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Resumo - Direitos Fundamentais em Espécie

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DIREITO CONSTITUCIONAL II – PROF. HALISSON RÊGO 
REVISÃO PARA A PROVA 2ª UNIDADE/4º SEMESTRE 
 
DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE 
 
DIREITO À VIDA 
É um direito de existência digna, em todos os sentidos. Qualquer coisa que interfira neste direito que não seja 
natural, está atentando contra a vida do sujeito. O direito à vida não é absoluto (prevê-se Pena de Morte em casos 
de Guerra Declarada). 
 
O STF não adota a Teoria Concepcionista e Natalista. Para eles, o início da atividade cerebral (aproximadamente no 
2º mês de gestação) é o nascimento com a vida. 
 
→ Células-tronco (permitido); fetos anencéfalos (permitido); eutanásia (não é permitido); Lei do Abate 
(permitido após as 9 tentativas); 
 
DIREITO À INTEGRIDADE FÍSICA E MORAL DO INDIVÍDUO 
III – ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante. 
XLVII – não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) 
de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis. 
XLIX – é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral. 
 
 • Integridade física (lesões) 
 • Integridade moral (proibição de dor interna e sofrimento) 
 • Direito ao corpo (proibição, em regra, de intervenção forçada) Obs: exceto para exame de DNA. 
 
 → Lei da Palmada (permitido) 
 
DIREITO À LIBERDADE 
 
a) Direito à liberdade de locomoção 
Art. 5º, inc. XV: é livre a liberdade de locomoção no território nacional em tempo de 
paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair 
com seus bens. 
 
É o direito de ir, vir e ficar, com exceção em tempos de guerra, sendo a principal punição de restrição 
desse direito, a sanção prisional. 
 
Liberdade de locomoção x Imunidade fiscal 
 
Uma coisa não desmerece a outra. O fato de você poder entrar e sair com os bens 
comprados no exterior, não isenta você das taxas de importação/exportação. 
 
b) Direito a liberdade de crença e de religião 
Art. 5º, inc. VI: - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado 
o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais 
de culto e a suas liturgias. 
 
VIII – “ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção 
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos 
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.” 
Liberdade de crença é o direito relacionado ao livre arbítrio, em relação a você seguir ou não uma 
religião ou simplesmente não ser adepto a nenhuma. 
 
Liberdade de crença x Isonomia 
 
Nos casos em que houver esse tipo de choque, a cargo do STF, este ficará responsável 
pela decisão. Obs: na maior parte das vezes, no Brasil, a isonomia prevalece. Nenhum 
de nós poderá se ausentar de obrigações legais por justificativa de crença religiosa. 
(Ex: prova do ENEM no sábado para alunos adventistas e testemunhas de Jeová) 
 
Liberdade de crença no ambiente de trabalho: está previsto desde que justifique essa descriminação. 
 
Conceito de religião: é um sistema de crenças de um ser divino, em que se professa uma vida após a 
morte, que possui um texto sagrado, que envolve uma organização e que apresenta rituais de oração 
e adoração. (MENDES, Gilmar. Curso de Direito Constitucional) 
 
Laicidade do Estado: este princípio é adotado no Brasil e em todas as constituições republicanas. 
Entretanto, em casos que estiver exposto crucifixo em local público, justifica-se pelo fato de termos 
influências católicas na nossa historicidade. 
 • Estado ateu: não acredita em uma religião. 
 • Estado confessional: adere a uma religião. 
 • Estado laico: não oficializa uma religião. 
 
ADI 4439 – Ensino religioso confessional (Obs: provavelmente o STF irá adotar a opção 2) 
1) O Estado não deve oferecer ensino religioso nas escolas públicas; 
2) O Estado pode oferecer ensino religioso nas escolas públicas, desde que de natureza não-
confessional; 
3) O Estado pode (e deve) oferecer ensino religioso confessional nas escolas públicas. 
 
c) Direito a liberdade de profissão 
Art. 5º, inc. XIII: É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas 
as qualificações profissionais que a lei estabelecer.” 
 
Este dispositivo é uma norma de eficácia contida, porque se a lei não estabelecer quaisquer 
requisitos, você poderá exercer, entretanto, caso venha a estabelecer, você deve estar de acordo, 
devendo preencher essas exigência. É uma norma de eficácia plena que pode ser restringida. 
 
Para o STF, não é necessário ter diploma em jornalismo para ser jornalista. A preferência foi dada a 
liberdade de expressão e informação. 
 
d) Direito a liberdade de associação 
Art. 5º, inc. XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de 
caráter paramilitar; 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de 
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas 
atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em 
julgado; 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; 
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade 
para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente. 
 
Associações podem ser criadas desde que seja para fins lícitos. O Estado não pode interferir em seu 
funcionamento. Para o Estado suspender uma associação é necessária uma decisão judicial. Já para 
dissolver, precisam de decisão judicial transitada em julgado. Todos têm direito de associar-se ou 
desligar-se. 
 
Para o STF, é necessária uma autorização expressa para a associação representar todos os 
membros. Seja por meio de uma ata, procuração, assembleia e, ou assembleia virtual. 
 
Sindicato (representam toda uma categoria, sobrevivendo por meio de uma contribuição sindical 
obrigatória, independe de uma autorização para representação judicial) 
x 
Associação (só representam os filiados e precisam de uma autorização prévia de todos os 
participantes para uma representação judicial) 
 
e) Direito a liberdade de expressão 
Art. 5º, inc. IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização 
por dano material, moral ou à imagem; 
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença. 
 
Ou seja, é livre a expressão de pensamento, a criação, a informação sob qualquer forma, ficando 
irrestrita a sua censura. Exceto no direito de imprensa, na qual esta poderá ser regulamentada. 
 
f) Liberdade de imprensa 
Neste caso, a liberdade de imprensa possui uma crítica mais forte e contundente. Estas também 
podem se regulamentadas. (Censura x Regulamentação) 
 
Não se pode instituir censura na liberdade de imprensa porque estaria atingido o núcleo essencial 
da coisa. 
 
Caso exagere, você está sujeito a uma indenização por danos morais ou materiais. A liberdade de 
expressão está intimamente ligada à democracia. 
 
10 requisitos para análise dos princípios: verdade subjetiva (se a pessoa que publicou sabe ou não 
da veracidade dos fatos), licitude do acesso à notícia (“torturar” a pessoa por meio de uma 
informação), natureza pública da personalidade do objeto da notícia (pessoa pública), local do fato 
(em local público ou em local privado), natureza do fato (a essencialidade da notícia), existência de 
interesse público nadivulgação em tese, existência de interesse público na divulgação dos fatos 
relacionados com a atuação de órgãos públicos, preferências por sanções posteriores) 
 
Caso das biografias não autorizadas: o STF julgou improcedente pedido de Roberto Carlos sob 
justificativa legal afirmando que a CF assegura a liberdade de expressão, a liberdade de atividade 
intelectual, artística, literária, científica e cultural. Caso haja excesso, o biografado pode ter a 
reparação dos danos morais e materiais que sofreu, a retificação das informações veiculadas, o 
direito de resposta e até mesmo, a responsabilização penal do autor da obra. 
 
A CF veda qualquer tipo de anonimato. Obs: SP e RJ leis foram criadas para a proibição do uso de 
máscaras em manifestações públicas. 
 
g) Direito a liberdade de reunião 
Art. 5º, inc. XVI – todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos 
ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião 
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à 
autoridade competente reunião pacífica, sem armas; fins lícitos; aviso prévio à 
autoridade competente) 
 
Art. 3º – O direito constitucional à reunião pública para manifestação de pensamento 
será exercido: I - pacificamente; II - sem o porte ou uso de quaisquer armas; III - em 
locais abertos; IV - sem o uso de máscaras nem de quaisquer peças que cubram o rosto 
do cidadão ou dificultem sua identificação; V - mediante prévio aviso à autoridade 
policial. 
 
Art. 4º – As Polícias só intervirão em reuniões públicas para manifestação de 
pensamento a fim de garantir o cumprimento de todos os requisitos do art. 3º ou para 
a defesa. 
 
h) Direito ao esquecimento 
É o direito de ter seus dados apagados ou não mais processados quando não mais necessários 
forem para propósitos legítimos. Este direito surgiu no Código Penal, sob a perspectiva da pessoa 
que cumprir completamente a sua pena, não ter mais em seu registro criminal algum antecedente. 
 
Influenciado pelo direito a privacidade. Ou seja, aquela situação que até então era útil para a 
sociedade, deixa de ser, tendo caráter agora apenas de denegrir a imagem da pessoa reabilitada, 
trazendo prejuízos a sua honra. 
 
Requisitos legais para preenchimento do direito ao esquecimento: transcurso do tempo e 
inutilidade da notícia.

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