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ULTRASSOM
Introdução
O aparelho de ultrassom terapêutico consiste de um console, considerando o aparelho propriamente dito, onde possui um circuito apropriado para receber a corrente elétrica de rede comercial e transformá-la em oscilações elétricas de alta frequência. Estas oscilações são conduzidas ao transdutor (cabeçote), construído com um cristal piezelétrico. Ao receber a corrente elétrica, este cristal muda sua espessura na mesma frequência das oscilações elétricas recebidas, emitindo, assim, ondas ultrassonoras. O circuito interno do aparelho pode fazer que a carga elétrica emitida ao cristal mantenha as oscilações, fazendo que as mudanças na espessura do cristal ocorram de forma constante, produzindo o ultrassom contínuo. Este circuito possui também um controlador que pode ligar e desligar o oscilador, produzindo uma saída de ondas sonoras de forma pulsada. Normalmente, as frequências de oscilação dos cristais piezelétricos dos aparelhos de ultrassom terapêutico são de 1MHz e 3MHz.
Como funciona o aparelho de ultrassom
O ultrassom não é exatamente uma forma de eletroterapia, sendo um tipo de vibração mecânica, embora produzida eletricamente.
Cristal Piezelétrico
Atualmente, os cristais piezelétricos são fabricados com cristais cerâmicos, pois possuem a capacidade de manter sua estrutura ao atingir altas temperaturas, além de possuírem maior estabilidade estrutural, rendimento acústico, resistência à queda e baixo custo.
A piezeletricidade causa efeitos fisiológicos no corpo humano, principalmente no tecido ósseo, nas fibras de colágeno e nas proteínas corporais.
ERA
As ondas sonoras do ultrassom são emitidas pela área de superfície do cristal denominada ERA (Efetive Radiation Area) e está relacionada ao tamanho do cristal piezelétrico, normalmente menos que a área física da face metálica do transdutor. Quanto maior for a ERA, maior será a área de abrangência do feixe ultrassônico.
Tipos de Ondas Ultrassônicas
Pulsada
Contínua
Tipos de ondas e propriedades do Ultrassom
Longitudinais
As ondas Longitudinais/Compressionais estão na direção da propagação das ondas ultrassônicas e são transportadas em meios líquidos não viscosos.
Transversais
Ondas transversais são ondas que se propagam em meios sólidos (em torno do periósteo) e a movimentação de partículas ocorre perpendicularmente à direção da propagação do feixe de ondas ultrassonoras.
Estacionárias
Ondas estacionárias decorrem da sobreposição das ondas ultrassônicas refletidas do músculo/osso ou tecido mole/ar, sobre as ondas incidentes (meios com impedâncias diferentes). Podem ocorrer superaquecimento e destruição de células epiteliais e sanguínea e para poder minimizar, movimenta-se continuamente o transdutor.
Características do Ultrassom:
Refração
As ondas US entram no tecido em ângulo chamado de ângulo de incidência que saem ou são refratadas/desviadas em um ângulo diferente, chamado de ângulo de refração. Isso ocorre nas áreas limítrofes de diferentes acústicas (tecidos/interfaces), desviando/interfaces), desviando/refratando sua direção. 
Reflexão
As ondas ultrassônicas sofrem reflexão quando a impedância acústica dos meios em que elas estiverem passando, forem diferentes. As ondas ultrassônicas são refletidas ao incidirem sobre estruturas que oferecem resistência a sua passagem, como osso, pele sem acoplamento ou ainda, estruturas lisas e compactas como metais e principalmente o ar. As ondas sofrem reflexão de 99, 73 ao incidir diretamente ar/pele e para evitar esta reflexão, usa-se uma substância de acoplamento transdutor/pele (gel). Nas estruturas ósseas aproximada 30% das são refletidas e 70% são absorvidas. A reflexão nos tecidos moles/ar é de 99, 73%.
Absorção
As ondas US são absorvidas pelos tecidos e transformadas em calor, ocorrendo principalmente em nível molecular, sendo as proteínas que mais as absorvem. No tecido ósseo, aproximadamente 70% das ondas incidentes são absorvidas. A absorção depende da impedância do meio, da frequência do Ultrassom e da quantidade de proteína dos tecidos. A vibração/atrito e fricção molecular (energia cinética) e absorvida pelos tecidos e transformada em calor.
Os tecidos podem absorver parte ou toda energia neles introduzida. Qualquer energia não refletida ou absorvida por uma camada de tecido continua a atravessar o tecido, até atingir uma camada com outra densidade. Nesse ponto, ela pode ser refletida, refratada ou absorvida ou passar para o próximo tecido. Cada vez que a onda é parcialmente refletida, refratada ou absorvida, diminui a energia remanescente disponível para os tecidos mais profundos. (STARKEY, 2001)
Transmissão 
Transmissão das ondas ultrassônicas ocorre em maior quantidade, quando as impedâncias acústicas dos dois meios estiverem mais próximas (casamento de impedância) e quanto mais diferentes forem as impedâncias, maior será a reflexão. As ondas ultrassônicas ao passarem de um meio para outro (meio diferente do que ele estiver passando), poderá ocorrer reflexão, refração, absorção, ocorrendo cada um desses atenuadores em diferentes graus, dependendo das impedâncias e índices de absorção de cada meio.
Atenuação
A amplitude/Intensidade do feixe do Ultrassom diminui/atenua à medida que ele passa através de qualquer meio.
Dosagem
É indicado utilizar o ultrassom em um protocolo de tratamento em dias alternados, de duas a três vezes por semana, de forma que o total de aplicações seja no máximo de vinte sessões seguidas, aguardando-se de um a dois meses para reiniciar o tratamento.
A dose do ultrassom é medida em W/cm². Na prática terapêutica, a intensidade mais indicada varia entre 0,01 W/cm² e 2,0 W/cm². No entanto, o efeito térmico do ultrassom somente ocorre nas intensidades superiores a 1W/cm², no modo contínuo nas frequências de 1 MHz ou 3 MHz.
Constata-se que quanto maior a frequência utilizada, maior a absorção nos tecidos superficiais e menor a profundidade de penetração. Dessa forma, o ultrassom de 3MHz é o mais apropriado para o tratamento. 
Os benefícios do ultrassom terapêutico são devidos pelos seus efeitos mecânicos e químicos. Segundo Guirro & Guirro, no corpo humano produz: a neovascularização, aumento da extensibilidade das fibras colágenas, melhora das propriedades mecânicas do tecido, modificação no metabolismo tecidual.
Efeitos Fisiológicos
Químico
O ultrassom atua como catalisador, acelerando as reações químicas aumentando a condutibilidade das reações. Produz pH alcalino pelo aumento da circulação e das trocas.
Assim como um tubo de ensaio é agitado no laboratório para acentuar as reações químicas, as vibrações do ultrassom estimulam o tecido a aumentar as reações e os processos químicos locais, e assegurar a circulação dos elementos e radicais necessários por recombinação.
Ação Tixotrópica/Coloidoquímica
Transforma colóide Gel em Sol, o que aumenta a elasticidade dos tecidos que carecem de água, favorecendo a hidratação tecidual.
Tixotropia consiste na propriedade que apresentam certos líquidos cuja viscosidade diminui quando são agitados mecanicamente. O efeito tixotrópico relacionado ao ultrassom fornece a ele a capacidade de transformar colóide gel em sol. Na prática, verificamos que o ultrassom é capaz de “amolecer” (transformar em “estado gelatinoso”) substâncias em estado de maior consistência. Este efeito é aplicado nos quadros de celulite, e no pós-operatório de lipoaspiração, especificamente nos estágios de fibrose tecidual, onde buscamos diminuir a consistência das estruturas teciduais endurecidas, com o objetivo de favorecer manobras de massagem, drenagem e a absorção pelo organismo.
Angiogênese
Favorece o desenvolvimento de novos capilares, através da ativação de células endoteliais.
Segundo Serra & Mejia a forma contínua gera 50% de efeito térmico e 50% de efeito mecânico, enquanto o modo pulsado produz apenas efeito mecânico. Portanto, mais indicado para a formação de novos vasos sanguíneos nos casos de pós-operatório.
Ação Anti-inflamatório
Auxiliada pela aceleraçãoda reabsorção de edema e pela defesa.
Melhora do retorno venoso e linfático
O aumento da permeabilidade celular, da circulação e a micromassagem produzida pelo ultrassom, influenciam e auxiliam o retorno venoso e linfático, favorecendo a reabsorção de edemas e de irritantes tissulares (menor efeito nociceptivo). Reduz a fase inflamatória, acelerando a proliferativa.
Hiperemia – Vasodilatação
Resulta da ação do US sobre os plexos terminais nervosos, que ao serem estimulados, produzem vasodilatação reflexa dos capilares e arteríolas. Concomitante a isso, acontece o aumento do metabolismo e do fluxo sanguíneo, produzindo também hiperemia. Produz estimulação nervosa aferente, provocando depressão pós-excitatória da atividade do sistema nervoso simpático, produzindo relaxamento muscular e vasodilatação. O ultrassom produz aumento da permeabilidade da membrana celular ao Cálcio, que devido o aumento de Ca intracelular, rompe o mastócito (degranulação mastocitária) liberando histamina – VD. 
Térmico
Este efeito é decorrente da absorção das ondas ultrassônicas pelo tecido, e transformadas em calor. Este fator decorre também, da vibração celular e de suas partículas, provocando atrito entre si, produzindo o efeito térmico. Ultrassom de feixe contínuo produz maior quantidade de calor. Feixe ultassônico (vibração molecular - fricção – atrito de partículas – calor). A produção de calor é maior, nas áreas limítrofes músculo/osso, devido a 30% de reflexão óssea das ondas e 70% de absorção. Ocorre também a ação das ondas estacionárias (reflete e sobrepõem-se) e da formação das ondas transversais (movimentos de partículas perpendiculares ao feixe: osso).
Atérmico
Produz ações fisiológicas não decorrentes especificamente da ação térmica.
Como usar
O tempo para aplicação do ultrassom pode ser calculado dividindo a área a ser tratada pelo tamanho da ERA. Dessa forma, recomenda-se que para cada área de 10cm². O tempo da aplicação seja de dois minutos e o tempo total não ultrapasse 15 minutos. Caso contrário, deve-se dividir a área em quadrantes a realizar mais uma aplicação.
Consoante Guirro & Guirro a técnica de aplicação utilizada nos tratamentos estéticos é aplicação móvel por contato direto, em que o transdutor do ultrassom fica em contato constante com a área da pele que se deseja tratar. Este deve se manuseado com movimentos leves e moderada pressão.
O som desloca-se na forma de ondas e faz-se necessário um meio de acoplamento. Observa-se que o gel é o meio que melhor transmite a onda ultrassônica. Ademais, Serra & Mejia relatam que a qualidade do gel deve ser avaliada, pois não pode formar bolhas e nem irritar a pele.
Para o uso seguro do ultrassom, é preciso examinar a intensidade, a frequência, a duração da aplicação de acordo com a área a ser tratada e agente de acoplamento.
O ultrassom terapêutico, no mercado nacional, caracteriza-se por possuir frequência de 1 ou 3 megahertz.
Fonoforese
Os benefícios, são utilizados da fonoforese são: a menor possibilidade de efeitos colaterais e a associação dos efeitos do ultrassom e da substância terapêutica carreada de forma a manter as moléculas inteiras. Além de a substância a ser introduzida não necessitar ter carga elétrica.
Na fonoforese, são utilizados ativos não polarizados anticelulíticos, os quais ativam a circulação em forma de gel à base de cafeína, silanóis, thiomucase, centelha asiática, hera, cavalinha, ginko biloba.
Em pesquisas sobre a fonoforese fora observado que 75% dos resultados tiveram êxito. Já em outros resultados ineficazes, detectou-se a falta de calibração do equipamento e ausência do controle
Indicações
Hidrolipodistrofia Ginóide ( HLDG – “celulite”), Fibrose e quando se deseja a permeação de algum princípio ativo em tratamentos corporais. Respeitando as contraindicações, feridas, tecido cicatricial. Condições inflamatórias agudas (modo pulsado), condições inflamatórias crônicas (pulsado ou contínuo).
Contraindicações e cuidados
• Sobre áreas com distúrbios vasculares periféricos, como trombose venosa profunda (TVP) ou aterosclerose severa;
• Sobre a pele com lesão cutânea ou irritações;
• Sobre a pele anestésica (sem sensibilidade).
• Sobre epífises de crescimento em crianças e jovens;
• Sobre regiões corporais previamente expostas a radiação;
• Pacientes com hemofilia não-controlada;
• Pacientes portadores de tumores malignos;
• Pacientes com processos infecciosos;
• Sobre o tórax de cardiopatas ou portadores de marca-passo cardíaco;
• Gestantes;
• Sobre as gônadas (ovários e testículos);
• Sobre os olhos;
Biossegurança na Estética
Deve-se sempre atentar para os cuidados com a antissepsia dos pacientes e do profissional que irá aplicar o procedimento, e a desinfecção dos aparelhos a cada manuseio.
Referências
BORGES, F. S. Dermato-Funcional: Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas. Ed. São Paulo: Phorte, 2006.
MACHADO, C. M. Eletroterapia Prática. 4. Ed. Orium, 2008.
NOGUEIRA, T. S. A; MAYWORM, S. H; ROSENHACK, C. O Ultrassom Terapêutico no Tratamento da Lipodistrofia Ginóide. Revista Brasileira de Estética, v.2, n.2, abr. 2014.

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