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livro de psicologia

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Estratégias Argumentativas
Distinção entre demonstração e argumentação.
DEMONSTRAÇÃO
O raciocínio demonstrativo não comporta dúvidas, o que implica conclusões certas e inequívocas, tal qual uma expressão matemática.
ARGUMENTAÇÃO
Em oposição frontal à demonstração, a argumentação propões um conceito mais alargado de razão com a “lógica do preferível”, cujas premissas são prováveis, fundamentadas em opiniões aceitas pelo consenso comum, pois, em geral, no campo das questões controvertidas, chegamos apenas a possibilidades.
TIPOS DE ARGUMENTOS
Argumento a pari: O adjetivo latino PAR-PARIS indica igualdade, paridade, reciprocidade.
Incompatibilidade: O argumento da incompatibilidade consiste em apontar uma incoerência de proposições em um sistema.
Retorsão : Vincula-se ao termo latino RETORQUEO, composto do verbo torquere(torcer).
Sacrifício: O nome do argumento (sacrifício) lhe advém do fato de o argumento implicar uma escolha entre duas coisas. Como consequência, uma coisa é preferida e outra é sacrificada.
Definição: Definir é explicar com precisão alguma coisa, determinando seu sentido.
Comparação: O que foi dito para o argumento do sacrifício vale para a comparação, argumento sempre explorado, de modo especial, no falar comum.
Ex auctoritate (De autoridade): Julgamos não haja no campo jurídico argumento mais em uso, embora seja de índole mais reforçativa do que comprobatória.
A fortiori: O termo fortiori é forma do ablativo fortis, cujo comparativo é fortior (mais forte). Por isso é que a fortiori se traduz por “ com mais forte razão”, “ com maior força”, “ com mais razão”.
Desperdício: O argumento do desperdício consiste em sustentar uma tese com base no que já foi realizado até o momento, a fim de que não se desperdicem os esforços empenhados.
Ad hominem: Há uma desqualificação dos argumentos de alguém, embora não haja desqualificação da pessoa do adversário.
Ridículo: Quando a incompatibilidade de um argumento com o senso comum é patente, a parte contrária para defender-se pode utilizar a técnica argumentativa do ridículo, que consiste em explorar o aspecto estapafúrdio do argumento original, expondo-o ao ridículo, ao escárnio, à zombaria.
Por exclusão: O argumento por exclusão consiste na apresentação de várias hipóteses que, conforme sejam analisadas minuciosamente, vão-se excluindo até que reste apenas uma, que é justamente a tese sustentada pelo emissor.
Falácias da argumentação
A definição de falácia é ENGANO.
Fala-se em falácia formal quando afeta as regras do silogismo e falácia material quando não afeta a estrutura do silogismo.
Alguns exemplos de falácia formal extraídos de Maritain (1980, p.207)
“Os pássaros voam; ora, os pássaros são animais; logo, todo animal voa.”
“Alguns cogumelos são venenosos; ora, alguns vegetais são cogumelos; logo, alguns vegetais são venenosos”.
Os casos mais citados de falácia não formal ou material são os seguintes:
Ignorantia elenchi (ignorância do assunto)
 Para Lalante (1980, p. 275), o sofisma em questão consiste em demonstrar ou refutar algo que não está em discussão. Em outras palavras, em português chão, é fugir do assunto, algo comum entre os políticos.
Petição de princípio
 A petição de principio é aquela falácia conhecida e usada até o abuso, com a qual se dá como provado o que deve ser provado.
 O argumento falacioso sai de um ponto e retorna ao mesmo ponto constituindo um raciocínio circulatório: o réu suicidou—se, pois enforcou-se.
Arrolam-se como falácia alguns argumentos, cujo objetivo é levar
 O adversário ao engano, desviando-lhe a atenção. Tal é o caso, por exemplo, do argumento AD HOMONEM, AD PERSONAM, e o argumento terrorista, este fundado no medo.
Generalização
 No dizer de Lalande (1980, p.381), generalização é operação pela qual estende-se toda uma classe o que se observou em número limitado de indivíduos ou casos singulares relacionados a esta classe. 
 Por exemplo, texto de Ceneviva (Folha de São Paulo, 24 out. 2009, p. C2): “ [...] Eles prestaram o respeito, dos que têm fé, à mãe de Cristo, em um tempo no qual o catolicismo anda abalado pelos escândalos da pedofilia, entre comportamentos irregulares de seus sacerdotes.”
Vocábulo Jurídico: Características do vocábulo jurídico.
 CORREÇÃO: O discurso jurídico espelha-se nos moldes clássicos, naquele que prima pela excelência da linguagem. 
Passiva pronominal: Predomina a voz passiva ou a voz reflexa com valor de passiva com o intuito de acentuar o ato, função, e não as pessoas. 
Ordem das palavras: Na língua portuguesa, existe a ordem direta (sujeito + verbo + predicado), corrente no falar quotidiano. Há outrossim, a ordem inversa, mais apropriada à linguagem escrita culta. 
Orações reduzidas: São reduzidas as orações que apresentam o verbo numa das formas nominais, isto é, infinitivo, gerúndio ou particípio.
Colocação pronominal: Nos textos jurídicos, a topologia pronominal faz-se ao gosto dos clássicos portugueses. (Vale lembrar que, nos 100 primeiros artigos do Código Civil, encontram-se 45 casos de próclise; 23 de ênclise e 10 casos de mesóclise, com predominância, pois, da próclise. Ex.: “ O usufrutuário [...] dará caução, fidejussória ou real, se lha exigir o dono [...]” ( art. 1400, CC). Explicação: se o dono exigir do usufrutuário [Obj. indireto –”lhe”] a caução [obj. direto – “a”]. 
Pontuação: Ponto pacífico é que a pontuação, de caráter subjetivo, concorre para a clareza e realce da entonação. Na linguagem jurídica, cujo objetivo é a clareza, a vírgula merece atenção especial, por ser usada à larga, mas sempre com a finalidade de compor textos claros. 
Estilo: A correção da linguagem, tão cara aos clássicos, concerta-se muito bem ao bom estilo e ao uso das figuras, cuja função principal na arquitetura do discurso é concorrer para a persuasão do auditório ao provocar agrado e comoção.
CONSERVADORISMO: O apego aos bons escritores e, em especial, aos do passado, pode ser a explicação para a sobrevivência de arcaísmos nos textos jurídicos, como pertenças(CC, art. 93): defeso (CC, art. 228, paragrafo 2º); usança ( frequente no Direito Comercial) e outros mais. Vale o mesmo para os latinismos. Alguns exemplos: Laudo Nascituro Habeas Corpus Alibi Caput Quorum.
AUTORITARISMO: O toque autoritário do discurso jurídico lhe foi investido pela sociedade, caso contrário, este mesmo discurso seria ineficaz. Ex.: “afixe e cumpra-se”; “revoguem-se as disposições em contrário”; “ intime-se”; “sob as penas da lei”. * DENOTAÇÃO O campo do Direito é o campo da denotação, da objetividade, do racional, uma vez que, na área jurídica, persegue-se a clareza. Ex.: furto: subtração de bem alheio móvel roubo: subtração de bem alheio móvel mediante grave ameaça ou violência.
casa: moradia 
residência: lugar de parada
 domicílio: moradia com animus permanendi 
separação: fim dos deveres conjugais 
divórcio: fim do próprio casamento 
Sessão: reunião, período em que ocorre um evento 
Seção: divisão, repartição 
Cessão: ato ou efeito de ceder 
Cessação: ato ou efeito de cessar 
imitir: por para dentro, investir 
emitir: mandar para fora
exarar: proferir por escrito 
proferir: proferir por via oral 
prolatar: proferir por via oral ou escrita 
ab-rogar: anular a lei por inteiro 
derrogar: anular a lei parcialmente 
revogar: anular a lei por inteiro ou parcialmente 
remissão: perdão
remição: resgate, liberação, pagamento
 arresto: apreensão judicial como garantia de pagamento 
aresto: decisão judicial de tribunal
Clareza: Toda forma de comunicação há de ser clara, pela simples e boa razão de ser um ato político, isto é, um ato de partilha de pontos de vista. Dessa forma, o texto jurídico, mais do que qualquer outro, deve estar isento dos efeitos que impedem a captação de suas mensagens. 
Ritualização: Há um conjunto de fórmulas a marca a estrutura burocrática do direito e o discurso jurídico, este crivado de expressõese termos que se repetem como o apelo constante ao argumento ex autoritate, à communis opinio doctorum.
BARBARISMO: Uma forma de barbarismo é a cacografia, vício desconhecido nas páginas jurídicas. Outra forma é o estrangeirismo que é o uso de palavras estranhas à índole de nossa língua.(Português)
 SOLECISMO: Trata-se de erros sintáticos de concordância ou regência, alheios aos textos legais. Ao dizer “a testemunha assistiu o crime”, a rigor, estamos afirmando que a testemunha forneceu assistência para o cometimento do crime, pois esta é a semântica de “assistir” . Para que tenha o sentido de “ver”, é necessária a preposição: “ a testemunha assistiu ao filme”. DESRESPEITAR ESSA REGRA É INCIDIR EM SOLECISMO.
ANFIBOLOGIA: Uso de frases de sentido duplo ou duvidoso que dão azo a mais de uma interpretação, o que pode gerar obscuridade. Como Exemplos: “Trouxe de Teresópolis uma caixa de pêssegos para seu pai que está na geladeira” “O pai encontrou o filho em sua casa” “Encostado na cela, o policial avistou o preso”.
CACOFONIA: Consiste na junção de duas palavras ou sílabas formando uma terceira de sentido obscuro ou ridículo. Embora não deva ser preocupação primordial do falante, a ocorrência de cacófatos é prejudicial, pois faz soar desagradáveis combinações, muitas delas de baixo calão, desvirtuando por vezes o foco do discurso. Exemplos: “ a boca dela”; “por cada cem habitantes”; “ eu amo ela”
HIATO: Concorrência de vozes acentuadas, na opinião de Pereira(1951, p. 278). Exemplos: “proceder-se-á à abertura do testamento”; “proceder-se-á à arrecadação”
ECO: Sequência desagradável de palavras com a mesma desinência. A sequência ão é a mais preocupante, embora, por vezes, inevitável até nas páginas de excelentes escritores e dos mais severos gramáticos. Ex.: “ Os móveis, cuja situação foi mudada na pendência de ação real sobre eles, continuam sujeitos à lei da situação que tenham no início da mesma ação” 
COLISÃO: Provocar-se-á colisão pelo encontro desagradável de consoantes idênticas ou semelhantes. Ex.: “Cessou-se a sessão de julgamento sobre o assassinato”. 
PLEONASMO: Consiste na redundância de ideias. Ex.: “boato falso”; “preferir mais”; “repetir de novo”.
ESCOLHA LEXICAL: É importante não só para a ornamentação do texto, mas também para a argumentação, contribuindo assim, para o jogo da persuasão, o que interessa, de forma significativa, ao Direito. Se toda linguagem é argumentativa, se toda linguagem é ideológica, também a palavra o é. Já o dissemos: em contexto específico, cada palavra carrega carga emotiva diferente: valorizante/desvalorizante; enérgica/apática; simpática/antipática; forte/fraca. Os bons escritores sabem jogar com as palavras, conforme o contexto. No bojo das considerações acima, chamamos a atenção do leitor para o que segue: 
Arresto – aresto 
Conteste – inconteste – incontestável
Defloramento
 Esbulho – Turbação
 Habeas corpus – habeas-corpus
 Homem público – Mulher pública 
Homem – mulher
 Imputabilidade – inimputabilidade
 Mútuo – comodato (cntrato de empréstimo)
 Pacto – contrato (contrato entre duas pessoas)
 Resilição – rescisão (dissolução unilateral ou bilateral; anulação por meio Judicial)
 Sequestro – arresto
 Ab-rogar – derrogar
 Delatar – denunciar (revelar, entregar; anunciar solenemente” denunciar não é sinônimo de delatar.
Descriminar – discriminar 
Elidir – ilidir (excluir; rebater)
Infligir – infringir
 Responder – ressarcir (estar obrigado de; pagar o dano causado)
Elementos Básicos da Estrutura Frasal
TEXTO: Texto é, então, tecido, trama, enlace, entrelaçamento. Objetivo de quem compõe um texto é entrelaçar as palavras, compô-las de tal sorte que resulta num todo organizado. Um amontoado de palavras ás quais faltem ordem e lógica não forma um texto. O conteúdo do texto deve ser passível de compreensão por parte do leitor ou do ouvinte. 
CONTEXTO: Tudo, portanto, que acompanha, antes ou depois, o texto, constitui o contexto, cuja finalidade é colaborar com a compreensão da mensagem. 
 INTERTEXTO: É relação entre textos, cruzamento, releitura, enfim, é a presença de um texto em outro texto.
PARÁFRASE: O termo indica um cruzamento de texto em que há um desvio mínimo entre um texto e outro, o que implica equivalência ou conformação semântica. É o que ocorre nas citações indiretas. Há paráfrase quando alguém reproduz, com suas próprias palavras, a ideia de outrem, posta noutro texto. Nesse caso, é comum que se apresente ao intelocutor o texto mmatriz e, então, expressões como “ou seja”, “com outras palavras”, “melhor explicando”, as quais servem de conectivo para a paráfrase. 
ESTILIZAÇÃO: Consiste na retomada de um texto com o intuito de enriquecê-lo artisticamente. Enquanto a paráfrase implica desvio mínimo de um texto, a estilização implica desvio mais acentuado propondo um arranjo, uma invenção, como se o texto fosse elaborado a quatro mãos.
PARÓDIA: Na paródia, porém, o desvio é total, implicando deformação do texto, a sua caricatura. A paráfrase e a estilização são processos de reconstrução, ao passo que a paródia é processo de reconstrução, ao passo que a paródia é processo de desconstrução. 
TRANSCRIÇÃO: Ocorre, não raro, a interação explícita entre um texto e outro. Nesses casos, o texto subsequente cita expressamente o texto antecedente, guardando todas as peculiaridades deste texto: a escolha lexical, a construção sintática, a semântica, a ortografia, a pontuação. É o que se cama de citação direta, verdadeira transcrição fiel do texto originário, sem qualquer desvio. 
COESÃO: Preliminarmente, convém assinalar que, em geral, fala-se em coesão e coerência, esta em oposição á primeira. Os elementos de coesão concatenam as ideias no plano textual, funcionando como verdadeiros elos entre as unidades linguísticas. Também são um rico manancial para o orador forjar seu estilo, já que a língua portuguesa oferece copiosas maneiras de estabelecer as relações entre as sentenças de um texto.
COERÊNCIA: Um texto é coerente quando dele se pode extrair o conteúdo significativo, sem qualquer ofensa às regras do raciocínio lógico. Há incoerência, por exemplo, quando as ideias encadeadas no discurso petitório levam à conclusão da possibilidade de determinado pedido, e o requerente pede outro. Haverá incoerência, outrossim, se os fatos narrados forem controversos e conflitantes, ou aludam a fatos que não correspondam à realidade das coisas. A coerência depende, portanto, tanto de fatores internos ao texto como de fatores que lhe são externos, isto é, o contexto. O contexto se constitui de aspectos da realidade que fazem parte do domínio do interlocutor, e servem de base para a interpretação do texto. Quando elementos do texto não se harmonizam com o contexto, o texto padece de incoerência. A coerência, vê-se, é imprescindível à comunicação, já que sua ausência impossibilita a compreensão, em maior ou menor grau, Da mensagem transmitida.
COMUNICAÇÃO: Para efetuar a operação comunicacional, que pretende estabelecer influência e convergência entre os componentes da sociedade, concorrem os seguintes elementos: EMISSOR, RECEPTOR, MENSAGEM, CANAL, RUÍDO.
COMUNICAÇÃO E ARGUMENTAÇÃO
 Perelman e Tyteca retomaram Aristótelos e compuseram o Tratado da argumentação: a nova retórica, cujos os pontos básicos são – (1) Orador/falante (emissor), peça central, cuja função é propor um ponto de vista ao tu ( destinatário). Para tanto deve adaptar-se ao ouvinte para lhe captar a atenção e conseguir fazê-lo aceitar a proposta oferecida. (2) Auditório (receptor), peça fundamental, em função do qual se promove toda e qualquer forma de argumentação. O auditório é quem decide da aceitação ou rejeição da proposta do orador. (3) Acordo que só prospera se o auditório aceitar e aderir, isto é, tornar sua a pretensão apresentada pelo orador /falante. Concluída a adesão, a comunicação surte efeito e a argumentação se tornou eficaz. Rejeitada a proposta, a argumentação mostrou-se inificaz. Portanto, um discurso persuasivo, ou retórico, necessitade três elementos essenciais: O orador; O auditório; O assunto.
Em se falando de persuasão, parece oportuno lembrar as três fontes de persuasão propostas por Aristóteles: O lógos (discurso), o éthos (caráter) e o páthos (paixão).
 O lógos diz respeito à razão , isto é, convence-se o auditório por lhe demonstrar uma ilação à qual se chega por meio do raciocínio lógico. O páthos se refere às paixões, ao efetivo, ou seja, busca-se a adesão do destinatário por meio de argumentos que atingem o emocional, os desejos, as subjetividades. Já o éthos concerne ao caráter que o orador assume ante o auditório, inspirando-lhe confiança e simpatia. 
Argumentação objetiva
 Argumentação subjetiva
Repertório vocabular jurídico 
 Abaixo-assinado: Permanece o hífen quando se trata de documento encaminhado a quem de direito (requerimento, pedido) com assinatura de mais pessoas, cujo conteúdo é, em geral, um pedido, reivindicação. 
Achádego: Recompensa atribuída a quem acha objeto perdido, ao descobridor. 
Agravantes: É a circunstância que torna o crime mais grave.
 Alcunha: É sinônimo de “cognome”, “sobrenome”.
 Alienar: Na linguagem jurídica, tornar alheio é transferir a propriedade de um bem, vender, doar, permutar. 
Aprazar: Marcar, estabelecer prazo.
 Avença: Contrato, ajuste, convenção.
Carga: Na linguagem jurídica, fazer carga significa retirar os autos do ofício, secretaria. Citação: Ato pelo qual a pessoa natural ou jurídica é chamada a juízo para que figure como parte no processo, a fim de que possa defender-se.
 Coação: É uma forma de constranger alguém a praticar ato ou omitir-se.
Coerção: Implica a mesma ideia de força, porém mediante violência(física).
 Coisa julgada: A coisa julgada é, pois, decisão judicial da qual não cabe mais recurso. 
Cônjuge: Refere-se ao esposo e à esposa, unidos pelo casamento legal e não por outra forma qualquer de afetividade. 
 Contestação: Contestação é uma das modalidades de defesa do réu no processo, quiçá a mais importante, em que se ilidem os argumentos tecidos na Petição Inicial pelo autor. 
Crime comissivo: Trata-se do crime resultante de uma ação, de um fazer, de uma conduta positiva. 
Crime omissivo: Cometido por omissão, por abstenção, quando o agente poderia e deveria agir.
Crime comissivo por omissão: São crime cometidos por omissão, por abstenção, mas nesse caso o agente tinha o dever legal de evitar o resultado. 
Culpa: A culpa manifesta-se por meio de negligência, imperícia, imprudência. 
Data venia: Dada a vênia, dada a permissão, com a devida licença.
Dativo: É aquele nomeado ou designado pelo magistrado ou por testamento, e não pela lei, para a prática de determinada função. 
De cujus: Refere-se ao falecido de cuja sucessão se trata.
Denúncia: declarar em juízo um fato ou delito.
Desídia: “preguiça” e, por consequência, desleixo, desatenção.
Diligência: Ato judicial praticado por serventuário da justiça fora do fórum, cartório ou auditório, por ordem do juiz. 
Dolo: Intenção de prejudicar, de agir com má fé, de praticar embuste, de produzir o resultado criminoso.
Égide: Escudo, proteção, apoio. 
Endosso: Significa literalmente “nas costas”, “ no dorso”.
Equidade: “igual, justo”.
Erário: dinheiro público, tesouro público.
Feito: Corradical de facere (fazer); é um adjetivo substantivado.
Flagrante: remete-se a ideia de ardente, abrasador, que queima, flamejante. 
Genitor: genitor é o pai, genitora é a mãe.
Improbidade: falta, ausência de probidade e, portanto, desonestidade.
Incurso: “O que é passível, sujeito a determinada penalidade”.
Intimar: Levar ao conhecimento de alguém alguma ordem ou fato, revelando o lado autoritário da linguagem jurídica.
Lide: conflitos de interesses, em razão do qual se propõe ação judicial a fim de que o magistrado possa dirimi-lo. 
Litispendência: É a existência de causa não julgada, ainda em andamento, em processo regular.
Parricídio: É assassínio do pai ou mãe pelo próprio filho. 
Penhor: É um dos direitos reais de garantia.
Penhora: Apreensão de bens do devedor, por força judicial, para que sejam arrematados em leilão ou hasta pública. 
Pessoa jurídica: “É uma realidade, uma realidade social, uma formação orgânica investida de direitos pela ordem jurídica [...]. 
Petição Inicial: Consiste na formulação escrita de um pedido ao juiz.
Prenome: Trata-se da palavra que antecede o nome da família.
Prevaricar: Afastar-se da linha do dever, do cumprimento do dever.
Póstumo: Depois de morto.
Reiterar: É “repetir”, “começar de novo”, “dizer de novo”.
Responsabilidade civil: É a obrigação jurídica de responder pelos atos praticados na ordem civil. 
Réu: O acusado, o culpado.
Tempestivo: No vocabulário jurídico o sentido de “no prazo”, “dentro do prazo”.
Tentativa: O crime é tido por tentado quando, iniciada a execução, não se consuma em razão de circunstâncias alheias à vontade do agente. 
Tipo legal: Ou tipicidade é o fato descrito pela lei como típico, ao qual se atribui determinada consequência jurídica, sanção.
Comunicaçao conflitual 
O discurso conflitual alinha-se ao discurso polêmico, ao passo que o discurso não conflitual faz parte do discurso didático. As duas modalidades de discurso(comunicacão) apresentam conteúdo e forma diferentes.
A comunicação conflitual costuma ser agressiva e desqualificada tanto do conteúdo quanto da pessoa do orador/falante. Já o discurso didático tem por norma analisar, explicar, levar ao entendimento.
Por consequência, as estratégias do discurso polêmico são diferentes, com o uso preferencial do argumento ad hominem (desqualificação do conteúdo) e ad personam (desqualificação da pessoa do adversário). 
Figuras de escolha
O nome lhes advém do fato de o auditório considerá-las ou mero ornamento ou como argumentativas. Dependem da interpretação do ouvinte.
Algumas amostras:
Antonomásia
Consiste na substituição de um nome próprio por um nome comum ou por expressão equivalente. O apelo a uma característica é o que lhe confere força argumentativa.
Ironia
A ironia, dil-lo Morier (1961, p. 217), consiste em exprimir o contrário do que se diz. Já se pode perceber, pela afirmação, a duplicidade de sentido e sua função dialética, o que mostra a força argumentativa da ironia.
Metáfora
No ensinamento de Mattoso Camara (1977, p. 166) e outros na sua esteira, a metáfora consiste “na transposição de um termo para o âmbito de significação que não é o seu”.
Ex.: Acordo leonino: esta metáfora foi, muito provavelmente, inspirada pela fábula de Fedro Vacca, capella, ovis et leo, em que o leão fica com a presa toda. 
 Corpus delicti: prova material do crime.
Perífrase
A perífrase designa um objeto não pelo nome próprio, mas por características. 
Perelman e Tyteca (1996, p. 197) lembram o valor argumentativo da perífrase ao chamar a atenção do auditório pelo fato de qualificar alguém.
‘
Figuras e argumentação 
Preliminares
As figuras fazem Jus a um capítulo especial, dada a importância de que se revestem para a argumentação e, por tabela, para o discurso jurídico.
Algumas figuras limitan-se à questão de estilo ou ornamentação do texto, ao que Aristóteles chama de ELOCUTIO. Outras gozam de amplitude maior e repercutem no campo argumentativo como fator de persuasão: concorrem para aceitação do discurso, por sua capacidade de agradar (delectare) e, dessarte, provocar emoção no auditório (movere).
O tratado da argumentação (1996), DE Perelman e Tyteca, teve o condão de simplificar o estudo das figuras reduzindo-as a três tipos: figuras de escolha, figuras de presença e figuras de comunhão. 
Figuras de presença
A finalidade das figuras de presença, di-lo o próprio nome, é intensificar o sentimento de presença do objeto do discurso na falante e no ouvinte, por facilitar a atenção e a lembrança.
As principais figuras de presença resumem-se na repetição. 
Principais figuras de presença:
Acumulação(congérie)
Consiste no alargamento de ideias de modo enfático, com propósito amplificante. Damião e Henriques (2009,p. 238) mencionam o exemplo de Garrett, em Santos (1983, p. 81): “Tudo era fogo e fumo, sangue e raiva.”
Amplificação 
Desenvolvimento pormenorizado de uma ideia, o que, no fundo, é uma forma de repetição e, em consequência, de argumentação. No exemplo de Rui Barbosa temos metáfora (luz) e anáfora ( O Direito, senhores):
“O Direito, Senhores. É a luz que ilumina a harmonia social. O Direito, Senhores é a consciência límpida e imaculada que emana deste Conselho de Sentença.”
Anadiplose
Forma de repetição que, na afirmação de Moliné (1992, p. 118), “ consiste em utilizar as mesmas palavras ou grupos de palavras no fim e no começo de duas frases ou de dois membros de frase”. 
Vejam este exemplo de Rui Barbosa:
“Com o advogado, justiça militante. Justiça imperante, no magistrado.”
Anáfora
Consiste na repetição da mesma palavra ou expressão no início das orações. Mesmo em se aceitando a opinião de quem considera a anáfora como a forma mais elementar da repetição, não lhe falta, à anáfora, expressividade e vis argumentativa. Herança dos latinos, serviram-se dela Vieira e Rui Barbosa copiosamente, mas sempre com acerto. 
De vieira a amostra: “ Se as prudentes [virgens] ornaram as lâmpadas, também as néscias [virgens] as ornaram; se as prudentes saíram a receber o Esposo, também as néscias saíram; e se as néscias adormeceram, também as virgens não vigiaram: Dormitaverunt omnes et dormierunt”. Em Vieira à anáfora une-se a antítese.
Antítese
Para Robrieux (1993, p. 82), a antítese funda-se no enunciado de proposições contrárias, uma das quais tem a função de realçar a outra, o que pode explicar sua força argumentativa.
A antítese é corrente nos provérbios: “ muito riso, pouco siso”; “quem tudo quer, tudo perde”; “ quem ama o feio, bonito lhe parece” etc.
Clímax (gradação)
É a figura pela qual a repetição se faz com intensificação de uma ideia para mais (clímax) ou para menos (anticlímax).
Ex.: Era presunção – era temeridade – era inconsciência.
Polissíndeto
Uso sistemático de conectivos de ligação com o mesmo objetivo de fixação e encadeamento para assegurar o efeito de transmissão de mensagem.
No Auto da alma a que já aludimos, pode-se observar o esforço pedagógico do Diabo para manter a Alma enredada na trama do jogo persuasório com o uso do polissíndeto:
“ Há tempo de folgar e idade de crecer (crescer) e outra idade de mandar e triunfar e apanhar e aquirir (adquirir) a que puder.”
Quiasmo 
Com essa figura, os termos médios e extremos se cruzam com o intuito de chamar a atenção para os termos mediais, combinando antítese e inversão.
No Auto da barca do inferno (um julgamento), há um quiasmo em que se pode sentir a expressão de alegria do Diabo, frisando o poder de sua mão, ao aludir ao grande número de almas que se perdem, de acordo com a teologia medieval que, com base nos Padres da Igreja, ensinava ser de pouca relevância o número dos eleitos, se comparado à imensa massa de réprobos.
Interrogação
Trata-se da chamada “interrogação retórica”, que não tem apenas efeito estilístico, mas também argumentativo, chamado a atenção do interlocutor para, com eles, estreitar a comunicação, mesmo ausente.
Ex.: No Auto da barca da glória (Gil Vicente), a interrogatio se faz acompanhar dos verbos ver e ouvir, de caráter oral, o que enseja familiaridade e aproximação com o destinatário – !Vedes aquêl’ fumo espesso
 que sai dentre aquelas penhas?”
 “Ouvis aquêl’ grão ruído 
 lá no lago dos leões? 
 Apurai bem o ouvido!”
Figuras de comunhão
As figuras de comunhão são aquelas “ em que, mediante procedimentos literários, o orador empenha-se em criar ou confirmar a comunhão com o auditório”.
Entende-se esta afirmação quando sabemos que a finalidade da argumentação é conquistar a adesão do auditório pela interação orador/falante.
Alguns tipos de figuras de comunhão.
Alusão
Figura que busca interação com o auditório por meio de referências culturais ou de tradição conhecidas pelo orador e pelo auditório.
EX.: “Ouvis aquel grão ruído 
 lá no lago dos leões?
 Apurai bem o ouvido!
 Vós sereis ali comido
 Pelos cães e plos dragões.”
Apóstrofe
Para Reboul (1984, p. 36), citando Quintiliano, a apóstrofe é de origem judiciária e consiste em “voltar-se para o julgador”, a interpelar o acusado para louvá-lo ou censurá-lo. Com a apóstrofe, o orador chama a atenção do interlocutor e, com ele, busca estreitar a comunicação, mesmo ausente.
Ex.: Gil Vicente no Auto da barca da glória:
“Ó Pastor crucificado,
 como deixas tuas ovelhas
 e o teu tão caro gado?
 Pois que tanto te há custado?”
Discursos extrajudiciais
Existem discursos jurídicos que não são destinados a compor um processo judicial, visto que não há lide que os envolva, de modo que são classificados como discursos extrajudiciais.
Notificação extrajudicial
O substantivo “notificação” é derivado do verbo “notificar”, o qual tem sua origem latina na palavra NOTIFICARE. Nada mais é do que dar a notícia, dar a saber, dar ciência.
A parte que dá ciência, ou seja, que envia a notificação, é chamada de “notificante”, e à outra se dá o nome de “notificada”.
A notificação extrajudicial ocorre quando o notificante quer comunicar o notificado de algo, ou, como é comum, quer formalizar a transmissão da informação, para que mais tarde, quiçá em juízo, não seja alegado o desconhecimento.
Comum é a contranotificação. Ocorre quando o notificado quer exprimir algo ao notificante, por não concordar com o teor da notificação, ou então para conceder maiores informações e explanações sobre o caso. Enfim, é a resposta formal que o notificado dá ao notificante.
Prudente é que o notificante, para resguardar-se de seus atos, tenha provas de que enviou a notificação e de que ela foi recebida, seja por meio de carta ou telegrama com AR ou por meio de um protocolo devidamente assinado.
Estrutura da notificação extrajudicial
A notificação extrajudicial deve conter os seguintes elementos:
Título: É o nome do documento, no caso pode constar somente “Notificação” ou então “Notificação extrajudicial”.
Espaço regulamentar e margens: Deve-se deixar um espaço entre o título e a qualificação, a fim de que posam ser lançadas, nesse espaço, anotações pertinentes, como, por exemplo, um carimbo de protocolo.
Qualificação do notificante: A qualificação, em analogia ao disposto no art. 319, II do novo código de Processo Civil, deve conter o  os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do notificante . 
d) Verbo “notificar”: Uma vez qualificado o notificante, coloca-se a expressão “notifica extrajudicialmente”.
e) Qualificação do notificado: Conforme exposto acima, o ideal é que haja a qualificação completa (nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do notoficado).
f) Narração ou descrição do que se pretende dar ciência: A notificação é, em essência, a comunicação formal de um fato, ou de algo.
g) Local e data: Coloca-se o nome da cidade de onde provém a notificação, e não o da cidade à qual a notificação será dirigida.
h) Assinatura: A assinatura é do notificante, o qual, querendo, pode submetê-la a reconhecimento de firma, embora não seja obrigatório.
Requerimento extrajudicial
Requerer significa pedir, rogar, solicitar. O requerimento, por conseguinte, é uma peça jurídica em que se pleiteia algo a alguém.
Dá-se o nome de “requerente” à parte que requer, e de “requerido” à parte a quem se requer.
O requerimento extrajudicial, entretanto, não é mero pedido. O requerimento é instrumento formal, escrito em harmonia à norma culta, dirigido a pessoaque tem autoridade e poder para deferir o pleito.
ESTRUTURA DO REQUERIMENTO EXTRAJUDICIAL
  a) Endereçamento 
O requerimento extrajudicial se inicia com o endereçamento, ou seja, a indicação de quem deve receber o  documento. Subentende-se, portanto, que a pessoa à qual se endereça o requerimento tem poderes para decidir sobre o pleito que lhe foi submetido.
“Ilustríssimo Senhor Diretor da Faculdade Anhanguera”
b) Espaço regulamentar e margens
 Entre o endereçamento e a qualificação do requerente é necessário que haja um espaço de pelo menos oito centímetros, a fim de que sejam lançadas, nesse local, as anotações cabíveis, principalmente despachos e protocolos.
 
c) Qualificação do requerente 
A qualificação do requerente há de ser pertinente ao caso concreto. Serve a qualificação para que o destinatário possa identificar a pessoa do requerente, sem que haja dúvidas.
d) Verbo "requerer" ou "solicitar"
 Feita a qualificação pertinente do requerente, coloca-se o verbo "requerer" conjugado na terceira pessoa"
 
e) Requerido
 Em regra não se coloca, no corpo do requerimento, a qualificação do destinatário, porquanto já identificado pelo cargo ou nome no endereçamento.
 
f) Pedido propriamente dito e explanação dos fatos e do direito 
A próxima etapa do requerimento é expor o pedido que se almeja, de modo claro, preciso e conciso.
 
g) Menção dos documentos anexos 
Em havendo documentos comprobatórios dos fatos sustentados, aconselhável que sejam colocados anexos ao requerimento extrajudicial, fazendo com que se robusteça a força persuasiva do discurso.
h) Desfecho
  
O desfecho de um requerimento extrajudicial é realizado por meio da expressão:
 
 
                                  "Nesses termos,
                                   Pede deferimento."
 
i) Local e data
 
O local é a cidade em que foi escrito o documento.
 
j) Assinatura do requerente
 
Em regra quem assina o documento é o próprio requerente.
Estrutura do requerimento judicial simples
 O requerimento judicial simples é aquele feito ao magistrado por uma das partes, solicitando algo. Naturalmente surge a necessidade de as partes se comunicarem com o magistrado, conforme o andamento do processo. Assim, a parte, para cumprir determinada ordem judicial, ou para informar o magistrado de algo, ou ainda para realizar determinado pedido, utiliza-se de requerimentos judiciais simples.
a) endereçamento
 O requerimento judicial se inicia com o endereçamento, isto é, a indicação da autoridade judicial competente para receber e apreciar o teor da peça.
 
Justiça Estadual:
 EXCELENTÍSSIMO SENHOR  DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL DE PINHEIROS DA COMARCA DE SÃO PAULO
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE RIBEIRÃO PRETO.
 
Justiça Federal:
 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 4ª VARA CÍVEL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE GUARULHOS, SEÇÃO DE SÃO PAULO
Justiça do Trabalho:
 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 9ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO - SP
  
b) Espaço regulamentar e identificação da numeração do processo
 Entre o endereçamento e a qualificação do requerente é necessário que haja um espaço de pelo menos oito centímetros, a fim de que sejam lançados, nesse local, os protocolos e eventuais despachos.
 
c) Nome do requerente
O parágrafo deve iniciar com a qualificação do requerente, e não de seu advogado. Assim, é costume mencionar apenas o seu nome (prenome e sobrenome), acrescido da frase “melhor qualificado nos autos em epígrafe”. 
d) Menção da parte contrária
 O requerimento, obviamente, pode e deve ser manejado  por autor e réu, conforme pratiquem os atos que lhes dizem respeito. Assim, o autor do requerimento judicial simples pode ser tanto o autor como o réu do processo.
Se for o autor do processo quem requer, deve-se mencionar a parte contrária (réu) por meio da frase “que move em face de [nome do réu]”. Se for o réu do processo quem requer, deve-se mencionar a parte contrária (autor) por meio da frase “ que lhe move [nome do autor]”.
Não é necessário qualificar por completo a parte contrária, visto que já está “igualmente qualificada”, isto é, do mesmo modo que o requerente: nos autos do processo em epígrafe.
A expressão “ em epígrafe” refere-se ao número dos autos que deve ser alocado no espaço regulamentar, conforme explicado acima.
e) Intermediação do advogado
 Por tratar-se de requerimento judicial, não é possível de ser realizado diretamente pela parte. O advogado é indispensável. “procurador judicial”
 ”[...] vem, por meio de seu patrono devidamente constituído, à ilustre presença de Vossa Excelência [...]” 
f) Referência à determinação judicial que se está cumprindo
 
No mais das vezes, o requerimento é realizado visando ao cumprimento de determinada ordem judicial, ou então para demonstrar ao magistrado que a referida ordem foi cumprida, ou, ainda, para expor razões que modifiquem a ordem exarada. 
g) Objeto do requerimento
 Passadas as etapas anteriores, chega-se ao núcleo do requerimento, ou seja, seu objeto, o pedido propriamente dito, a informação que se pretende passar ao magistrado. “requer”; “solicita”; “pede”; “roga”.
h) Menção dos documentos anexos
 Por vezes há documentos que acompanham o requerimento, e devem ser juntados aos autos e devidamente referenciados no corpo do requerimento.
 
i) Desfecho
 O desfecho de um requerimento judicial é realizado por meio da expressão:
  Nesses termos, Termos em que Termos em que
 Pede deferimento. Pede deferimento. P. deferimento.
 
j) Local e data
 O local é a cidade em que foi escrito o documento.
 
k) Assinatura do advogado 
É o advogado quem assina o requerimento, não havendo qualquer necessidade de firma reconhecida.

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