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Resenha do IV Capitulo de O Mal-estar na Civilização

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ 
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO - CCSE 
CURSO DE LICENCIATURA EM FILOSOFIA 
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ - XI 
DISCIPLINA: FILOSOFIA DA CULTURA 
PROFESSORA M.S.C: LÍVIA NORONHA 
DISCENTE: SERVULO AUGUSTO RAMOS DOS PASSOS 
 
 
 
 
 
 
RESENHA: CAPITULO V, DO TEXTO – O MAL-ESTAR DA 
CIVILIZAÇAO DE SIGMUND FREUD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Miguel do Guamá 
2015 
 
O amor, em suas preferentes dimensões tem em si significados diferenciados. 
Para isso, em grau estimulador a indagação, estão centrados o amor e o respeito entre 
os indivíduos, pois estes métodos, tratam de características pertinentes no que 
concerne a solidez das relações civilizadas. Então esta ferramenta que é “disposta” ao 
homem para que este possa promover um “melhor” contato com seu semelhante 
estimula uma questão sobre como os indivíduos viveriam sem a inserção desta no 
âmbito de suas ações, conquistas e instituições de felicidade? 
Sim pois, o homem demonstra em sua transição neste mundo que as maneiras 
com as quais lida com seu próximo o inclina para bonanças ou infelicidades, pois, a 
princípio o homem ainda em fase inicial de sua vida não agrega desprezo aos seus 
iguais por questões diversas. 
E ainda que tais elementos de convívio comunitário carreguem disposições acerca 
da vida civilizada em contraste com a vida instintual bem como as suas noções éticas 
ou morais, que cabem a realização destes indivíduos, então é, verossímil que este “Ser 
não nasce odiando, mas em determinado ponto de sua construção de caráter o faz” de 
forma assídua e inerente aos ordenamentos que lhes são impostos. 
Por meio disto, compreende-se que ações direcionadas as questões como a 
sexualidade e o uso desta na vida e nas relações de convívio são de suma importância. 
Porque o homem é um ser que tem uma necessidade de contatar o outro, de ser visto 
e desejado. Porém, à carga amável que tal indivíduo tem a seu dispor para distribuir, 
mostra-se restrita a partir de certo ponto. Porquê, o homem ama, mas o faz com quem 
tem sua afinidade e não com alguém que está distante de tal qualidade e que lhe é 
alheio, por certo que sua familiaridade com outrem o concretiza como Ser que se utiliza 
de mais cautela para expor-se. Porquanto, amar o outro é algo como uma faca de dois 
gumes, pois ao mesmo tempo em que se conquista satisfação por meio de ações bem 
feitoras e prazerosas decai sobre o indivíduo que o faz uma vulnerabilidade 
consequente por não conhecer essencialmente o seu “igual”. 
Mas, na realidade dos fatos acerca das ações humanas relacionadas a vida 
civilizada. Homem é um ser que tem uma necessidade peculiar que é, a de satisfação 
em consequência das atitudes impactantes que este toma para com seus iguais. Ou 
seja, a proclamação de um amor universalizado é desabilitada quando o caráter 
audacioso e maldoso do indivíduo está em ação plena, causando desordem, dor e 
sofrimento em escala particular ou social. Então porque, este homem não o faz sempre? 
Esta por certo é uma questão pertinente, e sua resolução indica uma retração por 
parte deste indivíduo, já que em seu entendimento e a partir de preceitos que são 
obtidos em razão de um modelo que é constituído de noções de proteção, como é o 
caso da compaixão, “ação generosa” e até a vergonha que influenciam na ação moral 
deste o impedindo de fazer aquilo que se destaca como seu objetivo real. Ou seja, 
existem indivíduos que entendem a necessidade de uma boa relação com o próximo, 
mas não compreendem ou fingem não compreender sua importância. E assim, em meio 
a um mandamento universal os homens enfrentam-se e destroem-se de forma bruta e 
horrenda causam caos em consequência de suas ações, pois muitas vezes estas 
ocorrem apenas em prol dos reconhecimentos e recompensas que podem ser obtidas, 
mas que não agregam em seu conteúdo virtude alguma. 
E isto claramente não é respeito nem tão pouco algo que se aproxime do “amar o 
próximo como a ti mesmo”, mas sim exprime certo narcisismo por buscar um reflexo de 
si para então consolidar esse sentimento, posto que os que divergem das características 
deste indivíduo não receberão tal privilegio. Então, é certo que seu embasamento foge 
a pratica cotidiana e como aponta Freud neste texto se fosse algo como “ama teu 
próximo como ele te ama” seria algo menos inquisitório. 
Em suma, a civilização em sua utilidade proclama um “estatus-quo”, que é 
promovido sistematicamente e que controla as ações humanas para que estas não se 
desviem da direção de genuinidade dos sentimentos constituídos através do contato 
entre os indivíduos. Então, para que as práticas relacionadas a sexualidade, o afeto e a 
moralidade sejam instituídos e vistos como benéficas, estas necessitam de qualificação. 
Ou seja, as repressões a mecanismos como a procedência instintual, são 
exemplos de ferramentas utilizadas para “melhorar” as relações humanas. Na 
sociedade contemporânea por exemplo as atitudes de vulgaridade que permeiam as 
ações dos indivíduos civilizados são hostilizadas e apontadas como improprias e que 
estão contra a moralidade. E é por isso que a civilidade adorna o homem e o preserva 
contra si mesmo, pois este naturalmente tem a habilidade de causar impactos benéficos 
e uteis, bem como prejudiciais e danosos, em contexto social e em escala ética e moral. 
 
 
 
 
 
 
 
Referencial Bibliográfico: 
SIGMUND, Freud. Obras Completas Volume 18. O Mal-Estar Na Civilização, Novas 
Conferências Introdutórias À Psicanálise E Outros Textos (1930-1936). Tradução Paulo 
César De Souza. Companhia das Letras.

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