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Administração de Operações: Transformando Necessidades em Produtos

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Introdução a Administração
Aula 7: Administração das Operações 
A administração de operações é uma das principais áreas funcionais da organização, uma vez que é responsável pela transformação das necessidades e dos desejos dos clientes em produtos e serviços concretos. Esse processo demanda não apenas boa comunicação com o departamento de marketing e com os distribuidores e vendedores da empresa, mas também uma gestão de relacionamentos com os fornecedores, responsáveis pelos insumos necessários ao sistema de operações da organização.
A atividade-fim de qualquer organização é seu sistema de operações, que responde pela transformação dos insumos ou matérias primas em produtos ou serviços acabados. Administrando de maneira competente esse processo, as organizações podem ser mais produtivas, mais eficientes e aptas a colocar no mercado produtos e serviços que verdadeiramente atendam as necessidades dos consumidores.
Ao longo do processo de administração de operações, os gestores precisam assumir várias decisões complexas, que vão desde o projeto do produto, passando pela especificação da capacidade de produção e pela localização das instalações.  Decidem também quanto à escolha dos processos de produção e dos arranjos físicos.
Atenção: “A área de administração de operações é o centro de qualquer organização, seu ponto mais sensível. Afinal, a área de operações é responsável por concretizar, através da gestão do processo de transformação de insumos e recursos em produtos e serviços acabados, a realização das necessidades e dos desejos dos seus consumidores. A fim de que isso seja uma realidade é preciso existir um constante alinhamento da área de operações com os objetivos estratégicos da empresa como um todo.”
A função de administrar operações é desenvolvida pelo gerente de operações. Esta denominação pode variar de organização para organização.  Assim, o responsável pela área de operações pode ser chamado de: Gerente administrativo num hospital, Gerente de produção numa fábrica, Gerente de loja numa rede de supermercados.
O gerente de operações é responsável por formular uma estratégia de operações coerente com os objetivos da organização.  Além disso, tem por função decidir quanto à localização da área produtiva, a capacidade de produção e o layout das instalações.  É ainda responsável por decisões que envolvem o projeto dos produtos ou dos serviços e os processos de produção, dentre suas atribuições ainda encontramos as de planejar e controlar a produção, organizar o trabalho e administrar os estoques.
Em relação às funções da administração, as atividades de planejamento e de controle das operações assumem maior destaque para a área de administração de operações, devido à sua natureza técnica.
Todavia, isso não quer dizer dar menos importância à organização e à direção dessa área funcional. Estas duas outras funções também são importantes para o bom desempenho da área de operações, pois se não for feita uma organização adequada dos recursos e da autoridade e se não existirem motivação e liderança das equipes e grupos de trabalho, as operações serão prejudicadas comprometendo seriamente os resultados.
A área de administração de operações exerce um papel estratégico na competitividade de qualquer negócio.
Quando alcança êxito na melhoria da eficiência, da produtividade e da qualidade dos serviços e produtos de uma empresa, a área de administração de operações permite que as organizações agreguem maior valor e obtenham vantagem competitiva sobre os concorrentes e junto aos seus consumidores.
Você Sabia?! “ O ambiente competitivo em que atualmente operam as organizações evidencia a importância da área de administração de operações para todos os tipos de negócio, pois permite à empresa o alcance de suas metas através da gestão eficiente do seu processo de transformação.”
O aumento da eficiência e da produtividade com qualidade e a baixos custos provoca, num ciclo virtuoso, o crescimento econômico, permitindo o pagamento de melhores salários aos trabalhadores e maiores lucros para as empresas. Maiores salários e lucros levarão ao crescimento da economia, o que conduzirá a um maior consumo. A elevação no nível de consumo fará aumentar a produção e, desta forma, cria-se o círculo virtuoso acima referido, no qual todos saem ganhando.
Toda organização produz alguma coisa, mesmo que o resultado dessa produção não seja um objeto que se possa ver ou tocar.
Você sabia? “Nos modelos tradicionais de administração, o foco das operações era direcionado para organizações de manufatura, produtoras de remédios, eletrônicos, automóveis e outros bens tangíveis. Porém, com o crescimento do setor de serviços, a administração de operações alargou seu campo de atuação, passando a administrar todo o processo de transformação de qualquer empreendimento que tenha como objetivo satisfazer as necessidades dos seus consumidores ou usuários.” 
A área de administração de operações cuida dos processos presentes em todas as organizações, sejam de serviços ou de produção. Realmente, o que existe em comum nas organizações, sejam elas de que tipo forem, é o processo de transformação que se constitui a base da área de administração de operações. O que pode diferenciar uma organização de outra é a natureza dos bens produzidos. 
Assim, considerando-se este fator natureza dos bens produzidos, subdividimos as organizações em  dois tipos:
Organizações de manufatura: São aquelas responsáveis por produzir bens tangíveis (por exemplo, fabricantes de mesas, de geladeiras ou de carros).
Organizações de serviços: Estas organizações são responsáveis por produzir bens imateriais, os chamados serviços (por exemplo, hospitais, universidades, salão de cabeleireiros).  
Os autores Sobral e Peci (2008) apresentam de uma forma bastante compreensível as principais características e diferenças entre organizações de manufatura e organizações de serviços.
ORGANIZAÇÕES DE MANUFATURA
- Produzem bens tangíveis e duráveis. 
- Bens podem ser armazenados para consumo posterior. 
- A quantidade e a qualidade dos bens produzidos são facilmente mensuráveis. 
- O resultado é padronizado. 
- Pouca participação e pouco contato com o consumidor. 
- A localização é menos importante para o sucesso da organização. 
- Emprego intensivo de capital
ORGANIZAÇÕES DE SERVIÇOS
- Produzem bens intangíveis. 
- O consumo e a produção dos serviços são simultâneos. 
- A qualidade dos serviços é percebida, mas muito difícil de ser medida. 
- O resultado é customizado. 
- Amplo contato e participação do consumidor durante o processo de transformação. 
- A localização é crucial para o sucesso da organização. 
- Emprego intensivo de trabalho.
Prioridades Competitivas da área de Administração de Operações
A área de administração de operações precisa atuar de acordo com a missão, a visão e os objetivos estratégicos da organização. Deve-se procurar sempre traduzi-los em prioridades competitivas e concretas que vão determinar a natureza das operações, uma vez que a lucratividade do negócio depende de forma direta da margem de lucro, da escala e dos processos de produção.
Dessa maneira, é na área de administração de operações que estão as competências essenciais da organização, aquelas que devem se constituir em prioridades da empresa a fim de que ela seja competitiva.
Dentre as principais preocupações que devem nortear o funcionamento da área de operações para manter sua vantagem competitiva, encontramos:
Custo: O gerente de operações deverá tomar todas as providências para manter uma estrutura de custos baixos a fim de que a empresa consiga oferecer produtos e serviços de qualidade a um preço justo e acessível a seus consumidores, mas que também garantam uma margem de lucro compensatória. 
Qualidade: A empresa tem que zelar pela qualidade dos seus produtos e serviços, uma vez que produtos e serviços de alta qualidade possibilitam maior satisfação do consumidor e ajudam a fazer a diferenciação da empresa entre seus competidores.
Rapidez:Outra maneira da organização tornar-se mais competitiva é reduzindo o período de seu ciclo de atuação, obtendo dessa forma a rapidez na entrega dos seus produtos ou serviços aos usuários. Sobral e Peci (2008) ensinam que a empresa que se propõe a competir no mercado com base na rapidez deve considerar três aspectos:
 A rapidez da entrega - tempo gasto entre o pedido do cliente e a entrega do produto ou prestação de serviço;  A rapidez da operação interna – tempo gasto para produzir os bens ou serviços;  A velocidade de desenvolvimento – rapidez com que um produto ou serviço é introduzido no mercado, ou seja, o tempo gasto entre a geração da ideia, o projeto final e a produção.
Confiabilidade: Uma outra forma de competição vantajosa para a empresa é o desenvolvimento de relações duradouras com seus consumidores. Para que isso aconteça, a organização tem que perseverar no cumprimento dos compromissos assumidos com seus clientes, oferecendo-lhes produtos ou serviços nos quais possam confiar. A empresa deverá também atender às expectativas dos seus consumidores de forma pontual, sem atrasos ou cancelamentos.
Flexibilidade: A organização também pode buscar vantagem competitiva por sua capacidade de alterar suas operações, ajustando-se às demandas do cliente. Essa capacidade de ser flexível vem se destacando como vantagem competitiva ao longo das últimas décadas, devido às constantes alterações no perfil do consumidor, agora cada vez mais na busca de produtos e serviços customizados, ou seja, personalizados de acordo com suas necessidades específicas.
Planejamento Estratégico do Sistema de Operações
Depois de estabelecer definições sobre as prioridades competitivas, a área de administração de operações precisará fazer o planejamento das operações da empresa de modo que concretize os objetivos estratégicos, tomando decisões em relação aos seguintes aspectos:
Projeto de produto ou serviço: O processo de planejamento das operações começa com o projeto de um produto ou serviço. Esta atividade consiste na tomada de decisão em relação aos produtos ou serviços que a organização quer produzir. É uma decisão bastante importante que terá consequências não somente sobre a atratividade dos produtos e serviços para os seus usuários, mas também sobre os custos e recursos exigidos para sua produção.
Planejamento da capacidade: Depois de tomar a decisão sobre os produtos e serviços a serem produzidos, a próxima etapa do planejamento das operações trata da decisão sobre a capacidade do sistema de operações. Esse planejamento relaciona-se diretamente com as expectativas da demanda futura da organização. Através desse planejamento, a empresa prevê como poderá reagir à demanda futura do seu produto ou serviço. No caso de haver uma previsão de aumento, o planejamento da capacidade tem que dar à organização a certeza da produção total dos produtos e serviços de modo a atender à demanda.
Planejamento da localização: Este tipo de planejamento trata da decisão quanto à localização geográfica das instalações de uma empresa. Constitui-se em uma das decisões mais importantes no planejamento das operações, já que pode causar grande impacto na lucratividade da organização. A decisão sobre o local onde vai se instalar a empresa deve levar seriamente em consideração a disponibilidade dos recursos dos quais depende para operar (recursos humanos, tecnológicos e materiais) . É preciso também considerar, nesta decisão, a posição dos fornecedores e distribuidores bem como dos mercados e clientes. Não é uma decisão simples, pois envolve conhecimentos relacionados a custos (tais como disponibilidade e custo de mão de obra local,de construção das instalações e impostos – considerando possíveis isenções regionais, custos com energia) e todas as implicações logísticas.
Planejamento do processo de produção: Esta etapa do planejamento cuida da definição dos métodos ou técnicas de produção mais adequados para as operações de uma empresa. 
 Na sua essência, o processo de produção depende do volume e da variedade dos produtos ou serviços a serem produzidos.
Planejamento do arranjo físico – layout: Esta última etapa do planejamento estratégico do sistema de operações trata do planejamento do arranjo físico ou do layout. Definir arranjo físico ou layout envolve decisões sobre como organizar o espaço das instalações e considera de modo específico o posicionamento e a localização das máquinas e equipamentos, as estações de trabalho, as áreas de armazenagem de materiais e as áreas de atendimento aos clientes. Determina ainda a melhor localização para  banheiros, refeitórios, escritórios, salas de reunião, além de definir  os padrões de fluxo de materiais, de fluxo de informações e de fluxo de pessoas nas instalações. A importância desta atividade consiste no fato de permitir que trabalhadores e equipamentos operem de maneira eficiente e eficaz, reduzindo ao máximo o desperdício de materiais e tornando os arranjos físicos mais seguros, atraentes e acessíveis para funcionários e consumidores.”
Síntese da aula 
A área de operações administra o processo de transformação de insumos em produtos ou serviços, cuidando desde a aquisição da matéria prima até a entrega do produto final ao consumidor. O sistema de operações abrange o planejamento do produto, a capacidade de produção, a escolha da localização, os processos de produção e os layouts mais adequados ao processo de transformação.
Operações deve trabalhar em estreita ligação com marketing e vendas. 
Outras atividades de grande importância, desenvolvidas pela área de operações, são o planejamento e controle da produção, a administração de estoques e a administração da logística e da distribuição. 
Contabilidade Básica
Aula 7: contas de Resultado
OBS: “Leia no material didático que você recebeu o capítulo 9 do livro Contabilidade Fundamental, de Osni Moura Ribeiro.”
Essas contas são extremamente importantes para que as entidades possam verificar se estão tendo lucro ou prejuízo, e, assim, possam maximizar seus ganhos ou tentar reverter suas perdas.
Para verificar se houve lucro ou prejuízo, a empresa confronta as receitas com as despesas, e se as receitas forem maiores do que as despesas existem lucro, caso contrário, existe prejuízo.
A cada exercício social, a instituição deve apurar o resultado do seu exercício.
Receita
Já vimos na aula 3 que as receitas de uma entidade podem ser caracterizadas mais comumente por ingressos de elementos para a estrutura do Ativo das empresas, seja por dinheiro ou direitos a receber no curto ou no longo prazo. 
 
Estes ingressos estão ligados à prestação de serviços, venda de mercadorias ou de produtos fabricados. Lembrando que as receitas têm natureza credora.
De maneira adicional, as empresas podem obter receitas que decorrem de investimentos em outras empresas, caracterizados por dividendos ou juros sobre capital próprio.  
 
Lembre-se que a receita também pode ser gerada por um desconto (parcial ou total) recebido de um fornecedor ou qualquer outro credor da empresa, mas que isso é não tão comum quanto as duas situações explicadas anteriormente.  
 
 Nesta situação é importante ressaltar que não há ingresso imediato de recursos nem promessa de ingresso de recursos no futuro.  
 
Isso ocorre, muitas vezes, para fidelizar clientes novos ou antigos, gerando maior estreitamento de relações empresariais. 
 
Não importando qual seja a sua origem, uma receita sempre terá poder ou influência de aumentar o patrimônio da empresa, pois este é caracterizado por ganhos, sejam eles diretos ou indiretos, durante as atividades operacionais.
Como já estudamos, as receitas podem ser definidas como entradas de elementos para o Ativo, caracterizadas como dinheiro ou por direitos a receber. 
 
Essas entradas são advindas de vendas de mercadorias, produtos ou prestação de serviços. 
 
Pode-se dizer também que estas podem ser derivadas de juros a receber, depósitos bancários, títulos ou outros ganhosesporádicos. 
Agora veremos que a receita pode ser dividida quanto a sua Natureza, Características e Reconhecimento:
Natureza das Receitas
 Em relação à sua natureza, as receitas podem ser de:
Natureza Operacional: As operacionais são derivadas das vendas ou prestação de serviços. 
 
Observe que a receita operacional não poderia existir se a entidade não fosse capaz de gerar ou produzir, utilizando seus recursos (e, como se verá, incorrendo em despesas), produtos ou serviços que o mercado aceitasse. 
Assim, antes de tudo, receita é um fluxo de produtos ou serviços durante certo período contábil. Não esqueça!
Outra Natureza: Já os juros, por exemplo, são considerados receitas indiretas ou de outra natureza dentro da empresa, por não derivarem da atividade desta.
Características da Receita
Pode-se afirmar que as três principais características das receitas são:
• Para que a receita seja produzida, precisa haver, de forma direta ou indireta, uma despesa;
 
• O mercado é que dá a palavra final de seu valor;
 
• Está relacionada à produção de bens e serviços.
Reconhecimento da Receita
Um dos princípios inerentes ao conceito de receita é o relacionado a um aumento no Ativo e ao mesmo tempo um acréscimo de patrimônio líquido.  
 
Conforme o Regime de Competência, no que diz respeito ao reconhecimento das receitas, é preciso que o produto ou serviço já tenha sido totalmente transferido ao cliente, para que estas possam ser reconhecidas.
 
Dessa forma, a receita é a aceitação por parte do mercado do esforço de produção da empresa.
Para que uma receita seja reconhecida são necessários alguns fatores. Veja: 
 
• Seu valor pode ser medido com segurança;
• Deve existir a probabilidade dos benefícios futuros fluírem para a empresa;
• Os custos incorridos e futuros podem ser medidos de modo confiável.
Além disso, devem ser observados também os seguintes aspectos com relação a mercadorias e serviços:
• Os riscos relevantes e também os benefícios devem ser transferidos a quem os comprou;
• Não existe mais controle por parte do vendedor sobre as mercadorias ou serviços.
O momento exato de reconhecimento das receitas pode, contabilmente, ocorrer de três formas: 
A entrega do bem ou prestação do serviço: Geralmente representa o registro da receita. Quando a mercadoria está entregue, os custos e despesas são, em sua grande maioria, conhecidos.
Antes da entrega do bem ou prestação do serviço: Aqui ocorre, geralmente, com serviços. O valor da receita pode ser determinado por contrato ou acordo. 
Antes do faturamento, já existe a criação de um direito contra o cliente.
Depois da entrega do bem ou prestação do serviço: Quando é impossível medir o valor dos Ativos recebidos em troca da prestação de serviço ou venda de mercadoria. Pode ser que existam muitas despesas ainda não estimadas.
Despesas
 
As despesas são o sacríficio dos Ativos realizado em troca de obtenção de receitas. 
 
Outro entendimento das despesas é que estas geram benefícios econômicos durante determinado período e que tem em contrapartida a saída de recursos, a redução de Ativos ou ainda uma criação de Passivos, ocasionando simultaneamente um decréscimo no patrimônio.
 
Como vimos, as despesas podem ser consideradas o uso ou consumo de bens e serviços no processo de obtenção de receitas. 
 
Desta forma, pode-se destacar com relação a estas:
 
• A utilização ou consumo de bens e serviços no processo de produzir bens;
• Os gastos realizados no passado ou presente com realização futura;
• O fato gerador.
As despesas são caracterizadas pelo consumo de bens ou serviços que ajudam na geração de receitas.
Seguindo a lógica, espera-se que no conjunto as despesas possam ser inferiores às receitas para que o patrimônio da empresa possa ser elevado. 
Os custos das mercadorias vendidas ou dos serviços prestados são exemplos de despesas ligadas diretamente às receitas geradas.
Contudo, algumas despesas podem não possuir ligação direta com estas receitas, mas são imprescindíveis para que estas sejam geradas.
É o caso, por exemplo:
• da contratação de seguros para os veículos ou para a estrutura predial de uma empresa;
 • a contratação de mão de obra administrativa ou de vendas;
 • o pagamento de aluguel, condomínio ou de contas corriqueiras, como telefone, água; e 
 • as despesas ligadas às atividades de limpeza e manutenção.
O resultado econômico nada mais é do que a comparação do total de receitas com o total de despesas, sendo considerado um mesmo intervalo de tempo para as duas.
 
Este intervalo de tempo pode ser um mês, um trimestre, um ano etc.
Caso as receitas superem as despesas durante este período de tempo, o resultado do período será positivo, ou seja, pode-se dizer que foi gerado lucro no período, aumentando o seu patrimônio.
Entretanto, se o total de receitas incorridas não for suficiente para superar o total de despesas dentro de um mesmo período de tempo, temos um resultado negativo, chamado de prejuízo, que tem o poder de diminuir o patrimônio das entidades.
Algumas despesas não estão diretamente ligadas ao processo produtivo, como:
 
• Vendas;
• Administrativas;
• Financeiras;
• Impostos e taxas;
• Pesquisa e desenvolvimento.
 
Já algumas delas estão diretamente ligadas ao processo produtivo. Podem variar de acordo com o modelo de custeio, absorção, variável ou intermediários e são diretamente ligadas aos produtos.
 
Podem ser consideradas despesas diretamente relacionadas ao processo produtivo:
 
• Custos de matéria-prima e de mão de obra direta; 
• Desperdício natural de matéria-prima e custo da ociosidade da mão de obra; 
• Custos indiretos de fabricação.
Normalmente uma despesa é reconhecida quando bens ou serviços são consumidos para a obtenção de receitas. 
 
As despesas devem ser reconhecidas no exercício em que a receita correspondente é reconhecida (confrontação das despesas com as receitas).
As perdas
A definição de despesa inclui perdas e evita o subjetivismo da segregação. 
 
Geralmente são apresentadas em separado, pois facilita a compreensão e decisão dos usuários. 
 Veja as características básicas da perda:
 
• Não estão associadas às receitas;
• Não estão associadas a outros exercícios; 
• Decorrem de eventos imprevisíveis.
Observe também que o reconhecimento das perdas é semelhante ao das despesas, pois não podem ser vinculadas a receitas.
Elas devem ser registradas no exercício em que se torna evidente que um Ativo proporcionará à empresa menos do que se esperava na avaliação. 
 
As perdas podem ser exemplificadas por itens resultantes de desastres, inundações, fogo etc. Além da desincorporação de Ativos.
Depreciação
A depreciação é a perda do valor econômico dos bens do imobilizado (veículos, imóveis, móveis e utensílios, computadores). 
 
Esta perda ocorre devido ao desgaste pelo uso, obsolescência e ação da natureza.
A depreciação basicamente ocorre porque a empresa pode utilizar como despesa o valor gasto para comprar determinado bem, no caso de perda de valor devido ao desgaste que sofre com o tempo. 
 
O método mais comum utilizado é a depreciação linear, em que são aplicadas taxas anuais estabelecidas anteriormente pelo tempo estimado de vida útil do bem.
A depreciação também é um tipo de despesa ou custo (que possui o mesmo raciocínio da despesa), e sua contrapartida será uma conta retificadora do Ativo.
Regimes contábeis: de caixa e de competência
O processo de escrituração contábil deve seguir regras, ditames legais e, corroborando com este fato, existem diversas normatizações acerca dos regimes de escrituração.
 
A mais recente regulamentação é a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade n°1.282 , do ano de 2010, que, em seu artigo 9°,  estabelece o uso do Princípio da Competência nos registros de transações. 
Ela torna obrigatório o registro completo das operações independentemente do recebimento das receitas ou do pagamento das despesas.Não esqueça! ”As receitas e despesas deverão ser consideradas sempre no momento de seu fato gerador, ou seja, independentemente de recebidas ou pagas, elas devem compor o resultado.”
Planejamento e Carreira
Aula 6: Habilidades e Competências para o mercado de trabalho
Definição de currículo e Características principais.
Você provavelmente já ouviu a expressão curriculum vitæ, não é? De sua origem latina, pode ser traduzida por “percurso da vida”. Normalmente usa-se currículo, em português. É um documento que sintetiza qualificações, competências e objetivos, entre outros. Em alguns casos, pode ser substituído ou complementado por um portfólio (para profissões como web designer, por exemplo).
Quanto mais específico e detalhado, maior a oportunidade de se ter um retrato fiel do candidato em relação à vaga/função desejada. Por isso, o currículo deve ser verdadeiro e objetivo.
Deve conter no currículo:
Informações Pessoais (nome completo, Endereço de residência, contatos, Dados pessoais ( nacionalidade, estado civil, idade)). 
Objetivos: deve ser curto e direto, mostrando claramente qual cargo ou área você quer ocupar dentro da empresa. 
# objetivo profissional específico (ideal): apresenta o cargo/função desejado
# Objetivo profissional geral: quando está aberto processo para uma área da empresa
# objetivo profissional para o primeiro emprego
Síntese das qualificações: expor 2 aspectos relevantes experiência e competência
Trajetória profissional: (tempo de atuação e nome da empresa, nome do cargos ocupado e período de atuação no cargo, resultados alcançados no cargo)
Trajetória acadêmica: (nome do curso, da instituição de ensino e período)
Aprimoramento: nome do curso/certificação da instituição de ensino e período.
Salário: pretensão salarial (valor bruto) e disponibilidade.
Para entrar no mercado de trabalho é preciso de muito mais do que um currículo, é preciso saber se portar, se vestir, se apresentar, conhecer a empresa, enfim, é preciso ter postura profissional.
Competências
Competência pode ser definida como uma mobilização de recursos para desempenhar uma determinada tarefa ou função. Nessa mobilização são envolvidas habilidades, conhecimentos, valores e atitudes, entre outros, os quais serão necessários para cumprir satisfatoriamente uma determinada ação.
Desenvolvemos habilidades o tempo todo, mas elas isoladas não necessariamente  permitem desempenhar uma determinada tarefa de maneira satisfatória. Aprender a bater a bolinha na raquete não torna uma pessoa tenista, por exemplo.
Tipos de competências
Competência cognitiva é aquela relacionada à capacidade de aprender. Essa
capacidade implica: 1) criação de estratégias a partir da organização das informações disponíveis na situação; 2) reorganização de esquemas disponíveis em nosso estoque de conhecimentos (Ackerman, 1996; Ackerman & Heggestad, 1997; Ackerman, Kyllonen & Roberts, 1999).
Diferente da competência didático-pedagógica, trata-se da capacidade de reconfigurar a mente para adquirir novos conhecimentos com rapidez e eficiência, mesmo não havendo um programa formal de aprendizagem.
Exemplos: 
• Explorar um local que você não conhece envolve a capacidade de ler um mapa, localizar-se por meio de GPS, saber a quem pedir informações ou solicitar um guia e ouvir suas recomendações. Além disso, envolve saberes como o da topografia e da geografia local.
• Saber votar movimenta a capacidade de usar a urna eletrônica, selecionar os candidatos, reconhecer as realizações e referências das instituições políticas, conhecer o procedimento eleitoral do país etc. 
• Identificar sinais de uma pessoa doente envolve as competências de observar fisiologia, medir temperatura, administrar remédio, além de conhecimentos de primeiros socorros, riscos, identificação de patologias e sintomas etc.
Competência comunicativa é definida por Brown (1994, p.227) como sendo a capacidade que o indivíduo possui e que o possibilita emitir e interpretar mensagens e negociar seus significados, interpessoalmente em contextos específicos, Ou seja, a capacidade de comunicar-se com clareza, precisão, empatia. 
Exemplos:
• Saber distinguir a realidade social, relações com pessoas e tipos de linguagem que podem ser usados para cada ocasião particular, bem como jargões profissionais e sociais.
• Ser capaz de compreender a contextualização de sentenças escritas e também daquelas faladas.
• Conhecer a gramática e o vocabulário, além de regras como convidar de forma apropriada, saber pedir desculpas e agradecer.
Competência didático-pedagógica é aquela relacionada à educação e ao ensino. Piaget (1978, apud Fujimo e Vasconcelos 2011), teórico idealizador da teoria construtivista, entende o sujeito como um ser ativo na construção do seu conhecimento e, nesse sentido, um erro corrigido pelo próprio aprendiz pode ser mais relevante para a construção do conhecimento do que um acerto. Na prática, é a capacidade de aprender a aprender.
Exemplos:
“O aluno tem dificuldade de entender o que é, por exemplo, custo fixo, custo variável. Não vou generalizar, mas eles têm dificuldades de entender se algo é um custo, um gasto ou uma despesa, acho que a dificuldade está nessa essência. O custeio em si é fácil de entender depois que você conhece o conceito que está por trás.” 
Estes dados mostram que os saberes dos professores abrangem uma diversidade de objetos, de questões, de problemas que estão todos relacionados ao seu trabalho. 
Para Tardif (2002, p. 213), esta é uma das manifestações possíveis do “saber-fazer” e do “saber-ser” professor, “bastante diversificados, provenientes de fontes variadas e provavelmente também de natureza diferente”.
Competência intelectual é aquela relacionada à capacidade de raciocinar ou de aprender. Está, portanto, relacionada à aplicação de aptidões mentais (Dutra, 2011). No mundo profissional, por exemplo, é muito comum ingressar em uma empresa e ter de aprender a usar sistemas específicos daquela empresa.
Exemplos:
As empresas que conseguem manter competitividade e participação em alto grau possuem notória competência intelectual. Isso certamente ajuda a valorizar suas ações nas bolsas de valores. 
É comum que o valor de mercado dessas empresas esteja acima de seu patrimônio líquido, pois elas têm a capacidade de: 
• Transformar; 
• Inovar;
• Superar crises e expandir seus negócios, como é o caso de empresas gigantes de T.I.
Competência pragmática tem relação com a competência comunicativa. Segundo Schmidt (1993), o conhecimento pragmático e discursivo não é sempre usado de maneira automática, irrefletidamente; alguns atos conversacionais são planejados, outros não; há espontaneidade e também há planejamento. Ou seja, não se trata apenas de troca de mensagens e entendimento do conteúdo, mas a postura, a articulação do que o outro quer ouvir, o entendimento cultural do falante, a atitude etc. 
Exemplos:
A pragmática está associada essencialmente aos objetivos da comunicação.
Considere, por exemplo, o fato de não ser permitido fumar em todos ambientes. Como alertar isso ao seu interlocutor?
“Por favor, você pode parar de fumar?". Ou, uma alternativa, pode ser “Parece que este local está necessitando de um depurador de ar". 
Repare que, na segunda frase, a palavra fumar não é utilizada, mas a intenção do locutor ainda tem o mesmo significado, mas de forma indireta.
Competência relacional é a capacidade de conviver em grupo. Moscovici (1998, apud Silva, 2007) relata que pessoas que convivem e trabalham com outras pessoas apresentam reações: comunicam-se, simpatizam e sentem atrações, antipatizam e sentem aversões, aproximam-se, afastam-se, entram em conflito, competem, colaboram, desenvolvem afeto. Essas interferências ou reações, voluntárias ou involuntárias, intencionais ou não-intencionais,  constituem o processo de interação humana.
Exemplo:
O que fala muito é um chato, quem não fundamenta seus argumentos não expõe as ideias com clareza. 
A competência relacionalnada mais é do que o jogo de cintura ou a capacidade de se relacionar bem com as pessoas: saber ouvir e argumentar, e sempre olhando diretamente nos olhos do outro, sem desviar. Esse interlocutor precisa ser dotado do chamado “Quociente Emocional”. 
Muitas pessoas não contrabalançam esses fatores em suas vidas, sendo que a maior parte deles é indispensável para a empregabilidade.
Competência técnica é o domínio de determinados conhecimentos técnicos relacionados a uma área de conhecimento ou profissão. Alonso (2010) afirma que esta competência está relacionada ao QI, ou seja, a quantidade de conhecimento formal e acadêmico que o indivíduo conseguiu adquirir (domínio de idiomas, formação acadêmica, domínio de metodologias de trabalho etc.).
Exemplos: 
•Nível de escolaridade formal exigida para pleno desenvolvimento das atribuições do cargo;
•Treinamentos, cursos específicos, habilitações profissionais, especializações  etc., para obter melhores resultados no desempenho do cargo;
•Escolaridade e treinamentos realizados e aprimorados pela experiência profissional.
Observação:
“Lembre-se de que a COMPETÊNCIA RELACIONAL é a capacidade de interagir, estabelecer vínculos, união etc. Não confunde-se com a COMPETÊNCIA COMUNICACIONAL, essa relativa à habilidade de emitir e receber mensagens, bem como compreender seu conteúdo. O mesmo vale para a COMPETÊNCIA  INTELECTUAL, que é a habilidade de usar o raciocínio para solucionar um problema, por exemplo. Não confunde-se com COMPETÊNCIA COGNITIVA, relacionada à capacidade de aprender. Finalmente, temos a COMPETÊNCIA TÉCNICA, que se refere ao domínio de determinados conhecimentos específicos.”
Competência para empregabilidade: Você é Flexível?
Podemos definir flexibilidade como sendo a aptidão para variadas coisas ou aplicações, e até mesmo como sendo nossa disponibilidade de espírito, nossa compreensão, complacência para entender e, porque não dizer, aceitar e adaptar-se ao contexto.
Nas empresas, a flexibilidade diz respeito à postura que se espera do profissional, de se adaptar rapidamente às mudanças impostas (novas funções, novas estruturas organizacionais, mobilidade para aceitar desafios em outras regiões, novos padrões de concorrência e produtos etc.).
Lógica da Flexibilidade 
A crescente mudança no mundo dos negócios exige rápida adaptação das empresas (estratégia, tática, operação) o que demanda Profissionais Flexíveis .
Coerência
Coerência, dentre outros sentidos, é a busca do equilíbrio entre as crenças, estratégias e comportamento pessoais de um indivíduo frente às crenças de uma empresa/organização, de modo que a impressão que se tem sobre um profissional seja compatível com a impressão que se tem de uma empresa.
Coerência é o que se espera entre os colaboradores de uma empresa e ela própria. É a base para a existência da confiança na empresa,
Resiliência 
A resiliência pode ser definida como a habilidade que uma pessoa desenvolve para resistir, lidar e reagir de modo positivo em situações adversas. Trata-se de uma combinação de fatores que permitem enfrentar e superar problemas.
O resiliente busca aprender com as adversidades para poder adaptar-se à nova realidade. Não é tarefa fácil, pois precisa administrar suas emoções, controlar impulsos, manter o otimismo etc.
 
Um profissional demonstra resiliência quando é submetido a situações de alto grau de pressão e/ou adversas. Na prática, o resiliente é aquele que está sempre em evolução, daí sua importância para as empresas.
Os Profissionais não tinham prazo de Validade .....
A baixa volatilidade nas opções de emprego, bem como as oportunidades de trabalho, era diferente: o conhecimento adquirido durava mais. O problema é que a velocidade das mudanças, a famosa globalização e o desenvolvimento tecnológico transformam incessantemente o ambiente de trabalho.
Estudo e formação não são apenas uma etapa da vida, mas uma constante ao longo de toda a carreira.
Assim, a atualização profissional deixou de ser uma opção para ser também uma condição e uma necessidade dentro do exercício da profissão, seja para aperfeiçoamento do currículo, seja por exigência natural do mercado.
Foco em Resultados 
Chiavenato (1999) relata que o que leva uma organização rumo à excelência e ao sucesso não são apenas produtos, serviços, competências e recursos. É o modo como ela arranja isso e como é administrada.
A administração é, portanto, o veículo pelo qual as organizações são alinhadas e conduzidas para alcançar excelência em suas ações e operações para chegar ao êxito no alcance de resultados.
Comprometimento: Só é possível crescer com ele.
Planejamento e carreira 
Aula 7: Terceiro setor
O Terceiro Setor pode ser um promissor mercado de trabalho, além de ser bonito e gratificante para quem nele está. Nesta aula, você conhecerá um pouco deste mercado e projetos que fazem bem a todos!
Terceiro setor e responsabilidade social empresarial
Terceiro setor é um tipo de atividade que se diferencia do Estado (primeiro setor) e da iniciativa privada com fins de lucro (segundo setor), pois é, ao mesmo  tempo, de origem privada, mas sem fins de lucro.
no Brasil é relativamente novo, começou a aparecer com mais frequência na década de 1960. Aqui correspondem a associações, fundações e organizações religiosas. As ONGs (Organizações Não Governamentais) estão mais identificadas com as associações e fundações com caráter de desenvolvimento social, comunitário, defesa de direitos ou de princípios e afins. Nos últimos anos, tem ganhado força em virtude do apoio das empresas, cada vez mais responsáveis socialmente.
A Responsabilidade social empresarial (RSE) refere-se a responsabilidade geral das empresas por uma gestão sustentável em termos econômicos, ecológicos e sociais. A Comissão Europeia define assim a RSE: “é um conceito fundamental criado para ajudar as empresas a integrar voluntariamente preocupações sociais e ecológicas nas suas atividades de negócio e relações com stakeholders” (públicos de interesse de uma empresa, como clientes, fornecedores, colaboradores, governo etc.).
Vale mencionar algumas vantagens relacionadas a atuar no terceiro setor: a) essas entidades atuam em uma ampla gama de atendimento e serviços, demandando profissionais de carreiras variadas; b) os salários costumam ser mais altos que a média do mercado; c) o trabalho voluntário é uma boa forma de contribuição social e, ao mesmo tempo, turbina o currículo de um profissional.
A título de estudo de caso, vale mencionar o Instituto Ethos, cuja missão é mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade sustentável e justa. Hoje conta com a parceria de mais de 1.200 companhias de diferentes setores e portes em projetos diversos, cujos temas versam sobre esporte, direitos humanos, cidadania, meio ambiente, biodiversidade e erradicação do trabalho escravo, entre outros.
Já ouviu falar em Empreendedorismo Social?
Empreendedorismo social é um termo que indica um negócio lucrativo que ao mesmo tempo traz desenvolvimento para a sociedade. 
As empresas sociais, diferentes das ONGs ou de empresas comuns, utilizam mecanismos de mercado para, por meio da sua atividade principal, buscar soluções para problemas sociais.
Os negócios sociais integram a lógica dos diferentes setores econômicos e oferecem produtos e serviços de qualidade à população excluída do mercado tradicional, ajudando a combater a pobreza e diminuir a desigualdade. 
Inclusão social, geração de renda e qualidade de vida são os objetivos principais dos negócios sociais.
A utilização de presidiários em setores como a construção civil é um bom exemplo de Empreendedorismo Social.
Você sabia que as ONG´s são empreendedoras do Terceiro Setor?
Muitos projetos do terceiro setor, como as ONGs, criam produtos tangíveis: camisetas, bonés, mochilas etc. Porém, o preço desses produtos é difícil deser definido. 
Segundo Manzione (2006), os preços são definidos pelos custos e conforme o orçamento, sendo assim o elemento mais fácil de ser mudado pela empresa. 
No terceiro setor esta concepção é considerada custo previsto em forma de orçamento, que tem como base as despesas para atingir objetivos estabelecidos.
O lucro deste tipo de setor está muitas vezes mais relacionado à necessidade e ao valor percebido pelo consumidor do que à promoção da marca.
A ONG Quatro Patinhas é um bom exemplo de projeto do terceiro setor, que atua na proteção dos animais abandonados, abrigando-os e promovendo as adoções.
A associação investe também na educação da população, divulgando a legislação de direito dos animais e o conceito de guarda responsável.
Produtos vendidos através da Lojinha virtual          ajudam a manter os animais resgatados de situações de maus tratos e abandono que ainda aguardam um lar.
O Empreendedorismo pode ser trabalhado ainda na infância...
As crianças do projeto Recicleta, por exemplo, aprendem noções de empreendedorismo na reutilização de peças de bicicletas inutilizáveis. 
Elas fazem varreduras em lojas especializadas e em residências que contatam o projeto indicando possuir uma bicicleta fora de uso ou com defeitos, captam os produtos oferecidos e os transformam em novas bicicletas que serão doadas às comunidades carentes. 
Essa ação, além de ajudar na preservação do meio ambiente, ajuda no desenvolvimento de crianças, através de noções de empreendedorismo.
Introdução a Administração 
Aula 8: Administração de Marketing
Mesmo sendo objeto de estudo recente no campo da administração (pouco mais de 50 anos), o marketing é relevante hoje para o sucesso de todas as organizações. Seu paradigma atual – orientação para o cliente – faz com que as empresas passem a adotar uma nova filosofia de gestão, mobilizando todos os esforços para este objetivo: atender às necessidades e desejos de seus consumidores. A área de marketing está presente desde as primeiras formulações de lançamento de um bem ou serviço até a sua entrega ao cliente final. É importante conhecer os principais aspectos desta atividade empresarial.
A área de marketing é amplamente reconhecida para o sucesso das organizações. É uma atividade que alcança todas as áreas das empresas, independentemente do seu tipo, da sua dimensão. Para definir e executar a estratégia organizacional, é preciso haver competências e conhecimentos de marketing.
A maioria das pessoas confunde marketing com propaganda ou publicidade.  Na verdade, propaganda e publicidade são apenas algumas dentre as muitas atividades do marketing.
A definição proposta pela American Marketing Association é “marketing é o processo de planejar e executar o desenvolvimento, o preço, a promoção e a distribuição de ideias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam o objetivo de indivíduos e organizações”.
A correta gestão da área de marketing possui três grandes eixos de ação:
O foco na satisfação do cliente.
A integração de todas as atividades da organização visando a satisfação do cliente.
A realização dos objetivos organizacionais.
Você Sabia?! “A atividade de marketing está presente desde o momento da concepção dos produtos e serviços até o ato final, quando da sua entrega ao consumidor. Suas atividades começam identificando as necessidades que os consumidores têm do serviço ou produto a ser lançado.”
Novo paradigma: marketing orientado para o cliente
As empresas contemporâneas passaram a adotar uma postura gerencial que coloca o cliente no centro de todas as suas atividades. Hoje, esse posicionamento é considerado vital para a sobrevivência de qualquer negócio que deseja permanecer em mercados competitivos.
A empresa cuja estratégia de marketing está orientada para o cliente tem como principal objetivo identificar e satisfazer as necessidades de seus consumidores, atentando-se ainda para as mudanças dessas necessidades. A partir do momento em que o cliente é colocado como o centro das atenções, todas as ações empresariais devem convergir para esse ponto.
Processo de Administração de Marketing
O ponto de partida do processo de administração de marketing é a análise ambiental. Precisam ser considerados nesta análise:
Consumidores – é preciso identificar suas necessidades, conhecer seus hábitos, atitudes e comportamentos de compra.
Organização – a análise do ambiente é necessária para levantar as competências e os recursos internos da empresa para identificar seus pontos fortes e fracos e medir sua capacidade de satisfazer as necessidades de seus clientes.
Concorrentes – os mercados são caracterizados por um forte movimento de competição. Para criar seu diferencial competitivo e se antecipar às ações dos demais competidores, a organização precisa conhecer os objetivos e estratégias da concorrência.
Contexto - é necessário analisar e monitorar a situação econômica, política, cultural, social, legal e tecnológica, para perceber nela os elementos que podem limitar ou potencializar as ações na área do marketing. Isto significa detectar oportunidades ou ameaças que se apresentem no ambiente externo.
O projeto desta análise é selecionar o mercado-alvo que a organização pretende atingir e o posicionamento que seus produtos deverão ocupar juntos aos consumidores-alvo. Entretanto, para isto, é preciso antes segmentar o mercado, ou seja diferenciar os consumidores e distingui-los em grupos de acordo com suas necessidades.
Novo paradigma: marketing orientado para o cliente
Segmentado o mercado, procede-se à elaboração de um plano de atividades de marketing para atingir o posicionamento desejado. Esse plano deve conter decisões sobre o mix de marketing que significa decidir sobre os seguintes aspectos:
Produto – especificação das características do produto, seus benefícios, marca, rótulo, qualidade, design, serviços e garantias acoplados, além de formas e cuidados no uso do produto, além de outras.
Canais de Distribuição – definir um sistema de escoamento por meio do qual a empresa colocará o produto nas mãos de seus consumidores.
Comunicação – diz respeito às decisões que tornem o produto conhecido, que exaltem as suas funcionalidades e que estimulem a sua aquisição.
Preço - envolve a definição do preço de venda, condições de pagamento e financiamento, e descontos não promocionais.
1 - Pesquisa de Marketing
Para identificar e satisfazer as necessidades do cliente, são necessárias informações que embasem as atividades do marketing: precisamos conhecer muito bem o cliente, a concorrência e outras forças que agem sobre o mercado.
Essas informações são obtidas por meio de algumas fontes, consideradas secundárias, tais como jornais, livros e revistas especializadas; conversas informais com distribuidores, fornecedores e clientes; centrais de Atendimento ao Cliente; compra de informação de empresas especializadas no mercado em que a organização opera. Entretanto, a sustentação das informações do marketing é o Sistema de Informações de Marketing, um processo que inclui:
Análise dos Registros Internos, existentes em relatórios, balanços, publicações diversas, (também considerados dados secundários).
Pesquisa de Mercado, responsável pela coleta, análise e distribuição dos dados primários;
Análise da Situação, que permite a contextualização das informações coletadas no processo de análise das oportunidades ou problemas de marketing;
Inteligência de Marketing, que dirige o foco das decisões para os interesses do marketing.
Já que o novo paradigma do marketing baseia-se no atendimento e na satisfação das necessidades dos clientes, constituem-se trabalhos centrais de uma organização compreender, prever e influenciar o comportamento desses consumidores. É importante conhecer as razões que orientam as opções de compra de seus clientes para antecipar-se e, até mesmo, induzir este comportamento, além de satisfazê-lo de modomais eficiente e eficaz.
2. Comportamento do consumidor
Não é fácil compreender o comportamento do consumidor, uma vez que envolve aspectos físicos, cognitivos e emocionais dirigidos para a aquisição e consumo dos produtos ou serviços escolhidos por eles. Muitos são os fatores que influem a decisão de compra do consumidor, podendo ser de ordem cultural, social e psicológica.
A cultura é um dos principais fatores que influenciam o comportamento de compra, já que cada cultura possui valores, crenças, costumes e preferências que induzirão o comportamento de consumo. Além disso, dentro de uma mesma cultura, encontramos subculturas, ou subgrupos de consumidores, influenciados por aspectos regionais, raciais, éticos, religiosos e outros.
A classe social do consumidor também influenciará a sua decisão de compra. Ou seja, quando alguém adquire um bem ou serviço, leva em conta o meio em que vive e as pessoas com as quais se relaciona. Ainda dentro dos aspectos sociais, outro elemento importante na decisão de compra são os grupos de referência do consumidor: esses grupos são constituídos pela sua família, pelos amigos, colegas de trabalho, vizinhos e outros.
Existe ainda um outro fator social que influencia o comportamento de consumo: o status social, pois adquirindo determinado produto ou serviço, as pessoas, de uma certa forma, estão explicitando seus status e o seu papel social. Dentre os fatores psicológicos que determinam as decisões de compra, encontram-se a personalidade, as motivações e as atitudes.
Um mesmo comprador pode desempenhar um ou múltiplos papéis no processo de decisão de compra de um produto ou serviço. Os papéis de compra podem ser classificados conforme abaixo:
O iniciador – Apresenta a ideia ou sugere a compra;
O influenciador – Sua opinião tem forte influencia sobre o processo de compra;
O decisor – Aquele que dará a palavra final sobre o que, quando, onde e quanto comprar;
O comprador – É a pessoa que efetiva a compra;
O usuário – É o que consome o produto ou serviço.
3. Segmentação e Posicionamento de Marketing
As empresas que operam em grandes mercados com muitos compradores espalhados geograficamente e diferentes quanto às suas necessidades e hábitos de compra, não podem oferecer seus produtos e serviços de uma forma igual a todos os tipos de clientes. Em vez de praticar o atendimento em massa, buscam identificar fatias do mercado mais atraentes para seu produto ou serviço a fim de atender a estes nichos de mercado de forma diferenciada. Para isso é necessário analisar o contexto, os consumidores, a concorrência e a capacidade da própria organização para fazer uma oferta melhor que a de seus competidores e assim criar junto a seus clientes um diferencial.
Este trabalho deve ser executado em três etapas:
Segmentar o mercado, identificando os diferentes grupos de consumidores;
Selecionar seu mercado-alvo, ou seja, o segmento de maior interesse para a organização.
Posicionar as ofertas da empresa nos segmentos escolhidos.

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