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Criando conceitos vencedores Como as empresas mudam suas concepções de produtos através de sua estrutura de inovação, seu desafio está em identificar corretamente quais ideias tem potencial para serem bem sucedidas, daquelas todas que são considerados, o mais cedo possível. Esse cuidado requer habilidade e permite gastar menos dinheiro em ideias que falham, e coloca mais recursos naquelas com maior probabilidade de sucesso. Testar conceitos é uma tarefa essencial na identificação de boa ideias e grande parte das empresas de bens de consumo estão envolvidos nessa tarefa. Infelizmente algo tão simples e evitável como um conceito mais escrito ou concebido erroneamente pode inviabilizar uma ideia vencedora. Contanto com uma base de dados de milhares de conceitos da Ipsos Online Concept Testing Database (que inclue cerca de 7000 conceitos), e através de pesquisas secundárias, a Consumer Products Division os Ipsos Insight desenvolveu uma abordagem sobre teste de conceitos que melhorou nosso trabalho na criação de um novo produto de sucesso. Definindo Corretamente um Conceito De acordo com o livro Concept Testing, de David Schwartz, um conceito é uma representação escrita ou visual de um produto ou serviço. É um jeito de comunicar os benefícios, pontos fortes e objetivos de um produto sem “enchecão de linguiça”, de forma direta. Schwartz está certo em afirmar que um conceito precisa explicar e informar de forma clara e objetiva. No entanto, levando em consideração nosso mercado, isso não é mais o suficiente. Hoje, um conceito, muitas vezes, serve como um determinante do que poderá ser incluido em publicidades e outras iniciativas de marketing integrado, incluindo ai aquelas da area interativa. Ele precisa atrair a atenção, ser lembrado e persuasivo, e, claro, vender o produto. Aqui é importante lembrar que a "venda" de um conceito deve refletir na venda do produto ou serviço mais tarde. Ou seje… se o conceito não vnde bem, provavelmente o produto ou serviço também não venderá bem. Temos ai uma tênue linha entre a pesquisa e a atividade de marketing. Por um lado, você quer uma descrição limpa e clara do seu conceito, sem ruídos que atrapalham a avaliação dos produtos. Por outro lado, um mundo de recursos audio-visuais diversos, apresentados ao consumidor de um estímulo chato e sem graça, podem influênciar artificialmente os resultados do conceito. Escrevendo e produzindo bons conceitos Uma boa ideia mal escrita sempre tende ao fracasso. Intuitivamente sabemos disso, mas, muitas vezes, a pressão do dia-a-dia no negócio, faz com que substimemos nosso julgamento. Um conceito forte deve ganhar a atenção do consumidor e descrever um novo produto ou serviço na forma de uma promessa, preenchendo assim uma necessidade ainda não atendida. Pense como os consumidores pensam Quando escrevemos um conceito sobre a ideia de um novo produto, precisamos pensar sobre como os consumidores fazem isso. Pesquisadores e marketeiros geralmente pensam em coisas, na hora de conceber um conceito, que os consumidores não pensam. Se preocupam com tecnicalidades que, a princípio, não importam ao consumidor. Os consumidores começam sua jornada pelo conceito através de estimulos visuais - coisas que os pesquisadores menos gastam tempo de trabalho. Os consumidores leem o título, procuram pelo preço, quais são as variedades ou sabores oferecidos, para só então, observar a declaração do conceito. Não que o conceito em si não seja importante (afinal estamos falando de teste de conceito), mas sem esses elementos, o consumidor pode nunca dar a devida atenção à ideia, especialmente se forem conceitos destinados a crianças. Devemos considerar as sugestões da publicidade, que se esforça em garantir que a mensagem não seja ignorada. Se o consumidor conseguir prestar atenção, já é um ganho. Inclua todos os ingredientes essenciais Um conceito propõe uma maneira de resolver uma necessidade não atendida de uma forma única. Para ser bem sucedido, o conceito deve indicar claramente a necessidade que será atendida, identificar o diferencial, apresentar argumentos persuasivos, proporcionar benefícios racionais, transmitir benefícios emocionais consistentes com os racionais e indicar o público-alvo. Vamos exemplificar com um produto fictício. Digamos um sorvete. • Nome: Sorvete Dilly com cálcio • Público-alvo: mães com filhos pequenos que desejam incluir cálcio em suas dietas e na de seus filhos de uma forma simples. • Pontos de diferença: mais cálcio em um sorvete • Argumentos de persuasão: Cálcio é bom para o seu corpo e nesse produto você o encontrará mais que em sua dieta atual. • Benefícios racionais: saudável, gostoso, fácil de consumir. • Benefícos emocionais: Eu vou me sentir mellhor sabendo que estou cuidando de mim e de minha familia. Esse exemplo mostra os elementos chave que devem ser incluidos em um bom conceito. Utilize o composto de estimulos cuidadosamente para criar uma mensagem convincente Estímulos visuais: Muitos conceitos incluem ilustrações. Uma ilustração pode ser qualquer coisas entre um rascunho ou uma foto montagem desde que apropriadamente desenvolvida. Fotografias constumam funcionar melhor, porém um desenho também pode ser mais adequado, depende de como se quer mostrar o estímulo. Estímulos visuais snao mais evetivos quando ilustram claramente um produto e podem exemplificar mockups de embalagens, situações de uso ou outros usos que convenham na demostração ao consumidor. Título: O título deve prender a atenção do leitor e ser claro e objetivo (com relação ao diferencial) de modo que o leitor entenda a idéia do produto, sua diferenciação e queria continuar a leitura. Preço: Depois de mostrar os conceitos, sempre inclua o preço. Os conceitos podem não incluir o preço quando você quer apenas a reação do consumidor à um ideia, quando o conceito é dirigido a crianças ou quando o objetivo do teste é determinar o preço. Variedades e Locais de venda (ou disponibilização): O testo deve incluir as variadades e/ou sabores do produto, quando apropriaado, e sempre indicar um local onde o produto pode ser encontrado (loja, mercado, shopping, etc) Declaração do conceito: A idéia central deve ser articulada em algumas frases ou um parágrafo e o principal benefício do produto deve ser comunicado. Deve-se indicar se o conceito é de um novo produto, extensão de uma linha ou um reestruturação. Explicar claramente quem você é, o que diferencia o produto e as razões para comprar o produto. Os benefícios secundários podem ser incluídos após o principal benefício ser completamente explicado. A declaração do conceito deve terminar com um apelo emocional que linke tudo o que você disse. Toque final: Os toques finais ou detalhes podem ser feitos na forma como você apresenta o conceito. Use fontes que tenham valores como Negrito ou Itálico para destacar palavras. Utilize seu logo junto da marca (sempre) e lembre-se da diagramação (contrate um bom designer para isso). Tamanho é imprescindível: você quer que seu leitor leia e entenda toda a descrição. Para isso ela não deve ser muito longa e cansativa. A regra de ouro é usar no máximo 130 palavras - menos é até melhor! Padronização: crie um padrão para apresentar seus conceitos. Formato, estilo de escrita, tipo, tamanho das letras, tamanho das ilustrações, cores, espaçamento, etc. Essa abordagem facilita a análise e comparação de conceitos. Um exemplo de um conceito bem escrito Com base na ideia da criação de um novo sorvete com cálcio, o exemplo a seguir demonstra como essas informações podem vir junto como um conceito bem escrito, seguindo as diretrizes apresentadas. Referência: IPSOS INSIGHT (China). CreatingWinning Concepts. 2006. Disponível em: <https://goo.gl/bjFZRx>. Acesso em: 05 ago. 2016.
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