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CONSTITUIÇÃO 1988 Liberdade de manifestação de pensamento Liberdade de consciência, crença e culto. (art. 5, VI a VIII) A problemática do "Hate Speech" A problemática do discurso de ódio, encontra-se em evidencia em precedentes da suprema corte dos Estados Unidos ao interpretar a 1° emenda constitucional "O congresso não pode elaborar nenhuma lei limitando-cercando a liberdade de expressão ou de imprensa." O STF não adotou o entendimento que a liberdade de expressão abrangeria o "hate speech"ou seja, assim como em outros países, a liberdade de expressão não é absoluta, encontrando restrições interligadas ao combate ao preconceito e da intolerância contra as minorias. Há a separação do Estado da Igreja, pois tem-se o Brasil como leigo, laico ou não confessional, não existindo, portanto, nenhuma religião oficial no País. Apesar disso a CF/88 foi promulgada "sob a proteção de Deus", conforme o texto preposto em seu Preâmbulo em 1988. Essa realidade estende-se as Constituições Estatais, com exceção a do Acre, tendo sido objeto de questionamento no STF, onde foi declarada irrelevância jurídica do preâmbulo, não fazendo-se necessária sua reprodução. Partindo dessa interpretação enaltece-se o principio da tolerância e o respeito a diversidade. Mesmo sendo um direito fundamental, a pratica de ritos não é uma obrigação, nem tanto, absoluto. A liberdade de culto não justifica o consumo de droga ilícita. Liberdade a intimidade, privacidade, imagem e honra LIGA-SE À Constituição assegurou a liberdade de manifestar pensamento, assegurando o direito a resposta, caso tal manifestação cause dano material, moral ou à imagem, proporcional ao agravo, além da indenização. Sigilo de correspondências e comunicações Então, em regra, as correspondências são invioláveis, salvo nos casos de decretação de estado de defesa e de sítio (arts.136e s. DaCF). As comunicações telegráficas são igualmente indevassáveis, com exceção dos casos de decretação do estado de defesa ou de sítio ou naqueles em que a lei permita para fins de investigação criminal ou prova processual penal, sempre dependente da ordem judicial respectiva. Com relação aos sigilos bancário e fiscal, a inviolabilidade é regra que pode ser quebrada, por ordem judicial, nos casos de interesse público estampados em um processo judicial. Liberdade de profissão Liberdade de reunião e associação Liberdade de locomoção O exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão é um direito de liberdade. Trata-se de direito que guarda ?forte relação com o direito ao desenvolvimento da personalidade, pelo fato de que se trata tanto de uma finalidade quanto de um fundamento da vida pessoal, ao mesmo tempo viabilizando que o indivíduo possa contribuir para a vida social como um todo? Trata-se de uma reserva legal qualificada ao direito fundamental, que tolhe do legislador ordinário a discricionariedade para restringir o direito de forma diferente do que dispõe a fórmula ?atendida as qualificações profissionais que a lei estabelecer?. O direito à liberdade, definido por Jean Rivero como "o poder de autodeterminação, em virtude do qual o homem escolhe por si mesmo seu comportamento pessoal", surgiu como reação aos arbítrios e às violações das monarquias absolutistas, despontando, formalmente, no mundo moderno, com a Magna Carta de 1215, que em seu artigo 39 proclamava: "Nenhum homem livre será preso, aprisionado ou privado de uma propriedade, ou tornado fora-da-lei, ou exilado, ou de maneira alguma destruído, nem agiremos contra ele ou mandaremos alguém contra ele, a não ser por julgamento legal dos seus pares, ou pela lei da terra.". Desde então, vem sendo reconhecido na generalidade das Constituições dos Estados Democráticos de Direito. A Liberdade de Reunião é um direito fundamental garantido aocidadãopelaConstituição de 1988, mais precisamente no inciso XVI doartigo 5º. Porém, essa reunião não é aquela entre você e seus amigos no bar. Na legislação, esse conceito se refere às manifestações, ou seja, conjunto de pessoas que se reúnem em lugar público com o objetivo de defender ou tornar conhecidas suas opiniões. Ao afirmar que todos podem reunir-se pacificamente sem qualquer tipo de autorização prévia doEstado, aConstituiçãoprotege o direito fundamental delivre manifestação do pensamentoe a participação ativa das pessoas nos debates públicos que forem de seu interesse. Porém, ela estipula alguns limites à liberdade de reunião em prol da segurança do restante da sociedade. Como por exemplo a proibição do armamento em tais reuniões. X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo danomaterial ou moral decorrente de sua violação; Artigo 5°, incisos IV e V, CF. IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;(Vide Lei nº 9.296, de 1996) XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
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