo também escoamento pela superfície, isto é, por rios e lagos. Observe pelo sentido da flecha que há um importante transporte de vapor d’água dos oceanos para o continente. O ciclo da água AULA 02: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | O ciclo da água AULA 02: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica | A água nunca vai acabar, pois seu volume no planeta não se altera, mas sua forma física (líquida, sólida ou vapor) e sua distribuição pode variar muito de acordo com as mudanças de temperaturas regionais e globais. É a distribuição de calor na Terra que determina onde haverá maior evaporação de água (lugares mais quentes) e onde haverá condensação e chuva. No ano de 2005, houve um aquecimento anormal das águas do Atlântico na região do Caribe, levando a uma importante alteração no ciclo da água. Esse fenômeno provocou a escassez de chuva na Amazônia e causou a formação de um grande furacão chamado Katrina, que devastou a cidade de Nova Orleans nos Estados Unidos. Se a vegetação da Amazônia for destruída, a quantidade de chuva na região será menor (não haverá vegetação para reter a umidade). A Amazônia, então, ficará mais quente e poderá chegar ao ponto de apenas manter árvores de pequeno porte e dispersas, como ocorre no cerrado brasileiro (região do Pantanal). A este processo se dá o nome de savanização da Amazônia, isto é, a transformação de uma floresta tropical úmida em savana (ou cerrado). A poluição hídrica AULA 02: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica Referências bibliográficas A IMPORTÂNCIA da água. Disponível em: http://brasildasaguas.com.br/educacional/a- importancia-da-agua/. Acesso em 31 out. 2016. BOFF, Leonardo. A água no mundo e sua escassez no Brasil. Disponível em: https://leonardoboff.wordpress.com/2015/02/02/a- agua-no-mundo-e-sua-escassez-no-brasil/. Acesso em 31 out. 2016. AULA 02: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Controle da poluição hídrica VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Entender os princípios da água e a formação da água na natureza; Conhecer a inter-relação da água com a vegetação; Compreender a finalidade do uso da água. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO. AULA 03: A ÁGUA NA NATUREZA E O USO DA ÁGUA Controle da poluição hídrica CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Aula 03: A água na natureza e o uso da água AULA 03: A ÁGUA NA NATUREZA E O USO DA ÁGUA Controle da poluição hídrica Objetivos desta aula 1. Entender os princípios da água e a formação da água na natureza; 2. Conhecer a inter-relação da água com a vegetação; 3. Conhecer a finalidade do uso da água. AULA 03: A ÁGUA NA NATUREZA E O USO DA ÁGUA Controle da poluição hídrica | 1. Não inundar os vales de montanha e não drenar as fozes dos rios, que são abrigo e sustento de populações para cuja identidade contribuíram; 2. Conservar os rios e o patrimônio que nos seus cursos floresceu ao longo da história, e devolver à água dos rios as funções e atributos mais essenciais; 3. Gerir a água com base no princípio da solidariedade, como herança comum que todos nós – as gerações atuais – recebemos e que devemos transmitir nas melhores condições possíveis às gerações vindouras; A água e a poluição Os 10 Princípios da Água AULA 03: A ÁGUA NA NATUREZA E O USO DA ÁGUA Controle da poluição hídrica | 4. Preservar a qualidade da água, alterando o menos possível os sistemas naturais, reduzindo à partida a carga contaminante e restringindo gradualmente as necessidades do seu tratamento; 5. Gerir de forma sustentável os recursos hídricos, enfrentando o desperdício através da poupança, das melhorias no seu uso eficiente e da sua reutilização; 6. Implementar a cultura da participação e a imaginação capazes de darem lugar às sábias estratégias do fazer bem em pequena escala, e à subsidiariedade enquanto formas obrigatórias da gestão; A água e a poluição Os 10 Princípios da Água AULA 03: A ÁGUA NA NATUREZA E O USO DA ÁGUA Controle da poluição hídrica | 7. Viver a água baseado em nossa realidade de país mediterrânico, uma realidade restritiva, incompatível com a cultura do bem livre que apregoa a oferta ilimitada da água a expensas do erário público; 8. Abandonar a dialética demagógica de um falso produtivismo da água (nomeadamente no regadio) para incorporar critérios sérios de valorização econômica e recuperação integral dos custos, na perspectiva de uma gestão sustentável do desenvolvimento; 9. Aproveitar as águas superficiais e subterrâneas enquanto recurso unitário, tendo em conta que fazem parte de um único ciclo e que combater a sobre-exploração dos aquíferos e a sua contaminação é o melhor contributo que podemos dar para tal aproveitamentoconjunto; 10. Defender o conceito da água enquanto recurso público gerido com base no interesse geral, evitando sua mercantilização e conversão em objeto de especulação. A água e a poluição Os 10 Princípios da Água AULA 03: A ÁGUA NA NATUREZA E O USO DA ÁGUA Controle da poluição hídrica | Todos estes princípios podem resumir-se em dois: • Gerir a água enquanto recurso e conservá-la enquanto patrimônio; • Gerir a água através de políticas de controle da procura e não de aumento da oferta. GIL, Javier Martínez. Propuestas para la gestión y el uso adecuado del agua. A água e a poluição Os 10 Princípios da Água AULA 03: A ÁGUA NA NATUREZA E O USO DA ÁGUA Controle da poluição hídrica | As mais recentes teorias revelam que o surgimento da água está extremamente ligado à formação do sistema solar. A terra passou por várias etapas de resfriamento e aquecimento, em um período de resfriamento da Terra houve uma condensação do vapor que se materializou em forma de chuva, com isso a água foi depositada nas partes mais baixas, surgindo assim os primeiros oceanos (oceanos primitivos). Durante a formação da crosta ocorreu o processo de desgaseificação, teoria que explica a liberação da água na forma de vapor. Nesse período os vulcões expeliram gases como hidrogênio e vapor de água que deram origem à atmosfera. Formação da água AULA 03: A ÁGUA NA NATUREZA E O USO DA ÁGUA Controle da poluição hídrica | A água é um recurso natural de extrema importância para o planeta Terra. É essencial à vida humana e à manutenção da biodiversidade terrestre e aquática, impulsiona os ciclos biogeoquímicos e o funcionamento dos ecossistemas. A água tem, também, um papel econômico de grande relevância, uma vez que seus usos múltiplos – abastecimento público, produção de alimentos, geração de hidroeletricidade, navegação e desenvolvimento industrial – promovem as economias locais, regionais e nacionais (BRAGA et al., 2008). A gestão dos recursos hídricos, a governança da água, é, portanto, um fator essencial no desenvolvimento territorial e econômico, tornando-se um componente estratégico de grande relevância, especialmente neste século XXI, em que os usos múltiplos e competitivos se acentuam e colocam pressões adicionais sobre quantidade e qualidade da água. À medida que a economia se desenvolve e se diversifica, maior é a necessidade de uma gestão eficiente e participativa, de forma a contribuir para gerenciar a escassez ou o estresse hídrico, regular a demanda e compartilhar os usos múltiplos. Formação da água AULA 03: A ÁGUA NA NATUREZA E O USO DA ÁGUA Controle da poluição hídrica | Quando pensamos em água, geralmente vem em nossa mente sua imagem no estado líquido. Porém, a água está em toda parte, e em diferentes formas: nas nuvens, em lençóis subterrâneos, nos animais, nas plantas, no nosso corpo, e claro, no mar, nos rios, nos lagos. A água, uma das substâncias mais simples do planeta, produto de dois átomos de hidrogênio (H) ligados a um de oxigênio (O), formando H2O, é a base principal de sobrevivência do nosso planeta e é a substância mais indispensável à vida na Terra. Mas como surgiu a água no único corpo celeste onde há comprovação de vida, a Terra? Há quatro bilhões de anos atrás, o “jovem planeta”, que um dia viria a se chamar Terra, era uma bola de fogo e magma, sem condições de formação de água líquida. A fusão dos átomos de Hidrogênio e Oxigênio liberou grandes quantidades de vapor de água, e no caso da Terra, em que houve a solidificação da crosta terrestre, esse vapor de água ficou acumulado no interior da camada terrestre. Nessa época ainda não havia na Terra nenhum ser vivo e havia por aqui muitas erupções vulcânicas. Formação da água AULA 03: A ÁGUA NA NATUREZA E O USO DA ÁGUA Controle da poluição hídrica | Das lavas vulcânicas saiam gases e grande quantidade de vapor de água que estava aprisionado. Durante séculos esses vapores que estavam sendo liberados, formaram uma atmosfera ao redor da Terra, nesta atmosfera para além de água no estado gasoso, também continha outros gases que foram liberados por estas atividades vulcânicas. Quando a temperatura ficou mais baixa, os vapores se transformaram em líquido, caindo na crosta terrestre sob a forma de chuva. O acúmulo dessas águas das chuvas foi lentamente feito nas cavidades da superfície terrestre, o que deu origem aos lagos, mares, oceanos, além de ir se acumulando solo abaixo e criou os lençóis de águas subterrâneas ou lençóis freáticos, que surgem na superfície através de fontes de água. Uma curiosidade, é que toda essa água que caiu sob a forma de chuva formou apenas metade da água total que hoje forma os nossos oceanos. O resto, acredite ou não, veio do espaço através de cometas, pois esses, além de formado por rochas, também possuem água no estado sólido! Em uma época bastante turbulenta a Terra foi atingida por milhares de cometas, os quais foram responsáveis pela outra metade da quantidade de água que formam os oceanos hoje. Formação da água AULA 03: A ÁGUA NA NATUREZA E O USO DA ÁGUA Controle da poluição hídrica | E é esta água formada que diferencia a Terra dos outros planetas em todo o sistema solar. A água dos oceanos criou o nosso planeta como hoje conhecemos, criando os limites territoriais de cada continente, regulando o clima do planeta, e é claro, a vida! Se os antigos que nomearam nosso planeta soubessem a porcentagem de água existente aqui, talvez passassem a chamá-lo de “Planeta Água”. A água faz parte da constituição de todos os seres vivos, variando na sua quantidade. Inclusive alguns são formados quase que somente por ela, como é o caso das medusas, que tem seu corpo constituído por uma quantidade média de 95%. Nós, seres humanos, temos em média 60% de água no organismo, distribuídos nas células, entre os tecidos, circulando pelas artérias e veias, além de participar de várias funções do corpo humano e ser o meio onde ocorrem diversas reações, por exemplo, a quebra de proteínas e gorduras, essenciais para inúmeras formas de vida no planeta. Formação da água AULA 03: A ÁGUA NA NATUREZA E O USO DA ÁGUA Controle da poluição hídrica | Preservar todos os elementos da natureza é indispensável para a proliferação da vida, além de garantir o funcionamento dos ecossistemas. A biosfera é constituída por elementos como atmosfera, litosfera e hidrosfera, que produzem espaços naturais que propiciam um dinamismo completo. Para um bom desenvolvimento natural dos ecossistemas é necessário que haja uma relação entre solo, sol, ar, água, temperatura entre outros. Em um caso mais específico está a interdependência direta que há entre hidrografia, clima e relevo, pois estabelecem influências determinantes entre eles. Um exemplo claro desse processo está vinculado à hidrografia, quando rios e lagos surgem a partir do derretimento de neve e geleiras, além de sofrer alterações na vazão pela chuva. As oscilações ocorridas nos mananciais são provenientes das estações do ano, dessa forma, à medida que as estações mudam, rios e lagos são influenciados, derivando os períodos de cheias e vazantes. Inter-relação da água com a vegetação AULA 03: A ÁGUA NA NATUREZA E O USO DA ÁGUA Controle da poluição hídrica | As cheias correspondem aos períodos do ano nos quais a estação é chuvosa e também há derretimento de gelo e neve, elevando significativamente os níveis das águas. Os períodos de vazantes acontecem nas estações secas, momento em que há uma grande diminuição das águas dos rios. As características do relevo promovem uma interferência direta nos cursos fluviais em superfície repleta de aclives e declives, a qual apresenta planaltos, depressões e áreas montanhosas. As águasdos rios deslocam de forma mais rápida, promovendo um grande desgaste do relevo, esse processo forma vales fluviais, além de promover o transporte de sedimentos para as áreas mais baixas do relevo. Nos lugares mais aplainados, como as áreas de planícies, os rios geralmente possuem trajetória em curva e a velocidade das águas é bastante lenta, além de promover a sedimentação nas margens, formando as planícies fluviais. O relevo interfere em alguns casos no clima de uma região quando o relevo impede a passagem de massas de ar que poderiam determinar as configurações climáticas de um lugar. Inter-relação da água com a vegetação AULA 03: A ÁGUA NA NATUREZA E O USO DA ÁGUA Controle da poluição hídrica Referências bibliográficas FREITAS, Eduardo de. Origem da água. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/geografia/origem- agua.htm>. Acesso em 24 de novembro de 2016. Acesso em 31 out. 2016. FREITAS, Eduardo de. A relação entre hidrografia, clima e relevo. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/geografia/a-relacao- entre-hidrografia-clima-relevo.htm>. Acesso em 24 nov. de 2016. AULA 03: A ÁGUA NA NATUREZA E O USO DA ÁGUA Controle da poluição hídrica VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Identificar as impurezas encontradas na água; Compreender as diferentes formas das impurezas; Correlacionar os indicadores de qualidade da água de acordo com a Legislação. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO. AULA 04: IMPUREZAS ENCONTRADAS NAS ÁGUAS E INDICADORES DE QUALIDADE Controle da poluição hídrica CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Aula 04: Impurezas encontradas nas águas e indicadores de qualidade AULA 04: IMPUREZAS ENCONTRADAS NAS ÁGUAS E INDICADORES DE QUALIDADE Controle da poluição hídrica Objetivos desta aula - Identificar as impurezas encontradas na água; - Conhecer as diferentes formas das impurezas; - Reconhecer os indicadores de qualidade da água de acordo com a Legislação. AULA 04: IMPUREZAS ENCONTRADAS NAS ÁGUAS E INDICADORES DE QUALIDADE Controle da poluição hídrica | Não há água pura na natureza devido a seu alto poder de dissolução de gases, corantes, coloides, sais, etc. Este poder químico faz com que a água seja denominada de solvente universal. Devido a esta efetiva propriedade de solvência e ao seu alto poder de transportar partículas em seu meio, podem ser encontradas diversas impurezas que normalmente definem sua qualidade. Essas impurezas podem ser agrupadas da seguinte forma: • Em suspensão: algas, protozoários, fungos e vírus; vermes e larvas; areia, argila e silte; resíduos industriais e domésticos; • Estado coloidal: corantes vegetais, sílica e vírus; • Em dissolução: sais de cálcio e magnésio (bicarbonatos, carbonatos, sulfatos ou cloretos), sais de sódio (bicarbonatos, carbonatos, sulfatos fluoretos e cloretos), óxidos de ferro e manganês, chumbo, cobre, zinco, arsênico, selênio e boro, iodo, flúor e compostos fenólicos; • Substâncias albuminoides: nitratos e nitritos, gases (O2 , CO2 , H2S, N). Características das impurezas encontradas na água AULA 04: IMPUREZAS ENCONTRADAS NAS ÁGUAS E INDICADORES DE QUALIDADE Controle da poluição hídrica | Estas impurezas na realidade e de uma forma conceitual mais ampla, conferem a água suas características químicas, físicas e bacteriológicas, características estas que informam os parâmetros de qualidade da água. As características químicas são conferidas através da presença em maior ou menor intensidade tanto de matéria orgânica como de inorgânica, enquanto que as físicas são consequência da presença de sólidos, que podem estar em suspensão (exemplo silte e argila), dissolvidos (exemplo coloides) ou em solução (exemplo sais e corantes). As características biológicas são inerentes à presença de seres vivos ou mortos, principalmente de vida microscópica animal e vegetal, moneras, protistas e vírus. Os diversos componentes que alteram os componentes presentes na água podem ser retratados de uma maneira ampla e simplificada, em termos das suas características físicas, químicas e biológicas. Características das impurezas encontradas na água AULA 04: IMPUREZAS ENCONTRADAS NAS ÁGUAS E INDICADORES DE QUALIDADE Controle da poluição hídrica | Essas características podem ser traduzidas na forma de parâmetros de qualidade da água. As principais características da água podem ser expressas como: • Características físicas: Estão associadas em sua maior parte, aos sólidos presentes na água. Tais sólidos podem ser em suspensão, coloidais ou dissolvidos, dependendo do seu tamanho. • Características químicas: Podem ser interpretadas através de uma ou duas classificações, sendo elas matéria orgânica ou inorgânica. • Características biológicas: Os seres presentes na água podem ser vivos ou mortos. Dentre os seres vivos, tem-se os pertencentes aos reinos animal e vegetal, além dos protistas. Características das impurezas encontradas na água AULA 04: IMPUREZAS ENCONTRADAS NAS ÁGUAS E INDICADORES DE QUALIDADE Controle da poluição hídrica | Impurezas da água • Naturais: Constituídas de substâncias encontradas normalmente na atmosfera e solo, em forma de gases, sais e microrganismos. • Artificiais: Constituídas de substâncias lançadas na atmosfera ou nas águas por atividades humanas – poluição do ar, da água, do solo. Quanto à aquisição da impureza da água • Pelas águas meteóricas (de chuva): Poeiras, gases da atmosfera (carbônico, sulfídrico, nitrico), substâncias radioativas. • Pelas águas de superfície: Argila, silte, algas, microrganismos diversos, sais, substâncias orgânicas e radioativas. • Pelas águas subterrâneas: Microrganismos diversos (M.D.), sais, substâncias orgânicas. Características das impurezas encontradas na água AULA 04: IMPUREZAS ENCONTRADAS NAS ÁGUAS E INDICADORES DE QUALIDADE Controle da poluição hídrica | Impurezas na água em suspensão ou em solução • Suspensão Grosseira: São facilmente flotados ou sedimentados, quando a água é mantida em repouso. • Suspensão Fina: Exigem um tempo muito grande para serem removidas por simples sedimentação. • Suspensão Coloidal: Não se removem por simples sedimentação, devido às propriedades eletrostáticas dos coloides. • Soluções: Para remoção das impurezas na forma coloidal e de soluções, é necessário tratamento físico-químico. Características das impurezas encontradas na água AULA 04: IMPUREZAS ENCONTRADAS NAS ÁGUAS E INDICADORES DE QUALIDADE Controle da poluição hídrica | Quanto à ocorrência e principais efeitos • Em Suspensão: M.D., mosquitos, larvas, bactérias, algas, fungos, podem causar gosto, odor e turbidez; silte e argila causam turbidez; resíduos industriais e domésticos causam turbidez; todos acima citados podem ser causa de poluição e/ou contaminação da água. • Em Estado Coloidal: Substâncias vegetais em degradação causam cor, turbidez, acidez, odor e sabor na água; sílica causa turbidez. • Em Solução: Sais de cálcio e magnésio, carbonatos e bicarbonatos causam alcalinidade, dureza na água e incrustração na tubulação. Características das impurezas encontradas na água AULA 04: IMPUREZAS ENCONTRADAS NAS ÁGUAS E INDICADORES DE QUALIDADE Controle da poluição hídrica | Qualidade natural Como já foi dito, a qualidade da água pode ser função das diversas substâncias que se encontram em seu meio e os parâmetros que mostram as características de uma água pode ser de ordem física, química e bacteriológica. Na natureza tem uma qualidade inerente às condições naturais da bacia de drenagem, ou seja, tem uma qualidade existente, que nem sempre é adequada às condições de uso que se pretende. Assim a água naturaltem de passar por uma transformação artificial até que atinja a qualidade desejável, de modo a se tornar utilizável. Aos processos de transformação artificial da qualidade existente para a desejável dá-se o nome de tratamento da água. Padrões de potabilidade AULA 04: IMPUREZAS ENCONTRADAS NAS ÁGUAS E INDICADORES DE QUALIDADE Controle da poluição hídrica | Potabilidade Uma água é dita potável quando é inofensiva a saúde do homem, agradável aos sentidos e adequada aos usos domésticos. Nestes termos, por exemplo, uma água quente, embora possa ser inofensiva a saúde, não pode ser considerada potável, da mesma maneira que uma água com elevado teor de dureza que, nestas condições, irá atrapalhar significativamente o desempenho das tarefas domésticas. É importante para que uma água seja considerada potável, que na fase de tratamento eliminem-se todas as substâncias originalmente presentes que lhe confiram algum gosto ou cheiro peculiar. Paralelamente também não devem resultar alguma turbidez ou cor visuais. Padrões de potabilidade AULA 04: IMPUREZAS ENCONTRADAS NAS ÁGUAS E INDICADORES DE QUALIDADE Controle da poluição hídrica | Definem-se como padrões de potabilidade os limites de tolerância das substâncias presentes na água de modo a garantir-lhe as características de água potável. De um modo geral os padrões de potabilidade tornam-se mais rigorosos com o passar dos anos, visto que novas técnicas de tratamento e a evolução das tradicionais, associadas a novas descobertas científicas, principalmente no trato com as doenças transmissíveis através da água ou que têm nela uma parte de seu ciclo, vão permitindo este desenvolvimento. Também é de se esperar que em países mais desenvolvidos estes padrões sejam mais rigorosos, considerando a maior disponibilidade de recursos e o maior domínio de tecnologias apropriadas. Em linhas gerais, estes padrões são físicos (cor, turbidez, odor e sabor), químicos (presença de substâncias químicas) e bacteriológicos (presença de microrganismos vivos). Normalmente as legislações específicas de cada região ou país regem-se pelas recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Padrões de potabilidade AULA 04: IMPUREZAS ENCONTRADAS NAS ÁGUAS E INDICADORES DE QUALIDADE Controle da poluição hídrica | No Brasil os padrões de potabilidade são definidos pelo Ministério da Saúde, na PORTARIA N.º 1469, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2000 e a mais recente foi publicada no dia 19 de janeiro de 2001. Essa portaria estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências. Com esta Portaria o Brasil definiu novo padrão de potabilidade para a água a ser consumida pela população. A partir de 2001, as empresas responsáveis pela captação, tratamento e abastecimento terão que estar mais atentas aos parâmetros de qualidade exigidos no Brasil. Umas das novidades é que a nova portaria facilita para o consumidor o monitoramento da qualidade da água consumida no domicílio. Isso porque será obrigatório para as empresas de abastecimento o envio, para os consumidores, de um relatório anual sobre a qualidade da água oferecida. As empresas também deverão facilitar o acesso às informações sobre a água distribuída, possibilitando a consulta pública. Padrões de potabilidade Portaria Ministerial AULA 04: IMPUREZAS ENCONTRADAS NAS ÁGUAS E INDICADORES DE QUALIDADE Controle da poluição hídrica | A revisão da portaria teve por base critérios de qualidade da água estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), além de normas dos órgãos de controle de qualidade da água dos Estados Unidos e Canadá, entre outras contribuições. O texto final da portaria foi aprovado pelo Ministério da Saúde e pela Comissão Intergestores Tripartite e é resultado de discussões realizadas entre os técnicos da Fundação Nacional de Saúde - FUNASA, órgão executivo do Ministério da Saúde, com o apoio da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) e dos seguintes órgãos e entidades: associações de empresas estaduais, municipais e de profissionais de saneamento (AESBE, ABES E ASSEMAE); Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDU), Conselhos Nacionais de Saúde e de Meio Ambiente (CNS e CONAMA); Ministério Público; Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA); Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde; Agência Ambiental Americana (EPA/USA); Universidade de Adelaide (Austrália) e universidades brasileiras. Padrões de potabilidade Portaria Ministerial AULA 04: IMPUREZAS ENCONTRADAS NAS ÁGUAS E INDICADORES DE QUALIDADE Controle da poluição hídrica | As alterações mais relevantes em relação aos parâmetros anteriormente estabelecidos foras as seguintes: • Definição dos deveres e das responsabilidades do nível federal, estadual e municipal da qualidade da água para consumo humano; • Inclusão de mecanismos que possam impedir o uso de substâncias que, se presentes na água de consumo, mostram-se danosas à saúde humana; • Valorização dos direitos do consumidor por intermédio da divulgação de informações sobe a qualidade da água consumida; • Inclusão de definições de responsabilidades para os sistemas sob gestão pública ou privada, com relação ao fornecimento, captação, tratamento, controle e vigilância da qualidade da água de consumo humano; Características das impurezas encontradas na água AULA 04: IMPUREZAS ENCONTRADAS NAS ÁGUAS E INDICADORES DE QUALIDADE Controle da poluição hídrica | • Retirada do rol de produtos a serem analisados, para detecção de resíduos, de alguns agrotóxicos que não são mais comercializados e outros proibidos de comercialização; • Inclusão na listagem de produtos a serem analisados, para detecção de resíduos, de agrotóxicos desenvolvidos mais recentemente e comercializados sem que existisse, até o momento, a obrigação do seu controle por parte dos prestadores de serviços de abastecimento de água e a vigilância por parte do Setor Saúde; • Aumento no número de parâmetros do padrão de potabilidade para substâncias químicas que representam riscos à saúde, de 50 para 76, visando a melhoria da qualidade da água para consumo humano; • Estabelecimento de limites de tolerância para organismo humano das cianobactérias (algas azuis) encontradas na água de consumo humano. Características das impurezas encontradas na água AULA 04: IMPUREZAS ENCONTRADAS NAS ÁGUAS E INDICADORES DE QUALIDADE Controle da poluição hídrica Referências bibliográficas LAZAROFF, Carol. Drogas e químicos poluem cursos d’água nos EE.UU. Disponível em: http://www.agua.bio.br/botao_d_i.htm.> Acesso em 05 dez. 2016. AULA 04: IMPUREZAS ENCONTRADAS NAS ÁGUAS E INDICADORES DE QUALIDADE Controle da poluição hídrica VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Compreender o conceito de poluição hídrica; Compreender o conceito de contaminação hídrica; Relacionar as formas de poluição e contaminação hídrica. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO. AULA 05: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Aula 05: Fontes de poluição das águas AULA 05: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica Objetivos desta aula - Compreender o conceito de poluição hídrica; - Compreender o conceito de contaminação hídrica; - Relacionar as formas de poluição e contaminação hídrica. AULA 05: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | A poluição hídrica caracteriza-se pela introdução de qualquer matéria ou energia responsável pela alteração das propriedades físico-químicas de um ambiente aquático. Os despejos de efluentes líquidos não tratados, originados nas indústriase esgotos sanitários, em lagos, rios, córregos, e até mesmo no mar, promovem um desequilíbrio sério em nosso ecossistema, não só aquático, mas com o ecossistema local por inteiro, aquático ou terrestre. Os despejos domésticos consomem oxigênio em todo seu processo de decomposição, o que ocasiona o aumento da mortalidade de peixes, por exemplo, alterando todo o processo natural do sistema; por sua vez, substâncias como fósforo e nitrogênio, presentes em altos níveis nesses dejetos, ocasionam a proliferação excessiva de algas, o que também desequilibra o ecossistema. Poluição hídrica AULA 05: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | Metais e agrotóxicos possuem, também, poluentes químicos que provocam um efeito tóxico em animais e plantas aquáticas, podendo se acumular em seus organismos. A básica refrigeração de um local pode trazer sérios problemas em relação ao lançamento da água utilizada no processo da refrigeração que, por sua vez, é um efluente que ocasiona na poluição térmica das águas, o que altera a temperatura base do local do despejo, fazendo com que os animais, plantas, bactérias e organismos do ecossistema tenham toda sua sobrevivência alterada, abalando não só o local e sim todo o decorrer daquele rio ou lago. Poluição hídrica AULA 05: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | Segundo a OMS, a água de má qualidade e a falta de saneamento e higiene causam, aproximadamente, 3,1% (três vírgula um por cento) de mortes todo ano (morte de aproximadamente 1,7 milhão de pessoas em todo o mundo). Outro dado interessante é o de que, no caso do Brasil, a cada R$ 1,00 gasto com saneamento básico, R$ 4,00 são economizados em gastos com saúde pública. O esgoto encanado é tão fundamental para o aumento do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) que um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU (objetivos que os países da ONU se comprometeram em cumprir até 2015) era de reduzir o número de pessoas sem rede de esgoto encanado no mundo em 50%. Toda a preocupação com a saúde pública e com o meio ambiente é motivada, entre tantos outros motivos, pelo tratamento e prevenção de algumas muitas doenças ocasionadas por essa poluição das águas, que podem levar os seres humanos até a morte. Poluição hídrica AULA 05: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | Em um rol exemplificativo, algumas das doenças são: • Febre Tifoide: Doença infecciosa que causa febre contínua, mal-estar, manchas rosadas no tronco, tosse seca, prisão de ventre e comprometimento dos tecidos linfoides. • Febre Paratifoide: Menos letal que a febre Tifoide. É causada por infecção bacteriana, com apresentação de febre contínua, eventual aparecimento de manchas róseas no tronco e diarreia. • Shigeloses: Infecção bacteriana aguda no intestino grosso. Apresenta febre, náuseas e, às vezes, vômitos, cólicas e tenesmo (sensação dolorosa na bexiga ou na região anal). Em casos graves, as fezes apresentam sangue, muco e pus. • Cólera: Doença intestinal bacteriana aguda, com diarreia aquosa abundante, vômitos ocasionais, rápida desidratação, acidose, câimbras musculares e colapso respiratório, podendo levar o paciente a morte em um período de 4 a 48 horas, se não houver tratamento. Poluição hídrica AULA 05: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | • Hepatite A: Febre, mal-estar geral, falta de apetite, náuseas e dores abdominais seguidas de icterícia. A convalescença é prolongada e a gravidade aumenta com a idade, porém há recuperação total sem sequelas. • Amebíase: Infecção causada por um protozoário parasita que atinge os intestinos. As enfermidades variam desde uma disenteria aguda e fulminante, com febre e calafrios e diarreia sanguinolenta ou mucoide (disenteria amebiana), até um mal-estar abdominal leve e diarreia com sangue e muco alternando com períodos de estremecimento ou remissão. • Giardíase: Diarreia crônica com cheiro forte, fraqueza e cólicas abdominais, graças às toxinas que libera. Gera um quadro de deficiência vitamínica e mineral e, em crianças, pode causar a morte, se não houver tratamento. Poluição hídrica AULA 05: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | • Leptospirose: Ocorre com mais frequência em épocas de chuva ou alagamento, pode apresentar uma simples gripe e até complicações hepáticas e renais graves. Sendo assim, a preocupação com a qualidade da água é tratada com mais complexidade na medida em que assume aspectos ambientais, econômicos, políticos e sociais, envolvidos na gestão pública, sob responsabilidade do Estado. Além disso, a degradação ambiental, que afeta a qualidade das águas de rios e lagos, originada do acelerado e desorganizado desenvolvimento industrial e os indicadores de abrangências da cobertura do saneamento básico do país, são fatores que nos fornecem um quadro dramático da situação atual do país. Poluição hídrica AULA 05: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | Já, acerca da relevância científica, quanto maior o volume de água poluída, mais difícil fica seu tratamento e mais propício ao desenvolvimento de novas doenças ou fortalecimento genético das já existentes. Existem algumas formas de prevenção da poluição hídrica, tal como a redução ou eliminação de resíduos na fonte, que significa reduzir ou eliminar o uso de substâncias, poluentes e contaminantes. E, ainda que tais formas de prevenção não se mostrem suficientes, existem outras formas de tratamento a fim de melhorar a qualidade das águas, como o tratamento de água potável, o tratamento de efluentes domésticos, industriais e agrícolas, entre outros. Poluição hídrica AULA 05: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | A água pode ter a sua qualidade afetada pelas mais diversas atividades do homem, sejam elas domésticas, comerciais ou industriais. Cada uma dessas atividades gera poluentes característicos que têm um determinado efeito no corpo receptor. A poluição hídrica é a poluição em meio aquático. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), define-se como água poluída toda a água cuja composição tenha sido direta ou indiretamente alterada e invalide parcial ou totalmente os fins a que esta inicialmente se destinava. Este tipo de poluição é gerado, usualmente, em zonas industriais. Com o avanço da tecnologia e da indústria, o número de fábricas também aumenta. Muitas dessas trabalham com produtos químicos e nocivos, que, depois de utilizados, são despejados, pois não permitem uma nova reutilização. O que há de errado é o fato de rios e lagos servirem como local de depósito para esses mesmos químicos. A principal fonte de poluição hídrica é o homem, quer seja através de fábricas, quer seja através de simples gestos de lançar resíduos nos rios, lagos e mares. Poluição hídrica AULA 05: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | A água é um habitat para muitos seres vivos. Com a poluição e contaminação da água, várias espécies poderão ser afetadas. Além das consequências para as espécies marinhas, são também consideráveis as possíveis consequências para o homem. Tendo em conta que espécies de peixes servem de alimento ao homem, estas, ao morrerem, irão comprometer a alimentação da espécie humana. Por outro lado, um dos recursos mais importantes e mais usados pelo homem é a água. Se esta está poluída, poderá provocar doenças e levar mesmo à morte. A concentração de matéria orgânica nos rios, proveniente dos esgotos, provoca um aumento de decompositores, que consomem o oxigênio dissolvido na água, acabando por matar os respectivos animais aquáticos. Os pesticidas e herbicidas são venenos, por isso, quando lançados na água, acabam por matarplantas e os animais aquáticos. Do mesmo modo, a poluição do mar provoca a destruição dos ecossistemas marinhos e litorais, matando ovos, larvas, peixes e mamíferos. Poluição hídrica AULA 05: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | A eutrofização é o fenômeno causado pelo excesso de nutrientes num corpo de água mais ou menos fechado, o que leva à proliferação excessiva de algas, que, ao entrarem em decomposição, levam ao aumento do número de microrganismos e à consequente deterioração da qualidade da água. A hipoxia é um fenômeno de baixa concentração de oxigênio que ocorre em ambientes aquáticos, quando a concentração de oxigênio dissolvido (OD) encontra-se a níveis reduzidos, ao ponto de causar danos nos organismos aquáticos presentes no ecossistema. Chuvas ácidas, inundações, redução do potencial hídrico do planeta, e o aparecimento de inúmeras doenças ocasionadas pela poluição, são alguns dos graves exemplos das consequências e do nível de degradação da natureza em que o planeta se encontra. Poluição hídrica AULA 05: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | Em suma, existem várias ações que podem ser tomadas para evitar a poluição hídrica. Os governos têm tomado medidas, nomeadamente alterações legislativas quanto à emissão de resíduos para a água por parte da indústria. Outra medida poderá ser tratar as águas dos esgotos ao invés de as lançar diretamente para o mar contendo ainda todos os poluentes e bactérias nocivas à vida. A água era até há bem pouco tempo considerada como um recurso renovável, mas esta ideia está começando a ser alterada. A forma como o homem usa e polui a água é algo preocupante, o que a curto prazo poderá trazer consequências cada vez mais graves. A poluição nos países ricos é resultado da maneira como a sociedade consumista está organizada para produzir e desfrutar da sua riqueza, efeito do progresso material e bem-estar. Já nos países pobres, a poluição é resultado da pobreza e da ausência de educação dos seus habitantes, que, assim, não têm base para exigir os seus direitos de cidadãos. A Educação Ambiental vem, justamente, resgatar a cidadania para que o povo tome consciência da necessidade da preservação do meio ambiente, que influi diretamente na manutenção da sua qualidade de vida. Poluição hídrica AULA 05: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica Referências bibliográficas POLUIÇÃO hídrica. Disponível em: <http://poluicaoeconsequencias.blogspot.com.br/2010/ 04/poluicao-hidrica.html>. Acesso em 05 dez. 2016. RAHAL, Aline. Poluição hídrica e seus impactos sobre a sociedade. Disponível em: <http://alinerahal.jusbrasil.com.br/artigos/254539374/p oluicao-hidrica-e-seus-impactos-sobre-a-sociedade>. Acesso em 05 dez. 2016. AULA 05: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Entender as formas de poluição nos corpos Hídricos; Conhecer as fontes dos poluentes industriais; Conhecer as fontes de poluição domestica e urbana. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO. AULA 06: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Aula 06: Fontes de poluição das águas AULA 06: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica Objetivos desta aula - Entender as formas de poluição nos corpos Hídricos; - Conhecer as fontes dos poluentes industriais; - Conhecer as fontes de poluição doméstica e urbana. AULA 06: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | O desenvolvimento social, cultural e político estão em uma contínua progressividade. Diante deste conjunto que compõe o desenvolvimento, ocorre o aumento na degradação do meio ambiente. Uma das formas devastadoras é a poluição das águas, que desenrola-se pela falta de cuidado e atenção da sociedade brasileira, que somente após deparar-se com esse fenômeno que os cuidados iniciam no que refere-se a águas. Nesse contexto, Andréia Costa Vieira afirma: “A poluição da água (...) contribui com a redução de sua oferta para o planeta, e nesse caso, várias são as consequências para essa poluição, resultando na diminuição da qualidade, bem como da quantidade de água disponível para uso.” A redução da oferta dos recursos hídricos vem aumentando cada vez mais, tendo em vista o meio que a população vem se utilizando através da poluição. Assim, a água que está a disposição para o uso racional e adequado vem diminuindo tanto em sua qualidade como em sua quantidade. Poluição hídrica AULA 06: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | A Lei sobre Política Nacional do Meio Ambiente sob o nº 6.938/1981 dispõe em seu artigo 3º, inciso III, o que significa à poluição, in verbis: “Art 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos” Com isso, observa-se que a poluição da água é causada por atividades que agridem diretamente e indiretamente o meio ambiente com a degradação ambiental. Assim, a sociedade brasileira, em todos os níveis, vem contribuindo a todo o momento com esta poluição. Poluição hídrica AULA 06: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | O ser humano, juntamente com a sociedade, em seus diversos níveis, vem produzindo o aumento dos índices de poluição, pois a falta de um planejamento em busca da sustentabilidade é escassa e os cuidados que se deve ter com a água poucos preservam. Conforme Régis da Silva Pereira: A água pode ter sua qualidade afetada pelas mais diversas atividades do homem, sejam elas domésticas, comerciais ou industriais. Cada uma dessas atividades gera poluentes característicos que têm uma determinada implicação na qualidade do corpo receptor. Ademais, diante desses conceitos de poluição, verifica-se que esta é produzida por determinada comunidade que, geralmente, volta a prejudicá-la pelos seus atos injustificáveis de poluição das águas. Poluição hídrica AULA 06: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica Poluição hídrica . . . . AULA 06: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | • Esgoto doméstico; • Efluentes industriais; • Águas pluviais, carreando impurezas do solo ou contendo esgotos lançados nas galerias; • Resíduos sólidos (lixo); • Pesticidas; • Fertilizantes; • Detergentes; • Precipitação de poluentes atmosféricos (sobre o solo ou a água); • Alteração nas margens dos mananciais, provocando carreamento do solo, como consequências da erosão. Poluição hídrica FONTES POTENCIALMENTE POLUIDORAS - Água Superficial AULA 06: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | • Infiltração de: o Esgotos a partir de sumidouros ou valas de infiltração (fossas sépticas); o Esgotos depositados em lagoas de estabilização ou em outros sistemas de tratamento usando disposição no solo; o Esgotos aplicados no solo em sistemas de irrigação; o Águas contendo pesticidas, fertilizantes, detergentes e poluentes atmosféricos depositados no solo; o Outras impurezas presentes no solo; o Águas superficiais poluídas; • Vazamento de tubulações ou depósitos subterrâneos; • Percolação do chorume resultante de depósitos de lixo no solo; • Resíduos de outrasfontes: cemitérios, minas, depósitos de materiais radioativos. Poluição hídrica FONTES POTENCIALMENTE POLUIDORAS - Água Subterrânea AULA 06: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | • Mat. Orgânica - DBO, DQO e OD (mg/l); • Sólidos - SS e RS (ml/l); turbidez (unt); • Ácidos e Álcalis - pH; • Bactérias - IC (coli/100 ml); • Óleos e Gorduras - OG (mg/l); • Nitratos - NO3 (mg/l); • Fosfatos - PO4 (mg/l); • Temperatura - T (ºC); • Metais – Metais (mg/l). Poluição hídrica POLUIÇÃO HÍDRICA: INDICADORES DE POLUIÇÃO AULA 06: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | Poluição hídrica AULA 06: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | Poluição hídrica AULA 06: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | • Substâncias tóxicas cuja presença na água não é fácil de identificar nem de remover; • Em geral os efeitos são cumulativos e podem levar anos para serem sentidos; Os poluentes mais comuns das águas são: • Fertilizantes agrícolas; • Esgotos doméstico e industrial; • Compostos orgânicos sintéticos; • Plásticos; • Petróleo; • Metais pesados. Poluição hídrica POLUIÇÃO QUÍMICA AULA 06: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica Poluição hídrica ; ; ; ; . ; AULA 06: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | Poluição hídrica AULA 06: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | • Resultante do lançamento de esgotos domésticos e industriais ricos em matéria orgânica; • Forma de poluição mais presente no dia-a-dia dos brasileiros; • Carência do sistema de esgotamento sanitário; Esse tipo de poluição é causada por matérias orgânicas suscetíveis de degradação bacteriana: • Degradação aeróbia – água rica em oxigênio dissolvido e matéria orgânica pouco abundante (formam-se gás carbônico, água e nitratos); • Degradação anaeróbia – água não contém oxigênio suficiente (produção de gás carbônico, metano, amônia, ácidos graxos, etc.); • Morte do corpo d’água – quantidade de esgotos lançada > volume do corpo receptor e capacidade de oxigenação > proliferação de bactérias > consumo. Poluição hídrica POLUIÇÃO POR MATÉRIA ORGÂNICA AULA 06: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica Referências bibliográficas VIEIRA, Andréia Costa; BARCELLOS, Ilma de Camargos. Água: bem ambiental de uso comum da humanidade. Direito Ambiental: conservação e degradação do meio ambiente. Título 2. Jan. – mar./2009. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011. Pag. 70. SANTOS, Fabiano Pereira dos. Meio ambiente e poluição. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 201, 23 jan. 2004. Disponível em <http://jus.com.br/artigos/4753>. Acesso em 05 dez. 2016. AULA 06: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Conhecer os principais poluentes físicos e químicos dos corpos hídricos; Conhecer os principais poluentes sedimentares dos corpos hídricos; Conhecer os principais poluentes Biológicos e térmicos dos corpos hídricos. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO. AULA 07: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA Aula 07: Fontes de poluição das águas AULA 07: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica Objetivos desta aula - Conhecer os principais poluentes físicos e químicos dos corpos hídricos; - Conhecer os principais poluentes sedimentares dos corpos hídricos; - Conhecer os principais poluentes Biológicos e térmicos dos corpos hídricos. AULA 07: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | Poluição Biológica: resulta da presença de microrganismos patogênicos, especialmente na água potável. A água pode ser infectada por organismos patogênicos, existentes nos esgotos. Assim, ela pode conter: • Bactérias – Provocam infecções intestinais epidêmicas e endêmicas (febre tifóide, cólera, shigelose, salmonelose, leptospirose etc.); • Vírus – provocam hepatites, infecções nos olhos etc.; • Protozoários – Responsáveis pelas amebíases e giardíases, etc.; • Vermes – Esquistossomose e outras infestações. Tipos de poluentes AULA 07: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | Muitas pessoas preferem, por exemplo, beber a água cristalina de nascentes ou de poços artesianos em lugar de água de torneira que foi convenientemente tratada e distribuída. Frequentemente, entretanto, a água dos poços e nascentes é contaminada pela proximidade com fossas e lançamento de esgotos. A contaminação se dá por infiltração através do solo, de tal maneira que as partículas em suspensão (causadoras da turbidez) ficam retidas neste, enquanto que as bactérias e vírus, por serem muito menores, atravessam o solo, atingindo a água do poço ou da nascente, que, embora "cristalina“, passará a transmitir doenças. Tipos de poluentes AULA 07: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | • Substâncias tóxicas cuja presença na água não é fácil de identificar nem de remover; • Em geral os efeitos são cumulativos e podem levar anos para serem sentidos; • Os poluentes mais comuns das águas são: o Fertilizantes agrícolas; o Esgotos doméstico e industrial; o Compostos orgânicos sintéticos; o Plásticos; o Petróleo; o Metais pesados. Tipos de poluentes POLUIÇÃO QUÍMICA AULA 07: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | Poluição Química: causada pela presença de produtos químicos nocivos ou indesejáveis, seus efeitos nocivos podem ser sutis e levarem muito tempo para serem sentidos. Os poluentes químicos são divididos em: a) Biodegradáveis – São produtos químicos que ao final de um tempo, são decompostos pela ação de bactérias. São exemplos de poluentes biodegradáveis o detergente, inseticidas, fertilizantes, petróleo, etc. b) Persistentes – São produtos químicos que se mantêm por longo tempo no meio ambiente e nos organismos vivos. Estes poluentes podem causar graves problemas como a contaminação de alimentos, peixes e crustáceos. São exemplos de poluentes persistentes o DDT (dicloro-difenil- tricloroetano), o mercúrio, etc. Tipos de poluentes AULA 07: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | Poluição Térmica: ocorre frequentemente pelo descarte, nos rios, de grandes volumes de água aquecida usada no processo de refrigeração de refinarias, siderúrgicas e usinas termoelétricas. O aumento da temperatura causa vários efeitos: • Para os seres vivos, os efeitos da temperatura dizem respeito à aceleração do metabolismo, ou seja, das atividades químicas que ocorrem nas células. A aceleração do metabolismo provoca aumento da necessidade de oxigênio e, por conseguinte, na aceleração do ritmo respiratório. Por outro lado, tais necessidades respiratórias ficam comprometidas, porque a hemoglobina tem pouca afinidade com o oxigênio aquecido. Combinada e reforçada com outras formas de poluição, ela pode empobrecer o ambiente de forma imprevisível. Tipos de poluentes AULA 07: FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Controle da poluição hídrica | • Diminuição da solubilidade dos gases em água, havendo, assim, um decréscimo na quantidade de oxigênio dissolvido na água, prejudicando a respiração dos peixes e de outros animais aquáticos. • Há uma diminuição do tempo de vida de algumas espécies aquáticas, afetando os ciclos de reprodução. • Potencializa-se a ação dos poluentes já presentes na água pelo aumento na velocidade das reações e solubilidade de alguns poluentes. Tipos
Compartilhar