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FÍSICO – QUÍMICA Prof. João Rogério Miraldo • Lembrando que a concentração em quantidade de matéria por volume e relacionando com a lei dos gases ideais, temos: • Esta expressão traduz o princípio de Avogadro: gases, independentemente de suas naturezas, em determinadas condições de P e T, encerram a mesma concentração de moléculas; • A densidade de uma substância é sua massa dividida pelo seu volume, a massa é o produto da quantidade de matéria pela massa molar M (m = n x M) e relacionando com a expressão anterior, temos: Densidade dos gases C = n V = PV RT V = P RT d = 𝑃𝑉 𝑅𝑇 M V = MP RT Em temperaturas determinadas, maior massa molar, maior densidade. Em T constante, a densidade aumenta por ΔP > 0, seja por aumento de material ou por compressão (ΔV < 0). ΔT > 0 (P constante), provoca expansão e redução da densidade. A densidade gasosa, por ser pequena, é expressa em g L–1. • A atmosfera tem composição, temperatura e densidade dos gases variável, que tem uma das razões a radiação solar, induzindo reações químicas em diversas altitudes. • A densidade também varia com a altitude, num avião a 10 km de altitude, a densidade da atmosfera externa é ¼ da atmosfera ao nível do mar. • A tabela seguinte mostra a composição média do ar seco (sem umidade) • A massa molar média do ar é de 28,97 g mol–1, levando-se em consideração as diferentes abundâncias. O percentual de vapor d’água varia com a umidade. Densidade dos gases - atmosfera • O composto orgânico volátil geraniol, um componente do óleo de rosas, é usado em perfumaria. A densidade do vapor em 260 °C e 103 Torr é 0,480 g L–1. Qual é a massa molar desse óleo essencial? • R: 155 g mol–1. • Exercício: o óleo obtido de folhas de eucalipto contém o composto orgânico volátil eucaliptol. Em 190 °C e 60,0 Torr, uma amostra de eucaliptol tem densidade de 0,320 g L–1. Calcule a massa molar do eucaliptol. • R: 154 g mol–1. Densidade dos gases - exemplo • A combinação da lei dos gases ideais com as razões molares nos permite calcular o volume de gás envolvido numa reação. • A combinação estequiométrica de quantidade de matéria (mol), conversão para volume e também massa de gases envolvidos. • Também podemos utilizar a porcentagem em volume e associá-la diretamente à quantidade de matéria. • Exemplo: o CO2(g) gerado num espaçonave ou num submarino e o O2(g), recuperado. O superóxido de potássio pode ser usado para esse fim, segundo a reação, a 25 °C e 1 atm: 4KO2(s) + 2CO2(g) → 2K2CO3(g) + 3O2(g). Determine a massa de KO2 que deverá reagir com 50 L de CO2(g). Admita VM = 24,47 L mol –1. • R: 290 g. Estequiometria de reações em fase gasosa • Exercício: calcule o volume de dióxido de carbono, em 25 °C e 1 atm, que as plantas utilizam para produzir 1,00 g de glicose. Assuma VM = 24,47 L mol –1. • R: 0,81 L. Estequiometria de reações em fase gasosa • Interesse em misturas gasosas: estudo da atmosfera; síntese da amônia, medicina, etc. • Cabe entender a contribuição de cada componente para a pressão total; • John Dalton, início do século XIX, observou: a pressão exercida por uma mistura de gases perfeitos é o somatório da pressão de cada gás caso ocupasse o recipiente sozinho. • Válida para gases perfeitos ou reais à baixas pressões; • Pressão parcial, pJ de um gás, J, é: • Na qual, 𝜒J é a fração em quantidade de matéria do gás, dada por • Com n = nA + nB + nC + .. • Quando só J está presente, 𝜒J = 1 e quando não há J, 𝜒J = 0. Pressões parciais Cada caso representa 84 quadrados e a fração em mol de cada gás na amostra. Fração em quantidade de matéria Pressões parciais Uma gás A está num recipiente e exerce pressão de 5 kPa quando sozinho; Um gás B, ocupando outro recipiente sozinho, exerce pressão de 20 kPa; De acordo com a lei de Dalton, a soma das pressões parciais dos gases ocupando o mesmo recipiente é a pressão total, 25 kPa; Uso da lei de Dalton: pressão total de ar úmido nos pulmões: 𝑃 = 𝑃𝑎𝑟 𝑠𝑒𝑐𝑜 + 𝑃𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 𝑑′á𝑔𝑢𝑎 Pressões parciais e fração em mol - exemplo Uma amostra de 100 g de ar seco é composta de 75,5 g de nitrogênio, 23,2 g de oxigênio e 1,3 g de argônio. Determine as frações em mol de cada componente da mistura. R: 0,780 (N2), 0,210 (O2) e 0,009 (Ar). A pressão parcial do oxigênio, O2, na atmosfera desempenha papel fundamental na aeração da água e na absorção de sangue pelos pulmões. Calcule a pressão parcial de uma amostra de gás consistindo em 2,50 g de oxigênio e 6,43 g de dióxido de carbono, com uma pressão total de 88 kPa. R: 31 kPa, 57 kPa. Para uma mistura de gases perfeitos, temos para um gás J: Como, pV = nRT, temos: Na qual, 𝑛𝐽𝑅𝑇 𝑉 é a pressão que a quantidade de matéria nJ exerceria se J ocupasse o recipiente sozinho. Pressões parciais – gases perfeitos Émile Amagat (1845-1915) desenvolveu um estudo sobre o comportamento dos gases em umamistura gasosa. Tal estudo enfatizou o espaço (volume) que os gases ocupavam quando estavam misturados, sob pressão e temperatura constantes. Enunciando a Lei de Amagat: o volume que um gás ocupa em umamistura gasosa é exatamente igual ao volume que esse gás ocuparia se estivesse sozinho dentro de um recipiente, sob as mesmas condições de temperatura e pressão. Volume parcial é o volume ocupado por determinado gás na mistura, que depende exclusivamente da fração em quantidade de matéria do gás e do volume da mistura. Para gases perfeitos: Volume parcial – lei de Amagat Difusão • Difusão: é a dispersão gradual de uma substância em outra, como um gás em outro; • O aroma de um perfume se espalha no ambiente porque a essência se difunde pelas moléculas da atmosfera; • Mantém a composição atmosfera: um aumento de concentração de uma gás causa sua difusão; • A difusão é mais lenta na estratosfera, razão que pode levar ao acúmulo de gases potencialmente perigosos, como o CFC – clorofluorcarbonetos, por conta da maior temperatura dessa zona da atmosfera; Efusão • Efusão: é a fuga de um gás para o vácuo através de um pequeno orifício; • Acontece sempre que um gás está confinado e separado do vácuo por uma barreira porosa; • Como no lado de maior pressão há mais colisões, as moléculas atravessam o pequeno orifício; • Mais moléculas passam da região de alta pressão para a de baixa pressão que o contrário. • Thomas Graham, século XIX, determinou: em temperatura constante, a velocidade de efusão de um gás é inversamente proporcional à raiz quadrada de sua massa molar. • Essa é conhecida como lei de efusão de Graham. Para dois gases, tem-se: • Do modelo cinético, infere-se: A velocidade de efusão aumenta quando a temperatura é elevada, proporcionalmente á raiz quadrada da temperatura, assim como a velocidade média das moléculas: Efusão – lei de Graham 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑒𝑓𝑢𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝐴 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑒𝑓𝑢𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝐵 = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑒 𝐵 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑒 𝐴 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝑚𝑜𝑙é𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠 𝐴 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝑚𝑜𝑙é𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠 𝐵 = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑒 𝐵 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑒 𝐴 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑒𝑓𝑢𝑠ã𝑜 𝑇2 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑒𝑓𝑢𝑠ã𝑜 𝑇1 = 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝑚𝑜𝑙é𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠𝑎𝑑𝑒 𝑇2 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝑚𝑜𝑙é𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠𝑎𝑑𝑒 𝑇1 = 𝑇2 𝑇1 𝑣 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑚𝑜𝑙é𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠 𝑔á𝑠 ∝ 𝑇 𝑀 1 2 A efusão de uma amostra de 25 mL de um CFC (clorofluorocarboneto) levou 65 s por uma parede porosa. O mesmo volume de argônio, M(Ar) = 40 g mol–1) levou 38 s. Qual é a massa molar do CFC? Considere que a velocidade de efusão é inversamente proporcional ao empo gasto. 𝒕𝒆𝒎𝒑𝒐𝒆𝒇𝒖𝒔ã𝒐 𝑩 𝒕𝒆𝒎𝒑𝒐 𝒆𝒇𝒖𝒔ã𝒐 𝑨 𝟐 = 𝒎𝒂𝒔𝒔𝒂𝒎𝒐𝒍𝒂𝒓 𝒅𝒆 𝑩 𝒎𝒂𝒔𝒔𝒂𝒎𝒐𝒍𝒂𝒓 𝒅𝒆 𝑨 R: 1,2 x 10² g mol–1. Exercício: Certa quantidade de átomos de hélio leva 10 s para efudir por uma barreira porosa. Quanto tempo a mesma quantidade de moléculas de metano, CH4, levaria para efundir pela mesma barreira nas mesmas condições? R: 20 s. 𝒕𝒆𝒎𝒑𝒐 𝒆𝒇𝒖𝒔ã𝒐 𝑩 𝒕𝒆𝒎𝒑𝒐 𝒆𝒇𝒖𝒔ã𝒐 𝑨 = 𝑽𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒎é𝒅𝒊𝒂 𝒅𝒂𝒔𝒎𝒐𝒍é𝒄𝒖𝒍𝒂𝒔 𝑨 𝑽𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒎é𝒅𝒊𝒂 𝒅𝒂𝒔𝒎𝒐𝒍é𝒄𝒖𝒍𝒂𝒔 𝑩 = 𝒎𝒂𝒔𝒔𝒂𝒎𝒐𝒍𝒂𝒓 𝒅𝒆 𝑩 𝒎𝒂𝒔𝒔𝒂𝒎𝒐𝒍𝒂𝒓 𝒅𝒆 𝑨 Efusão – exemplo Difusão Difusão Modelo Cinético dos Gases Moléculas em movimento aleatório e incessante; O diâmetro da molécula é desprezível, uma vez que seu diâmetro é muito menor que o diâmetro percorrido entre duas colisões sucessivas; A interação entre as moléculas inexiste, a menos que colidam; Admite-se Epotencial = 0, uma vez que a energia de sua posição independe da distância entre as moléculas. A energia total de uma amostra é o somatório das energias cinéticas, portanto, quanto maior energia cinética, maior energia total do gás.
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